Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
implementação da
BNCC
transformando o aprendizado
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
VOLTAR AO ÍNDICE
02
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
Introdução
A BNCC, Base Nacional Comum Curricular, é o documento que estabelece quais são os
conteúdos mínimos e as competências gerais que devem ser desenvolvidos em cada
etapa do ensino básico. Ele está previsto tanto na LDB (Lei de Diretrizes e Bases)
quanto no Plano Nacional de Educação de 2014.
Infelizmente, essa tarefa não é tão óbvia. Afinal, como implementar a BNCC em uma
escola pública? Quais são os passos que você deve seguir, os principais pontos de
atenção, as possíveis dificuldades? Essas são dúvidas comuns entre gestores
escolares.
a ess
ondervocê
a respe-book, asencontrar queintrodução
e outrasuma nimos as informações mais
stões, reuconceitual,
ParNesse vai esclarecendo conceitos
lem ent açã o da BNC C na red e púb lica neste manual.
ortante
impcomo: s sobre imp
o currículo e a BNCC, e recomendações para a elaboração de um apropriado
equipe.
ser um
poderá para
Elecurrículo a sua terial de apoio interessante para você e sua
maescola.
Então, boa leitura e bom trabalho!
VOLTAR AO ÍNDICE
03
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
O que é a BNCC
Antes de entrar no teor do manual de implementação da BNCC, vamos relembrar o
que é a Base Nacional Comum Curricular.
Ao afirmar que a BNCC tem "caráter normativo", o MEC deixa claro que as escolas não
podem escolher entre adotar o documento ou não. Ele é, de fato, uma norma do MEC
para as instituições de ensino.
VOLTAR AO ÍNDICE
04
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
Além disso, "aprendizagens essenciais" são o mínimo obrigatório. Isso não significa,
porém, que as escolas não possam expandir seu currículo para além do que é exigido
pela BNCC.
Dentro do documento da BNCC, existem seções voltadas para cada etapa do ensino
básico: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Cada etapa tem suas
competências específicas.
Cada uma dessas etapas, por sua vez, é dividida em áreas do conhecimento, como a
área de Linguagens e a área de Matemática. Cada área apresenta competências
específicas a serem desenvolvidas.
Toda essa subdivisão, porém, é guiada por apenas 10 competências gerais previstas
logo na introdução do documento. Essas competências vão desde o desenvolvimento
do senso crítico até o exercício da empatia, e são voltadas não especificamente para a
formação técnica, mas para a formação humana das crianças e jovens.
VOLTAR AO ÍNDICE
05
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
7
dimensões do processo
de implementação
A implementação da BNCC é um processo com sete dimensões. Essas dimensões
podem ser trabalhadas de forma ordenada, como passos, ou de maneira
concomitante. A decisão depende apenas da sua percepção sobre a organização da
sua escola e do seu planejamento. As dimensões são:
1. Estruturação da Governança
2. Estudo das referências curriculares
3. Elaboração ou Reelaboração curricular
4. Formação continuada
5. Revisão dos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs)
6. Materiais didáticos
7. Avaliação e acompanhamento de aprendizagem
VOLTAR AO ÍNDICE
06
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
5
grupos de ações
transversais
Além das dimensões que você viu no item acima, existem também ações transversais,
isto é, que envolvem mais de uma pessoa ou mais de um setor da gestão escolar. Essas
ações são indispensáveis para que o processo de implementação da BNCC seja
completado com sucesso. Elas são:
1. Comunicação e Engajamento
2. Apoio Técnico e Financeiro
3. Planejamento e Monitoramento
4. Fortalecimento da Gestão Pedagógica
5. Processos Formativos
VOLTAR AO ÍNDICE
07
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
VOLTAR AO ÍNDICE
08
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
1. Estruturação da Governança
Essa dimensão visa preparar a escola da rede pública para realizar a elaboração ou reelaboração do currículo (que é a 3ª
dimensão) de maneira colaborativa com outras escolas da rede. Dessa forma, o resultado é uma consistência no ensino municipal
e estadual.
Para que isso seja possível, é necessário que exista transparência na dinâmica de trabalho a ser adotada; que todas as escolas se
sintam representadas e entendam como vão contribuir para a elaboração do currículo. Isso é o que chamamos de "Governança".
A primeira é voltada para uma ação englobando todo o estado. Ela consiste na formação de uma Comissão Estadual de
Construção de Currículo. O resultado é um documento aplicado a todas as escolas do estado.
Alguns deles estão em processo de construção de seus currículos. No estado de São Paulo, o Currículo Paulista foi homologado
em agosto de 2019, ele é um documento normativo que apresenta aprendizagens essenciais dos alunos, garantindo as
especificidades educacionais do território paulista, como as características sociais, econômicas, culturais e históricas.
VOLTAR AO ÍNDICE
09
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
A segunda é voltada para uma ação englobando apenas grupos de municípios. Ela consiste no trabalho conjunto entre a
Comissão Estadual de Construção de Currículo e o grupo de articulação colaborativa entre municípios. O resultado é um
documento apenas com abrangência regional.
É recomendado que os municípios façam a assinatura de um documento formal, para firmar o compromisso com o regime de
colaboração escolhido.
Também é preciso, claro, formar as equipes de trabalho, selecionando os representantes. Essas equipes devem seguir os
princípios de qualidade técnica, representatividade e isonomia. Vale a pena notar que a equipe principal pode se dividir em
grupos de trabalho para resolver atividades específicas com mais eficiência.
É importante que toda a comunidade escolar, mesmo quem não está ativamente envolvida nesse processo, esteja ciente do
processo de implementação da BNCC. Dessa forma, você vai encontrar menos resistência para colocar o currículo elaborado em
prática na sala de aula.
Algumas sugestões são enviar uma carta aos membros da comunidade escolar ou publicar mensagens nas redes sociais da
escola. Outra boa ideia é criar um documento estilo "FAQ", com as dúvidas mais frequentes sobre a BNCC e o processo que a
escola está seguindo em sua implementação.
VOLTAR AO ÍNDICE
10
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
VOLTAR AO ÍNDICE
11
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
O grande desafio dessa etapa é garantir que exista uma coerência na concepção de aprendizagem
e uma progressão adequada para o ensino, que atenda à BNCC sem esquecer da realidade dos
alunos.
Para isso, a melhor estratégia é construir uma proposta inicial e realizar consultas públicas, para
que toda a comunidade escolar – e toda a sociedade, de maneira mais ampla – possa participar da
elaboração de um documento tão importante. Escutar professores, pais, alunos e até outras
entidades para além da escola permitirá enriquecer o currículo com sugestões que partem de
várias perspectivas.
Após as consultas públicas, as sugestões são consolidadas em uma nova versão do documento.
Este é enviado como proposta aos conselhos de educação, que poderão validá-lo. Antes de
realizar o envio, deve ser feita uma boa revisão para garantir a coerência da proposta e o seu
alinhamento com a BNCC.
VOLTAR AO ÍNDICE
12
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
4. Formação continuada
A criação de um currículo que incorpora as determinações da BNCC é apenas o primeiro degrau para que aconteça, realmente, a implementação da BNCC.
O segundo degrau é que a equipe pedagógica esteja preparada para aplicar esse currículo. Portanto, devem ser organizadas ações de formação continuada
voltadas aos professores.
É interessante notar que essa formação começa fora do âmbito da escola. São criadas equipes regionais de formação, que atuam no planejamento das
ações de formação para todo um conjunto de escolas de uma certa região. Então, esse planejamento é levado para dentro das escolas por uma equipe
gestora, que fica responsável por colocá-lo em execução.
Outro ponto essencial é que a formação continuada é o resultado de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e replanejamento.
Em outras palavras, não adianta criar uma ação, aplicar e torcer para que traga resultados. É preciso acompanhar a aplicação, verificar se realmente
trouxe os resultados esperados e, caso a conclusão seja negativa, retornar à fase de planejamento para realizar as mudanças necessárias.
VOLTAR AO ÍNDICE
13
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
Vale a pena lembrar que existem cinco premissas por trás de uma formação
continuada de qualidade:
• Regime de colaboração
• Continuidade
• Formação no dia a dia da escola
• Coerência
• Uso de evidências
VOLTAR AO ÍNDICE
14
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
VOLTAR AO ÍNDICE
15
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
6. Materiais Didáticos
Na aplicação do currículo em sala de aula, o principal recurso de apoio do qual os professores
dispõem é o material didático. Por isso, naturalmente, eles também precisam ser compatíveis
com o currículo em termos de conteúdos abordados, metodologia, relevância atribuída a cada
tópico e até perspectiva teórica adotada.
Assim, fica um lembrete para dedicar especial cuidado à escolha dos materiais didáticos que
serão adotados na escola.
Considerando que o material nunca é adotado em um único ano ou série, a escolha não pode
ser individual por professor. A melhor maneira de abordar essa tarefa é contando com a
liderança do coordenador de cada área para organizar as discussões entre os professores e
promover uma decisão conjunta sobre o material mais adequado.
VOLTAR AO ÍNDICE
16
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
7. Avaliação e acompanhamento
Uma vez que o currículo esteja pronto e aprovado, os professores estejam preparados e até o material didático ideal seja adotado pela escola, tudo está
resolvido. Nada mais precisa ser feito.
Na verdade, o trabalho nunca acaba. Daí para a frente, os gestores escolares precisam acompanhar continuamente os resultados obtidos com a
implementação da BNCC. Esse acompanhamento pode revelar falhas, pontos cegos que não foram percebidos no processo até então.
Quando uma dessas falhas é identificada, deve-se ponderar sobre a melhor maneira de lidar com ela. Não custa ressaltar que mudar o currículo não é, na
maioria das vezes, a saída mais conveniente. No entanto, quando for realmente necessária, essa mudança deve ser feita. O currículo não pode ser mais
importante do que os objetivos educacionais que ele visa atingir.
VOLTAR AO ÍNDICE
17
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
Conclusão
Se, em algum momento, alguém afirmar que a implementação da BNCC é fácil, essa pessoa
certamente não está fazendo o trabalho direito. Como tudo no universo da educação, trazer
para dentro da escola as exigências da Base Nacional Comum Curricular é um exercício de
reflexão e não existe uma fórmula pronta. Além disso, os resultados não aparecem
imediatamente e dependem de um esforço pela melhoria contínua.
Nesse manual, você acompanhou, item por item, o processo sugerido para a implementação da
BNCC. Esperamos que esse material seja uma referência útil para guiar você e sua equipe na
construção e aplicação prática de um currículo que desenvolva os conteúdos e as
competências consideradas essenciais para os estudantes da educação básica.
VOLTAR AO ÍNDICE
18
Vamos conversar?
Entre em contato com um de
nossos consultores educacionais!
transformando o aprendizado