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GESTÃO DE CUSTOS, GESTÃO DE CUSTOS,

Gestão de Custos, Riscos e Perdas


RISCOS E PERDAS RISCOS E PERDAS
Organizador Daniel Campelo Organizador Daniel Campelo

CM

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GRUPO SER EDUCACIONAL

gente criando o futuro


Gestão de Custos,
Riscos e Perdas

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C193g Campelo, Daniel Alves.


Gestão de custos, riscos e perdas [recurso eletrônico]/ Daniel
Alves Campelo. – Recife: Telesapiens, 2020.
192 p. : pdf
ISBN: 978-65-86073-53-9
1.Gestão de custos I. Título.
CDU 657.4

(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva – CRB 10/854)

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Gestão de Custos,
Riscos e Perdas

Créditos Institucionais

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Diretor-Presidente:
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
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O AUTOR
DANIEL CAMPELO
Olá. Meu nome é Daniel Campelo. Sou economista, mestre
em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista
em Metodologia do Ensino a Distância. Possuo experiência
técnico-profissional na área de economia, gestão e mercado de
mais de 15 anos. Há 10 anos atuo na docência do ensino superior
nos cursos de graduação e pós-graduação, sendo os últimos
5 anos dedicados ao ensino a distância. Por acreditar que a
educação é transformadora e um excelente caminho para uma
sociedade mais justa passei a me dedicar transmitindo minha
experiência profissional e de vida àqueles que estão iniciando em
suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens
a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz
em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho.
Conte comigo!

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ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem
significam:
OBSERVAÇÃO
OBJETIVO
Uma nota explicativa
Breve descrição do objetivo
sobre o que acaba de
de aprendizagem; +
ser dito;

RESUMINDO
CITAÇÃO
Uma síntese das
Parte retirada de um texto;
últimas abordagens;

TESTANDO
DEFINIÇÃO
Sugestão de práticas ou
Definição de um
exercícios para fixação do
conceito;
conteúdo;

IMPORTANTE ACESSE
O conteúdo em destaque Links úteis para
precisa ser priorizado; fixação do conteúdo;

DICA SAIBA MAIS


Um atalho para resolver Informações adicionais
algo que foi introduzido no sobre o conteúdo e
conteúdo; temas afins;

++
EXPLICANDO
SOLUÇÃO
+ DIFERENTE Resolução passo a
Um jeito diferente e mais passo de um problema
simples de explicar o que ou exercício;
acaba de ser explicado;

EXEMPLO CURIOSIDADE
Explicação do conteúdo ou Indicação de curiosidades
conceito partindo de um e fatos para reflexão sobre
caso prático; o tema em estudo;

PALAVRA DO AUTOR REFLITA


Uma opinião pessoal e O texto destacado deve
particular do autor da obra; ser alvo de reflexão.

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SUMÁRIO
UNIDADE 01

Entendendo os conceitos e definições de logística nas


organizações .................................................................... 14

O que é logística?............................................................... 14

Funções da operação logística..................................... 16

A estratégica logística........................................................ 19

Aprendendo sobre a gestão da cadeia de suprimentos nas


empresas........................................................................... 23

O gerenciamento da cadeia de suprimentos........................ 23

Qual a diferença entre GCS e logística?............................. 25

Importância do gerenciamento da cadeia de suprimentos .. 27

Compreendendo os custos inerentes às operações


logísticas........................................................................... 30

Os custos de uma organização............................................ 31

Estimando os custos de uma atividade............................... 35

Técnicas de estimativa de custos................................. 36

Análise de custo-benefício de uma atividade...................... 41

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Compreendendo os custos de transportes nas operações
logísticas........................................................................... 44

Os custos de transportes..................................................... 45

Os componentes de custos e tempo.................................... 48

Tipos de custos de transporte............................................. 55

UNIDADE 02

Compreendendo importância da gestão de riscos nas


empresas........................................................................... 62

A gestão de riscos.............................................................. 62

Por que a gestão de riscos é importante?............................ 64

Planos de gestão de riscos.................................................. 66

Estratégias de gerenciamento de riscos.............................. 69

As limitações na gestão de riscos....................................... 70

Padrões de gerenciamento de riscos................................... 72

Conhecendo a gestão de perdas nas organizações.......... 76

O gerenciamento de perdas................................................ 76

Monitore relatórios constantemente............................ 79

Combine o monitoramento com as despesas................ 80

Terceirize a equipe para gerenciamento de resultados.80

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Técnicas de avaliação de perdas financeiras....................... 81

Entendendo como funciona a gestão de materiais nas


organizações .................................................................... 84

A gestão de recursos materiais........................................... 84

Importância do gerenciamento de materiais....................... 87

Funções de gerenciamento de materiais............................. 91

Compreendendo como funciona a gestão da cadeia de


valor.................................................................................. 94

A análise da cadeia de valor............................................... 94

Valor e cadeia de valor....................................................... 96

Atividades primárias................................................... 98

Atividades de apoio.................................................... 99

UNIDADE 03

Compreendendo a importância do planejamento para a


gestão de custos, riscos e perdasa.................................. 106

O planejamento nas organizações..................................... 106

Tipos de planejamento..................................................... 110

Conhecendo o gerenciamento de custos associados à


Tecnologia de Informação (TI)...................................... 113

O gerenciamento de custos de TI..................................... 113

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Otimizando os custos de TI.............................................. 116

Entendendo o papel da gestão da informação nas


organizações................................................................... 121

A gestão da informação nas organizações........................ 122

A gestão estratégica da informação.................................. 125

Ferramenta de gerenciamento de informações (IMBOK). 127

O que é um sistema de gerenciamento de informações?... 130

Compreendendo a importância da qualidade no


gerenciamento das atividades........................................ 133

A qualidade no gerenciamento das atividades.................. 133

Planejamento da qualidade........................................ 136

Garantia da qualidade............................................... 138

Controle de qualidade............................................... 140

UNIDADE 04

Aprendendo sobre os custos de embalagens................. 148

Os custos de embalagens.................................................. 148

Tipo de custos de embalagens.......................................... 150

Armazenagem, montagem e a gestão de embalagens........ 152

Entendendo o gerenciamento e custos do estoque........ 156

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Conceitos de gerenciamento de estoque........................... 156

Elementos que afetam as operações de estoque................ 159

Porque e quando evitar manter estoques........................... 163

Custos de estoque............................................................ 166

Conhecendo o valor econômico agregado (EVA) e o


balanced scorecard (BSC).............................................. 170

O que é valor econômico agregado (EVA)?...................... 170

O que é um Balanced Scorecard?..................................... 173

EVA x BSC: diferenças e semelhanças............................. 177

Indicadores de desempenho da logística........................... 180

Compreendendo os indicadores de desempenho logístico e


o custeio baseado em atividades (ABC)......................... 180

Indicadores chave de desempenho.................................... 183

Custeio baseado em atividades (ABC)............................. 187

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 11

01
UNIDADE

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12 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

INTRODUÇÃO
A logística é um tema importante quando tratamos da
gestão de custos, riscos e perdas. Você já imaginou um gestor
logístico que não tenha conhecimento sobre estratégia logística,
gerenciamento da cadeia de suprimentos e custos? Um bom
profissional deve ter conhecimento de alguns assuntos relevantes
dentro de uma organização. E é assim que iremos trabalhar nesta
primeira unidade. Inicialmente iremos estudar sobre a logística
e a logística estratégica. Em seguida iremos entender sobre o
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Vamos estudar ainda
sobre os custos inerentes às operações logísticas e, por fim,
vamos focar nos custos de transportes. Assim, finalizaremos
todo o conteúdo proposto para você nesta primeira unidade.
Vamos lá?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 13

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta
unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das
seguintes competências profissionais:

1 Entender os conceitos e definições de logística nas


organizações;

2 Aprender sobre a gestão da cadeia de suprimentos


nas empresas;

3 Compreender os custos inerentes as operações


logísticas;

4 Compreender os custos de transportes nas operações


logística.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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14 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Entendendo os conceitos e definições de


logística nas organizações

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender os


principais conceitos e definições de logística nas organizações.
Iremos nos aprofundar nas funções da operação logística e
depois abordaremos a estratégia logística. A logística tem um
papel fundamental na gestão de custos de uma organização e
a estratégia logística dá um passo adiante neste quesito. Por
isso, um bom gestor desta área precisa ter conhecimento sobre
estas temáticas e colocá-las em prática sempre que requerido.
Entender bem estes aspectos é relevante no seu conhecimento e
em sua profissão. Vamos desbravar este novo universo em busca
de mais conhecimento. Então vamos lá. Avante!

O que é logística?
Originalmente, a logística desempenhava o papel vital
de transportar militares, equipamentos e mercadorias. Embora
a logística seja tão importante como sempre nas forças
armadas, hoje o termo é mais comumente usado no contexto da
movimentação de mercadorias comerciais dentro da cadeia de
suprimentos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 15

Figura 1: Logística é o processo de planejamento e execução do transporte de mercadorias dos armazéns


para os clientes.

Fonte: Freepik

DEFINIÇÃO

Logística é o processo de planejar e executar o transporte e


armazenamento eficiente de mercadorias, do ponto de origem
ao ponto de consumo. O objetivo da logística é atender aos
requisitos do cliente de maneira oportuna e econômica.

Como parte do gerenciamento da cadeia de suprimentos


(GCS), a logística é o processo de planejamento e execução do
transporte de mercadorias dos armazéns para os clientes.
Dada a importância do gerenciamento da cadeia de
suprimentos, dedicaremos nesta unidade um capítulo exclusivo
para esta temática!

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16 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Muitas empresas são especializadas em logística, prestando


serviços a fabricantes, varejistas e outras indústrias com uma
grande necessidade de transporte de mercadorias.
Alguns possuem toda a gama de infraestrutura, de
aviões a caminhões, armazéns e software, enquanto outros se
especializam em uma ou duas funções distintas.
Normalmente, grandes varejistas ou fabricantes possuem as
principais funções de sua rede logística. A maioria das empresas,
no entanto, terceiriza a função para empresas fornecedoras de
logística terceirizada.

Funções da operação logística


As duas principais funções da operação logística são
transporte e armazenamento.
A gestão de transporte se concentra no planejamento,
otimização e execução do uso de veículos para movimentar
mercadorias entre armazéns, lojas e clientes. O transporte é
intermodal e multimodal e pode incluir oceano, transporte aéreo,
ferroviário e rodoviário.
Não é de surpreender que o gerenciamento de transporte
seja um processo complexo que envolve o planejamento e
a otimização de rotas e cargas de remessa, gerenciamento de
pedidos, auditoria e pagamento de frete.
Ele também pode se estender ao gerenciamento de pátios,
um processo que supervisiona o movimento de veículos pelos
pátios fora das fábricas, armazéns e instalações de distribuição.
O gerenciamento de transportes é um aspecto importante, pois
o preço, a disponibilidade e a capacidade das transportadoras
podem variar bastante.
Iremos focar nos custos de transportes no fim desta unidade,
onde dedicaremos um capítulo específico para abordarmos esta
temática tão importante para as operações logísticas.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 17

As empresas de logística geralmente usam o software


do sistema de gerenciamento de transporte (TMS) para ajudar
a atender às demandas da logística relacionada ao transporte.
Existem também aplicações específicas, como é o caso dos
sistemas de gerenciamento de pátio.
Já o armazenamento (ou gerenciamento de armazém)
inclui funções como gerenciamento de estoque e atendimento
de pedidos. Também envolve o gerenciamento da infraestrutura
e dos processos do armazém.

EXEMPLO

Em um centro de distribuição, onde os pedidos de mercadorias


são recebidos, processados e atendidos (enviados ao cliente),
todas as funções do gerenciamento de armazém são realizadas.

A maioria das empresas usa o software WMS (Warehouse


Management System) para gerenciar o fluxo e o armazenamento
de mercadorias e rastrear o estoque.
A maioria dos fornecedores de software de planejamento
de recursos empresariais (ERP) oferece módulos TMS e WMS,
além de componentes mais especializados para gerenciamento
de inventário e outras funções de logística.
O gerenciamento alfandegário (ou gerenciamento global
do comércio) é também frequentemente considerado parte da
logística, pois a documentação para mostrar conformidade com
os regulamentos do governo deve ser processada frequentemente
quando as mercadorias atravessam fronteiras nacionais ou
entram nos portos de embarque.

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18 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

CURIOSIDADE

Você sabia que alguns países no mundo já começam a utilizar


carros autônomo, ou seja, sem motorista? Já imaginou o impacto
disso nos custos logísticos? Pois é. A inteligência artificial (IA) e
a tecnologia de veículo sem motorista desempenharão um papel
importante na maneira como a logística será no futuro.

Algumas empresas de logística já usam a IA para rastrear


melhor os pacotes e prever problemas relacionados ao transporte
na cadeia de suprimentos. Enquanto isso, como vimos acima,
já é visto em algumas empresas de veículos autônomos, como
empilhadeiras sem motorista, caminhões de entrega e drones.
Esta forma de operar provavelmente se tornarão mais comuns
em armazéns e rodovias.
Embora a entrega pontual de mercadorias sem danos
sempre tenha sido importante em toda a cadeia de suprimentos,
tornou-se ainda mais crítica nos últimos anos, à medida que
o comércio passou a realizar a entrega da encomenda, seja
doméstica ou no varejo, no mesmo dia do pedido.
Fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas
tiveram que melhorar seus processos logísticos para atender
à demanda por entrega mais rápida e conveniente de uma
variedade maior de mercadorias.
Eles também tiveram que integrar melhor seus processos e
sistemas para melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos.
Agora que já sabemos o que é logística e alguns conceitos
importantes, vamos além? Chegou a hora de estudarmos sobre
a estratégia logística. Entender o que é essa temática e algumas

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 19

estratégias importantes para a operação logística de sua empresa.


Vamos lá?

A estratégica logística
Entendemos no tópico anterior a definição de logística
e alguns conceitos importantes, porém há muito mais na
logística do que apenas tomar decisões táticas sobre transporte
e armazenamento. É preciso desenvolver uma estratégia
de logística para garantir o alto desempenho da cadeia de
suprimentos.
Uma estratégia de logística pode ser definida como um
conjunto de princípios orientadores, atitudes e forças motrizes
que ajudam a coordenar planos, metas e políticas entre diferentes
parceiros em qualquer cadeia de suprimentos. Ajuda a aumentar
o desempenho da cadeia de suprimentos e, ao mesmo tempo,
melhorar o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
A cadeia de suprimentos muda constantemente, o que, por
sua vez, afeta a organização logística. Você deve implementar
uma estratégia de logística para garantir que possa se adaptar à
flexibilidade da cadeia de suprimentos.
Uma estratégia de logística permite identificar como as
mudanças iminentes afetam a empresa, para que você possa
fazer as alterações organizacionais ou funcionais necessárias
para garantir que os níveis de serviço não sejam reduzidos.

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20 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 2: A estratégia logística é um passo adiante das operações logísticas.

Fonte: Freepik

EXEMPLO

Para tomar decisões estratégicas quanto aos custos, por exemplo,


você deve examinar todos os cinco componentes da operação
logística para verificar se é possível obter algum benefício
potencial de custo.

Vamos conhecer cada um destes cinco componente da


operação logística e como fazer a verificação tratada no exemplo
acima.
Transporte: Verifique se suas estratégias de transporte
atuais ajudam os níveis de serviço ou não.
Terceirização: Pergunte quais partes de terceirização
são usadas na função de logística. Você deve questionar se
a terceirização com uma empresa de logística terceirizada
melhoraria os níveis de serviço ou não e, se sim, como?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 21

Sistemas de Logística: Seus sistemas de logística atuais


oferecem o nível de dados necessário para implementar com
sucesso a estratégia de logística? Você precisa de novos sistemas?
Concorrentes: Dê uma olhada no que seus concorrentes
estão oferecendo. Verifique se você pode fazer alguma alteração
na sua empresa ou qual os serviços aos clientes que podem
melhorar significativamente.
Revisão da Estratégia: Examine se todos os seus objetivos
logísticos e organizacionais estão alinhados.

IMPORTANTE

Você deve projetar a estratégia de logística de maneira a conectá-


lo aos fornecedores, corporações e fabricantes localizados em
várias partes do mundo. Você deve ter a tecnologia para vincular
todos os envolvidos de uma maneira que ofereça consistência,
aprimore a visibilidade e simplifique os processos, para que
possa enfrentar os desafios em tempo real.

A seguir, vamos ver algumas boas estratégias logísticas


que podem ser utilizadas na prática.
a. Busque boas soluções: Certifique-se de usar soluções
que podem ser entregues a todos na cadeia de suprimentos,
independentemente de sua localização. Assim, você deve optar
por implementar uma solução configurável em vez de uma que
seja um modelo “copia e cola” de outras empresas. Você deve
encontrar uma solução que possa ser totalmente configurada
para várias necessidades da sua cadeia de suprimentos.
b. Realize ações apoiadas por fatos: Quando você confia
nos fatos e tem acesso em tempo real às informações, pode
executar ações que ajudam sua empresa a atingir seu potencial

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22 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

máximo com um investimento de tempo mínimo. Evite recorrer


aos costumes antigos da empresa se eles forem irrelevantes nos
tempos atuais.
c. Use dados precisos: Quando você tem dados precisos,
pode tomar decisões informadas que podem ajudá-lo a planejar o
sucesso futuro. Não tenha medo de usar a inovação para planejar
com antecedência.
d. Implemente sistemas automatizados: Eles oferecem
dados precisos sobre quase tudo que você precisa. Não deixe
de observar esta estratégia, pois caso você negligencie ela pode
atrapalhar seus planos para o futuro.
e. Adote novas tecnologias: Incorpore inovações como
tecnologia em nuvem, tecnologia de rastreamento, uso de
balanças de caminhão e tecnologia de voz em seus processos
logísticos. Fique de olho em novos desenvolvimentos, como a
impressão 3D, que podem vir a mudar o jogo no futuro.

REFLITA

O futuro da logística é realmente promissor e você deve tomar as


medidas necessárias para acompanhá-lo. Certifique-se de tomar
decisões de longo prazo de modo que você pode garantir que a
logística realize um papel fundamental de apoio a empresa.

Espero que já tenha ficado mais claro a importância destes


conceitos para você. Como vimos, o papel do gestor logístico
hoje dentro da organização é cada vez mais abrangente.
Agora que estudamos estes temas, vamos avançar na
nossa unidade. Agora vamos estudar sobre gestão da cadeia de
suprimentos nas empresas. Vamos em frente!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 23

Aprendendo sobre a gestão da cadeia de


suprimentos nas empresas

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como


funciona, a importância e complexidade do gerenciamento
da cadeia de suprimentos. Além disso, você vai entender que
logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos, embora
muitas vezes equivocadamente tratadas como sinônimos não
são a mesma coisa. Você sabia que vários gestores desconhecem
essas diferenças? Além de ser importante conhecê-las também
se faz necessário aplicá-las nas organizações. Então, irei te
conduzir nesse novo mundo de conhecimento: o gerenciamento
da cadeia de suprimentos, sua importância e complexidades.
Preparado? Vamos lá!

O gerenciamento da cadeia de suprimentos


Em uma organização, é preciso muitas vezes controlar o
fluxo de um determinado produto. Em uma fábrica, por exemplo,
é preciso controlar o produto desde sua fabricação até a entrega
ao cliente. Para que isso seja feito de forma eficiente é preciso
fazer o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
E quando falamos de controle, estamos falando de todas as
pessoas responsáveis por este papel na organização. Acompanhar
todo o processo da cadeia de suprimentos, com atenção às
questões logísticas, realizando o monitoramento e controle é
fundamental para o sucesso da organização. Mas afinal, o que é
gerenciamento da cadeia de suprimentos?

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24 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

DEFINIÇÃO

O gerenciamento da cadeia de suprimentos (GCS) é composto


por diversas atividades necessárias para planejar, controlar e
executar o fluxo de um produto, desde a aquisição de matérias-
primas e produção até a distribuição ao cliente final, da maneira
mais simplificada e econômica possível.

Figura 3: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Fonte: Freepik

O GCS abrange o planejamento e a execução integrados


dos processos necessários para otimizar o fluxo de materiais,
informações e capital financeiro nas áreas que incluem
amplamente o planejamento da demanda, fornecimento,
produção, gerenciamento e armazenamento de estoque,
transporte e retorno por excesso ou produtos com defeito. Tanto
a estratégia de negócios quanto softwares especializados são
usados nesses esforços para criar uma vantagem competitiva.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 25

O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um


processo amplo e complexo que depende de cada parceiro,
dos fornecedores aos fabricantes, para que funcione de forma
positiva. Por esse motivo, o gerenciamento eficaz da cadeia
de suprimentos também requer gerenciamento de alterações,
colaboração e gerenciamento de riscos para criar alinhamento e
comunicação entre todas as organizações.
Diante destes elementos, você deve estar se perguntando
se o gerenciamento da cadeia de suprimentos e logística são as
mesmas coisas. A resposta, como já tratamos anteriormente, é:
Não!
Vamos entender então do que se trata estes termos.

Qual a diferença entre GCS e logística?


Os termos gerenciamento e logística da cadeia de
suprimentos são frequentemente confusos ou usados como
sinônimos, mas na verdade trata-se de coisas distintas. Você
sabe quais são estas diferenças? Vamos vê-las agora!

DEFINIÇÃO

A logística é um componente do gerenciamento da cadeia de


suprimentos. Ela se concentra em mover um produto ou material
da maneira mais eficiente para que ele chegue ao lugar certo,
na hora certa. Gerencia atividades como embalagem, transporte,
distribuição, armazenamento e entrega.

Por outro lado, o GCS envolve uma gama mais ampla de


atividades, como fornecimento estratégico de matérias-primas,
obtenção dos melhores preços de bens e materiais; e coordenação

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26 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

dos esforços de visibilidade da cadeia de suprimentos (VCS) em


toda a rede de parceiros da cadeia de suprimentos, para citar
apenas uns poucos.
Figura 4: O GCS diminui os custos totais de operação.

Fonte: Freepik

O gerenciamento da cadeia de suprimentos produz


benefícios como novas eficiências, maiores lucros, menores
custos e maior colaboração. O GCS permite que as empresas
gerenciem melhor a demanda, transportem a quantidade certa de
estoque, lidem com interrupções, reduzam os custos ao mínimo
e atendam à demanda do cliente da maneira mais eficaz possível.
Esses benefícios do GCS são alcançados por meio de
estratégias e softwares apropriados para ajudar a gerenciar a
crescente complexidade das cadeias de suprimentos atuais.
Vamos ver mais sobre a importância da GCS e o papel
da utilização de softwares nos próximos tópicos. Vamos lá? Em
frente!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 27

Importância do gerenciamento da cadeia


de suprimentos
O primeiro ponto importante é que as atividades do GCS
podem melhorar o atendimento ao cliente. O gerenciamento
eficaz da cadeia de suprimentos tem a capacidade de garantir
a satisfação do cliente, garantindo que os produtos necessários
estejam disponíveis no local correto, no momento certo.
O GCS também pode aumentar a satisfação do cliente,
entregando produtos aos consumidores no prazo e fornecendo
serviço e suporte rápidos sempre que necessário. Ao aumentar
os níveis de satisfação do cliente, as empresas são capazes de
criar e melhorar a lealdade do cliente, tornando importante o
aumento no atendimento ao cliente, tanto para o cliente quanto
para os negócios.
O GCS também oferece uma grande vantagem para
as empresas, diminuindo os custos operacionais gerais. As
atividades de GCS podem reduzir o custo de compra, o custo de
produção e o custo total da cadeia de suprimentos. Ao diminuir
os custos operacionais, a GCS também pode melhorar a posição
financeira de uma empresa.

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28 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 5: O GCS diminui os custos totais de operação.

Fonte:Freepik

Os custos reduzidos da cadeia de suprimentos podem elevar


significativamente os lucros e o fluxo de caixa de uma empresa.
Além disso, o GCS pode diminuir a utilização de grandes ativos
fixos, como armazéns e veículos, por exemplo, permitindo que
especialistas da cadeia de suprimentos redesenhem sua rede para
atender e operar adequadamente com cinco armazéns no lugar
de oito, reduzindo o custo de propriedade de três instalações.
Ainda nesta unidade iremos focar em alguns conceitos
gerais sobre custo e, ao final da unidade, vamos estudar os custos
de transportes. Outros custos das operações logísticas e da cadeia
de suprimentos nós iremos estudar ao longo da disciplina.
Para podermos entender melhor a cadeia de suprimentos,
vamos entender inicialmente de forma mais simplificada. A
versão mais básica de uma cadeia de suprimentos inclui uma
empresa, seus fornecedores e os clientes dessa empresa. A cadeia
poderia ser assim: produtor, fabricante, distribuidor, varejista e
cliente de varejo de matérias-primas.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 29

Entendido isso, partimos para uma cadeia de suprimentos


mais complexa que inclui vários fornecedores e fornecedores,
vários clientes e clientes e todas as organizações que oferecem
os serviços necessários para obter efetivamente os produtos,
incluindo fornecedores de logística terceirizados, organizações
financeiras, fornecedores de software da cadeia de suprimentos
e fornecedores de pesquisa de marketing.
Observe que fornecedores de softwares foi destacado no
parágrafo anterior, pois é muito importante o papel do software
de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
A utilização de recursos tecnológicos é importantíssima
no gerenciamento das cadeias de suprimentos modernas, e
os fornecedores de sistemas de gestão empresarial (SGE)
oferecem módulos focados em áreas significativas. Também
existem fornecedores de software comercial que se concentram
especificamente na GCS. Algumas áreas importantes a serem
observadas incluem:
 Software de planejamento da cadeia de suprimentos
para atividades como gerenciamento de demanda.
 Software de execução da cadeia de suprimentos para
atividades como operações de fabricação diárias.
 Software de visibilidade da cadeia de suprimentos
para tarefas como detectar e antecipar riscos e gerenciá-los
proativamente.
 Software de gerenciamento de inventário para tarefas
como rastrear e otimizar níveis de inventário.
 Software de gerenciamento de logística e sistemas de
gerenciamento de transporte para atividades como gerenciar
o transporte de mercadorias, especialmente nas cadeias de
suprimentos globais.
 Sistemas de gerenciamento de armazém para atividades
relacionadas às operações de armazém.

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30 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Agora que estudamos o gerenciamento da cadeia de


suprimentos, sua importância e complexidade, vamos avançar
para nosso próximo capítulo.
Observe que a gestão logística e da cadeia de suprimentos
refere-se a custos. Esse é um outro tema importante. Seja de que
natureza for a organização, o gestor logístico precisa conhecer
os custos envolvidos na operação, bem como os custos inerentes
às operações logísticas.
Diante disto, estudaremos a partir de agora os custos
inerentes às operações logísticas.
Vamos em frente!

Compreendendo os custos inerentes às


operações logísticas

OBJETIVO

Ao término deste capítulo terá compreendido os custos inerentes


às operações logísticas. Iremos entender inicialmente sobre os
custos de uma organização, tais como: diretos, indiretos, fixos,
variáveis. Avançaremos apresentando quatro técnicas utilizadas
para fazer a estimativa de custo. Por fim, estudaremos sobre
como fazer a análise custo-benefício de uma operação logística.
Este tema vai ajudar o gestor antes de conhecer os demais custos
específicos da operação logística. E então? Motivado para
desenvolver este novo conhecimento? Então vamos lá. Avante!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 31

Os custos de uma organização


Neste momento vamos começar a estudar uma temática
importante para as empresas e para as operações logísticas.
Vamos estudar sobre os custos de uma organização e entender
sobre alguns custos associados às operações logísticas.

DEFINIÇÃO

Os custos de logística são a soma de todas as despesas


realizadas para disponibilizar um bem ou serviço ao mercado,
principalmente ao consumidor final.

Os custos de transporte continuam sendo um custo


dominante, pois representam cerca de metade dos custos
logísticos.
Estudaremos sobre os custos de transporte no último
capítulo desta nossa primeira unidade.
Os custos de estoque também são significativos, com
uma participação de cerca 20% dos custos totais. Eles incluem
os custos de manutenção de bens em estoque (custos de
capital, armazenamento, depreciação, seguro, tributação e
obsolescência) e são geralmente expressos como uma parcela
do valor do estoque.
Os custos de mão-de-obra envolvem o manuseio físico de
mercadorias, incluindo tarefas como embalagem e rotulagem. O
atendimento ao cliente abrange o recebimento e processamento
de pedidos dos clientes.

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32 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

EXEMPLO

Os distribuidores pagam aluguéis mais altos para aproveitar um


local de logística que ofereça uma boa localização, como um
terminal intermodal, por exemplo, pois essa estratégia permite
reduzir os custos de transporte, além de melhorar a capacidade
de resposta e entrega do produto.

Mas, antes de continuarmos importante avançarmos nos


custos logísticos (vamos fazer isso ao longo de toda nossa
disciplina), vamos criar uma boa base e entendimento sobre os
custos de uma organização.
Inicialmente vamos conhecer os custos mais comuns em
uma empresa. Vamos lá!
Custos diretos: Quaisquer custos diretamente atribuíveis
a um trabalho específico. Isso pode incluir os salários pagos a
equipe, a taxa de cobrança dos recursos e custos do software e
hardware usados em um trabalho.
Custos indiretos: Esses custos são distribuídos em vários
trabalhos e não podem ser vinculados a um único trabalho
específico. Esses custos incluem aqueles incorridos em serviços
compartilhados, como custo de espaço para escritório, impostos
pagos pela organização e outros serviços, como secretaria,
recepcionista e zelador.
Custos variáveis: Custos que mudam proporcionalmente
à quantidade de tempo e material gastos no trabalho realizado.
Custos fixos: Custos que não mudam com a linha do
tempo ou o progresso de um trabalho realizado.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 33

Custos acumulados: Os custos cumulativos de uma


organização são aqueles incorridos até uma fase ou etapa
específica de um trabalho. Ele pode ser medido usando um
Índice de Desempenho de Custo, que mede a proporção do
valor agregado em relação ao custo real incorrido no trabalho.
Conforme descrito acima, todos os custos acumulados até uma
determinada fase podem ser chamados de custos cumulativos.
Entendido os custos básicos de uma empresa, é importante
também quem você saiba da importância do orçamento faseado e
o controle de custos. Vamos ver o que são estes conceitos agora!

DEFINIÇÃO

Um orçamento faseado no tempo inclui os custos incorridos


em cada intervalo ou etapa de uma atividade. Os marcos para
este trabalho seriam requisitos, design, codificação, teste e
implementação. O orçamento para ele seria os custos em cada
etapa da atividade.

O orçamento geral da atividade deve ter todos os


componentes dos custos incluídos, como custos diretos e
indiretos, custos fixos e variáveis, etc., juntamente com o custo
em cada fase ou etapa da atividade.
A variação de custo deve ser medida usando a técnica
de valor agregado. Essa técnica permite ao gerente avaliar a
conclusão da atividade em cada etapa, de acordo com o custo
incorrido e o valor acumulado até então. A variação entre essas
duas medidas fornece uma estimativa precisa da saúde de uma
determinada atividade.
O plano de gerenciamento de custos deve incluir o plano
para controle dos custos da atividade. Deve haver uma medida

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34 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

dos custos envolvidos e suas variações rastreadas, se houver.


Qualquer variação no orçamento deve ser controlada pelo
controle do impacto das alterações de custo.
Figura 6: É importante controlar os custos de uma atividade.

Fonte: Freepik

Além disso, o controle de custos pode ser feito na área de


custos indiretos e despesas gerais e administrativas.
Agora que entendemos os custos inerentes às operações
logísticas, o orçamento faseado e o controle dos custos,
vamos estudar sobre como estimar os custos de uma atividade.
Vamos lá!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 35

Estimando os custos de uma atividade


A estimativa de custos é um processo importante na gestão
de uma atividade. Você pode usá-la para muitos propósitos, como
por exemplo se uma organização quiser saber o custo correto ao
fazer um lance para receber recursos de investidores para uma
determinada atividade.
O gestor precisa ficar atento, pois pode ser necessário usar
o processo de estimativa de custos no meio de uma atividade,
no caso de grandes mudanças e pode ser repetido a qualquer
momento quando houver necessidade.
Mas afinal, objetivamente, o que é estimativa de custos?

RESUMINDO

A estimativa de custos é o processo de previsão do custo de


uma atividade com um planejamento de execução previamente
definido.

A estimativa de custo é a soma de elementos de custo


individuais, usando métodos estabelecidos e dados válidos, para
estimar os custos futuros de uma atividade, com base no que é
conhecido hoje.

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36 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 7 Estimar um custo de uma atividade pode ser peça chave para o sucesso.

Fonte: Freepik

Em um primeiro momento, você pode achar este processo


difícil, mas há várias técnicas para realizar essa tarefa. Depois
de entendê-las, você pode estimar os custos de uma atividade
facilmente.
Vamos estudar algumas ferramentas que auxiliam os
envolvidos em uma atividade dentro da organização a fazerem
as estimativas de custos. Vamos lá!

Técnicas de estimativa de custos


Como vimos, o custo de uma atividade deve incluir os
recursos e a reserva de contingência. Para calcular os custos
de recursos de uma atividade, você pode usar quatro técnicas
principais:
 Estimativa análoga;
 Estimativa paramétrica;
 Estimativa de três pontos;
 Estimativa de baixo para cima.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 37

Entre todas, a estimativa análoga é a menos precisa e a


estimativa de baixo para cima é a mais precisa.
Há uma diferença entre a estimativa de custos e o processo
de duração estimado de uma atividade, porém, ambos usam as
mesmas ferramentas para estimativa. Um é destinado ao dinheiro
disponível para gastar e o outro é destinado ao tempo gasto.
Vamos estudar melhor cada uma das quatro técnicas!
Estimativa análoga
Você pode usar essa técnica quando há informações
limitadas disponíveis da atividade. Essa técnica não fornece
uma estimativa confiável. Os benefícios desta técnica são um
resultado rápido com menos esforço.
Aqui, você estima o custo de uma atividade comparando-o
com qualquer atividade semelhante no passado. Você analisará
os registros históricos da organização. Em seguida, você usará
seu julgamento especializado para encontrar a estimativa de
custo da sua atividade.
Se sua organização concluiu muitas atividades semelhantes,
você selecionará a que mais se parecer com a sua. Você traçará
um paralelo entre as atividades atuais e as anteriores e fará
ajustes para obter o custo estimado da atividade.
A estimativa pode ser precisa se a semelhança for alta e os
estimadores forem especialistas.
A estimativa análoga também é conhecida como estimativa
de cima para baixo.
Pontos importantes desta técnica:
 Esta é a técnica mais rápida, mas menos precisa.
 Essa técnica é útil quando você tem menos detalhes.

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38 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Estimativa paramétrica
Como a estimativa análoga, a estimativa paramétrica usa
dados históricos para calcular o custo, porém, ela usa dados
estatísticos. Ela pega variáveis de atividades semelhantes e as
aplica a atividade atual.

EXEMPLO

Por exemplo, você pode obter o custo do concreto por metro


cúbico de suas construções anteriores, encontrará a quantidade
de concreto do projeto atual e as multiplicará pela média do
custo encontrado. Isso fornecerá o custo total do concreto para a
sua nova construção.

Da mesma forma, você pode calcular o custo de


outros parâmetros: recursos humanos, materiais, transporte,
equipamentos etc.
A estimativa paramétrica é mais precisa que a estimativa
análoga.
Pontos importantes desta técnica:
 Usa o relacionamento estatístico entre dados históricos
e variáveis.
 Essa técnica é mais precisa que a estimativa análoga.
Estimativa de três pontos
Essa técnica ajuda a reduzir vieses e incertezas ao estimar
suposições. Aqui, você determina três estimativas, em vez de
uma, e mede a média delas para reduzir as incertezas, riscos e
preconceitos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 39

Duas distribuições comumente usam estimativas de três


pontos: beta e triangular.
O PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é
baseado na distribuição beta.
A fórmula de estimativa PERT é:
Ce = (Co + 4Cm + Cp) / 6
Onde:
Ce = Custo Esperado
Cm = Custo mais provável. Considera um caso típico em
que tudo acontece normalmente.
Cp = Custo pessimista, onde quase tudo dá errado.
Co = Custo otimista, onde tudo corre melhor do que se
supõe.
Já a fórmula da estimativa triangular é:
Ce = (Co + Cm + Cp) / 3
Essa técnica minimiza as visualizações tendenciosas dos
dados.
Pontos importantes desta técnica:
 Essa técnica reduz o viés, o risco e a incerteza da
estimativa.
 É mais preciso que as técnicas de estimativa análogas
e paramétricas.
Estimativa de baixo para cima
A estimativa de baixo para cima também é chamada de
“técnica definitiva”. Essa é a técnica mais precisa, porém mais
demorada e cara. Aqui, você calculará o custo de cada atividade
isoladamente com o mais alto nível de detalhe e os agrupará para
calcular o custo total da atividade.

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40 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Simplificando, você dividirá o trabalho em seus menores


componentes de trabalho. Em seguida, você estimará o custo de cada
componente e o agregará para obter o cálculo de custo da atividade.
Pontos importantes desta técnica:
 Essa é a técnica mais precisa e fornece resultados
confiáveis.
 Você pode usar essa técnica quando tiver todos os
detalhes da atividade.
 Essa técnica é cara e consome tempo.
A estimativa de custos é um processo interativo. Pode
ser repetido em diferentes estágios de uma atividade, conforme
definido no plano de gerenciamento de custos. Esse processo
ajuda a estabelecer a linha de base dos custos.
É importante observar que quanto mais preciso o método,
mais caro e demorado ele se torna. Você poderá usar a técnica
de estimativa mais adequada à sua situação. Nem sempre é
aconselhável usar estimativas de baixo para cima quando você
tem pouco tempo ou recursos.

IMPORTANTE

A estimativa de custo é um processo importante, pois o sucesso de


uma atividade depende disso. Se você obtiver uma determinada
atividade com uma estimativa equivocada, precisará concluir a
atividade do próprio bolso. Isso é ruim para o você e afeta a
credibilidade da sua organização.

Agora que entendemos como realizar a estimativa de


custos de uma atividade, vamos para o nosso último tópico deste

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 41

capítulo. Estudaremos agora sobre como fazer uma análise de


custo-benefício de uma atividade. Vamos em frente!

Análise de custo-benefício de uma atividade


Este tópico vai te oferecer orientações para realizar análises
de custo-benefício de uma atividade. Assim, estudaremos alguns
temas importantes, tais como:
 Informações básicas sobre a análise de custo-benefício
e como ele pode se encaixar no processo de desenvolvimento de
uma atividade.
 Discussão de termos e princípios econômicos.
 Revisão de etapas relevantes na realização de uma
análise de custo-benefício para uma atividade.
 Conselhos sobre o uso de resultados de custo-benefício.
Cabe destacar que a análise de custo-benefício não é a
mesma coisa que análise de viabilidade econômica e financeira
(embora a análise custo-benefício compõe a análise de viabilidade
econômica e financeira).
Vamos entender o que é a análise de custo-benefício a
seguir. Vamos lá!
O que é uma análise custo-benefício?
Uma análise de custo-benefício é uma avaliação sistemática
das vantagens econômicas (benefícios) e desvantagens (custos)
de um conjunto de alternativas de investimento. Normalmente,
um “caso base” é comparado a uma ou mais alternativas (que
apresentam algumas melhorias significativas em comparação ao
caso base).
A análise avalia diferenças incrementais entre o caso base
e as alternativas. Em outras palavras, uma análise de custo-
benefício tenta responder à pergunta: que benefícios adicionais

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42 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

resultarão se essa alternativa for adotada e quais custos adicionais


são necessários para trazê-la?
Figura 8: A análise custo-benefício é uma excelente ferramenta de viabilidade de uma atividade.

Fonte: Freepik

O objetivo de uma análise de custo-benefício é traduzir os


efeitos de um investimento em termos monetários e contabilizar
o fato de que os benefícios geralmente se acumulam por um
longo período, enquanto os custos de capital são incorridos
principalmente nos anos iniciais.
Se formos analisar os custos de transporte que podem
ser monetizados são, por exemplo: custos de tempo de viagem,
custos de operação de veículos, custos de segurança, custos de
manutenção em andamento e valor restante de capital (uma
combinação de gasto de capital e valor residual).
Para alguns tipos de atividades, desvios na rota, os
tempos de viagem e a segurança podem melhorar, mas os custos
operacionais podem aumentar devido a distâncias maiores. Uma
análise de custo-benefício bem realizada indicaria se o tempo
de viagem e a economia de segurança excedem os custos da
atividade e os custos operacionais em longo prazo.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 43

As análises de custo-benefício são usadas como ferramenta


pelos gerentes para ajudar a avaliar conceitos preliminares
durante os primeiros estudos de planejamento, para avaliar
alternativas e selecionar um caminho preferido para a realização
da atividade.

RESUMINDO

Uma análise de custo-benefício fornece uma medida monetária


da conveniência econômica relativa das alternativas de uma
atividade, mas os tomadores de decisão geralmente pesam os
resultados em relação a outros efeitos e impactos não monetizados
de uma atividade.

Os resultados de uma análise de custo-benefício, juntamente


com todas as informações relevantes de uma atividade, podem
ser usados para avaliar os efeitos e os impactos monetizados e
não monetizados de alternativas quando uma decisão precisa ser
tomada.
Embora a análise de custo-benefício sempre tente responder
à pergunta: “Do ponto de vista econômico, os benefícios valem
o investimento?” Esta pergunta é feita de diferentes maneiras
em diferentes pontos do processo de desenvolvimento de uma
atividade, conforme observamos abaixo:
Planejamento da atividade: Do ponto de vista econômico,
os benefícios de uma nova construção, por exemplo, valem os
custos da atividade (em comparação com o sistema atual)?
Atividade e estudo ambiental: Do ponto de vista econômico,
os benefícios do local “A” valem os custos da atividade? Como
a localização “A” se comparada a “B” ou “C”?

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44 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Planejamento da construção: Do ponto de vista econômico,


os benefícios de fechar algumas ou todas as faixas de uma
estrada, por exemplo, durante a construção valem o atraso no
tráfego e os custos de desvio (em comparação com a manutenção
de algumas faixas abertas)?
Em princípio, uma análise ideal de custo-benefício
projetaria e avaliaria todas as possibilidades, mas isso não é
possível nem prático, pois envolveria grandes incertezas. Então,
é preciso focar em um elemento e observar se a relação custo-
benefício é positiva.
Agora que entendemos melhor os custos inerentes às
operações logísticas, vamos estudar o custo que tem o maior
impacto no custo total de logística: o custo de transportes.
Este é o primeiro custo de tantos outros que iremos estudar
ao longo da nossa disciplina. Por se tratar do custo mais relevante,
iremos tratar dele logo agora em nossa primeira unidade (antes
mesmo de abordarmos a gestão de riscos e perdas). Vamos lá!

Compreendendo os custos de transportes


nas operações
OBJETIVOlogísticas

Ao término deste capítulo você será capaz de compreender quais


são os custos de transportes nas operações logísticas. Além
disso, saber quais são os componentes dos custos de transportes
e seus principais tipos. Você deseja que a sua organização supere
seus concorrentes com preços mais competitivos economizando
nas operações logísticas? Então, entender estes conceitos é
fundamental. Você sabe, por exemplo, a diferença entre custos
de linha e custos de capital? Vamos abordar todas estas temáticas
para que você entenda claramente a diferença entre os principais
tipos de custos. Estarei aqui com você para te passar todo esse
conhecimento. Avante!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 45

Os custos de transportes
Quando falamos de custo de transporte, inerentemente
associamos aos custos do transporte de mercadoria. Mas
devemos ficar atentos que os custos de transportes envolvem
pessoas e organizações.
Assim, devemos considerar também o transporte de
passageiros. Antes de focarmos nos custos de transportes
voltados às mercadorias (logística), vamos entender melhor os
custos de transporte de forma geral.
Os sistemas de transporte possuem alguns elementos
capazes de aumentar sua capacidade e reduzir os custos de
mobilidade. Todos os usuários (por exemplo, indivíduos,
empresas, instituições, governos, etc.) devem observar estes
custos, seja na mobilidade de passageiros ou no transporte de
mercadorias.

IMPORTANTE

Os custos de transporte de mercadoria, deve ser observado


sempre, tendo em vista que suprimentos, sistemas de distribuição,
tarifas, salários, localizações, técnicas de marketing e custos de
combustível estão constantemente mudando.

Também há outros custos envolvidos na coleta de


informações, negociação e cumprimento de contratos e
transações, que costumam ser chamados de custo dos negócios.
O comércio também envolve custos de transação que todos os
agentes tentam reduzir, uma vez que os custos de transação
representam uma parcela crescente dos recursos consumidos
pela economia.

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46 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 9: Os custos de transporte de mercadoria, deve ser observado sempre.

Fonte: Freepik

De forma frequente, as empresas e indivíduos devem tomar


decisões sobre como encaminhar passageiros ou mercadorias
através do sistema de transporte. Para o frete, a produção de bens
leves e de alto valor de consumo, como eletrônicos, as empresas
tem se dedicado cada vez mais a escolha do local de produção e
de distribuição.
Geralmente, os custos de transporte representem mais de
10% do custo total de um produto. Essa parcela também se aplica
de forma aproximada ao transporte de pessoas, onde as famílias
gastam cerca de 10% de sua renda em transporte, incluindo a
propriedade de automóveis, que possui uma estrutura de custos
complexa.
Assim, a escolha de um modo de transporte para passageiros
e mercadorias entre origens e destinos tem se tornado cada vez
mais importante e dependente de vários fatores, como a natureza
das mercadorias, as infraestruturas disponíveis, as origens e
os destinos, a tecnologia e, particularmente, suas respectivas
distâncias. Juntos, eles definem os custos de transporte.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 47

DEFINIÇÃO

Os custos de transporte são os custos assumidos internamente


pelos prestadores de serviços de transporte. São apresentados
como custos fixos (infraestrutura) e variáveis (operacionais),
dependendo de uma variedade de condições relacionadas à
geografia, infraestrutura, barreiras administrativas, energia e
como são transportados passageiros e carga.

Como já vimos, os custos de transporte têm impactos


significativos na estrutura das atividades econômicas e no
comércio internacional. Estudos apontam que um aumento dos
custos de transporte em 10% reduziria os volumes de comércio
em mais de 20% e que a qualidade geral da infraestrutura de
transporte pode ser responsável por metade da variação nos
custos de transporte.
Em um ambiente competitivo em que o transporte é
um serviço que pode ser cotado, os custos de transporte são
influenciados pelas respectivas taxas das empresas de transporte,
sem contar a parte dos custos de transporte cobrada dos usuários,
chamadas de tarifas.
As tarifas são o preço dos serviços de transporte pagos por
seus usuários. Eles são o custo monetário negociado para mover
um passageiro ou uma unidade de carga entre uma origem e
um destino específicos. As tarifas geralmente são visíveis para
os consumidores, pois os prestadores de serviços de transporte
devem fornecer essas informações para garantir transações.
Eles podem não necessariamente expressar os custos reais de
transporte.

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48 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

A diferença entre custos e taxas resulta em perda ou lucro


do provedor de serviços. Considerando os componentes dos
custos de transporte discutidos anteriormente, a definição de
taxas é uma tarefa complexa, sujeita a alterações constantes.
Para transporte de carga e muitas formas de transporte de
passageiros (por exemplo, transporte e aéreo), as tarifas estão
sujeitas a uma pressão competitiva. Isso significa que a taxa será
ajustada de acordo com as complexas interações entre oferta
e demanda. Eles refletem os custos diretamente envolvidos no
envio (custo do serviço) ou são determinados pelo valor da
mercadoria (valor do serviço).
Como muitos atores envolvidos no transporte de cargas
são privados, as taxas tendem a variar, geralmente de forma
significativa, mas a lucratividade é fundamental.

Os componentes de custos e tempo


O transporte apresenta formas particulares de custos e nível
de serviços, o que resulta em diferenças substanciais em todo o
mundo. O preço de um serviço de transporte não inclui apenas
os custos monetários diretos ao usuário, mas também inclui
custos de tempo e custos relacionados a possíveis ineficiências,
desconforto e riscos (por exemplo, atrasos inesperados).
No entanto, os atores econômicos geralmente baseiam sua
escolha considerando apenas parte do preço total do transporte.
Por exemplo, os motoristas são influenciados por custos
marginais de curto prazo. Eles podem reduzir o preço de uma
viagem específica de carro para apenas os custos de combustível,
excluindo assim custos fixos como depreciação, seguro e imposto
sobre veículos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 49

Figura 10: O transporte apresenta formas particulares de custos e nível de serviços.

Fonte: Freepik

Muitos remetentes ou transitários são guiados


principalmente por custos diretos ao considerar o fator preço na
escolha do melhor modal que irá utilizar. O foco restrito nos
custos diretos é, de certa forma, atribuído ao fato de que os custos
de tempo e custos relacionados a possíveis ineficiências são
mais difíceis de calcular e, geralmente, só podem ser totalmente
avaliados após a chegada da carga.
Existem condições significativas que afetam os custos de
transporte e, portanto, as taxas de transporte. Vamos ver cada
uma delas:
a. Distância e tempo
Os impactos da geografia envolvem principalmente
distância e acessibilidade. A distância é geralmente a condição
mais básica que afeta os custos de transporte. Quanto mais difícil
é converter espaço por um custo, mais a relação com a distância

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50 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

é importante, pode ser expressa em termos de duração, tempo,


custos econômicos ou quantidade de energia utilizada.
Estes elementos variam muito de acordo com o tipo
de modo de transporte envolvido e a eficiência de rotas de
transporte específicas. Os países sem litoral tendem a ter custos
de transporte mais altos, geralmente o dobro, pois não têm acesso
direto ao transporte marítimo.
O impacto da geografia na estrutura de custos pode ser
expandido para incluir várias zonas tarifárias, como uma para
local, outra para o país e outra para exportação.
O componente de tempo de transporte também é uma
consideração importante, pois está associado ao fator de serviço
do transporte. Eles incluem o tempo de transporte, o tempo do
pedido, a pontualidade e a frequência.
Por exemplo, uma empresa de transporte marítimo pode
oferecer um serviço de transporte de contêineres entre vários
portos da América do Sul e do Pacífico. Indo para o Pacífico, para
garantir a vaga do navio, o remetente deve ligar com pelo menos
cinco dias de antecedência (hora do pedido). Pode levar 12 dias
para chegar no destino (tempo de transporte) e a ancoragem é
feita a cada dois dias (frequência). Para um terminal portuário
específico, um navio pode ter um atraso médio de seis horas
(pontualidade).
b. Tipo de produto.
Muitos produtos requerem embalagem, manuseio especial,
são volumosos ou perecíveis. Os custos de seguro também
devem ser considerados e geralmente são uma função da relação
valor e peso; e do risco associado ao movimento.
O carvão é obviamente uma mercadoria que é mais fácil de
transportar do que frutas ou flores frescas, pois requer instalações
de armazenamento rudimentares e pode ser transbordada usando
equipamento rudimentar.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 51

Como tal, diferentes setores econômicos incorrem em


custos de transporte diferentes, pois cada um possui sua própria
intensidade de transporte. Com transporte por contêiner, o tipo
de produto tem pouco custo de transporte, pois as taxas são
definidas por contêiner, embora os produtos ainda precisem ser
carregados ou descarregados do contêiner.
Para os passageiros, conforto e comodidades devem ser
fornecidos, especialmente se houver viagens de longa distância.
Essas comodidades têm um custo, mas também podem ser uma
fonte de receita.
c. Economias de escala e energia.
Quanto maiores as quantidades transportadas, menor
o custo unitário de transporte. Economias de escala ou as
possibilidades de aplicá-las são particularmente adequadas para
produtos a granel, como energia (carvão, petróleo), minerais e
grãos, se forem transportados em grandes quantidades.
Uma tendência semelhante também se aplica ao transporte
de contêineres, utilizando contêineres maiores, envolvendo
custos unitários mais baixos. Para o transporte de passageiros,
economias de escala são consideráveis para os sistemas de
transporte público.
No entanto, eles são limitados pela demanda, pois a unidade
de transporte de tamanho máximo que pode ser atribuída em
uma rota não pode exceder a demanda disponível sem prejudicar
sua lucratividade.
As atividades de transporte são grandes consumidores
de energia, especialmente petróleo. Cerca de 60% de todo o
consumo global de petróleo é atribuído a atividades de transporte.
O transporte normalmente representa cerca de 25% de todo
o consumo de energia de uma economia. Os custos de vários
modos de transporte intensivos em energia, como o transporte
marítimo e aéreo, são particularmente suscetíveis a flutuações

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52 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

nos preços da energia, uma vez que a energia é responsável por


quase a metade de seus custos operacionais.
d. Backhauls vazios.
Backhaul é uma palavra de origem inglesa que significa
a volta para o ponto de partida. Muitas interações de transporte
envolvem backhauls vazios, pois é incomum ter uma combinação
perfeita entre uma viagem de entrada e uma de volta.
Os padrões de deslocamento envolvem fluxos
desequilibrados e viagens de retorno vazias. Para o comércio
internacional, os desequilíbrios entre importações e exportações
têm impactos nos custos de transporte.
Esse é especialmente o caso do transporte de contêineres,
pois os desequilíbrios comerciais implicam o reposicionamento
de contêineres vazios que devem ser levados em consideração
no custo total do transporte.
Consequentemente, se uma balança comercial for
fortemente negativa (mais importações do que exportações), os
custos de transporte para importações tendem a ser mais altos do
que para as exportações.
Desequilíbrios significativos nas taxas de transportes
surgiram ao longo das principais rotas comerciais. A mesma
condição se aplica nos níveis nacional e local, onde os fluxos de
frete geralmente são unidirecionais, implicando movimentos de
retorno vazios.
e. Infraestruturas e modais.
A eficiência e a capacidade dos modais e terminais de
transporte têm um impacto direto nos custos de transporte. As
infraestruturas precárias implicam custos de transporte mais
altos, atrasos e consequências econômicas negativas.
Sistemas de transporte mais desenvolvidos tendem a ter
custos de transporte mais baixos, pois são mais confiáveis,
conectados e podem lidar com mais movimentos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 53

Diferentes modais são caracterizados por diferentes


custos de transporte, uma vez que cada um possui suas próprias
limitações de capacidade e condições operacionais. Um aspecto
central diz respeito à adequação dos modais de acordo com a
distância envolvida e a natureza do que está sendo carregado.
Quando dois ou mais modais competem diretamente
pelo mesmo mercado, o resultado geralmente resulta em custos
de transporte mais baixos e no desenvolvimento de nichos. O
transporte em contêineres permitiu uma redução significativa
nas taxas de transporte de carga em todo o mundo, permitindo
que unidades de transporte (contêineres) relativamente pequenas
fossem transportadas em cargas massificadas.
f. Concorrência, regulamentação e subsídios.
Refere-se ao complexo ambiente competitivo e regulatório
em que o transporte ocorre. Os serviços de transporte que
ocorrem em segmentos altamente competitivos tendem a ter
um custo mais baixo do que em segmentos com concorrência
limitada (oligopólio ou monopólio).
A concorrência internacional favoreceu a concentração
em muitos segmentos da indústria de transporte, claramente nos
modos marítimo e aéreo. Regulamentos, como tarifas, leis de
cabotagem, mão-de-obra, segurança e proteção impõem custos
adicionais de transporte, principalmente nas economias em
desenvolvimento.
Se uma infraestrutura é cara para desenvolver e manter,
esse custo deve ser refletido nas tarifas para cobrir a amortização
do ativo. As estradas publicamente disponíveis são uma forma
de subsídio cruzado, pois oferecem infraestrutura gratuita aos
usuários.
Ainda assim, o gratuito pode ser enganoso, pois as
vendas são impostas sobre combustíveis pagos pelos usuários
e esses fundos são usados para construção e manutenção de
infraestrutura.

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54 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

RESUMINDO

Se um governo ou empresa utiliza outros setores de suas


atividades para subsidiar os custos totais de uma infraestrutura
de transporte, esse subsídio cruzado está afetando seus custos.
Impostos e pedágios são comumente usados para subsidiar o
transporte público.

g. Sobretaxas, impostos e pedágios.


As sobretaxas se referem a uma série de taxas, geralmente
definidas de maneira arbitrária, para refletir condições
temporárias que podem impactar nos custos assumidos pelo
transportador.
Também ocorrem quando as tarifas são reguladas, deixando
o operador a encontrar fontes alternativas de receita. Os mais
comuns são sobretaxas de combustível, taxas de segurança,
prêmios de risco geopolítico e taxas adicionais de bagagem.
O setor de transporte de passageiros, principalmente
as companhias aéreas, tornou-se dependente de uma ampla
variedade de sobretaxas como fonte de receita para as operadoras.
O gerenciamento de rendimento é outra forma de sobretaxa em
que um provedor de serviços de transporte altera sua taxa de
acordo com as flutuações na demanda.
As atividades de transporte geralmente são tributadas,
como impostos sobre vendas de veículos e taxas de registro.
Os impostos sobre combustíveis são a forma mais significativa
de tributação cobrada pelos governos, com receitas geralmente
usadas para cobrir os custos de manutenção e investimento em
infraestrutura.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 55

Agora que já sabemos algumas condições significativas


que afetam os custos de transporte e, consequentemente, as taxas
de transporte, vamos focar nosso estudo a partir de agora nos
tipos de custos de transporte e finalizar nossa primeira unidade.
Vamos em frente!

Tipos de custos de transporte


A mobilidade é influenciada pelos custos de transporte. Há
evidências para o uso de veículos de passageiros que reforçam
a relação entre a quilometragem anual do veículo e os custos
de combustível, implicando que, quanto maior o custo do
combustível, menor a quilometragem.
No nível internacional, a duplicação dos custos de transporte
pode reduzir os fluxos comerciais em mais de 80%. Quanto mais
acessível a mobilidade, mais frequentes são os movimentos e
mais prováveis serão os deslocamentos de maiores distâncias.
As evidências também destacam que os custos de transporte
tendem a ser mais altos nos estágios iniciais ou finais de um
movimento. Uma grande variedade de custos de transporte pode
ser considerada, vamos ver algumas delas:
 Custos de terminais: Custos relacionados ao
carregamento, transbordo e descarregamento.
Dois grandes custos terminais podem ser considerados:
carregamento e descarregamento na origem e destino.
Para terminais de transporte complexos, como portos e
aeroportos, os custos dos terminais podem envolver uma ampla
variedade de componentes, incluindo taxas de docas, taxas de
manuseio e taxas de pilotagem/controle de tráfego.
 Custos de linha: Custos em função da distância pela
qual uma unidade de carga ou passageiro é transportada.

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56 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

O peso também é uma função de custo quando o frete


está envolvido. Eles incluem mão-de-obra e combustível e
geralmente excluem custos de transbordo.
 Custos de capital: Custos aplicáveis aos ativos físicos do
transporte, principalmente infraestruturas, terminais e veículos.
Eles incluem a compra ou o aprimoramento importante de
ativos fixos, que geralmente pode ser um evento único que pode
ser amortizado por várias décadas. Como os ativos físicos tendem
a se depreciar com o tempo, são necessários investimentos de
capital regularmente para manutenção.
Figura 11: Os custos dos terminais podem envolver uma ampla variedade de componentes.

Fonte: Freepik

Os fornecedores de transporte tomam uma variedade de


decisões com base em sua estrutura de custos, em função de
todos os tipos de custos de transporte acima. Para simplificar
as transações e identificar claramente as respectivas
responsabilidades, foram definidos termos específicos de
transporte comercial.
Embora a taxa de transporte tenha um papel importante
na escolha do modal, as empresas que usam serviços de
transporte de mercadorias nem sempre são motivadas por

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 57

noções de minimização de custos. Elas geralmente estão


satisfeitas, quando os custos de transporte estão abaixo de um
certo limite, combinado com requisitos específicos em relação
à confiabilidade, frequência e outros atributos de serviço. Tais
complexidades tornam mais difícil avaliar claramente o papel
das taxas de transporte no comportamento dos usuários.
O papel das empresas de transporte aumentou sensivelmente
no contexto geral da geografia comercial global. Empresas de
transporte marítimo, transportadoras aéreas e prestadores de
serviços de logística tornaram-se empresas multinacionais.
No entanto, a natureza dessa função está mudando como
resultado de uma redução geral dos custos de transporte, mas do
aumento dos custos de infraestrutura, principalmente devido a
maiores fluxos e competição por terra.
Embora os custos operacionais sejam altos para o
transporte aéreo, os custos terminais são significativos para o
transporte marítimo. As relações entre operadores de terminais e
transportadoras tornaram-se cruciais, principalmente no tráfego
em contêiner. Isto é necessário para superar as restrições físicas
e de tempo do transbordo, principalmente nos portos.
Agora que terminamos este grande aprendizado acerca
da logística, GCS e custos de transporte, finalizamos todo o
conteúdo de nossa primeira unidade.
Viu como os assuntos abordados nesta unidade, embora
possuam algum grau de complexidade são de fácil aprendizado?
É importante que você tenha compreendido todo o assunto desta
primeira unidade, pois ela é a base para o que iremos tratar de
agora em diante.
Nossa disciplina é estruturada para construirmos passo-a-
passo o conhecimento. Por isso a importância de ter compreendido
tudo claramente. Na próxima unidade nos aprofundaremos sobre
gestão de materiais, cadeia de valor e gestão de riscos.

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58 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Estou aqui para abordar de forma eficiente todos os


conteúdos e que ao final da disciplina você tenha conhecimento
suficiente sobre as temáticas e isto fará grande diferença na sua
vida profissional.
Bom estudo!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 59

02
UNIDADE

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60 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

INTRODUÇÃO
Quando estudamos a importância da gestão de custos,
risco e perdas podemos perceber o quanto ela é importante
em uma organização. Na verdade, uma empresa possui vários
elementos que o gestor deve ficar sempre atento, caso contrário
a organização pode enfrentar sérios problemas, seja de
competividade, financeiro e etc. Nesta segunda unidade vamos
deixar um pouco de lado às questões logísticas e de custos, foco
da unidade anterior, e vamos nos concentrar na gestão de riscos
e perdas. Inicialmente iremos estudar sobre a gestão de riscos, a
sua importância e os planos de gerenciamento. Depois, iremos
estudas sobre a gestão de perdas nas organizações. Em seguida
iremos entender como funciona a gestão dos recursos materiais
nas empresas. Por fim, vamos estudar a análise da cadeia de
valor, focando na vantagem competitiva da organização. Assim,
finalizaremos todo o conteúdo proposto para você nesta unidade.
Vamos lá?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 61

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 2. Nesta
unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das
seguintes competências profissionais:

1 Compreender a importância da gestão de riscos nas


empresas;

2 Conhecer a gestão de perdas nas organizações;

3 Entender como funciona a gestão de materiais nas


organizações;

4 Compreender como funciona a cadeia de valor.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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62 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Compreendendo importância da gestão


de riscos nas empresas

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você compreenderá a importância


da gestão de riscos. Abordaremos os primeiros conceitos sobre
gestão de risco para que você entenda melhor a temática. Em
seguida, iremos destacar a importância da gestão de riscos e
os planos que as empresas precisam desenvolver para mitigar
estes riscos. Mais adiante, observaremos as estratégias de
gerenciamento de riscos. Mas, você sabia que a gestão de riscos
também apresenta algumas limitações? Iremos estudar também
algumas destas limitações. Por fim, estudaremos os padrões de
gerenciamento de riscos, com foco na norma ISSO 31000 que
trata dos princípios e diretrizes para o gerenciamento de riscos.
É o que estudaremos neste capítulo a partir de agora. Vamos em
frente! Avante!

A gestão de riscos
Toda organização está exposta a eventuais riscos e suas
consequências. Naturalmente, pode ser solicitado ao gesto
logístico, por exemplo, apoio na realização planos de mitigação
de riscos da organização. Assim, os gestores devem ter
conhecimento do que se trata a gestão de riscos e onde ele irá
atuar. É o que iremos aprender agora!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 63

DEFINIÇÃO

A gestão de riscos é o processo de identificação, avaliação e


controle de ameaças ao capital e aos ganhos de uma organização.
Essas ameaças ou riscos podem resultar de uma ampla variedade
de fontes, incluindo incerteza financeira, responsabilidades
legais, erros de gerenciamento estratégico, acidentes e desastres
naturais.

Figura 1: As organizações devem fazer uma boa gestão de riscos.

Fonte: Freepik

Se formos observar na perspectiva tecnológica, as ameaças


à segurança de TI e os riscos relacionados aos dados, e as
estratégias de gerenciamento de riscos para aliviá-los, tornaram-
se uma das principais prioridades das empresas digitalizadas.
Como resultado, um plano de gerenciamento de riscos
inclui cada vez mais os processos das empresas para identificar

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64 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

e controlar ameaças a seus ativos digitais, incluindo dados


corporativos proprietários, informações de identificação pessoal
de um cliente e propriedade intelectual.

EXEMPLO

Um exemplo de gerenciamento de riscos pode ser um negócio


que identifique os vários riscos associados à abertura de um novo
local. Eles podem mitigar os riscos escolhendo locais com muito
tráfego de pedestres e baixa concorrência de empresas similares
na área.

Todas as empresas e organizações correm o risco de


eventos inesperados e prejudiciais que podem custar dinheiro à
empresa ou causar seu fechamento permanente. O gerenciamento
de riscos permite que as organizações tentem se preparar para o
inesperado, minimizando riscos e custos extras antes que eles
aconteçam.

Por que a gestão de riscos é importante?


Ao implementar um plano de gestão de riscos e
considerando os vários riscos ou eventos em potencial antes
que eles ocorram, uma organização pode economizar dinheiro e
proteger seu futuro.
Um parque de diversões ao ar livre sabe que seus negócios
dependem completamente do clima. A fim de atenuar o risco de
um grande impacto financeiro sempre que houver uma estação
ruim, o parque pode optar por gastar bem menos e acumular
reservas de caixa.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 65

Isso ocorre porque um plano robusto de gerenciamento de


riscos ajudará a empresa a estabelecer procedimentos para evitar
ameaças em potencial, minimizar seu impacto caso ocorram e
lidar com os resultados.
Essa capacidade de entender e controlar os riscos
permitirá que as organizações se sintam mais confiantes sobre
suas decisões de negócios. Além disso, princípios sólidos de
governança corporativa que se concentram especificamente no
gerenciamento de riscos podem ajudar a empresa a atingir seus
objetivos.
Figura 2: Negligenciar os riscos da empresa pode ser perigoso.

Fonte: Freepik

Outros benefícios importantes do gerenciamento de riscos


incluem:
 Cria um ambiente de trabalho seguro para todos os
funcionários e clientes.
 Aumenta a estabilidade das operações comerciais e
reduz a responsabilidade legal.
 Oferece proteção contra eventos que são prejudiciais à
empresa e ao meio ambiente.
 Protege todas as pessoas e ativos envolvidos contra
possíveis danos.

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66 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

 Ajuda a estabelecer as necessidades de seguro da


organização para economizar em prêmios desnecessários.
Imagine um hospital que atue sem a gestão de riscos? Isto
seria algo totalmente irresponsável, colocando em risco à vida
de pacientes e da própria empresa. E quando se fala da gestão
de riscos fica subtendido que estamos falando naturalmente de
segurança, mas estas gestões devem ser feitas de forma isolada.
Na maioria das organizações, os departamentos de gestão
de riscos e segurança são separados, pois eles incorporam
diferentes lideranças, objetivos e escopo. No entanto, algumas
empresas estão reconhecendo que a capacidade de fornecer
atendimento seguro e de alta qualidade aos clientes é necessária
para a proteção de ativos financeiros e, como resultado, deve ser
incorporada ao gerenciamento de riscos.
Agora que estudamos sobre a importância do gerenciamento
de riscos, vamos estudar os planos de gestão de riscos. Vamos lá!

Planos de gestão de riscos


Todos os planos de gestão de riscos seguem as mesmas
etapas que se combinam para compor o processo geral de
gerenciamento de riscos:
 Estabelecer contexto: Entenda as circunstâncias nas
quais o processo investigado ocorrerá. Os critérios que serão
usados para avaliar o risco também devem ser previamente
estabelecidos e a estrutura da análise deve ser definida.
 Identificação de riscos: A empresa irá identificar e
definir os riscos potenciais e como eles podem influenciar de
forma negativa um processo/projeto específico da empresa.
 Análise de risco: Depois que empresa identifica os
tipos específicos de riscos, ela determina as chances de ocorrer
(probabilidade), bem como as possíveis consequências, caso o
evento ocorra. O objetivo desta análise é compreender da melhor

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 67

forma cada situação específica e como isso pode influenciar os


processos/projetos e objetivos da empresa.
 Avaliação de riscos e avaliação: O risco é posteriormente
avaliado depois que se determina a probabilidade geral de
ocorrência do risco alinhada com sua respectiva consequência
geral. A organização pode (e deve) então tomar decisões sobre
se o risco é relevante e se está disposta a adotá-lo com base para
a mitigação.
 Mitigação de riscos: Durante esta etapa, as empresas
avaliam seus riscos com as maiores classificações e desenvolvem
um plano para atenuá-los usando controles específicos para cada
tipo de risco. Esses planos incluem processos de mitigação de
riscos, táticas de prevenção de riscos e planos de contingência
no caso de o risco se concretizar.
 Monitoramento de riscos: Uma parte do processo de
mitigação inclui o acompanhamento dos riscos e do plano geral
para monitorar e verificar os riscos novos e existentes de forma
contínua. O processo geral de gerenciamento de riscos também
deve ser revisado e atualizado periodicamente, para que esteja
sempre de acordo com as necessidades.
 Comunicar e consultar: Os acionistas internos e
externos devem ser incluídos na comunicação e consultados em
cada etapa apropriada do processo de gerenciamento de riscos.

CURIOSIDADE

Você deve agora estar se perguntado: Como podemos identificar


um risco? Você sabia que com algumas perguntas simples e
objetivas você poderá identificar um risco e traçar as melhores
estratégias?

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68 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 3: Os planos de gestão de riscos devem ser elaborados obedecendo etapas específicas.

Fonte: Freepik

As estratégias de gerenciamento de riscos também devem


tentar responder às seguintes perguntas:
O que pode dar errado? Considera o local de trabalho
como um todo e o trabalho individual.
Como isso afetará a organização? Considera a probabilidade
do evento e se ele terá um impacto grande ou pequeno.
O que pode ser feito? Que medidas podem ser tomadas
para evitar a perda? O que pode ser feito para recuperar se
ocorrer uma perda?
Se algo acontecer, como a organização pagará por isso?
Observe que são perguntas bastante simples, mas
suas respostas podem lhe apoiar a criar um bom plano de
gerenciamento de riscos para sua organização.
Agora que estudamos sobre os planos para a gestão
de riscos, vamos estudar que, uma vez que os riscos e suas
consequências são identificados, é preciso utilizar estratégias
específicas para cada tipo de risco.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 69

Vamos lá!

Estratégias de gerenciamento de riscos


Depois que os riscos específicos da empresa são
identificados e o processo de gerenciamento de riscos foi
implementado, existem várias estratégias diferentes que as
empresas podem adotar em relação aos diferentes tipos de risco:
 Prevenção de riscos: Embora a eliminação completa
de todos os riscos raramente seja possível, uma estratégia
de prevenção de riscos é projetada para desviar o maior
número possível de ameaças, a fim de evitar as consequências
dispendiosas e disruptivas de um evento prejudicial.
 Redução de risco: Às vezes, as empresas conseguem
reduzir a quantidade de efeito que certos riscos podem ter
nos processos da empresa. Isso é alcançado ajustando certos
aspectos de um plano geral do projeto ou processo da empresa
ou reduzindo seu escopo.
 Partilha de riscos: Às vezes, as consequências de um risco
são compartilhadas ou distribuídas entre vários participantes ou
departamentos de negócios do projeto. O risco também pode ser
compartilhado com terceiros, como um fornecedor ou parceiro
de negócios.
 Risco de retenção: Às vezes, as empresas decidem que
um risco vale a pena do ponto de vista comercial, e decidem
mantê-lo e lidar com qualquer possível potencial. As empresas
geralmente retêm um certo nível de risco se o lucro esperado de
um projeto for maior que os custos de seu risco potencial.
Imagine que você é investidor que compra ações de uma
nova e empolgante empresa com alta avaliação, mesmo sabendo
que as ações podem cair significativamente. Nessa situação, a
aceitação do risco é exibida quando o você compra a ação, apesar
da ameaça, sentindo que o potencial da grande recompensa
supera o risco.

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70 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Observe que à medida que avançamos em nosso capítulo,


fica mais evidente a importância do gerenciamento dos riscos
nas organizações. Você deve observar também, que com a
propriedade deste conhecimento, um controlador terá muito
mais habilidade para lidar com os planos de gestão de riscos.
Figura 4: Adotar a estratégia de gerenciamento de riscos correta é fundamental.

Fonte: Freepik

Porém, é preciso ficar atento, pois a gestão de riscos pode


apresentar algumas limitações. É o que veremos agora!

As limitações na gestão de riscos


Embora o gerenciamento de riscos possa ser uma prática
extremamente benéfica para as organizações, suas limitações
também devem ser consideradas.
Muitas técnicas de análise de risco, como a criação de um
modelo ou simulação, exigem a coleta de grandes quantidades
de dados. Essa extensa coleta de dados pode ser cara e não é
garantida a confiabilidade.
Além disso, o uso de dados nos processos de tomada de
decisão pode ter resultados ruins se indicadores simples forem

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 71

usados para refletir as realidades muito mais complexas da


situação. Da mesma forma, a adoção de uma decisão em todo o
projeto destinada a um pequeno aspecto pode levar a resultados
inesperados.
Outra limitação é a falta de conhecimento e tempo de
análise. Foram desenvolvidos programas de software que
simulam eventos que podem ter um impacto negativo na empresa.
Embora econômicos, esses programas complexos exigem
pessoal treinado, com habilidades e conhecimentos abrangentes,
a fim de entender com precisão os resultados gerados.
Figura 5: É preciso entender as limitações para superá-las.

Fonte: Freepik

A análise de dados históricos para identificar riscos também


requer pessoal altamente treinado. Esses indivíduos nem sempre
podem fazer parte dos projetos. Mesmo que em algum momento
estejam disponíveis, frequentemente não há tempo suficiente
para reunir todas as suas descobertas, resultando em conflitos.
Outras limitações da gestão de riscos são:

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72 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Uma falsa sensação de estabilidade: As medidas de valor


em risco se concentram no passado e não no futuro. Portanto,
quanto mais as coisas correrem bem, melhor será a situação.
Infelizmente, isso torna mais provável uma desaceleração.
A ilusão de controle: Os modelos de risco podem dar
às organizações a falsa crença de que podem quantificar e
regular todos os riscos em potencial. Isso não é verdade porque
é impossível esperar o inesperado. Além disso, não há dados
históricos para novos produtos, portanto não há experiência para
basear modelos.
Falha ao ver o quadro geral: É difícil ver e entender a
imagem completa do risco cumulativo.
O gerenciamento de riscos é imaturo: Ainda há um longo
caminho a percorrer antes do desenvolvimento de técnicas e
modelos que realmente se ajustem ao objetivo de gerenciamento
de riscos.
Agora que entendemos as limitações do gerenciamento
de riscos, vamos avançar para finalizar nossa temática. Agora,
estudaremos sobre os padrões de gerenciamento de riscos.
Vamos em frente!

Padrões de gerenciamento de riscos


Desde o início dos anos 2000, vários órgãos do setor e
do governo expandiram as regras de conformidade regulamentar
que examinam os planos, políticas e procedimentos de
gerenciamento de riscos das empresas.
Em um número crescente de indústrias, os conselhos de
administração são obrigados a revisar e relatar a adequação
dos processos de gerenciamento de riscos corporativos. Como
resultado, a análise de risco, auditorias internas e outros meios
de avaliação de risco tornaram-se componentes principais da
estratégia de negócios.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 73

Os padrões de gerenciamento de riscos foram desenvolvidos


por várias organizações, incluindo o Instituto Nacional de
Padrões e Tecnologia (NIST) e a Organização Internacional de
Padronização (ISO).
Esses padrões foram projetados para ajudar as organizações
a identificar ameaças específicas, avaliar vulnerabilidades únicas
para determinar seus riscos, identificar maneiras de reduzir esses
riscos e, em seguida, implementar esforços de redução de riscos
de acordo com a estratégia organizacional.
Os princípios da ISO 31000, por exemplo, fornecem
estruturas para melhorias no processo de gerenciamento de
riscos que podem ser usadas pelas empresas, independentemente
do tamanho da organização ou do setor de destino.

ACESSE

Os princípios e diretrizes da ISSO 31000 está disponível na


ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e pode ser
acessada no seguinte endereço: http://bit.ly/2ts3NyI.

Segundo o site da ABNT:


“A ISO 31000 foi projetada para aumentar a probabilidade
de alcançar objetivos, melhorar a identificação de oportunidades
e ameaças e alocar e usar efetivamente os recursos para
tratamento de riscos”.
Embora a ISO 31000 não possa ser usada para fins de
certificação, ela pode ajudar a fornecer orientações para auditoria
de riscos internos ou externos e permite que as organizações
comparem suas práticas de gerenciamento de riscos com os
benchmarks reconhecidos internacionalmente.

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74 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

IMPORTANTE

É justamente fundamentada na ISSO 31000 que o gestor irá


fazer seu trabalho. Fundamentado nas normas estabelecidas
ele irá realizar o monitoramento e controle, comparando, o que
está sendo realizado efetivamente na empresa, com o que está
estabelecido na norma.

Os padrões ISO e outros semelhantes foram desenvolvidos


em todo o mundo para ajudar as organizações a implementar
sistematicamente as melhores práticas de gerenciamento de
riscos. O objetivo final desses padrões é estabelecer estruturas e
processos comuns para implementar efetivamente estratégias de
gerenciamento de riscos.
Figura 6: O atendimento a ISO31000 leva a organização à qualidade e satisfação de todos.

Fonte: Freepik

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 75

Esses padrões são frequentemente reconhecidos por órgãos


reguladores internacionais ou por grupos-alvo da indústria. Eles
também são regularmente complementados e atualizados para
refletir as fontes de risco de negócios que mudam rapidamente.
Embora o cumprimento desses padrões seja geralmente
voluntário, a adesão pode ser exigida pelos reguladores do setor
ou por meio de contratos comerciais.
Após estudarmos toda essa temática, já deve estar claro
que o risco é sobre incerteza. Se você colocar uma estrutura em
torno dessa incerteza, arriscará efetivamente sua atividade. E
isso significa que, se você fizer uma boa gestão destes riscos,
você pode avançar com muito mais confiança para alcançar seus
objetivos.
Ao identificar e gerenciar uma lista abrangente de riscos
de das atividades, surpresas e barreiras desagradáveis podem
ser reduzidas e oportunidades descobertas. O processo de
gerenciamento de riscos também ajuda a resolver problemas
quando eles ocorrem, porque esses problemas foram previstos
e os planos para tratá-los já foram desenvolvidos e acordados.
Quando você não faz um plano de gestão de riscos, entra
no modo “combate a incêndios” para corrigir problemas que
poderiam ter sido previstos.

RESUMINDO

O resultado final de uma boa gestão de riscos é que você minimiza


os impactos das ameaças do projeto e captura as oportunidades
que ocorrem.

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76 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Agora que já sabemos sobre a importância da gestão de


riscos nas organizações, vamos avançar nosso estudo e entender
agora uma outra temática bem importante nas empresas, em que
o papel do controlador mais uma vez merece destaque: a gestão
de perdas.
Vamos lá!

Conhecendo a gestão de perdas nas


organizações

OBJETIVO

Ao término deste capítulo conhecerá acerca do gerenciamento


de perdas nas organizações. Sem perceber, os gestores não
são importância a esta temática e quando menos espera
encontra-se no meio de uma falência. É preciso evitar roubos,
desvios, desperdícios, etc. É este o papel do gerenciamento de
perdas. Iremos entender inicialmente sobre as definições de
gerenciamento de perdas. Avançaremos estudando três maneiras
de realizar o gerenciamento de perdas e lucros de forma eficiente.
Por fim, estudaremos sobre quatro técnicas que podem ser
utilizadas para fazer a análise de investimentos e evitar que haja
perdas financeiras para a empresa. E então? Vamos mergulhar
neste novo mundo? Então vamos lá. Avante!

O gerenciamento de perdas
O gerenciamento de perdas descreve um sistema que
uma empresa usa para detectar, identificar, investigar e impedir
eventos que causam uma queda na receita, ativo e serviço de
uma organização.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 77

As melhorias no gerenciamento de perdas podem envolver


alterações nas políticas operacionais e no modelo de negócios
de uma empresa, a fim de limitar casos de perda acidental ou
intencional.
O gerenciamento do controle de perdas refere-se ao
processo de gerenciamento do nível de risco à segurança no
local de trabalho.
Um roubo intencional de propriedade da empresa e danos
acidentais a produtos como resultado de máquinas defeituosas
constituem fontes de perda que seriam de responsabilidade do
gerenciamento de perdas.
Os representantes da empresa podem trabalhar junto com
consultores para melhorar as práticas de gerenciamento de
perdas de uma empresa.

++
+
EXPLICANDO DIFERENTE

É tarefa de um consultor de controle de perdas identificar


exposições a possíveis perdas devido a incidentes de segurança
e identificar como essas exposições podem ser melhoradas de
maneira econômica.

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78 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 7: Ter uma equipe responsável pelo gerenciamento de perdas é importantíssimo.

Fonte: Freepik

Os serviços de gerenciamento de controle de perdas são


normalmente fornecidos por empresas de seguros e consultorias
privadas, embora as grandes empresas também possam ter
sistemas internos de gerenciamento de controle de perdas.
Indivíduos que praticam o gerenciamento de controle
de perdas geralmente têm experiência em engenharia, higiene
industrial, proteção contra incêndio ou áreas afins. A certificação
em gerenciamento de controle de perdas é oferecida por várias
organizações.
Além dos serviços especializados fornecidos por
consultores dedicados em controle de perdas, o gerenciamento
geral de controle de perdas pode ser conduzido (como vimos
anteriormente), pela própria empresa, através de gerentes,
supervisores e outras pessoas responsáveis. Essas pessoas
geralmente participam de programas de educação profissional
continuada que fornecem níveis fundamentais de treinamento
em gerenciamento de riscos e identificação de perigos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 79

O gerenciamento de perdas pode ser de natureza proativa


ou reacionária. Muitas empresas utilizam vários métodos para
desencorajar ou impedir o roubo e consideram que o roubo do
produto se enquadra nos protocolos de gerenciamento de perdas.
Essa etapa de prevenção pode incluir etiquetas magnéticas
de segurança nas roupas, colocar produtos atrás de invólucros de
vidro e proteger mercadorias com fios ou cabos finos.
Outras técnicas de gerenciamento de perdas incluem o
treinamento de funcionários para detectar atividades suspeitas.
Um programa de controle de perdas totalmente implementado
deve identificar todos os riscos em potencial no local de trabalho,
implementar controles eficazes e avaliar os impactos financeiros
dos riscos e medidas de segurança existentes no local de trabalho.
Considerando tudo isso, criamos há três maneiras de fazer
o gerenciamento de lucros e perdas corretamente:

Monitore relatórios constantemente


Os relatórios de resultados são gerados semanalmente,
mensalmente, trimestralmente ou anualmente, com base no
procedimento operacional padrão da empresa. No entanto,
os contadores podem gerar relatórios conforme necessário e
solicitado pela gerência. Aproveite isso e observe constantemente
os números. Procure tendências e use-a para prever e projetar
lucros e minimizar perdas.
Os dados de resultados da empresa mostram indicadores
como receita, despesas e receita líquida ou perda líquida se as
despesas excederem a receita. As receitas variam de ganhos
operacionais e receitas de juros a caixa gerado em investimentos
com outros estabelecimentos.
Somente os relatórios podem ajudá-lo a tomar decisões
de negócios informadas para ajudar sua empresa a maximizar
lucros.

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80 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Combine o monitoramento com as despesas


O dinheiro ainda é fundamental em uma organização, não
importa o tipo ou tamanho da empresa. O gerenciamento eficaz
do dinheiro mostra como uma empresa pode economizá-lo,
aumenta seu caixa existente e evita o colapso financeiro. Isso
deve ser gerenciado ou controlado com eficiência. As despesas
(dinheiro ou despesas enviadas) devem ser monitoradas.
Combinado aos relatórios perdas e lucros, o monitoramento
ajuda as empresas a economizar dinheiro durante os meses
magros e a gastar mais nos meses bons, investindo em novos
produtos, infraestrutura, tecnologia, mão de obra ou qualquer
aspecto necessário para o crescimento dos negócios.
O desenvolvimento de uma estratégia de negócios que
combine o monitoramento de lucros e perdas com o as despesas
resultarão em um gerenciamento eficaz da receita ajudará a
empresa a perceber que está obtendo lucros.

Terceirize a equipe para gerenciamento de


resultados
Pode ser difícil gerar relatórios de resultados, especialmente
quando há muita burocracia na organização. Também pode ser
um desafio fazer projeções, se você estiver muito envolvido
ou imerso na empresa. Você pode acabar preferindo manter o
instinto, no lugar de parar e fazer a análise.
A parceria com uma empresa de soluções financeiras e
contábeis para formar uma equipe de contadores certificados
para gerar relatórios estritamente do ponto de vista contábil pode
dar ao gerente uma perspectiva diferente. A equipe também pode
ajudar a desenvolver uma fórmula de estratégia de negócios para
ajudar o proprietário da empresa a entender como aumentar ou
ganhar mais dinheiro.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 81

Existem muitos fatores que afetam a lucratividade de


um negócio e o gerenciamento de lucros e perdas é apenas um
aspecto. Estratégias de negócios eficazes, administração de
caixa, maximização de lucros e perdas com base nos pontos
fortes da empresa são exemplos de como uma empresa pode
economizar, ganhar e diminuir perdas.
Não importa quanto dinheiro a empresa possua ou quantos
ativos possua, as perdas que se estenderem por longos períodos
enfraquecerão o valor de seus ativos, diminuirão suas reservas
de caixa e a levarão à falência. O gerenciamento de lucros e
perdas ajudará uma empresa a impedir que perdas substanciais
ocorram.
O controle de perdas é necessário para garantir
sustentabilidade e lucratividade a longo prazo, mas a construção
de uma estratégia personalizada de controle de perdas e
gerenciamento de riscos pode não ser o foco principal do
negócio. Assim, a empresa precisa criar uma cultura e um
programa de gerenciamento de perdas projetados sob medida
para a organização.
O gestor de prevenção de perdas não pode mais ficar
somente atrelado ao âmbito operacional, ele deve ter diversas
competências e habilidades e estar focado diretamente no âmbito
estratégico. Porém não se pode ter somente ideias, é preciso tirá-
las do papel de forma estruturada e, nesses casos, a gestão de
recursos em prevenção de perdas é uma grande aliada.
Vamos entender melhor sobre este assunto a partir de
agora!

Técnicas de avaliação de perdas


financeiras
Já entendemos que é importante realizar uma boa
prevenção de perdas, mas estimar os benefícios do investimento

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82 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

em termos financeiros também é extremamente importante. As


principais técnicas que você pode usar para isso são:
 Período de retorno (payback).
 Taxa de retorno contábil.
 Análise de risco e sensibilidade de investimento.
 Fluxo de caixa descontado.
Ao usar essas técnicas, você deve ignorar quaisquer
custos irrecuperáveis (custos que você já incorreu ou gastaria
independentemente). Isso não faz parte do seu investimento
específico.
Vamos lá, entender cada uma destas técnicas!
Período de retorno
A técnica mais simples de avaliação financeira de
investimento é o método de retorno. O período de retorno é o
tempo que leva para que a entrada líquida de caixa seja igual
ao investimento em caixa. Esta é uma avaliação relativamente
grosseira e é frequentemente usada simplesmente como um
processo de triagem inicial.
Geralmente é a técnica padrão para empresas menores e se
concentra no fluxo de caixa, não no lucro.
Taxa contábil de retorno
Uma maneira melhor de comparar investimentos
alternativos é a taxa de retorno contábil (ARR), que expressa o
‘lucro’ como uma porcentagem dos custos. Essa taxa compara
os lucros que você espera obter de um investimento com o valor
necessário para investir.
Normalmente, é calculado como o lucro médio anual que
você espera ao longo da vida de um projeto de investimento,
comparado com o valor médio do capital investido.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 83

No entanto, isso tem a desvantagem de não levar em


consideração o momento das receitas e despesas. Isso faz uma
diferença significativa em todos os projetos, exceto os mais
curtos e com maior consumo de capital.
Análise de risco e sensibilidade de investimento
A análise de risco e sensibilidade do investimento é
essencial para uma avaliação realista dos riscos. Na prática, o
maior risco para muitos investimentos é a interrupção que eles
podem causar.
Essa análise, por exemplo, vai observar quanto o seu lucro
pode mudar conforme algumas variáveis se alterar, tais como:
investimento em propagada, receita total, valor do imposto de
renda, etc.
Fluxo de caixa descontado
O fluxo de caixa descontado aplica uma taxa de desconto
para calcular o equivalente atual de um fluxo de caixa futuro.
Existem dois tipos de métodos de avaliação de desconto: o valor
presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR).
Na maioria dos casos, técnicas de fluxo de caixa descontado
são apropriadas para avaliar o valor dos benefícios e formas
alternativas de entregá-los a empresa.
Figura 8: Uma boa análise de perdas financeiras é necessária sempre.

Fonte: Freepik

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84 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Agora que já sabemos sobre a importância da gestão de


perdas nas organizações, como fazer um bom gerenciamento de
perdas e quais técnicas podemos utilizar para evitarmos perdas
financeiras (de investimentos), vamos avançar no assunto.
A partir de agora vamos estudar a gestão de materiais e
como ela se relaciona com a gestão de custos, riscos e perdas.
Vamos lá!

Entendendo como funciona a gestão de


materiais nas organizações

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender que


os recursos organizacionais representam todos os recursos
disponíveis para a organização, necessários para o desempenho
de suas atividades. Neste recurso estão incluídos; recursos
humanos, financeiros, materiais, entre outros. Iremos focar nos
recursos materiais e seu gerenciamento. Os gestores que atuam
na área de gestão sabem da importância de conhecer cada um
destes recursos. Além disso, este conhecimento te dará um
ganho competitivo no mercado de trabalho. Conhecer bem esta
temática é elemento relevante no seu conhecimento e em sua
profissão. Vamos desbravar este novo universo em busca de
mais conhecimento. Então vamos lá. Avante!

A gestão de recursos materiais


Os gestores de uma organização precisam estar cada vez
mais atentos à gestão dos recursos materiais, uma vez que são

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 85

bens tangíveis, que podem ser utilizados pela organização para


atingir seus objetivos.
Como acabamos de estudar, a gestão de perdas tem uma
forte relação com a gestão de materiais, pois sem uma boa gestão
de materiais as perdas acabam sendo inevitáveis. Logo, estes
dois assuntos são estritamente afins.
Os recursos materiais mais comuns aos quais nos
relacionamos de alguma forma são: imóveis, insumos,
ferramentas e utensílios, máquinas e material de escritório. Eles
são essenciais e necessários e se uma determinada organização
deseja realizar ou executar uma ação exitosa, sem os recursos
materiais ela provavelmente falhará ou não alcançará os
objetivos propostos.
É importante, no entanto, destacar que não existe nenhum
recurso material que garanta o sucesso da organização. A ideia
é que haja um equilíbrio dos recursos materiais que possam
garantir esse sucesso.
Cabe, neste caso, ao gerente administrativo e financeiro
avaliar, controlar e monitorar a gestão destes recursos.
Figura 9: As organizações devem fazer uma boa gestão de materiais.

Fonte: Freepik

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86 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Assim, podemos ver que o gerenciamento do recurso


material é muito importante. Alguns gestores negligenciam esse
controle e isso é um grande erro! Vamos entender então o que
significa essa administração de recursos materiais.
A necessidade de gerenciamento de materiais foi sentida
pela primeira vez em empresas de manufatura. As organizações
de manutenção também começaram a sentir a necessidade
desse controle e agora até organizações não-comerciais, como
hospitais, universidades etc. perceberam a importância do
gerenciamento de materiais.
Como vimos, qualquer quantia evitável gasta em materiais
ou qualquer perda devido ao desperdício de materiais aumenta
o custo de produção. O objetivo do gerenciamento de materiais
é atacar o custo dos materiais em todas as frentes e otimizar os
resultados finais gerais.
O gerenciamento de materiais se refere o controle do tipo,
quantidade, localização e transformação das várias mercadorias
utilizadas e produzidas pelas empresas industriais. É o controle
dos materiais de forma a garantir o máximo retorno sobre o
capital de giro.
A gestão de recursos materiais é o planejamento, a direção,
o controle e a coordenação de todas as atividades relacionadas aos
requisitos de material e estoque, desde o início até a introdução
no processo de fabricação.
Todas as funções que começam com a aquisição de
materiais e terminam com a conclusão da fabricação fazem parte
do gerenciamento de materiais.
O gerenciamento de materiais é o funcionamento
integrado das várias seções de uma organização que lida com o
fornecimento de materiais e atividades afins, a fim de alcançar a
máxima coordenação.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 87

Agora que entendemos o conceito de gestão de recursos


materiais, vamos aprofundar e entender melhor a importância
desta temática para a organização. Vamos em frente!

Importância do gerenciamento de
materiais
O gerenciamento de materiais é uma função de serviço.
É tão importante quanto a fabricação, engenharia e finanças e o
fornecimento de qualidade adequada dos materiais é essencial
para a fabricação de produtos padrão. Evitar o desperdício
de material ajuda a controlar o custo de produção, assim o
gerenciamento de materiais é essencial para todo tipo de
preocupação.
A importância do gerenciamento de materiais pode ser
resumida da seguinte forma:
1. O conteúdo do custo do material do custo total é mantido
em um nível razoável. A compra programada ajuda na aquisição
de materiais a preços razoáveis. O armazenamento adequado
de materiais também ajuda a reduzir seus desperdícios. Esses
fatores ajudam no controle do conteúdo de custo dos produtos.
2. O custo de materiais indiretos é mantido sob controle.
Às vezes, o custo de materiais indiretos também aumenta o custo
total de produção, porque não há controle adequado sobre esses
materiais.
3. O equipamento é utilizado adequadamente porque não
há falhas devido ao suprimento tardio de materiais.
4. A perda de mão-de-obra direta é evitada.
5. O desperdício de materiais na fase de armazenamento e
seu movimento são mantidos sob controle.
6. O fornecimento de materiais é rápido e as instâncias de
entrega tardia são poucas.

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88 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

7. Os investimentos em materiais são mantidos sob


controle, pois o estoque insuficiente e excessivo é evitado.
8. É evitado o congestionamento nas compras e em
diferentes estágios de fabricação.
Observe que a administração de materiais lida com
o controle e a regulação do fluxo de material em relação a
mudanças em variáveis como demanda, preços, disponibilidade,
qualidade, cronogramas de entrega, etc.
Assim, o gerenciamento de materiais é uma função
importante de uma organização que abrange vários aspectos do
processo de entrada, ou seja, trata de matérias-primas, compras
de máquinas e outros equipamentos necessários para o processo
de produção e peças de reposição para manutenção.
Em um processo de produção, o gerenciamento de materiais
pode ser considerado um processo preliminar de transformação,
pois envolve planejamento e programação para a aquisição de
bens materiais e de capital (com a qualidade e especificação
desejadas), a um preço razoável e no tempo necessário.
Figura 10: O gerenciamento de materiais deve ser feito, preferencialmente, de forma coletiva.

Fonte: Freepik

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 89

A administração de recursos materiais também se preocupa


com a exploração do mercado para os itens a serem adquiridos,
para obter informações atualizadas, controle de estoque e
compras, inspeção do material recebido na empresa, operações
de transporte e manuseio de materiais relacionados a materiais e
muitas outras funções.

CURIOSIDADE

Você sabia que a falta de materiais por problemas no


gerenciamento dos recursos materiais é um dos fatores para
que empresas de pequeno e médio porte (e até mesmo grandes
empresas) fechem suas portas no primeiro ano de existência?

Uma maneira interessante de evitar que isto ocorra


é formular algumas questões: em que medida as faltas de
materiais são resultantes de falhas no gerenciamento de recursos
materiais? Ou ainda: por que funcionam de forma tão dissociada
os sistemas meio e fim?
Ter respostas para essas questões é essencial, pois aponta
os reais motivos e orienta as atividades necessárias para corrigi-
las. O diagnóstico/análise de forma inadequada leva para uma
ação que não alcançará os efeitos esperados.
As principais causas da falta de materiais podem ser
divididas em três pontos distintos, conforme podemos observar
abaixo:
I. Causas estruturais: Falta de prioridade política para o
setor, clientelismo político, controles burocráticos e centralização
excessiva.

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90 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

II. Causas organizacionais: Falta de objetivos, falta


de profissionalismo da direção, falta de capacitação e de
atualização do pessoal, falta de recursos financeiros, falta de
controles, corrupção, falta de planejamento e; rotinas e normas
não estabelecidas adequadamente.
III. Causas individuais: Diretores improvisados,
funcionários desmotivados, etc.
Entender estas causas e tratá-las o mais rápido possível é
importantíssimo para que não haja falta de material. A falta de
material em uma organização pode ser um problema grave e, em
alguns casos, inadmissível. Isto deve ser tratado e solucionado
com máxima urgência.
O conceito de gerenciamento de materiais está, assim,
envolvendo também o gerenciamento geral, envolvendo-se cada
vez mais e criando as formas e os meios para fazer um esforço
total para maximizar a eficiência no controle de materiais através
do pessoal de gerenciamento de materiais.
O escopo da gestão de materiais é dividido em três
elementos, conforme podermos observar a seguir:
1. Planejamento e controle de materiais:
É baseado na previsão de vendas e na meta de produção.
O planejamento de materiais envolve a estimativa de requisitos
de peças, a preparação do orçamento de materiais, a previsão
do nível de estoque, a programação de pedidos e, finalmente, o
monitoramento do desempenho, com vistas a atingir as vendas e
a produção direcionadas.
2. Compra:
Compras corretas, prudentes e eficientes garantem em
grande parte o sucesso do gerenciamento de materiais. As
compras incluem a seleção de fontes de suprimento, a liquidação
de termos com os fornecedores, a colocação de pedidos, o
acompanhamento e os pagamentos a fornecedores, a avaliação

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 91

e classificação de fornecedores e a manutenção de boas relações


com eles.
3. Controle de estoque:
Isso denota controle físico dos materiais. Os materiais
devem ser preservados, pois obsolescência e danos por descarte
oportuno de material devem ser minimizados. A vocação e o
estoque adequados de materiais e a manutenção dos registros das
compras estão dentro do alcance e do controle de estoque. Ao
controlar as compras, o pessoal da loja deve verificar o estoque
físico e reconciliá-los com os valores contábeis.
O escopo do gerenciamento de materiais deve ser limitado
à entrega final dos produtos aos consumidores, em condições e
qualidade adequadas. A ampliação da área de gerenciamento de
materiais entrou em vigor com o surgimento do gerenciamento
integrado de materiais.
Uma vez observada a importância e escopo da gestão de
recursos materiais, vamos estudar agora as funções da gestão de
materiais. Vamos lá!

Funções de gerenciamento de materiais


O gerenciamento de materiais abrange todos os aspectos
de custos, fornecimento e utilização de materiais. As áreas
funcionais envolvidas no gerenciamento de materiais geralmente
incluem compras, controle de produção, expedição, recebimento
e compras.
As seguintes funções são atribuídas à administração de
materiais:
1. Controle de Produção e Material: O gerente de produção
prepara programações de produção projetadas para o futuro. Os
requisitos de peças e materiais são determinados de acordo com
os cronogramas de produção.

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92 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Os cronogramas de produção são preparados com base


em pedidos recebidos ou demanda antecipada de mercadorias.
É garantido que todos os tipos ou partes de material sejam
disponibilizados para que a produção seja realizada sem
problemas.
2. Compra: O departamento de compras está autorizado
a fazer acordos de compra com base em requisições emitidas
por outros departamentos. Este departamento mantém contratos
com fornecedores e coleta cotações, etc. em intervalos regulares.
O esforço deste departamento é comprar produtos de
qualidade adequados a preços razoáveis.
Compras é uma atividade gerencial que vai além do simples
ato de comprar e inclui as atividades de planejamento e política
que abrangem uma ampla gama de atividades relacionadas e
complementares.
3. Compras que não são de produção: Materiais de não
produção, como material de escritório, ferramentas perecíveis e
suprimentos de manutenção, reparo e operação, são mantidos de
acordo com as necessidades dos negócios.
Essas compras podem não ser necessárias diariamente, mas
sua disponibilidade nas compras é essencial. A indisponibilidade
de tais compras pode levar à interrupção do trabalho.
4. Transporte: O transporte de materiais de fornecedores
é uma função importante do gerenciamento de materiais. O
departamento de trânsito é responsável por providenciar o
serviço de transporte.
Como vimos na primeira unidade, os veículos podem ser
adquiridos para a empresa ou podem ser fretados de fora. Tudo
depende da quantidade e frequência de compra de materiais. O
objetivo é organizar instalações de transporte baratas e rápidas
para os materiais recebidos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 93

5. Manuseio de materiais: Ele se preocupa com a


movimentação de materiais dentro de um estabelecimento de
fabricação e o custo de manuseio de materiais é mantido sob
controle.
Também é visto que não há desperdícios ou perdas de
materiais durante seu movimento. Equipamentos especiais
podem ser adquiridos para manuseio de materiais.
6. Recebimento: O departamento de recebimento é
responsável pelo descarregamento dos materiais, contando as
unidades, determinando sua qualidade e enviando-os para os
locais determinados. O departamento de compras também é
informado sobre o recebimento de vários materiais.
Talvez agora já tenha ficado mais claro a importância
destes conceitos para a gestão de perdas e, como vimos, o papel
do gestor hoje dentro da organização é cada vez mais abrangente.
Agora que estudamos estes temas, vamos avançar na nossa
unidade. Agora vamos estudar sobre a análise da cadeia de valor.
Vamos em frente!

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94 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Compreendendo como funciona a gestão


da cadeia de valor

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como


funciona a análise da cadeia de valor em uma organização e sua
gestão. Além disso, você vai estudar e entender, de acordo com
as definições de Michael Porter, o que é vantagem competitiva.
Você deseja que a organização supere seus concorrentes? Então,
entender estes conceitos é fundamental. Você sabe a diferença
de valor, cadeia de valor e margem? Vamos abordar todas estas
temáticas para que você entenda claramente a diferença entre
elas e a importância desta temática para a gestão de custos,
riscos e perdas. Por fim, iremos estudar sobre as atividades
principais e atividades de apoio. Estarei aqui com você para te
passar todo esse conhecimento. E então? Motivado para nosso
último capítulo? Então vamos lá. Avante!

A análise da cadeia de valor


Quando estudamos a gestão de custos podemos observar
que pequenos detalhes podem ser um grande diferencial na
capacidade competitiva de uma empresa.
Assim, torna-se importante observar as atividades de uma
empresa e como ela pode ser tornar melhor, inclusive reduzindo
os custos e aumentando a produtividade. A análise da cadeia de
valor tem forte relação com a gestão de custos. Assim, vamos
entender melhor esta temática.
Originado na década de 1980 por Michael Porter, a análise
da cadeia de valor é a noção conceitual de valor agregado na

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 95

forma de uma cadeia de valor. Ele sugeriu que uma organização


fosse dividida em ‘atividades primárias’ e ‘atividades de apoio’.

DEFINIÇÃO

A análise da cadeia de valor é uma maneira de analisar


visualmente as atividades de negócios de uma empresa para ver
como a empresa pode criar uma vantagem competitiva para si
mesma.

Figura 11: Análise da cadeia de valor de Porter.

Fonte: Wikimedia Commons

A análise da cadeia de valor ajuda a empresa a entender


como agrega valor a alguma coisa e, posteriormente, como pode
vender seu produto ou serviço por mais do que o custo de agregar
valor, gerando assim uma margem de lucro.
Se eles forem executados com eficiência, o valor obtido
deverá exceder os custos de gerenciá-los, ou seja, os clientes
deverão retornar à organização e realizar transações de forma
livre e voluntária.

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A análise da cadeia de valor é mencionada extensivamente


na primeira metade do livro “ Competitive Advantage” em 1985,
por Michael Porter. Porter sugeriu que as atividades dentro
de uma organização agregam valor aos serviços e produtos
que a organização produz, e todas essas atividades devem ser
executadas no nível ideal para que a organização obtenha alguma
vantagem competitiva real.
Mas afinal, o que é vantagem competitiva?
Vantagem competitiva é a capacidade de uma empresa
colocar em prática a “estratégia genérica”, a estratégia genérica
inclui:
 Liderança em custos: Oferecer o menor preço aos clientes
 Diferenciação: Selecionar os atributos importantes que
os compradores desejam para que a empresa possa obter um
preço premium.
 Foco: Fazer cada estratégia de acordo com cada
segmento de mercado.
Uma empresa que deseja superar seus concorrentes,
diferenciando- se por uma qualidade superior, terá que executar
suas atividades da cadeia de valor melhor do que os concorrentes.
Por outro lado, uma estratégia baseada na busca pela
liderança em custos exigirá uma redução nos custos associados
às atividades da cadeia de valor ou uma redução na quantidade
total de recursos utilizados.
Observe que você se depara com dois conceitos
importantes: valor e cadeia de valor. Vamos estudar o que quer
dizer cada um destes elementos.

Valor e cadeia de valor


Valor, neste caso, é o valor total (ou seja, receita total)
que os compradores estão dispostos a pagar pelo produto de

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 97

uma empresa. A diferença entre o valor total e o custo total que


executa todas as atividades da empresa fornece a margem.
Margem, neste caso, implica dizer que as organizações
lucro, que depende de sua capacidade de gerenciar os vínculos
entre todas as atividades da cadeia de valor.
Figura 12: Os gestores devem atuar para que a organização forneça margens cada vez maiores.

Fonte: Freepik

A organização é capaz de fornecer um produto/serviço


pelo qual o cliente está disposto a pagar mais do que a soma dos
custos de todas as atividades da cadeia de valor.
Uma cadeia de valor concentra-se nas atividades que
começam com matérias-primas até a conversão em bens ou
serviços finais. As fontes da vantagem competitiva de uma
empresa podem ser vistas em suas atividades discretas e em
como elas interagem.
Os objetivos finais na realização da análise da cadeia de
valor são maximizar a criação de valor, além de monitorar e
minimizar os custos.
Essas atividades discretas envolvem a aquisição e o
consumo de recursos - dinheiro, mão de obra, materiais,

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equipamentos, prédios, terrenos, administração e gerenciamento.


Como as atividades da cadeia de valor são realizadas determina
os custos e afeta os lucros.
A maioria das organizações se envolve em centenas, até
milhares, de atividades no processo de conversão de entradas em
saídas. Essas atividades, que todas as empresas devem realizar
de alguma forma, podem ser classificadas geralmente como
atividades principais ou de apoio.

Atividades primárias
Na primeira unidade estudamos sobre os conceitos de
logística. Este conhecimento abordado dará fundamento para
que possamos entender melhor sobre as atividades primárias,
conforme veremos a seguir.
As atividades principais estão diretamente relacionadas à
criação e entrega de um produto. Eles podem ser agrupados em
cinco áreas principais: logística de entrada, operações, logística
de saída, marketing e vendas e serviço. Cada uma dessas
atividades primárias está vinculada a atividades de apoio que
ajudam a melhorar sua eficácia ou eficiência. Segundo Porter, as
atividades principais são:
 Logística de entrada: Refere-se a bens obtidos dos
fornecedores da organização e a serem utilizados na produção
do produto final.
 Operações: Matérias-primas e mercadorias utilizadas
na fabricação do produto final. O valor é agregado ao produto
nesse estágio, conforme ele se move pela linha de produção.
 Logística de saída: Depois que os produtos são
fabricados, eles estão prontos para serem distribuídos aos centros
de distribuição, atacadistas, varejistas ou clientes. A distribuição
de produtos acabados é conhecida como logística de saída.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 99

 Marketing e vendas: O marketing deve garantir que o


produto seja direcionado ao grupo de clientes correto. O mix
de marketing é usado para estabelecer uma estratégia eficaz;
qualquer vantagem competitiva é claramente comunicada ao
grupo-alvo por meio do mix promocional.
 Serviços: Após a venda do produto/serviço, quais
serviços de suporte a organização oferece aos clientes? Isso
pode ocorrer na forma de treinamento pós-venda e garantias.
Com as atividades acima, qualquer uma ou uma
combinação delas é essencial para que a empresa desenvolva a
“vantagem competitiva” de que Porter fala em seu livro.
Agora que já sabemos quais são as atividades principais,
vamos conhecer as atividades de apoio. Vamos lá!

Atividades de apoio
As atividades de apoio ajudam as atividades principais
da organização a alcançar sua vantagem competitiva. Existem
quatro áreas principais de atividades de suporte: compras,
desenvolvimento de tecnologia (incluindo P&D), gerenciamento
de recursos humanos e infraestrutura (sistemas de planejamento,
finanças, qualidade, gerenciamento de informações etc.):
 Compras: Esse departamento deve fornecer matérias-
primas para o negócio e obter o melhor preço para isso. O desafio
das compras é obter a melhor qualidade possível disponível (no
mercado) para seu orçamento.
 Desenvolvimento tecnológico: O uso da tecnologia
para obter uma vantagem competitiva é muito importante no
ambiente atual de tecnologia. A tecnologia pode ser usada de
várias maneiras, incluindo a produção para reduzir custos,
agregando valor, pesquisa e desenvolvimento para desenvolver
novos produtos e a internet, para que os clientes tenham acesso
à empresa.

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100 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

 Gestão de Recursos Humanos: A organização terá que


recrutar, treinar e desenvolver as pessoas corretas para que a
organização seja bem-sucedida. Os funcionários terão que ser
motivados para permanecer na organização e agregar valor.
Dentro do setor de serviços, como o setor aéreo por
exemplo, os funcionários são a vantagem competitiva, pois os
clientes estão comprando um serviço, que é fornecido pelos
funcionários, ou seja, não há um produto para o cliente levar
consigo.
 Infraestrutura: Todas as organizações precisam garantir
que suas finanças, estrutura legal e estrutura de gerenciamento
funcionem com eficiência e ajudem a impulsionar a organização.
Infraestruturas ineficientes desperdiçam recursos, podem afetar
a reputação da empresa e até deixá-la aberta a multas e sanções.
Como mencionado anteriormente, as atividades principais
agregam valor diretamente ao processo de produção, mas não
são necessariamente mais importantes que as atividades de
apoio.
Atualmente, a vantagem competitiva deriva principalmente
de melhorias ou inovações tecnológicas em modelos ou processos
de negócios. Portanto, atividades de suporte como ‘sistemas de
informação’, ‘P&D’ ou ‘administração geral’ são normalmente a
fonte mais importante de vantagem de diferenciação.
Por outro lado, as atividades principais são geralmente a
fonte de vantagem de custo, onde os eles podem ser facilmente
identificados para cada atividade e gerenciados adequadamente.
A análise da cadeia de valor é baseada no princípio de que
as organizações existem para criar valor para seus clientes. Na
análise, as atividades da organização são divididas em conjuntos
separados de atividades que agregam valor.
A organização pode avaliar com mais eficiência seus
recursos internos, identificando e examinando cada uma dessas

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 101

atividades. Cada atividade de agregação de valor é considerada


uma fonte de vantagem competitiva.
Assim, quando se faz a análise da cadeia de valor, acaba-
se realizando ações que vão apoiar a gestão de custos, riscos
e perdas. Outra temática transversal importante é a gestão da
qualidade, mais isso iremos estudar nas unidades mais adiante.
Assim, encerramos mais uma unidade. Estudamos a
importância da gestão de riscos e perdas, gestão de materiais
e análise da cadeia de valor. Em organizações modernas, estes
elementos são fundamentais para o bom desenvolvimento do
trabalho e ganho de vantagem competitiva.

IMPORTANTE

Na próxima unidade nos aprofundaremos sobre outros custos


associados às operações logística e estudaremos a importância
da gestão da qualidade para a gestão de custos, riscos e perdas.

Bom estudo!

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03
UNIDADE

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104 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos conhecer mais dois custos
importantes para o gestor: a custo de embalagens e os custos
de tecnologia da informação (TI). Além disso, vamos estudar
também sobre tuas temáticas importantes para a gestão de
custos, riscos e perdas. A primeira é a gestão da informação
e, a segunda, a importância da gestão da qualidade. Assim,
inicialmente, iremos estudar sobre os custos de embalagens
e seus conceitos. Depois, iremos estudar sobre os custos
associados à TI. Em seguida iremos entender como funciona a
gestão da informação e sua importância para gestão de custos
e perdas. Por fim, vamos estudar a gestão da qualidade e como
ela se relaciona com a temática principal da nossa disciplina.
Assim, finalizaremos todo o conteúdo proposto para você nesta
unidade. Vamos lá?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 105

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências
profissionais até o término desta etapa de estudos:

1 Compreender a importância do planejamento para


a gestão de custos, riscos e perdas;

2 Conhecer o gerenciamento de custos associados à


Tecnologia de Informação (TI);

3 Entendendo o papel da gestão da informação nas


organizações;

4 Compreender a importância da qualidade no


gerenciamento das atividades.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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106 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Compreendendo a importância do
planejamento para a gestão de custos,
riscos e perdasa

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você compreenderá a importância


do diagnóstico e como ele é necessário para realizarmos
um planejamento. É muito comum as empresas realizarem
planejamento em seus mais diversos níveis (estratégico, tático
e operacional) e não realizarem o diagnóstico. Além disso,
vamos compreender como o planejamento nas organizações é
importante quando tratamos da gestão de custos, riscos e perdas.
Quando não há planejamento, a chance de o gestor ter problemas
com elementos que envolvam estas temáticas é muito grande. É
o que estudaremos a partir de agora. Vamos em frente! Avante!

O planejamento nas organizações


Quando nos deparamos com a gestão de custos, riscos e
perdas em uma organização, precisamos entender que sem um
planejamento adequado é possível que nada funcione bem.
Como uma empresa vai gerenciar custos se ela não
planejou as atividades que pretende realizar ao longo do tempo?
Como evitar perdas se a empresa opera sem um caminho claro
e definido? Como vamos gerenciar riscos se o gestor não tem a
capacidade mínima de observar os possíveis riscos que podem
surgir? O planejamento é capaz de solucionar estas perguntas.
Então, vamos entender melhor o planejamento nas organizações.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 107

O planejamento é a ponte que vai levar a organização de


onde ela está para onde ela quer chegar. Um bom gestor é aquele
que antes de pensar para onde conduzir a organização se preocupa
em deixar de forma clara e palpável onde ela está. Identificar a
situação real atual, o cenário onde ela se encontra, as condições
humanas, estruturais, financeiras, etc. é importantíssimo antes
de iniciar um planejamento.
Ao programar uma viagem, você deve fazer um
diagnóstico prévio antes de determinar o destino, a quantidade
de dias, a roupa que deverá levar, etc. Antes de planejar a viagem
você deve identificar sua situação atual: quando você dispõe
financeiramente para a viagem, a quantidade de dias que você
tem disponível ou até mesmo se uma oportunidade profissional
pode surgir no período previsto para viagem. Isto é um exemplo
de diagnóstico.
Nas organizações isto não é diferente. Seja um hospital,
indústria, lojas e supermercados tudo deve funcionar da mesma
forma. Antes de realizar o planejamento, a primeira coisa que o
gestor deve fazer é identificar a situação atual da empresa.
Na medicina, através de sintomas, relatos e exames o
médico realiza o diagnóstico do paciente. Em gestão também
funciona assim. Através de dados e informações é possível fazer
a análise de uma organização e conhecê-la melhor. Este é o papel
principal do diagnóstico para elaboração do planejamento.
Identificar o “marco zero” é requisito fundamental para o
sucesso do planejamento. Para isso, nunca deveremos esquecer
que é necessário que o diagnóstico/análise preceda qualquer
planejamento.
Existe algumas ferramentas que auxiliam na elaboração
do diagnóstico e análise. Desde ferramentas complexas que
possuem muita tecnologia envolvida até ferramentas mais
simples, de fácil utilização.

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108 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Uma das ferramentas mais utilizadas no mundo para


elaboração de diagnóstico é a Matriz SWOT. Além de simples,
podendo ser utilizada por todos os gestores, se bem elaborada,
ela apresenta um cenário atual bastante condizente da realidade.
Por isso, estudaremos melhor esta ferramenta mais adiante.
Está claro que o diagnóstico é fundamental. Agora, vamos
entender melhor o que é planejamento, sua definição e os tipos
de planejamento. Vamos lá!
Segundo Oliveira (2009), as organizações possuem
alguns processos administrativos principais e, um deles é o
planejamento. O autor explica ainda que o planejamento é um
importante instrumento de gestão administrativa, indo bem
além do que simplesmente uma ferramenta capaz de organizar
números e gerar informação. Com o planejamento, o gestor é
capaz de vislumbrar alguns cenários possíveis, diminuindo os
riscos, aumentando o controle e a competitividade, pois mostra
ao corpo diretivo da organização o caminho que deve ser traçado
pela empresa.

SAIBA MAIS

Para consolidar ainda mais o significado de planejamento, vamos


fazer uma leitura. Leia as páginas 10 e 11 do texto “Planejamento:
Conceito e Evolução – da dissertação de Mestrado de Ana
Cláudia Fernandes Terence, que está disponível no link http://
bit.ly/36jbXIc. Sua leitura deve ser focada apenas no conceito
de planejamento.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 109

Agora que você vá leu a definição de planejamento e os


benefícios que ele traz para as organizações, você já começa
a entender o quão importante é planejar. No nosso dia-a-dia
efetuamos planejamento e muitas vezes nem nos damos conta
disso. A grande questão é: por que nós e as organizações
planejam?
E a resposta é relativamente óbvia: para que tudo dê certo!
O planejamento é fundamental para que produto ou serviço
tenha qualidade, os objetivos da empresa sejam atendidos, os
lucros aumentem, os funcionários estejam satisfeitos, etc.
Para que a organização amplie a possibilidade de tudo isso
dá certo, com certeza ela deve realizar um bom planejamento.
Isto se aplica a empresa e a você. Na empresa, o planejamento
deve envolver os diretores, gestores e chefe de setor. Para cada
um desses grupos há um tipo de planejamento específico. É o
que iremos estudar agora.
Figura 1: O planejamento deve envolver os gestores em busca dos objetivos da organização

Fonte: Freepik

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110 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Tipos de planejamento
Nas organizações encontramos pelo menos três tipos de
planejamento: planejamento estratégico, planejamento tático
e planejamento operacional. Todos estes planejamentos são
importantes para uma organização, porém o planejamento
estratégico é fundamental. Ele é voltado para o objetivo da
empresa no longo prazo e o que precisa ser feito para atingir tal
objetivo.
Iremos a partir de agora entender os três tipos de
planejamento. O objetivo é fixar este conhecimento. Vamos
entender o planejamento estratégico, tático e operacional. Vamos
em frente!
 Planejamento Estratégico: O planejamento estratégico
em uma organização normalmente é idealizado pelos mais altos
cargos hierárquicos de uma organização, como por exemplo,
os presidentes. É comum confundir planejamento estratégico
(de longo prazo) com a visão de uma empresa (onde queremos
chegar). Embora haja uma relação intensa, o planejamento
estratégico trata de objetivos, embora de longo prazo, mais
concretos.
• Exemplo: Imagine que você fosse o presidente
de uma empresa de vestuário. Qual seria seu
planejamento estratégico? Pense em alguns
objetivos que você desejaria atingir em cinco anos.
Um deles poderia ser “se tornar a melhor empresa
de vestuário do Norte/Nordeste”. Observe que este
objetivo não será alcançado em um ano. É preciso
que haja um planejamento para os próximos cinco
anos para que este objetivo seja atingido. Este é
um exemplo de planejamento estratégico.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 111

 Planejamento Tático: É um planejamento


intermediário, normalmente idealizado pelos diretores de uma
organização. Neste nível são feitos, por exemplo, planos de
venda, de marketing, etc.
• Exemplo: Aproveitando ainda o exemplo
anterior, imagine agora que você é diretor de
vendas de uma rede de vestuário. O que você
pensaria para um planejamento tático? Pense
em algumas alternativas. Uma delas poderia ser
“capacitar a equipe de vendas para se especializar
no atendimento aos consumidores tendo como
foco roupas oferecidas pela empresa e o mercado
em geral”.

Figura 2: O planejamento deve envolver os gestores em busca dos objetivos da organização

Fonte: Freepik

Estas ações são feitas periodicamente e são normalmente


para atender objetivos de médio prazo.

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112 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

 Planejamento Operacional: Como próprio


nome já diz, o nível deste planejamento é operacional. O
enfoque é no curto prazo. São planos de ação que normalmente
são realizadas imediatamente. Este planejamento é realizado
pelos gerentes e supervisores e normalmente define as ações de
setores e funcionário.
Utilizando o exemplo da rede de vestuário, o planejamento
operacional poderia ser, por exemplo, a definição de qual roupa
terá as vendas priorizadas na próxima semana em determinadas
regiões do país.
É muito comum que os gestores acabem confundindo estes
três tipos de planejamento. Por vezes, no ambiente de trabalho,
escutamos um chefe de setor convocar a equipe para realizar um
planejamento estratégico. Isto está errado! Como acabamos de
ver, um chefe de setor não faz planejamento estratégico, ele faz
planejamento operacional.
O que define o tipo de planejamento é simples. Basta
observar quem está realizando o planejamento e o prazo em que
as ações são planejadas. Assim temos:
• Planejamento estratégico: Alta administração /
longo prazo.
• Planejamento tático: Diretores / médio prazo.
• Planejamento operacional: Gerentes e
supervisores / curto prazo.
Agora que já sabemos os tipos de planejamento nas
organizações, vamos estudar agora sobre o gerenciamento
de custos associados à TI e, mais adiante, tratar da gestão da
informação e gestão da qualidade.
Vamos lá!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 113

Conhecendo o gerenciamento de custos


associados à Tecnologia de Informação (TI)

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você terá conhecido os custos


associados à TI e como fazer o seu gerenciamento. Cada vez
mais a tecnologia é requerida nas organizações e, naturalmente,
obtê-las pode envolver grandes quantias. Será que vale a pena
comprometer os recursos de uma empresa em tecnologia? Será
que a compra de um software valerá a pena? É isso que iremos
entender. Vamos abordar todas estas temáticas para que você
entenda claramente o que é o gerenciamento de custos de TI, como
fazer a otimização destes custos e a importância desta temática
para a gestão de custos, riscos e perdas. Por fim, iremos aprender
três abordagens simples que irão apoiar o gestor na otimização
dos custos de TI. Estarei para compartilhar com vocês todo esse
conhecimento. Vamos começar mais um capítulo? Vamos lá. Em
frente!

O gerenciamento de custos de TI
O gerenciamento de custos de tecnologia da informação
(TI), também conhecido como contabilidade de custos de TI, é
uma metodologia financeira abrangente para controlar os gastos
relacionados a TI.
Isso inclui a avaliação, estimativa e análise das despesas
de TI de uma organização, que podem incluir tecnologia de
computador e salários de funcionários, por exemplo.

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114 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

As tecnologias de informação e comunicação são


componentes vitais da infraestrutura de uma organização. O
gerenciamento de custos de TI é essencial, pois fornece uma
visão estratégica de todos os gastos relacionados à tecnologia
da informação e é necessário para a eficiência operacional e o
sucesso organizacional.
Para uma empresa com fins comerciais, seja uma empresa
existente ou empresa iniciante, o gerenciamento de custos de TI
é um componente importante de seu planejamento estratégico,
que é um componente fundamental de uma empresa comercial
funcional.
Dentro do planejamento estratégico, a parte de
gerenciamento de custos de TI incluirá o monitoramento de
despesas de várias áreas relacionadas à TI, incluindo compras
de tecnologia de computadores, custos de mão-de-obra de
funcionários, despesas indiretas e custos indiretos de tecnologia.

Figura 3: Gerir bem as informações é crucial para uma boa gestão de custos, riscos e perdas

Fonte: Freepik

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 115

Um excelente exemplo de sobrecarga de tecnologia é o


custo contínuo de uma conexão com a Internet, cuja presença
é essencial nas organizações modernas. Um exemplo de custos
de mão-de-obra dos funcionários é o gasto associado à operação
humana do departamento de TI, como os salários de um
engenheiro de rede e um desenvolvedor de software.
Se uma empresa não se envolver em nenhum nível de
gerenciamento de custos de TI, isso poderá levar ao fim dos
negócios. Dentro de um planejamento, estimativas futuras
são incluídas em relação às despesas relacionadas à TI. Um
planejamento estratégico (que estudamos no início desta
unidade), por exemplo, normalmente inclui projeções financeiras
de cinco anos.
Os números financeiros no componente de gerenciamento
de custos de TI de um planejamento dependem do orçamento
anual da empresa. Se a seção para gerenciamento de custos de
TI estiver fora de sincronia com o restante do planejamento, isso
poderá causar grandes problemas de fluxo de caixa para uma
empresa.
Um diretor de uma empresa recém-constituída pode ser o
único responsável por elaborar a estratégia de gerenciamento de
custos de TI. Uma empresa madura e grande, porém, pode ter um
departamento contábil inteiro que se concentra exclusivamente
no gerenciamento de custos de TI. As empresas que possuem a
matriz em um país e filiais em outros países, que normalmente
gastam grandes quantias em tecnologia a cada ano, se enquadram
nessa categoria.
Agora que já sabemos da importância de uma boa gestão
de custos de TI, precisamos responder a outra pergunta: como
podemos otimizar os custos de TI? É o que vamos estudar agora!

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116 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Otimizando os custos de TI
A otimização de custos de TI é um processo que avalia
o valor geral das arquiteturas de TI e produtos de software
para apoiar as metas e objetivos do negócio. As empresas
podem realizar a otimização para fazer um uso mais eficiente
da tecnologia e garantir que os recursos de TI aprimorem os
processos de negócios, em vez de impedi-los.
A otimização de custos de TI pode se referir a sistemas que
mantêm a transparência de custos ou a recursos que protegem os
negócios contra impactos adversos da tecnologia em um evento
de fusão e aquisição.
Resumindo, a otimização de custos de TI pode ajudar no
planejamento caso uma fusão ou aquisição exija análise dos
ativos de TI.
Alguns profissionais de negócios podem consultar
otimização de custos no contexto do retorno do investimento em
tecnologia ou ao tentar descobrir questões difíceis em torno do
valor pelo custo.
Entre os principais aspectos de um plano de otimização de
custos de TI podemos incluir: o desenvolvimento de eficiências
específicas para a tecnologia, a priorização de ferramentas de
TI, o dimensionamento dos recursos de TI para uso comercial,
o aumento da capacidade ou o desempenho da tecnologia e a
avaliação de alternativas de crescimento sustentável.
Todos eles direcionam as empresas para o uso mais
preciso dos recursos e arquiteturas de TI, com olhar voltado para
o futuro.
Quando observamos a TI de uma organização na
perspectiva financeira para reduzir custos, a empresa pode
utilizar uma abordagem em quatro etapas distintas, conforme
estudaremos a seguir:

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 117

1. Controle o custo total da TI na empresa: Na maioria


das empresas, os custos de TI são normalmente associados a
outros custos no orçamento da organização. Basta dizer que
existem muitos custos de TI que geralmente são negligenciados
em um esforço tradicional de “redução de custos”.
Considere o “efeito cascata” dos custos de TI. A
implantação de um servidor e aplicativo no datacenter tem um
efeito cascata em outra parte da organização (por exemplo,
impressoras, dispositivos móveis, energia, uso de papel) e,
muitas vezes, esse efeito cascata não é totalmente considerado e
os custos associados não são identificados.

Figura 4 : A otimização dos custos de TI passa pela análise das pessoas que operam nesta área

Fonte: Freepik

Em alguns casos, o efeito cascata não é totalmente


identificado e a empresa é surpreendida por alguma ação
adversa que prejudica as operações gerais de negócios quando
determinados serviços são eliminados. Consequentemente,
custos adicionais são incorridos posteriormente para “reparar” o
impacto da redução de custo inicial.
Por fim, em tempos de condições econômicas muito
desafiadoras, poucas empresas realmente entendem os seus

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118 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

custos básicos voltados especificamente para a TI. Por não


entender completamente toda o papel da TI em toda a empresa.
Poucas organizações se deparam com o que pode ser a
estrutura de custos mais aceita, mesmo que minimamente, para
manter sempre os possíveis problemas em alerta e toda sua
estrutura funcionando.
2. Foco nos fatores de custo da TI: Em primeiro lugar,
as empresas precisam entender o que impulsiona a demanda por
serviços e recursos de TI em sua empresa.
• Exemplo: Por exemplo, uma empresa precisou
comprometer R$ 300 mil a mais do que estava
previsto, pois a gerência da empresa pensou que
aproximadamente 25 projetos “menores” estavam
consumindo tempo, esforço e custos de recursos de
TI. Na realidade, havia mais de 80 projetos maiores
aprovados, muitos deles em andamento, com uma
necessidade imediata de serem eliminados.
Trate a TI como se ela própria fosse uma empresa, com
uma necessidade fundamental de equilibrar a oferta com a
demanda. Como a maior parte da demanda é gerada internamente
(reconhecendo as exceções) pelos recursos próprios de uma
empresa, equilibrar essa oferta e demanda torna-se um esforço
de avaliar o valor associado a essa demanda e entender se é
realmente necessário para operação.
O ponto principal é que muitas organizações pagam por
níveis de serviço ou capacidade de equipamento que não são
necessários para dar suporte aos negócios. Pode-se perceber
nas empresas que os custos de TI são muitas vezes, no final,
impulsionados por preferências pessoais ou organizacionais
que, com o tempo, se tornam algo “sagrado”, que não podem ser
removidos ou alterados.
Em tempos econômicos melhores, as empresas podem
optar por ignorar esses custos adicionais, mas em tempos

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 119

econômicos desafiadores, permitir que preferências pessoais


ou organizacionais direcionem a demanda por recursos
desnecessários de TI é um luxo que a maioria das empresas não
deve e não pode pagar.
Seja incansável ao avaliar o trabalho realizado e os
serviços fornecidos pela TI: Sempre examine sua estrutura de
custos pelos olhos de seus fornecedores e clientes, ao mesmo
tempo em que equilibra essa visão com o entendimento da visão,
missão e objetivos de desempenho da empresa.
Missão, visão e objetivos fazem parte do planejamento
estratégico, que estudamos no início desta unidade.
Essa abordagem produzirá uma perspectiva nova e
diferente sobre o que pode estar certo ou errado ao considerar
ajustes na estrutura de custos de TI da sua empresa.
Para alcançar uma melhoria de custo sustentável e de longo
prazo dentro da TI é essencial adotar essa perspectiva baseada
no cliente e ser incansável em unir objetivamente funções e
serviços de TI em suas categorias de valor agregado e depois
direcionar os custos associados.
Seja criativo ao atender à demanda ou ao fornecimento de
trabalho: Durante períodos de abundância, a TI, como a maioria
das organizações, tende a avançar em direção a soluções e
processos seguros ou que envolvam riscos. Um dos ditados mais
antigos da comunidade de TI é “ninguém nunca foi escolhido
por escolher o fornecedor líder”.
O problema que ocorre ao longo do tempo é que muitas
organizações acabam com ambientes de TI mais complicados
e complexos (potencialmente com engenharia excessiva)
do que o necessário, assumindo riscos comerciais. Durante
tempos econômicos de crise, as empresas devem aproveitar
a oportunidade para analisar com mais cuidado sobre a real
importância dessas pessoas.

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120 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Existem duas ações principais que permitem que uma


empresa alcance resultados significativos a longo prazo. (1)
Primeiro, adote um exame imparcial, objetivo e criterioso
dos custos e demandas existentes e mantenha a mente aberta
para avaliar e aplicar soluções criativas. (2) Segundo, use uma
abordagem simples, porém rigorosa, conforme estudaremos a
seguir:
 Investigar - inclui compreender o negócio, seus
parâmetros esperados de desempenho financeiro e
funções operacionais, bem como um inventário de
todos os ativos relacionados à TI (por exemplo,
locais, equipamentos e aplicativos) associados ao
suporte do negócio.
 Consolidar - inclui a identificação das funções
e serviços de trabalho semelhantes ou compatíveis
que podem ser combinados. Durante períodos
de crise econômica, a maioria das empresas não
podem se dar ao luxo de ter várias soluções para
o mesmo problema. Assim, é preciso prioridade
na identificação dessas situações e na obtenção de
sinergias de custos por meio da consolidação.
 Eliminar - inclui considerar a perspectiva do
cliente e do mercado para concentrar a atenção
da empresa em quanto pode estar se gastando
para realizarem as coisas de qualquer jeito. Esse
esforço requer uma avaliação rígida da razão pela
qual existem várias instâncias do mesmo serviço,
função ou componente.
Viu como a um olhar mais atento dos custos de TI pode
ser um bom caminho para o sucesso de uma organização. Agora
que já é do nosso conhecimento este assunto, vamos avançar e
entender o papel da gestão da informação nas organizações

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 121

Entendendo o papel da gestão da


informação nas organizações

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender o


que significa gestão da informação e gestão estratégica da
informação. Além disso, você estudará sobre uma importante
ferramenta de gestão da informação e sobre os sistemas de gestão
da informação (SGI). Os gestores que atuam nas organizações
sabem da importância de uma gestão da informação eficiente.
Além de facilitar o trabalho cotidiano, as informações nos
quais ele irá analisar tendem a ser muito mais confiáveis e irão
apoiar para evitar altos custos, riscos e perdas. Quanto melhor
for a gestão da informação, quanto mais as empresas estiverem
preparadas para fazer uma boa gestão da informação, melhor se
dará a gestão destes elementos. E então? Vamos desbravar este
novo conhecimento? Então vamos lá. Avante!

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122 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

A gestão da informação nas organizações


Você deve imaginar que a gestão da informação nas
organizações não seja algo tão recente. Por outro lado, é
impossível imaginar que este gerenciamento tenha começado
há várias décadas, uma vez que era preciso algumas questões
prévias para que a gestão da informação começasse a existir.
O gerenciamento da informação começou a surgir na
década de 1970, emergindo do gerenciamento de dados, quando
a mídia virtual começou a ultrapassar a mídia física (cartões,
fitas magnéticas, papel, etc.). Quando os computadores de mesa
começaram a substituir os computadores de grande porte como
a principal plataforma de computação nos anos 80, e quando os
sistemas em rede ganharam destaque nos anos 90. Foi justamente
nestas três décadas que o gerenciamento de informações ganhou
força.
A gestão da informação pode abranger um ciclo
de atividades organizacionais: coleta de dados, análise,
categorização, contextualização e arquivamento (e, em alguns
casos, exclusão), para atender às necessidades de uma empresa.

Figura 5: A gestão da informação é importante par entender às necessidades da empresa

Fonte: Freepik

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 123

A definição de gerenciamento de informações está em


constante evolução à medida que as necessidades de tecnologia,
ideias e negócios mudam. Isso significa que dados e informações
têm um ciclo de vida, ou seja, é útil por um tempo, mas em algum
momento não é mais valioso.
Como qualquer outra prática comercial, a gestão da
informação incorpora conceitos gerais de gerenciamento, como
planejamento (temática abordada no início desta unidade),
controle e execução.
O gerenciamento de informações também inclui
o gerenciamento de dados e suas atividades associadas.
Gerenciamento de dados é o desenvolvimento e implementação
de ferramentas e políticas que permitem que os dados avancem
de estágio para estágio durante seu ciclo de vida.
O gerenciamento de informações tem quatro componentes
principais:
• Pessoas: não apenas os envolvidos na gestão da
informação, mas também os criadores e usuários
de dados e informações.
• Políticas e processos: As regras que determinam
quem tem acesso a quê, as etapas para armazenar
e proteger informações devem ser armazenadas
e protegidas, e os prazos para arquivamento ou
exclusão.
• Tecnologia: os itens físicos (computadores,
arquivos, etc.) que armazenam dados e informações
e qualquer software usado.
• Dados e informações: o que o restante dos
componentes usa.

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124 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

IMPORTANTE

A gestão da informação geralmente é confundida com


gerenciamento de conteúdo ou gerenciamento de conhecimento.
Embora estes três elementos estejam relacionados e haja alguma
sobreposição, eles têm algumas diferenças.

O gerenciamento de conteúdo lida com dados (blocos


de texto, imagens, vídeos e muito mais) que um site usa e os
elementos para organizar e exibir os dados (por exemplo, tags
XML ou codificação HTML).
A gestão do conhecimento é semelhante à biblioteconomia
e lida com informações para treinamento e educação, bem como
transferência de conhecimento e experiência, além de transmitir
as lições aprendidas.

ACESSE

Para saber melhor sobre a diferença entre a gestão da informação


e gestão do conhecimento, recomendo que assistam o vídeo que
está disponível neste link: http://bit.ly/37uI87B. O vídeo tem a
duração de 3 minutos e 46 segundos. Assistam!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 125

Observe que para um gestor, saber acerca da gestão do


conhecimento é um bom diferencial. Mas diante de tantos dados
e informações, de inúmeras áreas (contábil administrativa,
financeira, etc.) como fazer uma melhor gestão disso tudo? É
neste momento que entra a importância da gestão estratégica da
informação.
É o que estudaremos agora!

A gestão estratégica da informação


Podemos dizer que a gestão estratégica da informação é
um passo adiante na gestão estratégica de uma empresa. Quando
os gestores são estratégicos, analisam a realidade e as prioridades
dos negócios, pode-se garantir que a empresa não fará parte de
65% das empresas que não cumprem os padrões de melhores
práticas para dados.
O gerenciamento estratégico da informação trata
ativamente do gerenciamento da informação na organização e
faz trocas apropriadas com os aspectos operacionais em caso de
conflito, a fim de maximizar lucros.
Ao trabalhar em uma empresa você precisa entender que
o gerenciamento estratégico de informações é utilizado para
apoiar as empresas e organizações a categorizar e processar
as informações que eles criam e recebem, assim como podem
ajudar as empresas a reconhecer oportunidades para melhorar as
operações através da análise do uso de dados.
O gerenciamento estratégico de informações tenta
identificar e lidar com como os dados são e devem ser tratados
de maneira proativa. Em suma, o gerenciamento estratégico da
informação planeja como usar as informações para ter o maior
impacto positivo nos lucros.

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126 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 6: O gerenciamento estratégico da informação trata ativamente do gerenciamento da informação na


organização

Fonte: Freepik

De forma geral, estas estratégias de gerenciamento de


informações são planos que orientam uma empresa a manter
suas práticas de gerenciamento da informação sincronizadas,
melhoram seus processos e se preparam para o futuro.
Os planos estratégicos de uma organização podem incluir
as seguintes informações:
• Status atual;
• Metas para o futuro;
• Etapas concretas para alcançar esses objetivos;
• Planejamento para adquirir novos recursos;
• Processos e políticas para interagir com os
departamentos de negócios.
Você sabia que há diversas ferramentas que podem ser
utilizadas nas organizações que ajudam a realizar o gerenciamento
da informação?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 127

Agora que estudamos a gestão da informação e a gestão


estratégica da informação vamos estudar uma destas ferramenta
de gestão da informação.
Vamos lá!

Ferramenta de gerenciamento de
informações (IMBOK)
Da mesma forma que uma empresa produz algo como
mesas e cadeiras, um departamento da empresa (como TI)
pode produzir dados que outros departamentos (como finanças
ou marketing) ou outra empresa tratam como um produto ou
serviço.
Mas de onde vêm estes dados e as informações? As
palavras dados e informações são frequentemente usadas como se
fossem a mesma coisa, mas não é. Há uma distinção importante,
especialmente no mundo do gerenciamento de informações.
Dados são fatos brutos. Informações são dados que foram
processados, estruturados, interpretados e organizados, para que
possam informar decisões e planos.
Informação são dados dotados de relevância e propósito,
dentro de um contexto útil e significativo.
As empresas podem obter dados de várias fontes, incluindo
as seguintes:
 Sistemas herdados: usados para ​​ dados
acumulados há muito tempo. Os sistemas herdados
de uma empresa (por exemplo, gerenciamento de
aprendizado, registros de funcionários, histórico
financeiro) contêm dados úteis que podem ser
utilizados.

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128 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

 Criação de dados: cria-se dados a partir de


transações, fabricação, pagamentos, compras e
análises de funcionários (para citar alguns).
• Exemplo: Para um varejista, os dados podem
ser quantas mesas vendidas foram monitoradas
pelo sistema de ponto de venda. Para um
fabricante, pode ser o número de televisores que
foram fabricados. Para uma empresa de entrega,
pode ser o momento em que um pacote é entregue
em um local específico.
 Coleta de dados: dados provenientes de
fontes externas, como tendências climáticas,
notícias, avisos de fechamento de estradas, etc.
Este tipo de dados pode ser comprado ou coletado
gratuitamente.
Como já vimos, os dados se tornam informações por
interpretação, análise, contextualização, processamento e outras
atividades da gestão da informação.
O registro de um motorista de quantos litros de gasolina eles
utilizam são dados. O motorista que calcula sua quilometragem
torna esse dado em informação (consumo de litro por quilômetro
– l/km). Se eles registram sua quilometragem por condições
climáticas ou cidade por estrada utilizada, são informações mais
ricas.
Olhando do ponto de vista mais comercial, o número de
pares de sapatos vendidos e o preço pago por par de sapato são
dados. Traçar um gráfico de vendas por loja, comparar números
de vendas com o período anterior ou rastrear quantos clientes
usaram um determinado cupom de desconto, são informações.
Entendido estes elementos, observe que os gestores
dependem de dados e informações em sua vida profissional, mas
os problemas associados ao “gerenciamento de informações”
(que inclui tecnologia, sistemas e muitas outras coisas) são

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 129

muitos e se estendem da compreensão das tecnologias básicas


que são usados, até questões de estratégia de negócios. Unir
todos os pontos não é fácil.
Uma estrutura que tenta encontrar as conexões entre
a tecnologia, os sistemas de informação e que atendam às
necessidades dos gerentes e os objetivos estratégicos dos
negócios é o IMBOK.

Figura 7: O IMBOK é utilizado para a gestão da informação

Fonte: Freepik

O IMBOK fornece uma estrutura de fácil compreensão


que relaciona as oportunidades de tecnologia da informação às
estratégias de negócios de maneira útil e faseada. Ele posiciona
e isola os problemas e permite que as ideias passem mais
facilmente da consideração de tecnologias brutas até as questões
da estratégia de negócios.
O gestor está ocupado com seu próprio trabalho e espera
que seu departamento de TI tenha tudo sob controle. Você acha
que eles fazem? É complicado, não é?

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130 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

IMPORTANTE

O IMBOK revela um fato importante: não é possível ‘alinhar


suas estratégias de TI e de negócios’ de maneira simples. Existem
nada menos que quatro junções críticas em que as coisas podem
dar terrivelmente errado e, por isso, é extremamente importante
que o gestor faça sua própria gestão da informação.

Agora que que estudamos sobre uma ferramenta de gestão


da informação, dá para se imaginar que dificilmente isso seria
possível sem um sistema mais completo de gerenciamento de
informações. É o que iremos estudar a partir de agora para fechar
o conteúdo da nossa unidade.

O que é um sistema de gerenciamento de


informações?
Um sistema de gerenciamento de informações (SGI) é um
conjunto de hardware e software que armazena, organiza e acessa
dados armazenados em um banco de dados. Ele também fornece
ferramentas que permitem a criação de relatórios padronizados.
Existem vários tipos de SGI´s que podem executar funções
comerciais especializadas, incluindo os seguintes exemplos:
• Sistema de inteligência de negócios: As
operações usam um sistema de inteligência de
negócios para tomar decisões de negócios com
base na coleta, integração e análise dos dados e
informações coletados.
• Sistema de gerenciamento de relacionamento
com o cliente: armazena informações importantes

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 131

sobre os clientes, incluindo vendas anteriores,


informações de contato e oportunidades de vendas.
As equipes de marketing, atendimento ao cliente, vendas e
desenvolvimento de negócios costumam usar este sistema.
• Sistema de automação da força de vendas:
Um componente especializado de um sistema
que automatiza muitas tarefas executadas pelas
equipes de vendas. Pode incluir gerenciamento
de contatos, rastreamento e geração de leads e
gerenciamento de pedidos.
• Sistema de processamento de transações:
um SGI que conclui uma venda e gerência
detalhes relacionados. Em um nível básico, pode
ser um sistema de ponto de venda ou um sistema
que permita que um viajante procure um hotel e
inclua opções de quarto, como faixa de preço, tipo
e número de camas ou uma piscina, selecione e
reserve.
• Sistema de gerenciamento do conhecimento:
o atendimento ao cliente pode usar um sistema de
gerenciamento do conhecimento para responder a
perguntas e solucionar problemas.
Um sistema de informação é composto de processos
e ferramentas. Muitas vezes, você vê que o processo deve se
adaptar às ferramentas, quando o processo deve orientar e
informar a ferramenta. Idealmente, as ferramentas devem ser
subservientes aos processos.
Você sabia que, de forma geral, não é um problema uma
empresa copiar o SGI de outra empresa?
Porém, é preciso estar atento, pois cada empresa tem suas
particularidades que precisam ser respeitadas. Copiar um SGI
na íntegra porque deu certo em uma empresa não é garantia de

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132 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

sucesso. Isto pode ser ter até o efeito contrário, uma empresa falir
por estar utilizando um sistema que não atende suas demandas.
Viu como uma boa gestão da informação é crucial para
o gestor ter elementos confiáveis sobre custos, monitoramento
dos riscos e controle sobre as perdas? Embora seja uma temática
transversal, um gestor que possui este conhecimento tem um
grande diferencial no mercado.
Agora vamos para nosso último capítulo. Vamos estudar
sobre a importância da qualidade no gerenciamento das
atividades. Já da para se imaginar que quando não dá a devida
importância à qualidade do processo, os custos e perdas são cada
vez maiores.
Vamos entender estes aspectos! Vamos lá!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 133

Compreendendo a importância da qualidade


no gerenciamento das atividades

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você terá aprendido sobre a qualidade


no gerenciamento das atividades. Você sabia que nas organizações
alguns gerentes ignoram a qualidade das atividades e isso acaba
comprometendo seus custos e gerando perdas? Isto mesmo!
Então, é importante entendermos sobre a qualidade na gestão
das atividades. Começaremos estudando sobre a qualidade das
atividades, depois avançaremos estudando sobre o planejamento
da qualidade, a garantia da qualidade e finalizaremos este capítulo
estudando sobre o controle da qualidade. Após aprender todos
estes conceitos você irá perceber como é importante que o gestor
observe a qualidade, trabalhe em cima desta qualidade e como
ela é capaz de reduzir riscos e perdas. Então, vamos caminhar
por este novo conhecimento. Vamos em frente!

A qualidade no gerenciamento das


atividades
Para a maioria das pessoas, analisar números, lidar com
dados e criar gráficos simplesmente não é muito divertido.
Provavelmente, os dados que você deseja ou precisa são
difíceis de acessar ou inexistentes. Se você realmente pode
acessar os dados, obtê-los no formato necessário pode ser outro
aborrecimento.
Naturalmente, um gestor que trabalha com custos, riscos
e perdas terá que se deparar com muitos dados no seu dia-a-dia.

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134 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

É a partir deles que o gestor poderá analisar a situação e tomar


decisões.
Para piorar a situação, a análise de dados, especialmente
grandes conjuntos de dados, pode ser confusa e totalmente
monótona. No entanto, poucos contestariam que ter bons dados
facilita as atividades, principalmente quando se comunica com
as partes envolvidas e a alta gerência.
O uso e aplicação adequados de dados e análise de dados
podem ajudar praticamente qualquer atividade a ter mais
sucesso. Infelizmente, muitas vezes, os gerentes lutam com o uso
eficaz de dados e várias técnicas de análise para tomar decisões
melhores e mais informadas. “Gerenciamento de qualidade” é
um daqueles tópicos ambíguos que podem ser bastante confuso
e talvez um pouco assustador.

IMPORTANTE

Os gerentes que priorizam o aspecto da qualidade das atividades


precisam de alguns conhecimentos diretos e práticos sobre como
aplicar as ferramentas e técnicas de qualidade.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 135

Figura 8: A qualidade de uma atividade pode estar nos detalhes

Fonte: Freepik

O que trataremos a seguir tenta oferecer a você várias


sugestões e diretrizes sobre a incorporação de conceitos,
ferramentas e técnicas de qualidade no gerenciamento bem-
sucedido de qualquer atividade.
O gerenciamento da qualidade é dividido em três processos
principais: (1) planejamento da qualidade, (2) garantia da
qualidade e (3) controle da qualidade. À primeira vista, cada
grupo de processos possui uma lista imponente de entradas,
ferramentas e técnicas e saídas.
Lembre-se de que essas ferramentas não são novas. Eles
têm sido usados em ambientes de negócios há décadas. A maioria
das técnicas de análise e gráficos pode ser feita em uma planilha
básica. A chave para os gerentes é simplesmente incorporar as
ferramentas certas de cada processo durante o curso de uma
atividade.
Vamos a partir de agora estudar os três processos principais
do gerenciamento da qualidade das atividades:

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136 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Planejamento da qualidade
Um dos aspectos mais importantes do planejamento da
qualidade é o estabelecimento de métricas de qualidade. Os
gerentes devem ir além das métricas tradicionais de escopo,
tempo e custo. É relevante vincular uma atividade aos objetivos
estratégicos da empresa, organização ou unidade de negócios.

IMPORTANTE

Para obter melhores resultados os esforços do gerente em


qualquer atividade que ele esteja gerenciando devem resultar
em algum tipo de melhoria para os negócios. Por fim, é por isso
que existe determinadas atividades - para melhorar uma parte
dos negócios.

Se um gerente deseja interesse, participação e apoio ativo


dos principais colaboradores, é essencial vincular a atividade a
alguma métrica importante para a empresa.
Um aspecto fundamental do planejamento da qualidade é o
gerente entender os processos que suas ações estão impactando.
O gerente deve então desenvolver medidas de processo para as
ações, a fim de medir o impacto das alterações recomendadas
para os processos impactados.
É bastante comum que as pessoas lutem com métricas. Elas
são um desafio, sem dúvida. Uma ótima maneira de pensar em
métricas é categorizá-las em três grupos: medidas de negócios,
medidas de clientes e medidas de processo.
Vamos ver um exercício prático através de um passo-a-
passo de como podemos fazer um planejamento da qualidade:

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 137

Passo 1: Como um grupo, a equipe deve apresentar


um fluxograma do processo da forma que a
atividade funciona hoje. Durante este exercício,
identifique quais etapas são os gargalos, restrições,
soluções alternativas ou áreas problemáticas.
Todo o exercício de fluxograma não deve demorar
mais do que 3 horas.
Passo 2: Em seguida, determine onde os intervalos
lógicos ou transferências estão dentro do processo.
Pode ser transferências entre departamentos,
registros de data e hora, marcos ou qualquer outra
quebra lógica do processo. Reúna dados sobre
essas medidas de intervalo ou processo e faça um
gráfico delas.
Passo 3: Por fim, vincule cada medida do
processo à medida final do cliente ou da empresa
que a atividade deve melhorar. Essas medidas de
processo com a melhor ligação ou correlação são
onde a equipe deve se concentrar para melhorar
os resultados.
Outras sugestões para os gerentes a considerar em relação
à vinculação de suas métricas ao que é importante para a
organização têm a ver com as métricas de custo da qualidade.
Se o objetivo de um gestor é diminuir os riscos, evitar
as perdas, reduzir os custos de falhas, como retrabalho, (re)
inspeção, sucata, devoluções, reclamações de garantia ou
reembolsos, essas métricas devem ser rastreadas e vinculadas às
recomendações e alterações de processo.
Existem muitas ferramentas associadas ao planejamento da
qualidade. É necessário tomar decisões sobre quais ferramentas
e técnicas são necessárias para avançar nas atividades.
Todas as atividades, no entanto, devem estar em melhores
situações se o gerente dedicar algum tempo para vincular

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138 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

as atividades ao que é importante para a organização, fazer


um fluxograma dos processos afetados, estabelecer métricas
apropriadas e utilizar ferramentas poderosas de verificação,
como o design de experimentos.
Agora que já entendemos como fazer o planejamento da
qualidade, vamos estudar sobre a garantia da qualidade.

Garantia da qualidade
O processo de garantia de qualidade está associado à
melhoria contínua e à análise de processos. Antes que os níveis
de qualidade possam ser verificados, é importante ter dados
precisos. Como diz o velho ditado americano: “lixo dentro, lixo
fora”, ou seja, dados de entrada defeituosos geram resultados
sem sentido.
Portanto, toda equipe deve realizar uma análise completa
do sistema de medição para verificar a precisão e a integridade
do sistema de medição e dos dados. Existem vários componentes
para um bom sistema de medição:
• Fidelidade - Os dados refletem o valor real da
propriedade ou o que está sendo medido.
• Precisão - Os dados estão medindo com
precisão o que é medido.
• Repetibilidade - Medições sucessivas pelo
mesmo avaliador devem ser sempre iguais.
• Reprodutibilidade - Diferentes avaliadores
que medem o mesmo item obtêm o mesmo
resultado.
O gerente e a equipe devem dedicar tempo e esforço para
garantir a precisão e credibilidade do sistema de medição. A
credibilidade das decisões futuras é baseada nesta etapa vital da
garantia da qualidade.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 139

A análise de processos é outro aspecto essencial da garantia


da qualidade. A análise de processo inclui os tópicos de análise
de causa raiz e análise de valor agregado. A maioria dos gerentes
está familiarizada com a análise de causa raiz, em particular o
uso de uma causa e efeito ou diagrama de espinha de peixe.
O que é importante lembrar sobre a análise de causa
raiz é incluir as cinco principais categorias: pessoas, métodos,
máquinas, materiais, sistema de medição e ambiente ao investigar
as fontes de problemas. É fácil concentrar a maioria dos esforços
de melhoria e ações corretivas nas pessoas.

SAIBA MAIS

Você sabia que 85% dos problemas nos negócios podem


estar associados ao gerenciamento? Isso é uma realidade das
organizações, como sugeriu o guru da qualidade Edwards
Deming, pois a gerência é quem decide sobre os métodos,
procedimentos, materiais, etc.

A análise de valor agregado é outra abordagem facilmente


aplicada, porém eficaz, para a melhoria contínua. A regra geral
para determinar se uma etapa agrega valor é se um cliente estaria
disposto a pagar por essa etapa específica.
O tempo real de processamento pode ser adicionado a cada
etapa do processo e, a partir daí, podem ser feitos cálculos básicos
de eficiência do processo. Geralmente, a área de oportunidade
para melhoria é o tempo de espera ou espera entre cada etapa.
Garantia de qualidade tem tudo a ver com melhoria
contínua de processos. Isso inclui a investigação ou a análise da

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140 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

causa raiz dos problemas nos processos, bem como a avaliação


contínua de quais etapas do processo estão agregando valor.
Agora que estudamos a garantia da qualidade, vamos
para o nosso último processo do gerenciamento da qualidade: o
controle de qualidade.

Controle de qualidade
O último processo sob gerenciamento de qualidade é o
controle de qualidade.
O controle de qualidade tem a ver com o monitoramento
das métricas, identificadas na fase de planejamento da qualidade,
para garantir que essas métricas tenham desempenho satisfatório.
O controle de qualidade também inclui a compreensão
do conceito de variação, bem como a comunicação eficaz
com os dados. As métricas foram identificadas no estágio de
planejamento da qualidade, enquanto a coleta de dados precisos
para essas métricas fazia parte da garantia da qualidade.
No processo de controle de qualidade, são utilizadas
ferramentas de análise gráfica para exibir os dados, para que
as decisões possam ser tomadas com facilidade e rapidez em
relação à qualidade da saída do processo.
É fácil entrar no modo “paralisia da análise” com esta
etapa, portanto a chave é manter o rastreamento o mais simples
possível. Na maioria das vezes, deve-se usar ferramentas
simples, como gráficos de execução.
Os gráficos de execução, geralmente chamados de gráficos
de linhas, respondem à pergunta: “Como estamos indo ao longo
do tempo?” Ao analisar os dados ao longo do tempo, a ferramenta
apropriada é um gráfico de execução ou gráfico de controle, não
um gráfico de barras. Os gráficos de execução são predecessores
naturais para controlar gráficos; eles simplesmente não têm
limites de controle.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 141

Os gráficos de Pareto são a ferramenta simples e apropriada


para categorias de informações como: razões para erros de
pedidos de serviço, resultados por região ou tipos de reclamações
de clientes. Os gráficos de Pareto respondem à pergunta: “Quais
coisas estão afetando a métrica principal?”
Todo gráfico de execução deve ter um conjunto associado
de gráficos de Pareto para ajudar a explicar o que está afetando a
métrica principal de interesse. O gráfico de execução e o gráfico
de Pareto são uma ótima combinação e percorrem um longo
caminho em direção a uma comunicação simples, porém eficaz,
com grupos de partes interessadas.
Já os gráficos de dispersão são a ferramenta apropriada
para mostrar visualmente se existe uma correlação entre duas
variáveis. Lembre-se: se é possível colocar duas medidas em um
gráfico, implica dizer que há uma relação entre essas medidas.
Outras sugestões para mapear e monitorar os resultados
incluem:
• Uma métrica por gráfico é uma boa regra geral.
• Evite se tornar um “cartunista”. Mantenha os
gráficos o mais simples possível.
• Os gráficos devem falar por si. Se você precisar
explicar o gráfico, ele não está cumprindo sua
finalidade.
• Evite adicionar linhas de “tendência” aos
gráficos. É muito fácil fazer uma interpretação
incorreta de uma “tendência” que, na realidade,
pode até não existir.
• Tente não usar apenas dados mensais nos
gráficos. A plotagem de dados diários ou
semanais facilita muito a identificação do que
está acontecendo no processo. As mudanças de

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142 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

processo também são detectadas muito mais


rapidamente do que com os dados mensais.
• Compreender a diferença entre variação normal
e pontos de dados incomuns é, talvez, a área que
poderia ajudar a melhorar a tomada de decisões
nos negócios e nas atividades.
Compreender os diferentes tipos de variação é realmente
bastante simples, mas é extremamente difícil de aplicar no
cenário comercial do cotidiano. As pessoas são solucionadoras
de problemas naturais.
Em um ambiente de negócios, os gerentes têm essa
necessidade inerente de agir, mesmo que, na realidade, não haja
necessidade de agir. Os gerentes podem percorrer um longo
caminho para reduzir as reações instintivas em suas atividades
quando diferenciam entre variações de causas comuns e
especiais.
O gráfico de controle fará isso por você. O gráfico de
controle é uma ferramenta extremamente poderosa que deve
ser usada no processo de monitoramento para determinar se os
processos estão sob controle.
Quando apenas uma variação de causa comum está
presente, mas os resultados não estão onde precisam estar, talvez
um projeto de experimento ajude a determinar como mudar o
processo na direção certa.
Se uma medida do processo estiver no controle, ou seja,
ela só tem variação de causa comum, mas os resultados não são
bons o suficiente, isso indica que o processo deve ser alterado
ou aprimorado.
Pedir às pessoas para explicar as diferenças nos dados
entre os limites de controle não é apenas frustrante, mas também
uma perda de tempo. Uma abordagem melhor é reconhecer que
o processo atual não é capaz de se concentrar em melhorar o
processo.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 143

A melhor maneira de melhorar os processos é através de


uma equipe de melhoria de processos. Compreender a variação
facilita muito a tomada de decisões. Investigue causas especiais,
reduza a variação e decida se o processo é bom.
Se o processo não for bom, em vez de continuar tentando
corrigir, forme uma equipe de melhoria de processo para estudar
o processo e mudá-lo na direção certa.
O monitoramento de processos é parte integrante do
controle de qualidade. As ferramentas de qualidade usadas
nesse processo podem ajudar os gerentes de várias maneiras,
incluindo: diferenciação entre ruído normal no processo e algo
incomum, comunicação eficaz com análises gráficas fáceis de
entender e tomada de decisões melhores e menos emocionais
com base em dados e fatos sólidos.
Algumas atividades específicas são quase sempre
empreendimentos emocionais para uma boa parte dos envolvidos.
Para tirar essa emoção da tomada de decisão e se comunicar de
maneira mais eficaz com a alta gerência, é essencial incorporar
processos de qualidade em cada atividade. Para melhorar
com sucesso os resultados a longo prazo, os gerentes devem
desenvolver uma mentalidade de melhoria contínua.
Isso pode ser feito, como vimos, familiarizando-se e
utilizando as várias ferramentas e técnicas de qualidade em cada
atividade. Os gerentes que tomam tempo para estabelecer boas
métricas, analisar os processos afetados e entender o conceito
de variação devem melhorar significativamente a eficácia do
gerenciamento de suas atividades.
Talvez agora já tenha ficado mais claro a importância
destes conceitos, inclusive para o gerenciamento de custos,
riscos e perdas. Como vimos, a qualidade do gerenciamento é
uma peça importante para a eficiência e eficácia das atividades.
Quando se trabalha em busca da qualidade, há uma chance real

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144 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

de diminuição de custos, boa gestão de riscos e diminuição


considerável das perdas.
Assim, encerramos mais uma unidade. Estudamos a
importância do planejamento, aprendemos sobre os custos
associados à TI, a gestão da informação e a gestão da qualidade.
Em organizações modernas, estes elementos são fundamentais
para uma boa gestão de custos, riscos e perdas; o bom
desenvolvimento do trabalho e o ganho de vantagem competitiva
no mercado.
Na próxima unidade nos aprofundaremos sobre outros
custos associados às operações logística e a importância deles
na gestão de custos, riscos e perdas.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 145

04
UNIDADE

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146 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

INTRODUÇÃO
Nesta última unidade vamos conhecer mais dois custos
importantes para o gestor: o custo de embalagens e custos de
estoques. Além de estudar os custos de estoques vamos estudar
também sobre o seu gerenciamento, elementos que afetam
o estoque e por quê/quando deve-se evitar manter estoques.
Além disso, vamos estudar também sobre o valor agregado
econômico e o balanced scorecard. Vamos entender estes dois
métodos usados para medir desempenho e sua importância para
a gestão de custos, riscos e perdas. Por fim, vamos estudar sobre
alguns indicadores de desempenho logístico e o custeio baseado
em atividades (ABC). Assim, finalizaremos todo o conteúdo
proposto para você nesta unidade. Vamos lá?

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 147

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências
profissionais até o término desta etapa de estudos:

1 Aprender sobre os custos de embalagens;

2 Entender o gerenciamento e custos do estoque;

3 Conhecer o valor econômico agregado (EVA) e o


balanced scorecard (BSC);

4 Compreender os indicadores de desempenho


logístico e o custeio baseado em atividades (ABC).

Então, vamos em frente? Estarei com vocês caminhando por todas


estas temáticas e ajudando a construir novos conhecimentos.
Vamos lá!

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148 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Aprendendo sobre os custos de embalagens

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você aprenderá sobre os custos de


embalagens. Além dos custos de transporte que já estudamos,
este custo é também importante para a gestão de custos e
perdas. Abordaremos os primeiros conceitos sobre os custos
de embalagens, apresentando os diversos tipos de custos de
embalagens. Mais adiante, estudaremos sobre a armazenagem,
montagem e gestão de embalagens. Iremos perceber que o
conhecimento acerca destas temáticas irá ajudar ao gestor
a ter um olhar mais amplo sobre um processo de fabricação,
embalagem e distribuição. É o que estudaremos neste capítulo a
partir de agora. Vamos em frente! Avante!

Os custos de embalagens
A embalagem tem uma função em um processo de
produção e distribuição de um produto. É ela quem garante a
integridade do produto, fornece informações do produto e pode,
inclusive, despertar interesse no consumidor.
Quando olhamos na perspectiva dos custos, podemos
definir os custos de embalagens aqueles custos que estão
justamente ligados ao processo de fabricação destas embalagens,
independente do tamanho, material, formato, etc.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 149

Figura 1: A embalagem garante a integridade do produto.

Fonte: Freepik

Muitos componentes influenciam e impactam o custo da


embalagem, desde os gastos explícitos (como matéria-prima
e mão-de-obra) aos implícitos (armazenamento e estoque
obsoleto). Assim, é importante considerar todos estes elementos
ao calcular o custo da embalagem para o seu negócio.
Neste sentido, o gestor irá buscar a melhor relação custo-
benefício ao pensar, projetar e definir a embalagem de um
produto. O princípio é que os custos sejam baixos, mas, por
outro lado, possa atender às exigências que o produto requer.
Como estudamos no início da nossa disciplina, os custos
fixos são aqueles em que há um preço direto associado aos
produtos, ou seja, é tudo que você paga, por exemplo, durante
um processo embalagem. Estes custos são relativamente fáceis de
especificar e calcular no final do dia e podem ser classificados em:

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150 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

 Projeto estrutural
 Design gráfico
 Fabricação de embalagens personalizadas
 Suprimentos para embalagens e preenchimento de
espaços vazios
 Remessa
Vamos estudar a partir de agora cada um destes tipos de
custos associados às embalagens.
Vamos lá!

Tipo de custos de embalagens


Como acabamos de ver, pode classificar os custos de
embalagens em 5 tipos diferentes. Vamos entender cada um
deles.
Projeto estrutural:
Dependendo do seu produto, o fabricante da sua embalagem
ou uma agência externa especializada em design de embalagem
pode desenvolver o design estrutural da sua embalagem. O
custo de criar seu design e convertê-lo em um arquivo pronto
para fabricação varia e pode ou não ser incluído nos serviços
fornecidos pelo parceiro de design escolhido.
Você deve solicitar uma cotação antecipada, detalhando o
que está incluído e o cronograma previsto para desenvolver seu
design antes de iniciar qualquer projeto de embalagem. Se você
levar um arquivo existente para o fabricante da embalagem,
ele ainda precisará fazer ajustes para garantir que funcione de
acordo com suas máquinas e operações disponíveis.
Design gráfico:
A aplicação de gráficos às embalagens varia muito,
dependendo do projeto. Você pode utilizar uma versão simples

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 151

de uma cor do seu logotipo na parte externa de uma caixa


de remessa ou pode desenvolver uma experiência de varejo
altamente personalizada e atraente. Para projetos simples, pode
ser suficiente fornecer ao fabricante da embalagem um arquivo
com o logotipo no perfil e na resolução de cores desejado. É
peça chave saber identificar o tipo de custo de embalagem.
Projetos de embalagem mais complexos podem exigir o
apoio de um designer gráfico profissional ou agência de design.
Qualquer que seja o caminho a seguir, o processo de design
gráfico é semelhante ao do design estrutural e você deve solicitar
de forma antecipada uma cotação, linha do tempo de produção e
termos de contratação.
Fabricação de embalagens personalizadas:
Depois que o design estrutural e os gráficos forem
finalizados e para fabricação, você estará pronto para começar
a fabricação personalizada. O custo desse processo depende do
material, tamanho, volume de execução, método de impressão,
ferramentas utilizadas e mão-de-obra.
Um componente importante para o sucesso de qualquer
projeto de embalagem é trazer a pessoa responsável por criar
o design para dentro de sua empresa desde o início. Essa ação
pode otimizar o resultado da embalagem, incluindo o custo total.
Se você não deseja enviar seu designer gráfico por um
caminho criativo que, de última hora, não funcionará no método
de impressão usado pela embalagem ou no orçamento de
fabricação, é recomendável que você tenha sessões de discussão
e soluções o mais cedo possível.
Suprimentos para embalagens e preenchimento de
espaços vazios:
Os componentes do seu projeto de embalagem podem
ser itens de estoque e, portanto, deve-se levar em consideração
seu custo. Isso pode incluir embalagens primárias (como
garrafas, tubos e bolsas), preenchimento de espaços vazios

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152 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

(como almofadas de ar ou embalagens de papel), fita adesiva,


etiquetas, embalagens elásticas e muito mais. Dê uma olhada
em sua cadeia de suprimentos (estudamos gestão da cadeia de
suprimentos nas unidades anteriores) de embalagens do começo
ao fim e inclua as compras de produtos em estoque no cálculo de
custos de embalagens.
Remessa:
No ambiente atual de logística, o custo de remessa
desempenha um papel significativo no custo total de
mercadorias. O envio tem implicações em potencial para o custo
da embalagem, tanto no início quanto no fim do seu projeto de
embalagem. Você pode pagar pelo frete da embalagem para seu
armazém ou centro de distribuição e pagará novamente ao enviar
o produto embalado para o usuário final.

IMPORTANTE

O tamanho, a forma e a escolha do material da sua embalagem


afetam o peso e as dimensões. O peso e o tamanho afetam o
custo do envio. Por isso é importante ter um grupo especializado
que discuta desde o início do processo de desenvolvimento de
embalagens.

Armazenagem, montagem e a gestão de


embalagens
Todas as empresas analisam o custo de estoque e
armazenamento de maneira diferente. O custo do espaço
pode variar bastante de empresa para empresa. Embora possa
ser tentador comprar embalagens em grandes quantidades
(barganha do preço pelo volume), vale a pena considerar como

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 153

você gerenciará qualquer material não utilizado. Comprar


embalagens em uma quantidade muito grande para economizar
nem sempre é a estratégia mais eficaz. Em vez de manter todo
esse estoque disponível, a empresa pode fazer uma parceria com
um fornecedor que possa suprir as entregas de forma pontual.

IMPORTANTE

Há ainda um outro risco adicional pelo excesso de estoque: a


obsolescência. A necessidade de alterar a rotulagem do produto,
atualizar alguma exigência ou adaptar os gráficos para atender a
uma demanda específica pode resultar em embalagens obsoletas.

É importante ter o volume de embalagens na quantidade


certa. Dessa forma, seu dinheiro não está “preso” ao estoque em
excesso, e nem corre o risco de ficar desatualizado e sem uso.
Jogar fora embalagens antigas é o mesmo que jogar dinheiro
fora.
Já está ficando claro de como uma boa gestão de
embalagens é importante para a gestão de custos e perdas.
Mas vamos continuar avançando para fechar o pensamento e o
capítulo. Vamos lá!

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154 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Os bons designers de embalagens levam em consideração


o ciclo de vida de uso completo da embalagem, incluindo o
trabalho necessário para montar e carregar a unidade do produto.
Existem ferramentas, por exemplo, disponíveis para acelerar
o dobramento manual, além de soluções automatizadas para
maximizar a linha de montagem.
Figura 3: É importante ter o volume de embalagens na quantidade certa.

Fonte: Freepik

Um bom gestor de embalagens pode conduzir um estudo


do tempo das operações para determinar quais soluções sua
empresa pode aproveitar. A integração da automação ao design
da embalagem, equipamento ou ambos pode economizar tempo
e dinheiro. O gestor determinará se um novo equipamento ou
um design revisado que reduz o manuseio poderia melhorar seus
custos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 155

Além de melhorar a operação, o gestor deve estar atendo


aos custos. Para contabilizar com precisão o custo de sua
embalagem, ele deve observar o quadro geral. A avaliação geral
do processo além de observar os itens que possuem os mais altos
custos revelará áreas de melhoria e oportunidades para otimizar
as operações de negócios e otimizar os resultados.
Um gestor de embalagem experiente pode fornecer
informações durante as fases de desenvolvimento (design
estrutural e gráfico). Eles podem ajudar a calcular e gerenciar
custos durante a fase de fabricação e transporte, enquanto
descobrem soluções eficientes para maximizar seu orçamento
ou melhorar a sustentabilidade. Eles também podem ajudá-lo a
calcular o retorno do investimento da embalagem.
Estudamos algumas técnicas de avaliação de perdas
financeiras na unidade anterior. As principais técnicas que você
pode usar para isso são:
 Período de retorno (payback).
 Taxa de retorno contábil.
 Análise de risco e sensibilidade de investimento.
 Fluxo de caixa descontado.
Agora que já sabemos sobre a importância da gestão de
embalagens para a gestão de custos e perdas, vamos avançar
nosso estudo e entender agora uma outra temática bem importante
nas organizações: a gestão e custos de estoque.
Vamos lá!

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156 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Entendendo o gerenciamento e custos do


estoque

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender sobre


o gerenciamento e os custos que estão associados aos diversos
tipos de estoque. Além disso, você estudará sobre os elementos
que afetam a operação de estoques, inclusive a mão-de-obra e
profissionais sem a qualificação adequada. Os gestores que atuam
nas organizações devem saber da importância da qualificação
profissional para uma gestão de estoques eficiente. Em seguida,
vamos estudar sobre quando e por que se deve evitar manter
estoques. Por fim, vamos tratar especificamente dos custos
de estoques. E então? Motivado para desenvolver este novo
conhecimento? Então vamos lá. Avante!

Conceitos de gerenciamento de estoque


Gerenciamento de estoque e gerenciamento da cadeia de
suprimentos (que estudamos na primeira unidade) são a espinha
dorsal de qualquer operação comercial.
Com o desenvolvimento da tecnologia e a disponibilidade de
aplicativos de software orientados a processos, o gerenciamento
de estoque passou por mudanças revolucionárias.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 157

Figura 4: O gerenciamento de estoque é a espinha dorsal de uma operação comercial.

Fonte: Freepik

Nos últimos anos podemos perceber que houve uma


adaptação sobre o conceito de gestão de estoques, desde o
atendimento ao cliente até a forma de gerenciar e manter estoques
e, assim, efetuar entregas imediatas (just in time).
O gerenciamento de estoque é gerenciar os diversos tipos
de estoques de uma organização, organizá-lo da forma mais
adequada e mantê-lo em quantidades ideais.
Existem diversos tipos de estoques como:
 Estoques de insumos ou matérias-primas.
 Estoques de produtos em processo.
 Estoques de produtos semiacabados.
 Estoques de produtos acabados.
 Estoques em trânsito.
 Estoques em consignação

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158 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

OBSERVAÇÃO
+

No estoque em consignação o fornecedor disponibiliza o produto


e o cliente só pagará pelo produto quando efetuar a venda dele na
data acordada, caso não haja venda do produto, poderá devolvê-
lo de acordo com o contrato firmado.

Embora o conceito de estoque seja em sua essência sempre


o mesmo, as indústrias passaram a usar modelos e nomeá-los de
maneira diferente. Empresas de manufatura, como fabricantes
de computadores ou de telefones celulares, chamam o modelo
pelo nome de “indústria gerenciada pelo fornecedor”, enquanto a
indústria automobilística usa o termo “just in time”, já a indústria
de vestuário chama esse modelo pelo nome de “resposta eficiente
do consumidor”. Mesmo com todos estes nomes, o modelo
básico de gerenciamento de estoque permanece o mesmo.
Para entendermos sobre como cada empresas usa
determinados modelos de estoques, vamos dar o exemplo da
DELL, que possui fábricas em todo o mundo. Eles seguem um
conceito de “build to order”, no qual a fabricação ou montagem
de notebooks é feita apenas quando o cliente faz um pedido pela
web e confirma o pagamento.
A Dell compra peças e acessórios de vários fornecedores,
tomando ainda a iniciativa de trabalhar com fornecedores de
serviços terceirizados para instalar armazéns adjacentes às suas
fábricas e gerenciar os estoques em nome dos fornecedores da
DELL. O 3PL - provedor de serviços terceirizados recebe as
remessas e mantém estoque de peças em nome dos fornecedores
da Dell.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 159

O armazém da 3PL abriga estoques de todos os fornecedores


da DELL, que podem chegar a mais de duzentos fornecedores.
Quando a DELL recebe um pedido confirmado de notebook, o
sistema gera uma lista de materiais, que é baixada no 3PL, os
processos e os materiais são dispostos conforme o processo de
montagem e entregues diretamente no chão de fábrica.
Hoje, a maioria das empresas multinacionais conseguiu
com sucesso que seus fornecedores e prestadores de serviços 3PL
instalassem o método de indústria gerenciada pelo fornecedor em
suas fábricas e esse modelo tornou-se prioritários nos processos
de fabricação.
Agora que já entendemos os conceitos iniciais do
gerenciamento de estoques e como ele pode possuir diferentes
modelos, vamos dar sequência ao nosso assunto tratando de
alguns elementos que afetam as operações de estoques.

Elementos que afetam as operações de


estoque
Como vimos, as operações de gerenciamento de estoque
estão cada vez mais sendo terceirizadas para provedores de
serviços terceirizados, garantindo assim que os investimentos e
custos no gerenciamento de estoques sejam reduzidos.
Essa é uma ótima tendência, desde que as empresas se
concentrem em supervisionar e revisar o gerenciamento de
estoque e as operações de estoque periodicamente para garantir
que os controles adequados sejam mantidos e os processos
seguidos.

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160 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

IMPORTANTE

O gerenciamento de estoque envolve o estudo de dados sobre


movimentação de estoque, seu padrão de demanda, ciclos de
fornecimento, ciclos de vendas, etc. O gerenciamento ativo
exige análise e gerenciamento contínuos dos itens de estoque
para atingir o gerenciamento de estoque enxuto.

A função gerenciamento de estoque é realizada pelos


planejadores de estoque da empresa em estreita coordenação
com compras, logística da cadeia de suprimentos e finanças,
além dos departamentos de marketing.
O gerenciamento de estoque é essencial para gestão de
custos, riscos e perdas.
As eficiências do gerenciamento de estoque dependem em
grande parte das habilidades e conhecimentos dos planejadores
de estoque, do foco e do envolvimento do gerenciamento
e das políticas de gerenciamento associadas ao sistema de
gerenciamento de estoque.
No entanto, o gerenciamento de operações de estoque não
está sob o controle da equipe de gerenciamento de estoque, mas
cabe aos fornecedores de serviços terceirizados. É neste ponto
que se revela algumas das áreas críticas e pontos de ação por
parte das operações que podem impactar o estoque da empresa,
vamos ver algumas destas áreas a seguir:
Mão-de-obra e pessoal não qualificados: O gerenciamento
de operações de estoque é uma operação orientada ao processo.
Todas as tarefas e ações a serem executadas pelos operadores
afetarão o estoque, os prazos de entrega e outros parâmetros.
Portanto, o conhecimento sobre o que é necessário fazer e o

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 161

efeito da ação deve ser conhecido pelos operadores que estão no


chão de fábrica.
Por exemplo: Se um operador recebe uma tarefa de
armazenamento, ele deve saber como e onde deve guardar o
palete, como digitalizar o ID do palete e confirmá-lo no sistema.
Além disso, ele também deve saber o impacto de não concluir
nenhuma dessas ações ou fazer algo errado. O impacto que sua
ação terá no sistema, bem como o estoque físico, deve ser claro
para o operador.
Itens de estoque diferentes teriam que ser tratados de
maneira diferente: Os operadores que estão realizando a tarefa
devem saber o porquê e o que deve ser feito. Eles também devem
saber as consequências de não seguir o processo.
Um palete pode ter que ser escaneado para a identificação e
guardado no local, enquanto uma caixa pode ter que ser aberta e
escaneada em busca de caixas individuais dentro e guardada em
uma lixeira. Os agentes devem ser treinados em todo o processo
e entender o porquê e o que ele está fazendo.
Os sistemas de gerenciamento de estoques são bastante
operacionais e exigem muito conhecimento: Nos locais em
que os estoques estão sendo gerenciados em sistemas baseados
em rádio frequência, os operadores devem saber gerenciar os
leitores de rádio frequência, entender como acessar e concluir
transações destes leitores.
De forma geral, podemos perceber que quando as
operações do estoque estão sendo gerenciadas por um provedor
de serviços terceirizado e o cliente principal não está presente no
local, a qualidade da equipe e dos operadores é comprometida
e as pessoas não recebem treinamento adequado antes de
receberem sua responsabilidade. Tais situações podem levar a
discrepâncias de estoque.
Procedimentos operacionais padrão, treinamento e
ênfase na conformidade dos processos: Quando um projeto de

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162 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

gerenciamento de estoque é iniciado em um local de armazém


de terceiros, tanto o cliente principal quanto o fornecedor de
serviços terceirizados trabalham no projeto e configuram os
processos básicos, documentando um padrão de procedimentos
operacionais e realizar treinamento como parte da metodologia
de gerenciamento de projetos.
No entanto, ao longo do tempo, a natureza dos requisitos
dos negócios muda, resultando em alterações nos processos
operacionais. Estes não são documentados e os procedimentos
operacionais padrão ficam desatualizados.
Em seguida, novos trabalhadores são introduzidos no chão
de fábrica e são obrigados a aprender os processos trabalhando
em conjunto com outras pessoas, onde nenhum treinamento ou
documento é fornecido a ele para referência. Com o resultado,
eles geralmente têm um conhecimento incompleto dos processos
e realizam tarefas sem saber por que estão fazendo e o que
precisam fazer.
Essa situação é muito perigosa para a saúde do estoque e
mostra uma falta de atitude do prestador de serviços terceirizado.
A continuação dessa situação levará a problemas de limpeza,
incompatibilidade de estoque, discrepâncias e afetará a prestação
do serviço. Além disso, se não for bem monitorada, poderá levar
a roubo, furto e uso indevido do estoque.
Em qualquer armazém de operações de estoque de
propriedade de terceiros, o principal cliente deve garantir que
a revisão e o treinamento periódicos sejam realizados para
toda a equipe. As operações de estoque devem ser revisadas
periodicamente e as contagens e auditorias de estoque realizadas
regularmente.
Agora que entendemos que existem alguns elementos
capazes de afetar os estoques já é possível perceber que quanto
maior o estoque, maior o risco que estamos correndo. Por outro
lado, estoques pequenos também pode ser um grande problema.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 163

Qual o tamanho do estoque ideal? Vamos entender um melhor a


partir de agora sobre essa temática.

Porque e quando evitar manter estoques


Toda organização comercial envolvida na fabricação,
comercialização ou negociação de produtos para venda ​​mantém
estoques de uma forma e de outra. Como vimos, o estoque
pode ser mantido na forma de matérias-primas ou na forma de
mercadorias para venda.

OBSERVAÇÃO
+

Como cada unidade de item do estoque tem um valor econômico


e é discriminada nos livros contábeis da empresa, o estoque pode
ser considerado um ativo da empresa.

Gerenciamento de estoque é uma função crítica


desempenhada pelos planejadores para equilibrar a retenção de
estoque, de modo a garantir que os níveis ideais de estoque sejam
mantidos. Qualquer excesso de estoque resultará em custos
incrementais de manutenção do estoque e afetará as finanças da
empresa, pois bloqueia o capital de giro.

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164 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 5 – O nível de estoque é importante na gestão de estoques.

Fonte: Freepik

O estoque, por outro lado, pode prejudicar seriamente a


participação da empresa no mercado. Qualquer pedido de cliente
que não seja atendido devido a um estoque esgotado não é um
bom sinal.
Portanto, a responsabilidade de encontrar um bom equilíbrio
na manutenção do estoque enxuto exige planejamento inteligente
e monitoramento contínuo dos níveis de estoque, juntamente com
a rápida tomada de decisões.
Devido aos fatores acima, todas as organizações geralmente
tendem a evitar manter estoques, exceto em determinados
momentos, pois o acúmulo de estoque pode ser um sinal de
problemas ocultos. As empresas perceberam que o acúmulo de
estoque é um sinal de problemas ocultos, que ficam “embaixo do
tapete” e não são visíveis de forma clara.
Em outras palavras, pode-se dizer que, para encobrir
ineficiências nos sistemas internos, as pessoas constroem

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 165

estoques como estoques de segurança. O acúmulo de estoque


pode ocorrer como uma solução para encobrir as ineficiências
do fornecedor.
Se os fornecedores não são confiáveis ​​e o fluxo de
matérias-primas não pode ser garantido, há uma tendência de
manter estoques de emergência na forma de matérias-primas ou
estoques semimanufaturados.
Em outros casos, o acúmulo de estoque pode ocorrer
devido à má qualidade. O aumento do custo do estoque e o custo
resultante do armazenamento do estoque podem ser atribuídos
ao custo da qualidade. Se a produção não for consistente com a
qualidade, as mercadorias produzidas serão rejeitadas, levando
a um aumento no estoque rejeitado. Para compensar a perda
devido à rejeição da qualidade, seria necessário aumentar a
produção e manter o estoque de produtos acabados.
Em outros casos, atrasos na produção também podem levar
à criação de estoques. Atrasos na produção podem ser atribuídos
a várias razões, como mau design do produto, ineficiências no
layout da produção, paralisação da produção devido a falhas,
longos tempos de processo etc. Além dessas causas, pode haver
muitos outros problemas relacionados a pessoas e gerenciamento,
resultando em atrasos na produção.

REFLITA

Esses acúmulos de estoque não apenas bloqueiam o capital


de giro e aumentam os custos desnecessários de manutenção
e armazenamento dos estoques, mas também ocultam os
problemas que podem causar sérias ameaças aos negócios. A
gerência deve estar atenta para identificar quaisquer acúmulos
de estoque, investigar a causa raiz e resolver esses problemas.

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166 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Um acúmulo de estoque causa preocupação para os


controladores financeiros. Qualquer estoque não móvel é
motivo de preocupação, porque não apenas bloqueia os fundos
da organização, mas o custo incremental de manter o estoque
continua aumentando ao longo do tempo e afeta os números
finais.
Mais importante ainda, o estoque durante um tempo é
suscetível a perda, roubo, furto e encolhimento. Também pode
se tornar obsoleto e deteriorar-se, se não for usado dentro do
prazo de validade.
Portanto, os níveis de estoque estão sempre no radar
não apenas dos controladores financeiros, mas também da alta
administração.
Viu como é importante manter um estoque equilibrado?
Ele pode fortemente afetar os custos de uma organização. Mas
quais são os custos que podemos atribuir aos estoques? É o que
iremos estudar agora. Vamos lá!

Custos de estoque
A aquisição, armazenamento e gerenciamento de estoque
estão ligados a custos associados a cada uma dessas funções.
Os custos de estoque são basicamente classificados em
três tipos:
 Custo de pedido.
 Custo de armazenamento.
 Custo de capital e transportes.
Vamos estudar cada um destes custos de estoque separadamente!
Custo de pedido:
O custo de aquisição e os custos de logística de entrada
fazem parte do custo do pedido. O custo do pedido é dependente

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 167

e varia com base em dois fatores: o custo do pedido em excesso


e o custo do pedido em volume menor.
Esses dois fatores se movem em direções opostas.
Fazer pedidos em excesso de quantidade resultará no custo de
armazenamento. Por outro lado, encomendar menos resultará
em aumento dos custos de reposição e de pedidos.
O custo de pedido somado ao custo de armazenamento é
chamado de custo total de estoque. Se você colocar em um gráfico
a quantidade do pedido em relação ao custo total de estoque,
verá o gráfico diminuindo gradualmente até um determinado
ponto após o qual, a cada aumento na quantidade de pedido, o
custo total do estoque aumentará. Saber calcular o custo total de
estoque é um diferencial.
Essa análise funcional e implicações de custo formam
a base para determinar a decisão de aquisição de estoque,
respondendo às duas perguntas fundamentais básicas: quanto
pedir e quando pedir.
Custo de armazenamento:
Os custos de armazenamento de estoque normalmente
incluem o custo do aluguel do prédio e a manutenção da instalação
e os custos relacionados. Custo de equipamentos de manuseio
de materiais, hardware de TI e aplicativos, incluindo custo de
compra, depreciação, aluguel ou arrendamento, conforme o
caso. Outros custos incluem custos operacionais, custos de
comunicação e serviços públicos, além do custo dos recursos
humanos empregados nas operações e na administração.
Custo de capital e transportes:
Os custos de capital incluem os custos de investimentos,
juros sobre capital de giro, impostos sobre estoques pagos,
custos de seguros e outros custos associados a obrigações legais.
Já os custos de transporte de estoque envolvem
deslocamentos, armazenamento e gerenciamento de estoque,

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168 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

usando instalações internas ou armazéns externos pertencentes e


gerenciados por fornecedores terceirizados.

OBSERVAÇÃO
+

Dada a importância dos custos de transportes nos custos das


operações logística, estudamos este tema de forma detalhada na
primeira unidade.

Os custos de armazenamento de estoque, bem como o


custo de capital, dependem e variam com a decisão dos gestores
de gerenciar o estoque internamente ou por meio de fornecedores
terceirizados.
Atualmente, a tendência é que as empresas optem pela
terceirização do gerenciamento de estoques para serviços
de terceiros. Elas percebem que fazer por conta própria
o gerenciamento de operações de estoque requer certas
competências essenciais, que podem não estar alinhadas com as
competências de seus negócios. Eles preferem terceirizar para
um fornecedor com a competência necessária a realizar por
conta própria.
No caso de operações de armazenamento em larga escala,
o nível de investimentos pode ser muito grande em termos
de custo de equipamentos de construção e de manuseio de
materiais, etc. Além disso, irá bloquear o capital da empresa, que
pode ser utilizado em áreas mais importantes, como pesquisa e
desenvolvimento, expansão etc. do que permanecer investido no
armazenamento em larga escala.
Bem, entendido a importância sobre o gerenciamento
de estoques, os tipos de estoques, o que afeta a operação de

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 169

estoques, seus níveis adequados e custos, vamos para nosso


próximo tópico.
Vamos estudar agora sobre como realizar a avaliação
financeira da empresa. Este é o nosso próximo assunto.
Vamos lá!

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170 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Conhecendo o valor econômico agregado


(EVA) e o balanced scorecard (BSC)

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender os


conceitos de valor econômico agregado (EVA) e balanced
scorecard (BSC). Além disso, você vai estudar e entender as
principais semelhanças e diferenças entre EVA e BSC. Você
deseja que a organização supere seus concorrentes? Então,
entender estes dois métodos é essencial. Você sabe a diferença
do que mede o EVA e o que mede o BSC? Vamos abordar todas
estas temáticas para que você entenda claramente a diferença
entre elas e a importância desta temática para a gestão de custos,
riscos e perdas. Estarei aqui com você para te passar todo esse
conhecimento. E então? Motivado para mais um capítulo? Então
vamos lá. Avante!

O que é valor econômico agregado (EVA)?


Na segunda unidade estudamos que é importante realizar
uma boa prevenção de perdas, mas estimar os benefícios do
investimento em termos financeiros também é extremamente
importante.
Agora, vamos estudar duas importantes medidas de
desempenho financeiro de uma empresa: o valor econômico
agregado em o balanced scorecard. Vamos em frente!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 171

DEFINIÇÃO

O valor econômico agregado (EVA) é uma medida do


desempenho financeiro de uma empresa com base na riqueza
residual calculada deduzindo seu custo de capital de seu lucro
operacional, ajustado pelos impostos em regime de caixa. O
EVA também pode ser chamado de lucro econômico, pois tenta
capturar o verdadeiro lucro econômico de uma empresa.

Figura 6: Saber calcular o EVA é importante para o gestor de uma atividade.

Fonte: Freepik

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172 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

EVA é a diferença incremental na taxa de retorno sobre o


custo de capital de uma empresa. Essencialmente, é usado para
medir o valor que uma empresa gera dos fundos investidos nela.
Se o EVA de uma empresa for negativo, significa que a
empresa não está gerando valor a partir dos fundos investidos
no negócio. Por outro lado, um EVA positivo mostra que uma
empresa está produzindo valor com os recursos investidos nela.
A fórmula para calcular o EVA é:
EVA = Lucro operacional líquido após impostos - Capital
investido * Custo médio ponderado de capital.
Lucro operacional líquido após impostos é a quantidade
de capital investido e pode ser calculado manualmente, mas
normalmente é listado nas finanças de uma empresa pública.
O capital investido é a quantidade de dinheiro usada para
financiar um projeto específico.
Uma equação para o capital investido frequentemente
usada para calcular o EVA é:
Capital investido = Total do ativo - passivo circulante, dois
números facilmente encontrados no balanço da empresa.
Custo médio ponderado de capital é a taxa média de
retorno que uma empresa espera pagar a seus investidores e os
pesos são derivados como uma fração de cada fonte financeira na
estrutura de capital de uma empresa. O custo médio ponderado
de capital também pode ser calculado, mas normalmente é
fornecido como registro público.
O objetivo do EVA é quantificar o custo do investimento de
capital em um determinado projeto ou empresa e avaliar se gera
dinheiro suficiente para ser considerado um bom investimento.
Ele apresentará o retorno mínimo que os investidores precisam
para fazer seu investimento valer a pena.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 173

O EVA avalia o desempenho de uma empresa e sua


administração através da ideia de que um negócio só é lucrativo
quando gera riqueza e retorno para os acionistas, exigindo,
portanto, desempenho acima do custo de capital da empresa.
O EVA como indicador de desempenho é muito útil. O
cálculo mostra como e onde uma empresa criou riqueza, através
da inclusão de itens do balanço. Isso força os gerentes a estarem
cientes dos ativos e despesas ao tomar decisões gerenciais.
No entanto, o cálculo do EVA depende muito da quantidade
de capital investido e é melhor usado para empresas ricas em
ativos que são estáveis ou ​​ maduras. Empresas com ativos
intangíveis, como empresas de tecnologia, podem não ser boas
para uma avaliação de EVA.
Agora que já sabemos o que é o valor econômico agregados,
vamos entender o que é o balanced scorecard.

O que é um Balanced Scorecard?


Se utilizarmos qualquer indicador financeiro verificamos
que apenas ele não é suficiente para trazer à tona a realidade dos
negócios de uma organização. A partir daí, surge a necessidade
de analisar a empresa em todas as suas perspectivas. Uma das
ferramentas mais conhecidas para isto é o Balanced Scorecard
ou BSC.
Tudo começou a partir dos anos 90, quando os
pesquisadores Robert e David Norton resolveram observar
melhor as empresas e passaram a dedicar tempo para entendê-las
através de perspectivas que não fossem restritamente financeira,
pois eles acreditavam que não se pode medir o desempenho
financeiro de uma organização apenas pelo sucesso econômico.
Baseado nestas ideias, agregadas a um conjunto de fatores
e técnicas que originou o Balanced Scorecard ou BSC. Nos
últimos anos, o Balanced Scorecard (BSC) evoluiu para uma das
ferramentas de gestão estratégica mais popular.

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174 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

++
+
EXPLICANDO DIFERENTE

O BSC foi posicionado como uma inovação estratégica de


medição de desempenho para neutralizar o viés financeiro
prevalecente em sistemas de medição de desempenho existentes.

A ideia inicial do Balanced Scorecard foi que as medidas


financeiras eram indicadores de resultado, que, quando usadas
isoladamente, poderiam levar a pensar no curto prazo.
É justamente para promover a criação de valor ao longo
prazo que o Balanced Scorecard mede além das perspectivas
financeiras de desempenho, que passam a ser complementadas
com outras três perspectivas, nomeadas de: perspectiva do
cliente, perspectiva de negócios internos e inovação e perspectiva
de aprendizagem.
Figura 7: O balanced scorecard.

Fonte: Freepik

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 175

O reposicionamento do Balanced Scorecard se deu


em 1996. Ele deixa de ser visto apenas como uma medida de
desempenho e passa a ser visto como um sistema de gestão
estratégica, sugerindo que as empresas passem a criar um mapa
estratégico como a representação visual dos objetivos críticos e
as relações de causa e efeito entre eles.
Hoje, no Balanced scorecard, os mapas estratégicos são
vistos como componentes vitais, pois permitem que as empresas
entendam como os seus bens intangíveis são convertidos em
resultados tangíveis.
Dando uma pequena olhada no desenvolvimento do
Balanced Scorecard, pode-se dizer que ela foi uma das ideias de
gestão mais significativos dos últimos anos.
O balanced scorecard é um conceito que se tornou
profundamente enraizado em organizações de todos os tipos
no mundo inteiro e, curiosamente, tem existido apenas por um
pouco mais de duas décadas.
Kaplan e Norton, os fundadores do balanced scorecard,
usaram a analogia do painel de cabine de uma aeronave para
comparar o conceito de um balanced scorecard para as formas
tradicionais de medir o desempenho de uma organização.
O balanced scorecard e o piloto de aeronaves, visualiza o
desempenho de um negócio a partir de apenas uma perspectiva
financeira, segundo eles, era como um cockpit com painel de
instrumentos para uma aeronave ter apenas um instrumento.
Um piloto de avião, na verdade, usa um monte de
instrumentos, que medem a altitude do avião, sentido, velocidade
do ar, temperatura do motor, nível de combustível, e assim por
diante, para julgar o desempenho geral da aeronave. Em essência,
eles usam um balanced scorecard, e por isso eles são capazes de
obter o caminho para onde eles querem ir.
Da mesma forma as organizações devem usar o BSC para
medir muitas coisas através de quatro perspectivas diferentes.

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176 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Com as medidas de desempenho do BSC dentro destas quatro


perspectivas a organização deve então registrar um conjunto
de medidas de desempenho que sejam relacionados a essas
perspectivas.
Eles devem estabelecer metas para cada uma dessas
medidas e devem ser capazes de explicar por que cada medida
foi importante para o seu BSC.
A representação visual do BSC, como vimos, é uma
analogia com “o painel de instrumentos” de uma aeronave, mas
com a representação visual das informações conferidas pelo
BSC.
Usando o sistema de coloração de um semáforo, se
estabeleceu: (1) para mostrar as medidas em que a organização
está falhando contra uma medida de desempenho (que seria,
portanto, de cor vermelha), (2) quase ou apenas passando um
alvo (de cor âmbar, amarelo ou laranja) ou (3) alcançar seu
objetivo (de cor verde) dá um instantâneo à primeira vista de seu
desempenho global.
Ajudando a integrar vários programas corporativos (como
qualidade e serviço ao cliente), olhando para diferentes programas
ou unidades organizacionais de diferentes perspectivas, pode ser
uma maneira de fazer com que todos cantem a partir da mesma
canção no papel.
Para entender melhor como funciona o BSC, vamos ver
dois exemplos a seguir:
Se o BSC mostra o serviço ao cliente como o ponto fraco,
com foco em comportamentos de desempenho de atendimento
ao cliente de todo mundo, ele pode ajudar a conduzir a empresa
para pequenas melhorias em cada departamento ou unidade. O
efeito será uma melhora maior em desempenho de atendimento
ao cliente da organização.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 177

EXEMPLO

Uma organização pode ter metas para aumentar a produtividade


em 8%, por exemplo. Ao dividir as suas unidades produtivas
a níveis menores da organização, baseada no que identificou o
BSC, cada membro da organização terá metas mais claras que
irão conduzir a organização a atingir os 8% de produtividade.

Usando técnicas de gestão baseadas em algumas das


técnicas de balanced scorecard, a empresa também pode ter um
impacto positivo sobre as pessoas de uma organização, uma vez
que irá reconhecer pontos fortes e fracos de diferentes pessoas
em diferentes áreas.
As pessoas podem se sentir valorizadas de forma não
reconhecidas pelas abordagens tradicionais de medição. Ao
mesmo tempo, uma organização pode usar os pontos fortes de
seus funcionários com seu maior efeito, enquanto trabalha para
melhorar suas áreas de fraqueza.
Agora que já sabemos o que significa o valor econômico
agregado (EVA) e o BSC, vamos estudar as diferenças e
semelhança entre eles. Vamos lá!

EVA x BSC: diferenças e semelhanças


Quando olhamos os dois indicadores podemos encontrar
semelhanças e diferenças entre eles e responder à pergunta: eles
podem ou não ser combinados com sucesso?
Como estudamos, os criadores do BSC enxergam a
organização como uma estratégia. Assim, utilizando o BSC é
importante saber:

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178 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Colocando a estratégia em ação: O BSC possibilita


transferir a estratégia para o nível operacional, o que permite
direcionar todas as ações para a implementação de metas
estratégicas.
Links entre organização e estratégia: O BSC
torna possível obter um efeito de sinergia quando todos
os departamentos e unidades de negócios de uma empresa
perseguem objetivos estratégicos.
Implementação da estratégia por todos os funcionários: O
BSC incentiva os funcionários a contribuir para a implementação
de metas estratégicas por meio de um extenso sistema de
comunicação e motivação.
Gerenciamento estratégico em tempo real: O BSC
possibilita vincular orçamento e estratégia com a ajuda de
sistemas de informação e analíticos, a fim de exercer controle
contínuo e realizar campanhas estratégicas de educação.
Motivação: O Balanced Scorecard cria uma motivação
perfeita para os funcionários em todos os níveis.
Já os criadores do gerenciamento baseado em EVA
estabeleceram quatro elementos relevantes:
Medição: O sistema de gerenciamento baseado em EVA
possibilita a criação de um sistema de avaliação para a empresa,
que pode indicar corretamente a rentabilidade real.
Sistema de gestão: O sistema abrange um conjunto
de decisões gerenciais, incluindo planejamento estratégico,
alocação de fundos, compra e venda de ativos, estabelecimento
de metas, etc.
Motivação: Um sistema justo de remuneração e bônus
baseado em um indicador de EVA permite equilibrar os interesses
de gerentes e acionistas.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 179

Mentalidade: A implementação do sistema de gestão e


remuneração com base no indicador EVA leva a mudanças na
cultura corporativa e no clima organizacional.
Embora os EVA e BSC possuam estas vantagens, ambos
também apresentam algumas desvantagens. É preciso saber
utilizar as vantagens que EVA e BSC apresentam.
Fortes laços entre bônus e indicador de EVA podem levar
à tomada de decisões visando benefícios de curto prazo por meio
da redução de custos e uso de ativos com prazo de depreciação
expirado.
O sistema de pontuação consiste em indicadores
financeiros que ignoram fatores de sucesso a longo prazo, como
conhecimento de pessoal, tecnologias da informação, cultura
corporativa etc. O sistema de gerenciamento baseado em EVA
funciona mais na perspectiva de curto prazo.
Já o BSC só pode ser projetado depois que todos os
funcionários aceitarem e entenderem a estratégia da empresa e
não há responsabilidade pelos resultados totais. Além disso, esse
sistema se concentra no gerenciamento de fundos e recursos,
mas não no financiamento deles.
Acredito que agora já tenha ficado mais claro a importância
destes conceitos para a análise de viabilidade deum projeto.
Como vimos, a avaliação de investimentos vai responder até que
ponto vale a pena colocar dinheiro no projeto, ou seja, se ele é
viável financeiramente ou não.
Agora que estudamos estes temas, vamos avançar na nossa
unidade. Agora vamos estudar nosso último tema: a análise
econômica e financeira de projetos.
Vamos em frente!

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180 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Compreendendo os indicadores de
desempenho logístico e o custeio
baseado em atividades (ABC)

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você terá aprendido sobre alguns


indicadores chaves de desempenho logístico. Estes indicadores
irão nortear os gestores sobre a operação logística e auxiliá-lo na
tomada de decisão. Além disso, vamos aprender sobre o custeio
logístico baseado em atividades, muito importante para a gestão
de custos da organização. Começaremos estudando o conceito
de indicadores de desempenho da logística e nos estenderemos
para os indicadores chave de desempenho. Em seguida vamos
entender o conceito de custeio baseado em atividades (ABC)
e, por fim, como calcular o custeio ABC. Após aprender todos
estes conceitos você irá perceber como é importante que o gestor
observe os indicadores e o custeio, trabalhe em cima destes
elementos e perceba como eles são capazes de auxiliar na gestão
de custos, riscos e perdas. Então, vamos caminhar neste novo
caminho. Vamos em frente!

Indicadores de desempenho da logística.


Quando você pensa em um gerenciamento logístico
aperfeiçoado, provavelmente pensa em uma grande organização
deste setor.
Desde a aquisição efetiva de mercadorias, procedimentos de
controle e armazenamento de mercadorias do ponto de origem até
o consumo, estas grandes organizações atendem regularmente e até
excedem as expectativas dos clientes, mantendo margens altas.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 181

Figura 8: Os indicadores de desempenho apoiam os gestores na avaliação e tomada de decisão.

Fonte: Freepik

Desde os armazéns da empresa até a porta da frente


do cliente, existem numerosos KPIs (indicadores chave de
desempenho) de logística que você deve medir para comparar
sua posição com os concorrentes e o que pode ser alterado para
trazer um impulso positivo aos índices de satisfação do cliente e
manter os custos sob controle.
Mas afinal, o que são indicadores chave de desempenho de
logística (KPI)?

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182 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

DEFINIÇÃO

Os principais indicadores de desempenho da logística são


definidos como os valores quantitativos usados ​​para determinar
com que as metas e os objetivos operacionais da logística
específicos sejam alcançados pela empresa durante um
determinado período de forma efetiva e eficiente.

Algumas questões que os indicadores chaves de


desempenho de logística procuram responder incluem:
 Que porcentagem dos prazos de entrega prometidos são
perdidos?
 Quantos pedidos de clientes chegam danificados por
mês?
 Quantos clientes receberam o pedido errado?
 Quantos clientes aguardam longos períodos para
receber seu pedido porque está fora de estoque?
 Estou maximizando a utilização dos métodos de envio?
Somente quando você começar a medir e comparar os
itens acima, você poderá analisar por que eles estão acontecendo
e qual é o custo para os seus negócios.
Se os gerentes de logística falharem em medir e acompanhar
os indicadores de desempenho logístico, os clientes poderão
ficar tão insatisfeitos com encomendas erradas, danificadas ou
atrasadas que
​​ não estarão mais dispostos a fazer negócios com
a empresa.
Além de perder negócios, muitos clientes insatisfeitos
podem atrapalhar os esforços de marketing da empresa,

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 183

alertando os clientes em potencial com críticas negativas on-line


ou verbais, o que pode levar a uma queda nas vendas.
A utilização dos indicadores chave de desempenho
corretos da logística pode impulsionar uma redução no número
de clientes insatisfeitos, melhorando, assim, o resultado geral da
empresa.
Se um departamento de logística era uma sala de aula,
quando se trata de satisfação do cliente, é aqui que eles precisam
obter um A +.

Indicadores chave de desempenho.


Vamos estudar a partir de agora alguns importantes
indicadores chave de desempenho. Vamos lá!
1. Taxa perfeita de pedidos do cliente:
Este indicador chave deve estar no topo de todas as listas
de indicadores de desempenho logístico. Esse indicador para
logística é uma pontuação composta de qualidade, precisão e
integridade, que leva em consideração a taxa média de entrega
pontual, a taxa de remessa completa, a taxa de remessa não
danificada e a taxa de documentação correta de um grupo de
remessas.

EXEMPLO

Uma empresa de logística que descubra que possui um baixo


valor para esse indicador de desempenho logístico pode estar
enfrentando problemas relacionados ao manuseio de materiais
ou processos de embalagem que podem causar a queda,
manipulação ou rotulagem incorreta de muitos produtos.

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184 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Figura 9: É preciso conhecer todos os indicadores chave de desempenho (KPI´s).

Fonte: Freepik

Isso pode aumentar o perfil de risco da empresa, pois


muitos produtos, como medicamentos ou produtos químicos,
precisam ser manuseados com extremo cuidado e embalados de
uma maneira muito específica.
Qualquer desvio pode fazer com que uma grande quantidade
de produtos seja recuperada, além de complicações imprevistas
à saúde dos clientes. Seja qual for o caso, o resultado de um
pedido que não chega em perfeitas condições é uma experiência
insatisfatória do cliente, que pode causar aumento nos custos de
processamento de devoluções, perda de negócios do cliente e
responsabilidades desnecessárias.
2. Taxa de pedidos de clientes não danificada:
O indicador de desempenho logístico da taxa de pedidos
não danificados é um componente da taxa perfeita de pedidos
do cliente que deve ser monitorado para garantir que os pedidos
cheguem ao destino sem danos.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 185

Não há nada tão irritante para um cliente abrir um pacote


que estava esperando, para encontrá-lo quebrado devido a
embalagem inadequada ou ao mal manuseio de funcionários
durante o processo de envio.
É desejável que sua empresa pague mais pelo processamento
de devoluções e pela realização de uma grande quantidade de
retrabalho? Não, claro que não. Ninguém deseja pagar mais
dinheiro e desperdiçar um tempo valioso, especialmente se
puder ser remediado rastreando os principais indicadores de
desempenho da logística.
Se você se encontrar com um valor baixo para esse
indicador chave de desempenho logístico, verifique como os
funcionários preenchem, empacotam e enviam o pedido do
cliente para localizar o problema.
Talvez existam procedimentos inadequados de manuseio
de materiais que levem a uma grande quantidade de danos
às mercadorias durante o processo de envio. Lembre-se de
que a razão por trás dos pedidos danificados pode até estar
no gerenciamento deficiente do fornecedor (mercadorias que
chegam de fornecedores já danificados).
Implemente procedimentos para lidar melhor com os
materiais, utilize métodos de embalagem (estudamos sobre
gerenciamento de embalagens no início desta unidade) eficazes
e reduza o número de pontos de verificação para os pedidos
dos clientes, a fim de reduzir o número de instâncias em que os
pedidos dos clientes são danificados.
Por fim, observe se a satisfação do cliente aumenta. Caso
tenha aumentado, continue acompanhando esse indicador de
desempenho logístico para não voltar aos velhos hábitos.
3. Taxa de pedidos atrasados:
Um alto número de pedidos de clientes atrasados ​​ ou
em espera, em comparação com o número total de pedidos de
clientes, aponta para oportunidades de melhoria de processo

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186 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

no planejamento e previsão de demanda, gerenciamento de


estoque, métodos de gerenciamento de fornecedores ou mesmo
diminuição de estoque devido a danos ou roubo.
Para manter os clientes satisfeitos, comece solicitando que
os gerentes calculem a demanda histórica e as tendências atuais
do mercado para garantir que os produtos da empresa nunca
estejam fora de estoque.
Lembre-se de manter os números previstos, pois ter muitos
produtos em seu estoque pode causar um aumento nos custos
indiretos.
Existem muitos indicadores de desempenho logístico que
ajuda a analisar se os clientes estão deixando de consumir na
empresa, apenas medindo e comparando a operação logística.
Os principais indicadores de desempenho, como vimos, ajudam
os gerentes de logística a identificar e resolver problemas.
A satisfação do cliente é muito importante no setor de
logística, onde ela é constantemente elevada pelos melhores
desempenhos do setor. Ficar de olho nesses indicadores chave de
desempenho para logística e outras métricas, dará um impulso
quando se trata de manter seus clientes atuais e trazer novos para
os negócios.
Agora que estudamos os indicadores de desempenho,
vamos estudar um método que ajuda a atribuir custos diretos
e indiretos a uma determinada atividade: o custeio baseado em
atividades. Vamos lá!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 187

Custeio baseado em atividades (ABC)

DEFINIÇÃO

O custeio baseado em atividades (ABC) é um método de custeio


que atribui custos indiretos e indiretos a produtos e serviços
relacionados. Esse método contábil de custeio reconhece a
relação entre custos, atividades gerais e produtos manufaturados,
atribuindo custos indiretos aos produtos de maneira menos
arbitrária do que os métodos tradicionais de custeio.

No entanto, alguns custos indiretos, como salários da


equipe administrativa e do escritório, são difíceis de atribuir a
um produto.
O custeio baseado em atividades (ABC) é usado
principalmente na indústria de manufatura, pois melhora a
confiabilidade dos dados de custos, produzindo custos quase
verdadeiros e classificando melhor os custos incorridos pela
empresa durante seu processo de produção.
Figura 10: Controlar os custos indiretos é importante para as organizações.

Fonte: Freepik

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188 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

O sistema ABC de contabilidade de custos baseia-se em


atividades consideradas como qualquer evento, unidade de
trabalho ou tarefa com um objetivo específico. Uma atividade é
um fator de custo como pedidos ou configurações de máquina.
A taxa dos custos de uma atividade específica, que é o
total dos custos dividido pelo custo de uma atividade específica,
é usada para calcular o valor de custos indiretos e indiretos
relacionados a uma atividade específica.
O ABC é usado para entender melhor os custos,
permitindo que as empresas formem uma estratégia de preços
mais apropriada.
Esse sistema de custeio é usado no custeio alvo, no custeio
do produto, na análise de rentabilidade da linha de produtos, na
análise de rentabilidade do cliente e nos preços dos serviços. O
custeio baseado em atividades é usado para obter uma melhor
compreensão dos custos, permitindo que as empresas formem
uma estratégia de preços mais apropriada.
Vamos estudar agora passo a passo como calcular o ABC:
Passo 1: Identifique todas as atividades necessárias
para criar o produto.
Passo 2: Divida as atividades em custos específicos,
que incluem todos os custos individuais
relacionados a uma atividade, como fabricação.
Passo 3: Atribua para cada custo específico da
atividade a quantidade e unidade, como horas ou
unidades.
Passo 4: Calcule a taxa do custo específico,
dividindo o custo da atividade específica pela
quantidade e unidade atribuída (horas, unidades).
Passo 5: Multiplique a taxa custo da atividade
específica ela quantidade e unidade da atividade
para criar o produto.

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 189

Como um exemplo de custo baseado em atividades,


considere a empresa PQR que possui uma conta de energia
elétrica de R$ 50.000,00 por ano. O número de horas de trabalho
tem impacto direto na conta de luz. No ano, foram 2.500 horas
de trabalho, o que neste exemplo é o fator de custo. O cálculo
da taxa do custo específico é feito dividindo a conta de energia
elétrica de R$ 50.000,00 por ano pelas 2.500 horas, gerando uma
taxa de custo específico de R$ 20,00. Para o produto XYZ, a
empresa usa eletricidade por 10 horas. Os custos indiretos do
produto são de R$ 20,00 vezes 10, ou seja R$ 200,00.
O custeio baseado em atividades beneficia o processo de
custeio, expandindo o número de variedade de custos que podem
ser usados para
​​ analisar custos indiretos e tornando os custos
indiretos rastreáveis para
​​ determinadas atividades.
O custo baseado em atividades (ABC) aprimora o processo
de cálculo de custos de três maneiras:
Primeiro, ele expande o número de variedade de custos
que podem ser usados para
​​ montar custos indiretos. Em vez de
acumular todos os custos de toda a empresa, ele agrupa os custos
por atividade.
Segundo, cria bases para atribuir custos indiretos a itens,
de modo que os custos sejam alocados com base nas atividades
que geram custos, e não nas medidas de volume, como horas de
máquina ou custos diretos de mão de obra.
Finalmente, o ABC altera a natureza de vários custos
indiretos, tornando os custos anteriormente considerados
indiretos, como depreciação, serviços públicos ou salários,
rastreáveis para
​​ determinadas atividades.
Como alternativa, a ABC transfere custos indiretos
de produtos de alto volume para produtos de baixo volume,
aumentando o custo unitário de produtos de baixo volume.

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190 Gestão de Custos, Riscos e Perdas

Agora que terminamos este grande aprendizado e como


as temáticas são importantes para a gestão de custos, riscos e
perdas, finalizamos todo o conteúdo de nossa última unidade.
É importante que você tenha compreendido todo o
assunto desta unidade. Caso algum assunto não tenha sido bem
assimilado, é importante que você o releia.
Lembre-se que o estudo sobre a gestão de custos, riscos e
perdas não deve se encerrar aqui. Sempre que tiver oportunidade
leia sobre o assunto, pois um profissional atualizado sempre
estará na frente daquele profissional que se acomodou e o tempo
deixou seu conhecimento defasado.
As áreas que tratam da gestão de custos, riscos e perdas
são áreas muito vastas e um profissional que se apropria de suas
nuances certamente terá sucesso em sua vida profissional.
Desejo que você continue sua formação, amplie cada vez
mais seus conhecimentos e tenha uma boa sorte em sua vida
profissional.
Bom estudo!

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Gestão de Custos, Riscos e Perdas 191

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