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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

César Borges

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Luiz Carreira

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA


Cesar Vaz de Carvalho Júnior

GERÊNCIA DE ESTUDOS SOCIAIS


Angela Franco

EQUIPE DE ESTUDOS SOBRE DEMOGRAFIA NORMALIZAÇÃO


Angela Belas Gerência de Documentação
Daniel Sobreira de Magalhães E Biblioteca – GEBI
Diva Maria Ferlin Lopes
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ivana Tavares Muricy
Serviço de Atendimento ao
Luís André de Aguiar Alves
Cidadão – SAC
Marcelo Santana
Margarida Motta COORDENAÇÃO GRÁFICA
Patricia Chame Dias Dóris Serrano

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE


Sérgio Besserman Viana
(Presidente)
Maria Martha Malard Mayer
(Diretoria de Pesquisas)

DEPARTAMENTO DE POPULAÇÃO EQUIPE TÉCNICA Luiz Armando Medeiros Frias


E INDICADORES SOCIAIS Antonio Roberto Pereira Garcez (consultor)
Luiz Antônio Pinto de Oliveira Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira Maria Lúcia P. do Nascimento
(Diretor Nacional do Projeto Carmen Lúcia Moreira da Silva Nadja Loureiro Pernes da Silva
UNFPA/BRA/98/P08) Fernando de Castro Oliveira Ururahy Nilza de O. Martins Pereira
(consultor permanente) Rosângela Aparecida M. Noé
DIVISÃO DE ESTUDOS E ANÁLISES Fernando Roberto P. de C. e (consultora permanente)
DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA Albuquerque Selma Regina dos Santos
Juarez de Castro Oliveira Leila Regina Ervatti Sérgio Lucas Vallejo de Azevedo
Lúcia Maria Pereira da Cunha

FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - FNUAP


Kátia Amorim
(Oficial Encarregado no Brasil)
Cristiano Ottoni
(Oficial de Programa)

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.


Projeções de População por Sexo e Idade. Bahia - 1991-
2020. Salvador: SEI, 1999.
40 p. (Série Estudos e Pesquisas, 44).

ISBN 85-85976-23-3
1. Demografia - Bahia. 2. População - Bahia. I. Título. II.
Série.
CDU 504(813.8)

Av. Luiz Viana Filho, 4a Avenida, 435 - CEP 41.750-300 - Salvador - Bahia
Tel.: (071) 370.4704 - Fax: (071) 371.1853 - www.sei.ba.gov.br - sei.info@bahia.ba.gov.br
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 6
8 INTRODUÇÃO

METODOLOGIA 9
O Método das Componentes
Mortalidade
Fecundidade
Migração

20 MUDANÇAS RECENTES NA DINÂMICA DEMOGRÁFICA DA BAHIA

RESULTADOS DAS PROJEÇÕES 24


38 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39
METODOLOGIA 9

O MÉTODO DAS COMPONENTES

Para a elaboração das projeções populacionais da Bahia para o período 1991-


2020 adotou-se o Método das Componentes, que incorpora as informações
sobre as tendências da mortalidade, fecundidade e migração. Embora o volume
populacional tenha sido projetado de forma independente, fez-se necessário
tomar alguns cuidados para garantir que os dados que serviram de insumo na
determinação dos parâmetros – como óbitos, nascimentos e número de migrantes
– guardassem relação com o total da região Nordeste.

O horizonte da projeção compreende um intervalo de 29 anos, ou seja, de


1991 a 2020, embora os resultados dos efetivos populacionais sejam
apresentados a partir de 1997, pois o último dado oficial é para 1996.

No Método das Componentes, as variáveis demográficas interagem seguindo as


coortes de pessoas ao longo do tempo, de acordo com a exposição destas às
leis de fecundidade, mortalidade e migração. Para tanto, é necessário que se
produzam estimativas e projeções dos níveis e padrões de cada uma destas
componentes.

Esta constitui-se na mais delicada etapa do processo como um todo,


pois a formulação das hipóteses sobre as perspectivas futuras da
fecundidade, da mortalidade e da migração requer o empreendimento
de um esforço cuidadoso no sentido de garantir a coerência entre os
parâmetros disponíveis, descritivos das tendências passadas, e aqueles
que resultarão da projeção (OLIVEIRA e FERNANDES, 1996).

O Método das Componentes Demográficas para projetar populações, por sexo

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


e idade, tem sua origem na conhecida equação compensadora, ou equação de
equilíbrio populacional, cuja expressão analítica é descrita por:

P(t+n)= P(t) + B (t,t+n) - D (t,t+n) + I (t,t+n) - E (t,t+n), onde:


P(t+n) = população no ano t+n
P(t) = população no ano t
B(t,t+n) = nascimentos ocorridos no período t,t+n
D(t,t+n) = óbitos ocorridos no período t,t+n
I(t,t+n) = imigrantes no período t,t+n
E(t,t+n) = emigrantes no período t,t+n
t = momento inicial da projeção
n = intervalo projetado

Essa equação é bastante elucidativa, pois mostra claramente como os


componentes da dinâmica demográfica interferem na composição da população
futura. A fecundidade aparece gerando entradas de pessoas através dos
nascimentos; a mortalidade, produzindo saídas por óbitos; e a migração
estabelecendo entradas ou saídas de indivíduos, se o balanço entre imigrantes e
emigrantes, na área em questão, for positivo ou negativo, respectivamente.
Em um dado ano t, ano-base da projeção, a população de homens e mulheres na
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

idade x (com x = 1, 2, 3,..., 84) pode ser representada por Pxt; a proporção de
pessoas de uma idade específica que sobrevive um ano pode ser representada
por Sx t.

Considerando que uma pessoa que sobrevive 1 (um) ano é também 1 (um) ano
mais velha, a população na idade x+1 no ano t+1 é :

Px+1t+1 = Pxt * Sxt + Mxt onde:

Mx t - representa o componente migratório.

Para o grupo aberto de 85 anos e mais (P85+), a fórmula é a seguinte:

P85+ = P84+ * S84+ + M84+

Para estimar a população com menos de 1 (um) ano de idade ao final do ano t
(ou ao início do ano t+1) é preciso calcular primeiramente o número de
nascimentos ocorridos durante o ano t, o que é feito com base no número de
mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) e no conjunto de taxas específicas de
fecundidade por idade. O produto dessas taxas pela população feminina nas
respectivas idades fornece o número de nascimentos em cada idade específica.
Somando-se os nascimentos para cada idade, obtém-se o número total de filhos.

Bt = SS x=15 - 49 fxt * Pxt ( f ), onde:


Bt = número total nascimentos no ano t,
fxt = taxas específicas de fecundidade por idade em t
Pxt ( f) = população feminina por idade em t.

Embora o método tenha sido exemplificado para a população de ambos os


sexos, na verdade sua aplicação é feita para homens e mulheres em separado.
Para separar os nascimentos dos sexos feminino e masculino, utiliza-se a
proporção de nascimentos femininos em relação ao total de nascimentos, obtida,
geralmente, por meio das estatísticas vitais do Registro Civil. Para a Bahia, utilizou-
se a proporção de 0,4902, o que representa uma razão de sexo ao nascer de
1,04. Dessa forma, o número de nascimentos femininos durante o ano t pode
ser expresso de acordo com a seguinte relação:

BFt = 0,4902 * Bt, onde:

BFt = nascimentos feminino durante o ano t.

Para determinar as populações de partida das projeções, foram considerados:

a) as estruturas etárias por sexo das populações residentes enumeradas pelo


Censo Demográfico de 1991;
b) os níveis e padrões de fecundidade e mortalidade estimados para o ano de
1991;
c) os saldos migratórios anuais para 1991.

As estruturas etárias do Censo de 1991 foram aceitas como representativas,


exceto o volume de crianças com idades entre 0 e 4 anos, que sofreu uma
correção de 3%, porque este grupo tende a ser subenumerado nos levantamentos
10 populacionais.
Partindo-se de 1991, foi possível fazer a avaliação dos resultados da projeção, 11
confrontando-os com as informações fornecidas pela Contagem da População
de 1996. A esse respeito, um exame da tabela 1 permite verificar que os números
obtidos na projeção, tanto para o estado da Bahia como para a região Nordeste
como um todo, estão muito próximos, embora em patamares superiores – como
era o esperado – aos da Contagem de 1996.

Como os totais populacionais provenientes do Censo referem-se a 1º de setembro


de 1991, as informações mencionadas em b e c serviram para o cálculo das
taxas de crescimento anuais, as quais foram utilizadas para deslocar as respectivas
populações para 1º de julho de 1991.
TABELA 01

Bahia e Região Nordeste - Populações Totais por sexo, segundo os resultados da


Contagem da População e Projeções Populacionais - 1996

Especificação População em 01/07/96

Contagem (*) Projeções

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Bahia 12.530.835 6.177.747 6.353.088 12.565.885 6.195.568 6.370.317

Região Nordeste 44.721.047 21.885.807 22.835.240 45.294.104 22.129.374 23.164.730

Fontes: IBGE - Contagem da População - 1996 e Projeções Região Nordeste e Bahia - 1991-2020.

Nota (*) - Populações retroagidas a 01.07.1996 com as respectivas taxas de crescimento para o ano de1996.

MORTALIDADE

CONSTRUÇÃO DAS TÁBUAS DE MORTALIDADE

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


As Tábuas de Mortalidade foram construídas com as informações das estatísticas
do Registro Civil de Óbitos e as populações recenseadas nos Censos
Demográficos de 1980 e 1991.

O notório subregistro de óbitos foi corrigido pela técnica da equação de balanço,


proposta por Brass e, paralelamente, pelo método sugerido por Courbage e
Fargues. A análise conjunta dos fatores de correção, encontrados pelos dois
métodos, permitiu selecionar um fator inicial de correção dos óbitos para maiores
de um ano, segundo o sexo, nos referidos anos.

As informações básicas do obituário – médias dos óbitos do triênio em torno do


ano do censo – foram divididas, segundo a causa de morte por fatores externos,
em “violentas” e “naturais”. Esse procedimento teve por pressuposto básico o
fato de que as mortes por causas violentas teriam cobertura bastante elevada
em relação ao subregistro apresentado pelas demais causas. Assim, foram
corrigidos somente os óbitos por causas naturais.

Cabe ressaltar que o padrão de mortalidade por causas naturais apresentaria,


possivelmente, menores problemas no emprego das técnicas utilizadas no
cômputo dos fatores de correção do subregistro. Inclusive, no emprego da técnica
de Courbage e Fargues, foi bastante aceitável a utilização do Modelo Brasil
como padrão de mortalidade das causas ditas “naturais”.
Os subregistros de óbitos das unidades da Federação da região Nordeste, e da
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

própria região como um todo, foram corrigidos. Posteriormente, foram


conciliados os totais de óbitos pela soma dos estados e o total da região calculado
independentemente. Essa conciliação foi realizada por sexo e idade dos falecidos,
não sendo empregado um fator único para todas as unidades nordestinas da
Federação.

Corrigidos os óbitos por causas naturais, adicionaram-se os óbitos por causas


violentas sem qualquer correção de subregistro, e, com as informações
populacionais, calcularam-se as taxas de mortalidade específicas por sexo e
idade, nMx. A não-correção de eventuais subregistros presentes na declaração
dos óbitos “violentos” objetivou evitar uma superestimação da mortalidade por
violência, principalmente nas faixas etárias de adultos jovens do sexo masculino.

A mortalidade infantil foi calculada com base nos valores de 3qo e 5qo, calculados
pela técnica da mortalidade infanto-juvenil de Brass. É conveniente esclarecer
que os valores de 3qo e 5qo, encontrados por meio das informações censitárias
de 1970 a 1991 e da PNAD 95, foram interpolados, em suas respectivas séries
históricas, para a mesma data de realização dos censos demográficos. Ou seja,
como as datas de referência das estimativas de 3qo e 5qo diferem no tempo, o
procedimento anterior buscou identificar o padrão da mortalidade entre o
nascimento e 3 e 5 anos, no mesmo momento.

Os valores de qo foram obtidos, para as citadas datas de referência, utilizando-


se equações cuja variável dependente era a probabilidade de morrer no primeiro
ano de vida, qo, e as variáveis livres, as probabilidades 3qo e 5qo. Este procedimento
buscou isentar o cálculo de qo da tradicional utilização de um padrão de
mortalidade diretamente retirado de algum conjunto de tábuas-modelo.

A transformação de taxas centrais de mortalidade em probabilidades de morte


e os demais procedimentos de cálculo das outras funções da tábua são
devidamente conhecidos e não serão aqui abordados. Cabe mencionar que os
valores de qo foram introduzidos diretamente nas tábuas, e os valores de Mo e
dos óbitos de menores de um ano foram derivados desses valores de qo.

A tabela 2 ilustra, para a região Nordeste e Bahia, a cobertura estimada dos


óbitos registrados e os respectivos fatores médios de correção, por sexo, para os
óbitos de pessoas com idade entre 10 e 59 anos, em 1991.

TABELA 02

Bahia e Região Nordeste - Cobertura e fatores de correção dos óbitos de


pessoas com idades entre 10 e 59 anos, por sexo - 1991

Especificação Cobertura (%) Fatores de Correção

Homens Mulheres Homens Mulheres

Bahia 72,38 63,95 1,38 1,56

Região Nordeste 64,65 52,45 1,55 1,91

Fonte: IBGE e SEI

12
PROJEÇÃO DA MORTALIDADE 13

A segunda fase dos trabalhos consistiu na definição de uma metodologia para


projetar o nível da mortalidade, através da esperança de vida ao nascer e,
conseqüentemente, identificar e gerar os padrões de mortalidade por idade e
sexo. Inicialmente, cabe uma explicação quanto ao desenvolvimento metodológico
das projeções da futura mortalidade.

A década de 80 e os anos 90 apresentaram importantes modificações no padrão


da mortalidade brasileira. As acentuadas quedas da mortalidade infantil na
década de 80 e o aumento paralelo da mortalidade por causas violentas em
adolescentes e adultos jovens do sexo masculino alteraram profundamente a
evolução da mortalidade registrada nas décadas anteriores. Nesse sentido, o
período 1980-91 tornou-se bastante diverso em relação à evolução das
probabilidades de morte ao longo dos grupos etários e aos diferenciais de
mortalidade por sexo. Em face disso, a evolução futura da mortalidade teria de
basear-se no que vem ocorrendo após 1980. Nos anos 90, particularmente, há
indicativos de que o ritmo de queda da mortalidade infantil tornou-se mais
lento e gradual. Em contrapartida, as mortes ocorridas por causas externas -
acidentes e homicídios - vêm crescendo entre a população masculina jovem, o
que dificulta prever como será sua evolução.

Identificada a evolução futura do nível da mortalidade, por sexo separadamente,


utilizou-se uma curva exponencial hiperbólica incompleta do 2º grau, da forma
eº (t) = exp(a+b/t2), para representar a evolução da esperança de vida ao
nascer, com a definição de seus parâmetros ancorados nos anos 80 e 91. Sendo
assintótica, a referida curva revelou para que limites tenderiam as esperanças
de vida na região Nordeste e suas unidades da Federação, caso a tendência
implícita no período 1980-91 não sofresse alteração. Esses valores foram
comparados com as Tábuas de Mortalidade-Limite propostas pelo Bureau de

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


Censos dos Estados Unidos, que tinham sido escolhidas anteriormente como
limite provável da mortalidade brasileira.

Os valores da esperança de vida ao nascer das mulheres convergiram para o


valor da respectiva Tábua Limite e mostraram que a evolução desse indicador,
no caso feminino, era bastante aceitável. Por outro lado, a evolução da esperança
de vida masculina, seguidamente, em todas as regiões brasileiras, convergiam
para limites bem inferiores aos da Tábua-Limite para o referido sexo. Esse fato
resultou, principalmente, da evolução da mortalidade por violência nas faixas
etárias relativas aos adultos jovens.

Os fatos encontrados mostraram um seguido aumento da sobremortalidade


masculina ao longo do tempo e, no limite, afastavam-se bastante do diferencial
sugerido nas Tábuas Limite do Bureau de Censos. Desta forma, para o sexo
masculino, decidiu-se adotar um modelo híbrido para a Tábua Limite, formado
pelas probabilidades de morte de menores de 5 e maiores de 50 anos - extraídas
da Tábua Masculina do Bureau - e pela mortalidade entre 5 e 49 anos, formada
pela Tábua calculada com base nos valores da esperança de vida ao nascer,
obtidos da projeção pela curva exponencial hiperbólica, baseada no período
1980-91. Esse procedimento elevou sistematicamente os valores da esperança
de vida ao nascer do sexo masculino e aproximou-se bastante dos valores da
Tábua Limite do Bureau.
Os procedimentos assim adotados revelaram que a sobremortalidade masculina
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

continuaria aumentando até próximo ao período compreendido entre 2030 e


2040 e, a partir desse momento, iria declinar e convergir lentamente para o
diferencial por sexo implícito nas Tábuas-Limite propostas pelo Bureau de Censos
dos Estados Unidos.

As decisões metodológicas, então implementadas, indicaram que, nos curto e


médio prazos, as mortes violentas entre homens jovens são um fator importante
na evolução da esperança de vida ao longo de todas as idades e que, em períodos
mais longos, esta influência vai perdendo importância relativa em comparação
com as demais causas de morte. Os resultados alcançados com esse
procedimento metodológico encontram-se na tabela 3.

TABELA 03

Bahia e Região Nordeste - Taxas de Mortalidade Infantil e Esperanças


de Vida ao Nascer Limites, por sexo.

Taxas de Mortalidade Infantil Esperanças de Vida ao Nascer


Especificação
Limite (‰) Limite (anos)

Ambos os Ambos os
Homens Mulheres Homens Mulheres
Sexos Sexos

Bahia 3,00 3,90 2,10 85,23 80,99 89,65

Região Nordeste 3,30 3,60 3,00 83,00 80,92 85,16

Fonte: IBGE e SEI

FECUNDIDADE

PROJEÇÃO DO NÍVEL

A análise do comportamento futuro da fecundidade do estado da Bahia, para


anos posteriores a 1991, consistiu, primeiramente, em avaliar a tendência do
nível anual da fecundidade, calculando as respectivas Taxas de Fecundidade
Total (TFTs). Para tanto, foram ajustadas funções logísticas com assíntotas inferiores
e superiores, derivadas da análise de diversas estimativas iniciais das TFTs
disponíveis. Estas, vale mencionar, apresentaram pouca variabilidade entre si
ao longo de todo o período considerado, demonstrando a paulatina melhora
da qualidade das pesquisas, o que viabilizou boa aderência do ajuste logístico.

Sendo TFT(t) a taxa de fecundidade total no ano t, k1 a assíntota inferior, k2 a


assíntota superior, a e b parâmetros estimados por mínimos quadrados e t o
tempo, a função logística adotada para representar a evolução da Taxa de
Fecundidade Total tem a seguinte expressão analítica:

k 2 - k1
TFT (t) = k1 + ———————
1 + e a + b*t

A tabela 4 ilustra as assíntotas inferiores e superiores das funções logísticas


14
ajustadas.
TABELA 04 15
Bahia e Região Nordeste - Assíntotas inferiores e superiores
dos ajustes logísticos das TFT's

Especificação Assíntota Inferior (k1) Assíntota Superior (k2)

Bahia 1,95 7,50

Região Nordeste 1,95 - 2,80 7,50 - 8,95

Fonte: IBGE e SEI

Os métodos utilizados para a obtenção das estimativas iniciais das TFTs foram:
o chamado Método da Razão P/F de Brass ( BRASS e COALE citados por BRASS,
1975), o conjunto de equações modelo desenvolvido por FRIAS e OLIVEIRA
(1990) e uma projeção reversa com base na população de 0 a 5 anos de idade,
com uma correção mínima de subenumeração de 3%, em 1996.

Para a aplicação desses métodos, foram utilizados como fontes de dados os


Censos Demográficos e as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios
(PNADs). As informações do Registro Civil acerca do número de nascimentos
por idade da mãe, corrigidos os subregistros, foram usadas para as estimativas
diretas da fecundidade, que atuaram como parâmetros de controle.

Por último, é importante ressaltar que o resultado final dos ajustes levados a
efeito contempla estimativas da TFT que abrangem o período 1960-2020 (gráfico 1).
A tabela 5 mostra o conjunto de Taxas de Fecundidade Total obtido para a
região Nordeste e o estado da Bahia, projetado para o período 1991-2020.

GRÁFICO 1
Bahia - Taxas de Fecundidade Total

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


Valores Estimados Vs. Valores Ajustados - 1970/2020

8,00

7,00

6,00
Taxas de Fecundidade Total

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120

Anos

TFT Estimadas TFT Ajustadas


Fonte: IBGE e SEI
Nota: Assíntota inferior = 1,95 Assíntota superior = 7,50
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

TABELA 05

Bahia e Região Nordeste - Taxas de Fecundidade Total - 1991 / 2020

Anos Bahia Região Nordeste

1991 3,33 3,38

1997 2,52 2,72

2000 2,30 2,54

2005 2,10 2,35

2010 2,01 2,26

2015 1,98 2,23

2020 1,96 2,22

Fonte: IBGE e SEI

PROJEÇÃO DA ESTRUTURA

Com relação às estruturas da fecundidade, utilizaram-se, para 1991 e 1995,


respectivamente, as distribuições relativas das Taxas Específicas de Fecundidade
(TEF) fornecidas pelo Censo Demográfico e pela PNAD. A projeção da
distribuição das TEFs por grupos de idade foi obtida mediante interpolação
entre a última estrutura observada (1995) e um padrão etário de fecundidade-
limite. Cabe mencionar que a fecundidade das mulheres brasileiras vem
experimentando paulatino processo de rejuvenescimento. Assim, buscou-se no
Demographic Yearbook 1993 (United Nations, 1995) um conjunto de países
que combinassem padrão jovem e níveis baixos de fecundidade (1). A partir
das médias ponderadas (com peso maior para a Bulgária), dentro de cada grupo
etário, das distribuições relativas da fecundidade do conjunto de países
selecionados, obteve-se uma estrutura de fecundidade-limite, localizada
temporalmente em 2050.

As tabelas 6 e 6.1 e os gráficos 2 e 3 apresentam as estimativas das estruturas da


fecundidade nos anos de 1991 e 2020 para o estado da Bahia e o conjunto da
região Nordeste, nos anos de 1991 e 2020.

TABELA 06

Bahia e Região Nordeste - Taxas específicas de fecundidade estimadas,


segundo faixas etárias - 1991 / 2020

Grupos Etários Bahia Região Nordeste

1991 2020 1991 2020

15-19 0,0801 0,0859 0,0882 0,0974

20-24 0,1779 0,1532 0,1799 0,1729

25-29 0,1612 0,0958 0,1602 0,1080

30-34 0,1162 0,0398 0,1165 0,0453

35-39 0,0787 0,0141 0,0806 0,0170

40-44 0,0412 0,0031 0,0403 0,0037

45-49 0,0106 0,0002 0,0101 0,0003

TFT 3,33 1,96 3,38 2,22

Fonte: IBGE e SEI

16
TABELA 06.1 17

Bahia e Região Nordeste - Padrão da fecundidade (%),


segundo faixas etárias - 1991 / 2020

Grupos Etários Bahia Região Nordeste

1991 2020 1991 2020

15-19 0,1203 0,2191 0,1305 0,2192

20-24 0,2672 0,3907 0,2663 0,3891

25-29 0,2421 0,2443 0,2370 0,2430

30-34 0,1745 0,1015 0,1724 0,1018

35-39 0,1182 0,0360 0,1193 0,0381

40-44 0,0619 0,0079 0,0596 0,0082

45-49 0,0159 0,0005 0,0150 0,0006

Fonte: IBGE e SEI

GRÁFICO 2

Bahia - Taxas Específicas de Fecundidade segundo


Projeção Populacional - 1991/2020

0,2

0,18

0,16

0,14

0,12

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


0,1
f(x)

0,08

0,06

0,04

0,02

0
15 20 25 30 35 40 45 50
Idades

1991 2020

Fonte: IBGE e SEI


PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

GRÁFICO 3

Região Nordeste - Taxas Específicas de Fecundidade


segundo Projeção Populacional - 1991/2020

0,2

0,18

0,16

0,14

0,12
f(x)

0,1

0,08

0,06

0,04

0,02

0
15 20 25 30 35 40 45 50

Anos

1991 2020

Fonte: IBGE e SEI

MIGRAÇÃO

ESTIMATIVAS DOS SALDOS MIGRATÓRIOS

Nas projeções populacionais do Estado da Bahia foram incorporados os saldos


migratórios anuais, por sexo e idade, obtidos através das estimativas da migração
interna.

Os saldos migratórios internos foram obtidos de forma direta, levando-se em


consideração a pergunta existente no questionário da Contagem Populacional
de 1996, que indagava sobre o lugar de residência, em uma data fixa anterior,
1º de setembro de 1991. Esse quesito proporcionou informações sobre a
imigração e emigração de cada unidade da Federação, para o período de 5
anos, que excluía, portanto, os menores de 5 anos que empreenderam pelo
menos um movimento migratório após o nascimento. A partir desses dados,
foram calculados os saldos migratórios, por sexo, para as pessoas com 5 anos
ou mais de idade.

Para suprir a inexistência de informação para o grupo etário de 0 a 4 anos de


idade, optou-se por estimar o saldo de forma indireta, utilizando-se a metodologia
recomendada por RIGOTTI e CARVALHO (1998), que consiste em multiplicar
a relação criança-mulher pelo saldo migratório feminino, em idade fértil, da
respectiva unidade da Federação. Como esse produto seria incorporado nas
projeções de população, os autores sugerem que os efeitos diretos e indiretos
da migração sejam preservados, de modo que os filhos de imigrantes nascidos
no lugar de destino de seus pais não deixem de ser contabilizados (efeito indireto).
18
Concluída essa etapa, fez-se necessário anualizar os saldos migratórios, uma 19
vez que se referiam a um período entre duas datas fixas. Nesse ponto, decidiu-
se pela forma mais simples de fazê-lo, dividindo-se simplesmente os saldos
encontrados por cinco, ou seja, os 5 anos existentes entre uma data e outra.

Adotou-se como hipótese que esses saldos internos se manteriam constantes


até o horizonte da projeção, ou seja, no ano 2020. Entende-se que esta é uma
hipótese conservadora, haja vista a tendência de declínio das migrações internas
de longa distância, nas quais se incluem os movimentos interestaduais. Desse
modo, os saldos migratórios internos estimados estariam hipoteticamente em
seus limites máximos (tabela 7).

TABELA 07

Bahia e Região Nordeste - Taxas Líquidas de Migração e


Saldos Líquidos Migratórios Anuais - 1991 / 2020

Especificação Taxas Líquidas de Migração (‰) Saldos Líquidos Migratórios Anuais

1991 2020 1991 2020

Bahia - 5,72 - 4,53 - 67.973 - 67.973

Região Nordeste - 4,39 - 3,47 - 200.135 - 200.135

Fonte: IBGE e SEI

NOTA:
1
Cuba (1990), Hungria (1991), Grécia (1984), Alemanha Oriental (1989), Bulgária (1993) e
Eslovênia (1991).

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

MUDANÇAS RECENTES NA DINÂMICA DEMOGRÁFICA


DA BAHIA

As intensas transformações na dinâmica populacional vivenciadas pelo Brasil


nas décadas de 70 e 80 aprofundaram-se durante os anos 90, conforme sinalizam
indicadores provenientes da Contagem Populacional de 1996. Permeando os
principais elementos componentes da dinâmica demográfica – fecundidade,
mortalidade e migração –, as mudanças na estrutura etária e os novos padrões
de crescimento populacional, de urbanização intra-regionais e polarização
espacial refletem uma intensa transição no comportamento reprodutivo e na
reprodução social e espacial.

Indubitavelmente, a combinação de ritmos diferenciados, de queda generalizada


da fecundidade e da mortalidade, com respostas diversas à dinâmica econômica
e à crise dos anos 80 e 90, resultou em comportamentos demográficos distintos
por parte dos subespaços nacionais. É o caso da Bahia que, embora reproduza
muitas das tendências do Nordeste, apresenta importantes especificidades em
relação aos demais estados componentes da região. A Bahia exibe, além disso,
uma enorme heterogeneidade de processos demográficos no seu interior, ou
seja, nas suas regiões econômicas e municípios.

Com cerca de 12,5 milhões de habitantes registrados em 1996, a Bahia mantém-


se na liderança regional em termos de população. Sob esse aspecto, vem
sustentando uma posição de destaque nacional, situando-se como o quarto
estado mais populoso, apesar de ter acentuado excessivamente a tendência à
diminuição do seu ritmo de crescimento demográfico. Tal fenômeno se expressa
na últimas taxas anuais de crescimento populacional do estado, que transitam
de 2,09%, na década de 80 (entre 1980 e 1991), para praticamente a metade
(1,11% a.a.) no período 1991-1996.

A vertiginosa queda da taxa de fecundidade do estado em um prazo tão curto


– de 6,23 filhos/mulher, em 1980, para 2,99 filhos/mulher em 1991 (Censos
Demográficos) – contribui fortemente, embora não de modo isolado, para o
expressivo declínio da taxa de crescimento anual da população baiana.

Essa tendência à redução da fecundidade, para a qual convergem regiões e


estados brasileiros, bem como suas áreas rurais e urbanas, tem sido atribuída,
fundamentalmente, à modernização pela qual vem passando a sociedade
brasileira. Atribui-se também à forte influência exercida pelos meios de
comunicação - principalmente a televisão - na difusão de padrões modernos de
comportamento reprodutivo, prevalecentes em áreas mais desenvolvidas do
país.

No caso do Nordeste, outro fator que influencia na queda da fecundidade,


salientado pelos especialistas, é a própria desruralização da população em curso
na região. Apesar de decrescentes em geral, as taxas de fecundidade são mais
elevadas nos ambientes rurais que nos urbanos.

O declínio da taxa de crescimento vegetativo da população, por efeito da queda


20 da fecundidade, é um dos fatores que devem ser levados em conta na redução
do potencial migratório demonstrado pela Bahia - e pela região Nordeste - 21
entre os anos 80 e início dos anos 90. Outros fatores, contudo, também estariam
interferindo no fenômeno que, conforme alertam os estudiosos, seria o resultado
combinado do arrefecimento do fluxo de saída e da intensificação no ingresso
de pessoas no estado, inclusive dos migrantes de retorno.

De todo modo, na virada da década, a Bahia ainda se mantinha na situação de


emissor migratório, embora com perdas de população cada vez menores e,
para alguns autores, com tendência a converter-se, em futuro muito breve, em
estado receptor (líquido) de migrantes (Moura e Teixeira, 1997, p.117). Estudos
mais recentes, entretanto, contrariam tal perspectiva ao acenar para um certo
recrudescimento, entre os estados nordestinos, do processo de perdas migratórias
nos anos 90. (Camarano, 1997)

Apesar disso, espera-se que a população deverá continuar aumentando


significativamente em termos absolutos, embora a um ritmo cada vez mais lento,
com proporções cada vez maiores de contingentes urbanos. Com isso, os
mercados de trabalho baiano e nordestino, relativamente saturados, continuarão
sofrendo a pressão da crescente oferta de mão-de-obra, sobretudo no meio
urbano, onde questões como desemprego, subemprego e precarização das
relações de trabalho constituem a pauta principal nos anos 90.

Em verdade, apesar do avanço no seu processo de urbanização, a Bahia se


mantém como um dos estados menos urbanizados, inclusive do Nordeste.
Comparativamente aos estados nordestinos, apresenta taxas de crescimento da
população urbana das mais baixas em quase todo o período 1940-1996. Na
década de 40, a taxa da Bahia foi superior apenas às de Alagoas e Sergipe; nos
anos 50, posicionou-se com a terceira maior taxa, sendo superada, nos anos
60, por vários outros estados que aceleraram seu processo de urbanização
(Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte). Na década de

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


70, a Bahia ocupou a sexta posição entre os estados nordestinos e, na década
de 80, apresentou-se com a quarta taxa de crescimento urbano do Nordeste,
superando a dos estados que já estavam mais urbanizados (Pernambuco e
Ceará).

É sabido que, nessa década, há uma desaceleração do ritmo de crescimento de


população urbana em todos os estados do Nordeste e no Brasil, em conseqüência
da queda da fecundidade, dos efeitos inibidores da recessão econômica sobre
as migrações e, em muitos casos, do grau de urbanização já atingido. Muito
sensível a tais fatores, a Bahia volta a sustentar, na primeira metade dos anos 90,
a sexta posição entre os estados nordestinos, em termos de ritmo de crescimento
populacional urbano.

Embora a Bahia apresente taxas de crescimento da população urbana superiores


às da população total desde 1940, somente a partir de 1991 o Censo registra
uma população urbana mais numerosa que a rural. Como resultado, o grau de
urbanização passou de 41,2% em 1970 para 49,3% em 1980; 59,1% em 1991
e 62,4% em 1996. Em 1991, seis estados (Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins,
Roraima e Alagoas) encontravam-se em posição inferior à da Bahia neste aspecto
e, em 1996, a taxa de urbanização do estado foi superior apenas às de Rondônia,
Piauí, Pará e Maranhão, situando-se abaixo das médias brasileira (78,4%) e
nordestina (65,2%).
O fato é que o ritmo de urbanização da Bahia tem sido historicamente mais
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

lento comparativamente ao de outras unidades da Federação, inclusive do


Nordeste, apesar de ser o estado mais industrializado da região e com a economia
mais dinâmica a partir dos anos 70.

Conforme destaca Borges (1993), trata-se de um fenômeno relacionado com


características do seu espaço agrário, em termos de estrutura fundiária, formas
e locus assumidos pelo processo de modernização agrícola, sobrevivência de
cultivos tradicionais e, por fim, padrões migratórios da população rural do estado.
Quanto à estrutura fundiária, na Bahia, comparativamente aos outros estados
nordestinos, os minifúndios são maiores e, neles, a condição de proprietário da
terra predomina sobre outros tipos de produtores. Já quanto a formas e locus
assumidos pelo processo de modernização da agricultura — incidentes sobretudo
em áreas rurais escassamente povoadas — não produzem, na Bahia, efeitos
expulsores capazes de alterar significativamente a proporção da população baiana
residente no campo, ao contrário do que ocorre no Sul/Sudeste.

Quanto à sobrevivência de cultivos tradicionais, em paralelo ao surgimento de


“ilhas de prosperidade”, as culturas tradicionais intensivas em mão-de-obra se
mantêm e até se expandem, dentro do sistema latifúndio/minifúndio e/ou
combinando pecuária com lavoura. Enfim, quanto aos padrões migratórios, as
características anteriores têm possibilitado a recorrência a estratégias de
sobrevivência que incluem a saída, por um período, de alguns membros da
família, em busca de trabalho que garanta os recursos necessários à sobrevivência
e à manutenção da condição de proprietário. É um padrão migratório adotado
pelos baianos há décadas e cujo resultado tem sido uma maior retenção da
população nas áreas rurais.

Entretanto, a recuperação de parte desse atraso histórico no seu processo de


urbanização, ocorrida nas duas últimas décadas, ainda é insuficiente para abalar
a Bahia da posição de um dos estados menos urbanizados do Nordeste e do
país, como atestam os dados da Contagem de População de 1996.

Ainda assim, dado o grande peso de sua base demográfica, a Bahia, com
7.826.843 pessoas residentes em áreas urbanas, em 1996, abriga nada menos
que 6,4% da população urbana brasileira e quase a quarta parte da nordestina,
extremamente concentradas em Salvador e em outros 10 municípios, que retêm
49% da população urbana estadual.

O outro lado revelado por esse menor ritmo de urbanização é a existência,


ainda em 1996, de imenso contingente de população rural no estado. São
4.714.902 pessoas, cerca de 38% da população baiana total e 14% e 30% das
populações rurais brasileira e nordestina, respectivamente. Trata-se de um
quantitativo superior aos das regiões Norte e Centro-Oeste do país, sendo que
nenhum estado brasileiro abriga população rural do tamanho da baiana.
Entretanto, os anos 90 inauguram, na Bahia, a presença de taxas negativas de
crescimento da população nos contextos rurais (de 0,11% a.a. em 1980/91,
esta taxa cai para - 0,57% a.a. em 1991/96), o que se traduziu na perda absoluta
de 136.319 habitantes nesse último período.
22
A despeito desse crescimento negativo, o enorme peso da população rural 23
continua a particularizar a Bahia e também a região Nordeste, que deve abrigar,
nos próximos anos, um contingente maior que o restante da população brasileira
residente no campo. Isso quer dizer que o encaminhamento das questões do
desenvolvimento nacional - e dos problemas rurais, em particular - passa,
necessariamente, pela matriz nordestina.

Quanto à estrutura etária da população, a dinâmica demográfica da Bahia é


marcada por inclinações importantes, com fortes impactos sobre as demandas
sociais e as políticas públicas.

A tendência ao envelhecimento da população, resultante da transição da


fecundidade baiana, que a leva a apresentar taxas cada vez mais baixas, começa
a assumir grande visibilidade. Há clara redução de contingentes infantis ( 0 a 9
anos), cuja participação na população total declina de 30,6%, em 1980, para
22,0%, em 1996, após atingirem taxas negativas no início dos anos 90. Os
reflexos também se fazem sentir no crescimento significativo da população em
idade de trabalho, sobretudo nos seus segmentos mais jovens (15-24 anos), os
quais, representando 20,0% da população em 1980 e 21,4% em 1996, deverão
continuar pressionando o mercado de trabalho e as redes de ensino de segundo
e terceiro graus.

Além disso, é crescente a participação da população de 65 anos e mais de


idade (4,1% em 1980 e 5,3% em 1996), apesar do seu contingente ser ainda
relativamente pouco numeroso. O esperado é que a longo prazo e, portanto,
por vários anos no novo século, esse contingente incremente sua participação
na população total.

De certo modo, como alertam alguns especialistas (Moura e Teixeira, 1997),


estarão sendo preenchidos, em termos estritamente demográficos, alguns pré-
requisitos favoráveis à solução de vários problemas sociais. Assim, a desaceleração

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


do crescimento do contingente de crianças e adolescentes, juntamente com a
manutenção da taxa de crescimento do efetivo populacional em idade ativa,
pode contribuir de fato para uma redução na razão de dependência. Indo mais
longe, na hipótese de que todos trabalhem com alguma cobertura formal, pode-
se obter diminuições em termos dos encargos sociais suportados pelos
participantes do mercado de trabalho.

Como a população ativa deve crescer, especialmente em termos numéricos, de


forma mais rápida que a população idosa nos próximos anos, existe a
possibilidade, nas condições mencionadas, de geração de maiores fluxos de
recursos previdenciários para atender às demandas da terceira idade.

Por fim, a ampliação e a melhor estruturação dos investimentos das políticas de


saúde e educação estão, em tese, mais viáveis, com o arrefecimento da taxa de
crescimento das populações infantis. Esta “trégua demográfica”, entretanto, não
recomendaria ainda a substituição da oferta quantitativa pela ênfase na melhoria
qualitativa dos sistemas. A persistência das carências sociais acumuladas e a
grande defasagem entre indicadores nordestinos e os do resto do país obrigam
ao enfrentamento da acelerada transição demográfica, mediante políticas sociais
que combinem as duas pretensões.
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

RESULTADOS DAS PROJEÇÕES

As considerações sobre a dinâmica populacional recente do estado, tecidas no


capítulo anterior, são suficientes para demonstrar a complexidade dos estudos
demográficos quando se trata de projetar uma população futura. O trabalho
requer conhecimento profundo e detalhado da evolução passada dos
componentes demográficos, para a previsão do seu comportamento no futuro,
buscando descrever as alterações que venham a ocorrer no volume e na
composição da população.

Assim, projetar uma população é estabelecer proposições condicionais baseadas


em hipóteses sobre a evolução da dinâmica demográfica, fundamentadas na
evolução histórica das suas componentes - fecundidade, mortalidade e migração -,
bem como em suas conexões com fenômenos econômicos e sociais.

Para a Bahia, no que se refere aos indicadores de mortalidade - taxas de mortalidade


infantil e esperança de vida ao nascer - previstos para os anos da projeção, a
tendência é de melhoria e continuidade dos investimentos na área de saúde,
principalmente as ações médico-sanitárias, que atingem especialmente o público
infantil.

Dentre os estados da região Nordeste, a Bahia detém hoje taxas de mortalidade


infantil que se situam abaixo da média regional. Como pode ser observado nas
tabelas 8, 9 e 10, estima-se que essas taxas, embora declinantes, se aproximem
mais da taxa média da região. Para 1991, as taxas de mortalidade infantil, para
ambos os sexos, são da ordem de 61,50 e 68,59 por mil nascidos vivos para a
Bahia e região Nordeste, respectivamente. Essa diferença diminui consideravelmente
no ano 2020, para o qual estão previstos 41,15 óbitos de menores de um ano
por mil nascidos vivos para a região Nordeste e 36,60 para a Bahia. Também
diminui o diferencial entre as taxas de mortalidade infantil masculina e feminina,
conforme se observa nas tabelas 9 e 10.

TABELA 08

Bahia e Região Nordeste - Taxas de Mortalidade Infantil e Esperanças de


Vida ao Nascer para ambos os Sexos - 1991 / 2020

Anos Taxas de Mortalidade Infantil (‰) Esperanças de Vida ao Nascer (eº)

Bahia Região Nordeste Bahia Região Nordeste

1991 61,50 68,59 64,74 62,71

1997 50,20 56,18 66,76 64,83

2000 45,60 51,02 67,67 65,78

2005 39,00 43,72 69,04 67,22

2010 37,40 41,98 69,42 67,62

2015 37,00 41,57 69,54 67,75

2020 36,60 41,15 69,67 67,88

Fonte: IBGE e SEI

24
TABELA 09 25

Bahia e Região Nordeste - Taxas de Mortalidade Infantil e Esperanças


de Vida ao Nascer do Sexo Masculino - 1991 / 2020

Anos Taxas de Mortalidade Infantil (‰) Esperanças de Vida ao Nascer (eº)

Bahia Região Nordeste Bahia Região Nordeste

1991 67,80 75,42 61,92 59,79

1997 56,10 62,53 63,82 61,81

2000 51,10 57,12 64,69 62,72

2005 44,20 49,44 65,99 64,09

2010 42,40 47,57 66,36 64,48

2015 42,00 47,09 66,49 64,62

2020 41,50 46,61 66,62 64,75

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 10

Bahia e Região Nordeste - Taxas de Mortalidade Infantil e Esperanças


de Vida ao Nascer do Sexo Feminino - 1991 / 2020

Anos Taxas de Mortalidade Infantil (‰) Esperanças de Vida ao Nascer (eº)

Bahia Região Nordeste Bahia Região Nordeste

1991 54,90 61,59 67,68 65,73

1997 44,20 49,59 69,82 67,89

2000 39,80 44,68 70,78 68,86

2005 33,60 37,77 72,21 70,32

2010 32,10 36,17 72,60 70,72

2015 31,80 35,82 72,72 70,85

2020 31,40 35,47 72,84 70,98

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


Fonte: IBGE e SEI

Estima-se um descenso acelerado nos níveis de mortalidade até 2005. A partir


desse patamar, o ritmo torna-se mais lento, porque os ganhos sobre taxas mais
baixas são mais difíceis de ser conquistados.

Assim, com taxas de mortalidade infantil reduzidas, haverá um ganho em anos


médios de vida. Nesse sentido, a esperança de vida ao nascer, para ambos os
sexos, também aumentará, passando de 64,74 anos em 1991 para 69,67 em
2020. Isto significa um ganho de quase 5 anos de vida, num período de 30
anos, ficando muito próximo daquela prevista para a média da região Nordeste.

Quando analisadas separadamente, verifica-se um ligeiro aumento no diferencial


entre as esperanças de vida para homens e mulheres. O aumento nesse
diferencial - embora historicamente ocorra com o tempo - tem se verificado
com maior intensidade nos últimos anos. O fato gerador é a mortalidade por
causas externas no país como um todo, atingindo proporção maior entre os
homens. Em 1991, as mulheres viviam em média, na Bahia, 5,76 anos a mais
que os homens, diferença que aumenta para 6,22 anos em 2020.

O período de maiores ganhos de vida para os homens se dá entre 1991 e 2005,


quando a esperança de vida ao nascer passa de 61,92 para 65,99 anos,
permanecendo praticamente estacionária a partir de 2010. Para as mulheres,
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

que em 1991 já apresentavam esperança de vida ao nascer maior (67,68 anos),


em 2020 esse indicador chega a 72,84 anos.

Quanto à fecundidade, as taxas declinantes são um fenômeno generalizado no


país nas últimas décadas, apresentando, entretanto, significativas variações entre
diferentes regiões e categorias sociais. Esse comportamento apresenta intensidade
e intervalos de tempo variáveis, uma vez que a reposição dos membros de uma
sociedade constitui um fenômeno intrinsecamente ligado a fatores culturais e
demográficos.

Assim, para elaborar uma projeção, é imprescindível que se construam hipóteses


sobre o comportamento da fecundidade futura, que, associada à distribuição
etária das mulheres em idade fértil, determinará a evolução populacional a
partir dos nascimentos que ocorrerão.

Na Bahia, como em todo o Brasil, a fecundidade, que se caracterizava como


elevada no passado, vem sofrendo declínio acentuado, com a média de 3,33
filhos por mulher em 1991. Essa tendência de queda deverá continuar no futuro,
embora em ritmo menos acentuado, mas podendo atingir a média de 1,95 filho
por mulher, nível este que possivelmente estará abaixo da reposição das gerações.

No que se refere às taxas específicas por idade (TEFs), observa-se que, à exceção
da taxa correspondente ao grupo de idade 15 a 19 anos, todas as demais
experimentarão diminuições gradativas até 2020, conforme os resultados já
demonstrados na tabela 6 e nos gráficos 2 e 3. Em relação ao padrão etário da
fecundidade, expresso pela distribuição relativa do conjunto de taxas específicas,
a Bahia, que já vinha apresentando tendências a um rejuvenescimento da
fecundidade, continua mostrando um padrão jovem. Os nascimentos estão cada
vez mais concentrados nas faixas de 20 a 24 anos, com aumentos significativos,
também, na faixa de 15 a 19 anos (tabela 6.1). Em 1991, as taxas de fecundidade
das mulheres de 15 a 24 anos respondiam por 38,7% da fecundidade total.
Estima-se que estas passem a representar 61% em 2020. Neste sentido, vale
ressaltar que as TEFs (%) diminuem em todas as faixas de idade situadas entre
30 e 49 anos e aumentam no grupo etário de 15 e 24 anos. A fecundidade das
mulheres com idades entre 25 e 29 anos mantém praticamente inalterada sua
participação na fecundidade total. Tal situação é um indicativo de que as mulheres
continuarão a interromper seu ciclo reprodutivo cada vez mais cedo, utilizando
métodos anticonceptivos disponíveis no mercado.

A migração, por sua vez, constitui a variável demográfica cuja interferência na


população de uma área menor, unidade da Federação ou município, pode
produzir um efeito mais rápido que o produzido pela fecundidade e mortalidade.
Para fins desse trabalho, a migração se traduz na transferência de pessoas, entre
unidades espaciais pré-estabelecidas, com a finalidade de fixar residência.

A Bahia, como toda região Nordeste, tem se caracterizado ao longo das últimas
décadas como área expulsora de população, que em sua maioria segue em
direção ao Centro-Sul, sobretudo para o estado de São Paulo. O fenômeno
migratório nordestino, determinado nesse período, fundamentalmente, por um
26 desenvolvimento econômico desequilibrado e gerador das desigualdades
regionais, começa a sinalizar com a perda de dinamismo. Esses sinais podem 27
ser identificados no deslocamento dos investimentos produtivos para as áreas
periféricas do país - que têm no Nordeste um importante pólo de atração - e no
significativo processo de migração de retorno.

Portanto, se os saldos migratórios internos se mantiverem constantes, as taxas


líquidas de migração (TLMS) da Bahia apresentarão tendência crescente, apesar
de negativas. E o mesmo ocorrerá na região Nordeste. Estima-se para a Bahia,
em 1991, uma TLM de -5,72 migrantes para cada mil habitantes, chegando em
2020 a -4,53 por mil, correspondendo à variação de 21%, conforme observado
na tabela 11.

TABELA 11

Bahia e Região Nordeste - Taxas Líquidas de Migração (‰) - 1991 / 2020

Especificação Anos

1991 1997 2000 2005 2010 2015 2020

Bahia -5,72 -5,35 -5,19 -4,94 -4,74 -4,61 -4,53

Região Nordeste -4,70 -4,36 -4,21 -3,96 -3,75 -3,59 -3,47

Fonte: IBGE e SEI

Com relação ao crescimento populacional da Bahia, observa-se nos gráficos 4 e


5 e na tabela 12 que os volumes populacionais manterão um crescimento abaixo
do vegetativo. Além disso, como a Bahia, por hipótese, permanecerá com saldo
migratório negativo e fecundidade cada vez mais baixa, pode-se constatar uma
tendência declinante das taxas de crescimento ao longo do período (tabela 13).

GRÁFICO 4
Bahia - Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


segundo Projeção Populacional - 1991/2020
30,00

25,00

20,00
TBM e TBN

15,00

10,00

5,00

0,00
1991

2001

2011
1993

1995

2003

2005

2013

2015
1992

1994

1996

1998
1999

2002

2004

2006

2008
2009

2012

2014

2016

2018
2019
1997

2000

2007

2010

2017

2020

Anos

TBN TBM

Fonte: IBGE e SEI


Nota: Taxas por mil habitantes
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

GRÁFICO 5
Região Nordeste - Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade
segundo projeção populacional - 1991/2020

30,00

25,00

20,00
TBM e TBN

15,00

10,00

5,00

0,00
1991

2001

2011
1992

1993

1995

2002
2003

2005

2012
2013

2015
1994

1996
1997
1998
1999

2004

2006
2007
2008
2009

2014

2016
2017
2018
2019
2000

2010

2020
Anos
Fonte: IBGE e SEI TBN TBM
Nota: Taxas por mil habitantes

TABELA 12

Bahia e Região Nordeste - Taxas Brutas de Natalidade e


Taxas Brutas de Mortalidade - 1991 / 2020

Anos Taxas Brutas de Natalidade (‰) Taxas Brutas de Mortalidade (‰)

Bahia Região Nordeste Bahia Região Nordeste

1991 26,09 26,81 7,99 9,42

1997 22,75 24,68 7,06 8,02

2000 22,19 24,11 6,81 7,62

2005 20,78 22,75 6,57 7,20

2010 18,50 20,77 6,81 7,30

2015 16,44 18,96 7,27 7,65

2020 15,19 17,96 7,93 8,16

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 13

Bahia e Região Nordeste -Taxas Médias Geométricas de Crescimento Anual


da População, segundo Projeção Populacional - 1991 / 2020

Anos Bahia Região Nordeste


Taxa de Taxa de
População População
Crescimento (%) Crescimento (%)
1991 11.885.737 - 42.571.046 -

1997 12.697.007 1,11 45.854.455 1,25

2000 13.093.243 1,03 47.575.930 1,24

2005 13.752.707 0,99 50.522.700 1,21

2010 14.325.684 0,82 53.304.249 1,08

2015 14.740.643 0,57 55.671.220 0,87

2020 15.008.744 0,36 57.651.365 0,70


28 Fonte: IBGE e SEI
Em linhas gerais, verifica-se que as estruturas etárias sofrerão alterações 29
significativas ao longo do período projetado, com contínuo envelhecimento
populacional como decorrência da diminuição do peso relativo do segmento
jovem. Desse modo, observa-se que as taxas médias geométricas de crescimento
do grupo etário de 0 a 14 anos continuarão negativas devido à contínua queda
na taxa de fecundidade total (TFT). Isso significa um ingresso cada vez menor
de pessoas através de nascimentos. Em contrapartida, também evidencia-se um
aumento dessas mesmas taxas para a faixa de idade de 65 anos ou mais, reflexo
inequívoco do aumento da esperança de vida (tabela 14).

A razão de dependência e a participação relativa dos grandes grupos etários


comportam-se de forma semelhante. Para o contingente de jovens esses
indicadores apresentam tendência decrescente até 2020, enquanto para a
população de 65 anos ou mais a tendência é de crescimento. Outro aspecto
que merece ser assinalado é o invariável aumento da participação relativa da
população em idade ativa (15 a 64 anos), reflexo ainda de uma alta fecundidade
registrada no passado.

Como resultado dessas transformações, pode-se observar que a idade média


da população baiana aumentará 8,28 anos. Enquanto em 1991 as pessoas tinham
em média 24,70 anos, em 2020 passarão a ter em média 32,98 anos de idade,
mantidas as hipóteses implícitas na projeção.

TABELA 14

Bahia - Indicadores Demográficos implícitos na Projeção Populacional - 1991 / 2020

Indicadores Anos
Demográficos
1991 1997 2000 2005 2010 2015 2020

Taxas de Crescimento Anual

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


da População Total (%) - 1,11 1,03 0,99 0,82 0,57 0,36

Taxas de Crescimento dos

Grandes Grupos Etários (%)

0 a 14 - -1,45 -1,56 -0,94 -0,32 -0,81 -1,40

15 a 64 - 2,78 2,39 1,79 1,15 0,87 0,72

65 e mais - 0,94 1,42 2,36 2,72 3,29 3,07

Participação Relativa (%)

dos Grandes Grupos Etários

0 a 14 39,91 34,23 31,67 28,76 27,17 25,35 23,20

15 a 64 55,33 61,06 63,57 66,14 67,24 68,25 69,50

65 e mais 4,76 4,71 4,77 5,10 5,60 6,40 7,31

Idade Média

da População Total 24,70 26,06 26,84 28,18 29,66 31,28 32,98

Razão de Dependência (%)

Total 80,72 63,78 57,32 51,19 48,73 46,51 43,89

Jovens 72,12 56,06 49,82 43,48 40,40 37,14 33,38

Idosos 8,60 7,72 7,50 7,71 8,32 9,37 10,51

Fonte: IBGE e SEI


As pirâmides etárias apresentadas a seguir mostram com clareza as mudanças
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

previstas na estrutura da população da Bahia no período em questão (gráfico 6).

GRÁFICO 6

Pirâmides Etárias Relativas (%)

1991
80 + Homens Mulheres
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
8 6 4 2 0 2 4 6 8

Fonte: Censo Demográfico de 1991 retroagido a 01.07.1991.

1996
80 + Homens Mulheres
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
8 6 4 2 0 2 4 6 8

2000

80 + Homens Mulheres
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
30 8 6 4 2 0 2 4 6 8
2010
31
80 + Homens Mulheres
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5a 9
0 a 4

8 6 4 2 0 2 4 6 8

2020
80 + Homens Mulheres
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
8 6 4 2 0 2 4 6 8

Fonte: Projeção da População da Bahia por Sexo e Idade: 1991-2020 - IBGE e SEI.

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


Resumidamente, as hipóteses inseridas nas projeções traçaram um panorama
sobre o comportamento futuro das três variáveis demográficas. Em relação à
fecundidade, pressupõe-se, ao longo do período projetado, um declínio lento
no número de filhos por mulher, chegando, no último ano, a taxas de fecundidade
total próximas a dois filhos por mulher.

A hipótese de mortalidade considerada prevê também um declínio em seus


níveis com ganhos significativos sobre as de esperança de vida ao nascer. É claro
que essa hipótese depende fundamentalmente das ações governamentais nas
áreas de saúde, educação e saneamento.

O componente migratório, que tem caracterizado o estado nas últimas décadas


como expulsor de população, continuará a influenciar as taxas de crescimento
populacional ao longo do período da projeção.

A seguir, apresentam-se os resultados das projeções populacionais do estado da


Bahia, para cada ano do período 1997-2020, desagregados por sexo e grupos
de idade (tabelas 15 a 26).
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

TABELA 15
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 1997 e 1998

Grupos População em 1º de julho


de Idade
1997 1998

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.360.390 689.331 671.059 1.351.702 684.981 666.721

5- 9 1.401.790 708.952 692.838 1.365.892 690.720 675.172

10-14 1.583.971 803.119 780.852 1.557.373 789.798 767.575

15-19 1.584.498 800.342 784.156 1.589.988 804.515 785.473

20-24 1.315.151 656.988 658.163 1.366.784 684.471 682.313

25-29 1.035.042 504.128 530.914 1.069.939 522.737 547.202

30-34 873.159 419.651 453.508 892.308 428.781 463.527

35-39 748.224 360.219 388.005 767.005 368.349 398.656

40-44 619.203 294.699 324.504 638.977 304.387 334.590

45-49 532.849 257.896 274.953 543.309 261.058 282.251

50-54 425.765 204.740 221.025 443.248 213.572 229.676

55-59 348.262 166.410 181.852 355.977 169.720 186.257

60-64 270.472 123.734 146.738 280.107 129.073 151.034

65-69 220.542 99.903 120.639 222.098 99.682 122.416

70-74 169.425 78.007 91.418 172.669 78.644 94.025

75-79 109.109 49.181 59.928 111.970 50.298 61.672

80 ou mais 99.155 41.373 57.782 98.974 41.082 57.892

Total 12.697.007 6.258.673 6.438.334 12.828.320 6.321.868 6.506.452

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 16
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 1999 e 2000

Grupos População em 1º de julho


de Idade
1999 2000

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.348.416 683.369 665.047 1.349.738 684.092 665.646

5- 9 1.337.405 676.375 661.030 1.321.492 668.546 652.946

10-14 1.522.332 771.910 750.422 1.475.181 747.663 727.518

15-19 1.584.791 803.218 781.573 1.572.693 798.225 774.468

20-24 1.416.600 710.850 705.750 1.459.457 733.674 725.783

25-29 1.109.072 543.871 565.201 1.151.991 567.150 584.841

30-34 912.547 438.706 473.841 935.269 450.097 485.172

35-39 785.310 376.070 409.240 803.713 383.939 419.774

40-44 660.372 315.163 345.209 681.912 325.883 356.029

45-49 552.992 263.630 289.362 563.999 267.118 296.881

50-54 461.741 222.869 238.872 479.292 231.332 247.960

55-59 363.752 172.870 190.882 373.040 176.837 196.203

60-64 290.823 135.077 155.746 301.396 140.857 160.539

65-69 224.041 99.807 124.234 227.283 100.842 126.441

70-74 175.676 79.101 96.575 178.387 79.417 98.970

75-79 115.103 51.502 63.601 118.274 52.613 65.661

80 ou mais 99.313 41.002 58.311 100.126 41.126 59.000

Total 12.960.286 6.385.390 6.574.896 13.093.243 6.449.411 6.643.832


32
Fonte: IBGE e SEI
TABELA 17 33
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2001 e 2002

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2001 2002

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.352.929 685.760 667.169 1.356.530 687.637 668.893

5- 9 1.328.081 672.574 655.507 1.313.931 665.411 648.520

10-14 1.408.915 713.265 695.650 1.369.795 693.355 676.440

15-19 1.556.274 790.733 765.541 1.535.708 780.799 754.909

20-24 1.491.649 751.173 740.476 1.510.559 762.062 748.497

25-29 1.197.908 592.071 605.837 1.247.132 618.537 628.595

30-34 961.385 463.372 498.013 991.670 479.100 512.570

35-39 822.707 392.401 430.306 841.866 401.261 440.605

40-44 702.571 335.761 366.810 722.079 344.590 377.489

45-49 577.792 272.559 305.233 594.792 280.278 314.514

50-54 494.648 238.132 256.516 507.202 242.882 264.320

55-59 384.761 182.237 202.524 399.359 189.354 210.005

60-64 311.053 145.846 165.207 319.408 149.782 169.626

65-69 232.370 103.116 129.254 239.564 106.787 132.777

70-74 180.804 79.645 101.159 182.805 79.716 103.089

75-79 121.344 53.530 67.814 124.310 54.268 70.042

80 ou mais 101.356 41.430 59.926 103.087 41.955 61.132

Total 13.226.547 6.513.605 6.712.942 13.359.797 6.577.774 6.782.023

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 18
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2003 e 2004

Grupos População em 1º de julho

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


de Idade
2003 2004

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.359.960 689.426 670.534 1.361.847 690.432 671.415

5- 9 1.305.636 661.261 644.375 1.302.701 659.827 642.874

10-14 1.334.058 675.209 658.849 1.305.709 660.936 644.773

15-19 1.509.291 767.583 741.708 1.474.453 749.815 724.638

20-24 1.516.151 766.278 749.873 1.511.112 765.068 746.044

25-29 1.298.530 645.818 652.712 1.348.140 672.016 676.124

30-34 1.026.433 497.580 528.853 1.065.391 518.553 546.838

35-39 861.009 410.368 450.641 881.228 420.257 460.971

40-44 740.789 352.669 388.120 759.043 360.355 398.688

45-49 614.329 289.795 324.534 635.444 300.364 335.080

50-54 517.605 246.055 271.550 527.279 248.676 278.603

55-59 416.239 197.785 218.454 434.072 206.644 227.428

60-64 326.878 152.944 173.934 334.440 155.982 178.458

65-69 248.490 111.604 136.886 258.361 116.985 141.376

70-74 184.543 79.704 104.839 186.620 79.987 106.633

75-79 127.190 54.881 72.309 129.916 55.374 74.542

80 ou mais 105.358 42.706 62.652 108.007 43.577 64.430

Total 13.492.489 6.641.666 6.850.823 13.623.763 6.704.848 6.918.915

Fonte: IBGE e SEI


PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

TABELA 19
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2005 e 2006

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2005 2006

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.360.882 689.988 670.894 1.356.119 687.618 668.501

5- 9 1.304.352 660.718 643.634 1.307.831 662.532 645.299

10-14 1.289.897 653.159 636.738 1.296.546 657.212 639.334

15-19 1.427.536 725.711 701.825 1.361.540 691.484 670.056

20-24 1.499.214 760.194 739.020 1.483.023 752.843 730.180

25-29 1.390.850 694.700 696.150 1.422.977 712.121 710.856

30-34 1.108.101 541.646 566.455 1.153.795 566.369 587.426

35-39 903.904 431.592 472.312 929.934 444.780 485.154

40-44 777.397 368.189 409.208 796.328 376.602 419.726

45-49 656.704 310.878 345.826 677.123 320.584 356.539

50-54 538.236 252.179 286.057 551.880 257.553 294.327

55-59 451.024 214.722 236.302 465.914 221.244 244.670

60-64 343.420 159.774 183.646 354.663 164.879 189.784

65-69 268.112 122.170 145.942 277.059 126.663 150.396

70-74 189.795 81.020 108.775 194.512 83.066 111.446

75-79 132.413 55.760 76.653 134.675 56.072 78.603

80 ou mais 110.870 44.460 66.410 113.846 45.296 68.550

Total 13.752.707 6.766.860 6.985.847 13.877.765 6.826.918 7.050.847

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 20
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2007 e 2008

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2007 2008

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.347.373 683.223 664.150 1.335.477 677.224 658.253

5- 9 1.311.702 664.548 647.154 1.315.382 666.466 648.916

10-14 1.282.483 650.092 632.391 1.274.253 645.976 628.277

15-19 1.322.638 671.715 650.923 1.287.089 653.690 633.399

20-24 1.462.681 743.052 719.629 1.436.492 729.986 706.506

25-29 1.441.912 722.998 718.914 1.447.592 727.253 720.339

30-34 1.202.747 592.606 610.141 1.253.823 619.630 634.193

35-39 960.057 460.371 499.686 994.558 478.643 515.915

40-44 815.405 385.396 430.009 834.409 394.401 440.008

45-49 696.409 329.267 367.142 714.886 337.205 377.681

50-54 568.580 265.089 303.491 587.664 274.313 313.351

55-59 478.143 225.834 252.309 488.303 228.930 259.373

60-64 368.543 171.540 197.003 384.470 179.363 205.107

65-69 284.841 130.230 154.611 291.805 133.110 158.695

70-74 200.948 86.230 114.718 208.733 90.280 118.453

75-79 136.580 56.254 80.326 138.238 56.362 81.876

80 ou mais 116.954 46.112 70.842 120.189 46.936 73.253

Total 13.997.996 6.884.557 7.113.439 14.113.363 6.939.768 7.173.595


34
Fonte: IBGE e SEI
TABELA 21 35
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2009 e 2010

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2009 2010

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.320.302 669.552 650.750 1.301.881 660.223 641.658

5- 9 1.317.510 667.598 649.912 1.316.769 667.275 649.494

10-14 1.271.358 644.561 626.797 1.273.028 645.461 627.567

15-19 1.258.884 639.512 619.372 1.243.151 631.785 611.366

20-24 1.401.897 712.386 689.511 1.355.261 688.482 666.779

25-29 1.442.683 726.119 716.564 1.430.932 721.338 709.594

30-34 1.303.088 645.558 657.530 1.345.474 667.994 677.480

35-39 1.033.156 499.344 533.812 1.075.414 522.105 553.309

40-44 854.432 404.148 450.284 876.822 415.284 461.538

45-49 732.871 344.737 388.134 750.913 352.391 398.522

50-54 608.215 284.515 323.700 628.847 294.630 334.217

55-59 497.733 231.490 266.243 508.336 234.861 273.475

60-64 401.211 187.538 213.673 417.073 194.959 222.114

65-69 298.824 135.869 162.955 307.072 139.278 167.794

70-74 217.218 94.743 122.475 225.516 98.994 126.522

75-79 140.097 56.669 83.428 142.729 57.510 85.219

80 ou mais 123.409 47.714 75.695 126.466 48.390 78.076

Total 14.222.888 6.992.053 7.230.835 14.325.684 7.040.960 7.284.724

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 22
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2011 e 2012

Grupos População em 1º de julho

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


de Idade
2011 2012

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.281.795 650.045 631.750 1.260.615 639.312 621.303

5- 9 1.312.146 664.982 647.164 1.303.481 660.632 642.849

10-14 1.276.511 647.276 629.235 1.280.379 649.290 631.089

15-19 1.249.774 635.816 613.958 1.235.765 628.733 607.032

20-24 1.289.624 654.515 635.109 1.250.967 634.926 616.041

25-29 1.414.889 714.089 700.800 1.394.714 704.416 690.298

30-34 1.377.325 685.207 692.118 1.396.083 695.950 700.133

35-39 1.120.574 546.440 574.134 1.168.936 572.253 596.683

40-44 902.467 428.209 474.258 932.105 443.470 488.635

45-49 769.458 360.576 408.882 788.117 369.114 419.003

50-54 648.624 303.943 344.681 667.291 312.269 355.022

55-59 521.436 239.970 281.466 537.392 247.086 290.306

60-64 430.962 200.920 230.042 442.374 205.108 237.266

65-69 317.291 143.813 173.478 329.835 149.697 180.138

70-74 233.074 102.645 130.429 239.645 105.531 134.114

75-79 146.460 59.064 87.396 151.422 61.400 90.022

80 ou mais 129.290 48.950 80.340 131.913 49.409 82.504

Total 14.421.700 7.086.460 7.335.240 14.511.034 7.128.596 7.382.438

Fonte: IBGE e SEI


PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

TABELA 23
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2013 e 2014

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2013 2014

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.238.111 627.905 610.206 1.215.253 616.320 598.933

5- 9 1.291.669 654.683 636.986 1.276.601 647.073 629.528

10-14 1.284.062 651.209 632.853 1.286.189 652.340 633.849

15-19 1.227.569 624.641 602.928 1.224.696 623.241 601.455

20-24 1.215.648 617.069 598.579 1.187.626 603.023 584.603

25-29 1.368.733 691.500 677.233 1.334.406 674.098 660.308

30-34 1.401.715 700.160 701.555 1.396.863 699.057 697.806

35-39 1.219.394 598.839 620.555 1.268.058 624.344 643.714

40-44 966.037 461.347 504.690 1.003.995 481.599 522.396

45-49 806.704 377.860 428.844 826.284 387.324 438.960

50-54 685.189 319.884 365.305 702.618 327.114 375.504

55-59 555.593 255.782 299.811 575.174 265.386 309.788

60-64 451.899 207.945 243.954 460.776 210.311 250.465

65-69 344.193 156.586 187.607 359.260 163.767 195.493

70-74 245.571 107.880 137.691 251.590 110.156 141.434

75-79 157.358 64.350 93.008 163.779 67.566 96.213

80 ou mais 134.503 49.853 84.650 137.257 50.418 86.839

Total 14.593.948 7.167.493 7.426.455 14.670.425 7.203.137 7.467.288

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 24
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2015 e 2016

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2015 2016

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.193.147 605.117 588.030 1.172.455 594.633 577.822

5- 9 1.258.302 637.815 620.487 1.238.337 627.705 610.632

10-14 1.285.452 652.020 633.432 1.280.846 649.737 631.109

15-19 1.226.372 624.143 602.229 1.229.850 625.955 603.895

20-24 1.171.994 595.369 576.625 1.178.570 599.362 579.208

25-29 1.288.129 650.458 637.671 1.222.985 616.856 606.129

30-34 1.385.232 694.353 690.879 1.369.357 687.216 682.141

35-39 1.309.924 646.413 663.511 1.341.379 663.343 678.036

40-44 1.045.548 503.867 541.681 1.089.955 527.674 562.281

45-49 848.179 398.139 450.040 873.260 410.693 462.567

50-54 720.109 334.466 385.643 738.082 342.328 395.754

55-59 594.823 274.899 319.924 613.668 283.659 330.009

60-64 470.760 213.435 257.325 483.062 218.157 264.905

65-69 373.526 170.266 203.260 386.027 175.475 210.552

70-74 258.683 112.990 145.693 267.453 116.754 150.699

75-79 170.028 70.601 99.427 175.712 73.190 102.522

80 ou mais 140.435 51.261 89.174 144.158 52.459 91.699

Total 14.740.643 7.235.612 7.505.031 14.805.156 7.265.196 7.539.960


36
Fonte: IBGE e SEI
TABELA 25 37
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2017 e 2018

Grupos População em 1º de julho


de Idade
2017 2018

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.153.290 584.922 568.368 1.135.341 575.827 559.514

5- 9 1.217.286 617.046 600.240 1.194.908 605.712 589.196

10-14 1.272.206 645.402 626.804 1.260.417 639.467 620.950

15-19 1.233.712 627.964 605.748 1.237.394 629.882 607.512

20-24 1.164.653 592.346 572.307 1.156.519 588.298 568.221

25-29 1.184.646 597.499 587.147 1.149.616 579.855 569.761

30-34 1.349.386 677.686 671.700 1.323.663 664.952 658.711

35-39 1.359.900 673.913 685.987 1.365.463 678.062 687.401

40-44 1.137.516 552.926 584.590 1.187.138 578.933 608.205

45-49 902.235 425.513 476.722 935.393 442.868 492.525

50-54 756.161 350.529 405.632 774.162 358.926 415.236

55-59 631.474 291.495 339.979 648.568 298.671 349.897

60-64 497.997 224.708 273.289 514.990 232.692 282.298

65-69 396.334 179.135 217.199 404.990 181.629 223.361

70-74 278.173 121.618 156.555 290.395 127.284 163.111

75-79 180.678 75.233 105.445 185.214 76.918 108.296

80 ou mais 148.488 54.036 94.452 153.318 55.912 97.406

Total 14.864.135 7.291.971 7.572.164 14.917.489 7.315.888 7.601.601

Fonte: IBGE e SEI

TABELA 26
Projeção da População da Bahia, por sexo e faixa etária - 2019 e 2020

PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020


Grupos População em 1º de julho
de Idade
2019 2020

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

0- 4 1.118.957 567.526 551.431 1.104.355 560.130 544.225

5- 9 1.172.172 594.198 577.974 1.150.185 583.063 567.122

10-14 1.245.386 631.879 613.507 1.227.127 622.645 604.482

15-19 1.239.518 631.011 608.507 1.238.786 630.693 608.093

20-24 1.153.673 586.917 566.756 1.155.358 587.826 567.532

25-29 1.121.833 565.982 555.851 1.106.330 558.420 547.910

30-34 1.289.669 647.789 641.880 1.243.832 624.467 619.365

35-39 1.360.680 676.990 683.690 1.349.213 672.386 676.827

40-44 1.234.992 603.882 631.110 1.276.152 625.464 650.688

45-49 972.472 462.522 509.950 1.013.061 484.130 528.931

50-54 793.130 368.017 425.113 814.341 378.406 435.935

55-59 665.225 305.489 359.736 681.944 312.429 369.515

60-64 533.247 241.496 291.751 551.561 250.207 301.354

65-69 413.108 183.739 229.369 422.245 186.536 235.709

70-74 303.172 133.154 170.018 315.248 138.440 176.808

75-79 189.882 78.587 111.295 195.411 80.688 114.723

80 ou mais 158.439 57.942 100.497 163.595 59.951 103.644

Total 14.965.555 7.337.120 7.628.435 15.008.744 7.355.881 7.652.863

Fonte: IBGE e SEI


CONSIDERAÇÕES FINAIS
PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO POR SEXO E IDADE - Bahia 1991-2020

As projeções de população para o estado da Bahia, no período 1997-2020, são


resultantes de um esforço conjunto entre a Gerência de Estudos Sociais da SEI e
o Departamento de População e Indicadores Sociais da Diretoria de Pesquisas
do IBGE, com a finalidade de torná-las acessíveis aos usuários de informações
populacionais. As hipóteses aqui adotadas foram amplamente discutidas entre
os técnicos das duas instituições, sendo calcadas no comportamento passado
dos componentes da dinâmica populacional, ou seja, mortalidade, fecundidade
e migração.

Diante das transformações que ocorrerão nas composições por idade da


população da Bahia, torna-se necessário que os organismos regionais de
planejamento se empenhem na formulação de políticas públicas locais que
visem a atender às demandas específicas da população de terceira idade,
sobretudo nas áreas de saúde e seguridade social. Por outro lado, deve-se atentar
para a pressão sobre o mercado de trabalho exercida por um segmento cada
vez maior de adultos, que demandará a criação de mais oportunidades de
emprego. É importante ressaltar que essas projeções estarão mais próximas da
realidade se os pressupostos ora adotados se concretizarem.

Apesar dos critérios técnico-metodológicos adotados na elaboração das


projeções, deve-se considerar-se que o volume e a composição da população
podem ser afetados por fatores imensuráveis dentro do horizonte futuro do
comportamento dos componentes da dinâmica populacional. Por esse motivo,
a cada levantamento oficial do volume e composição da população – censos e
contagens –, estas projeções serão revistas a partir dos resultados apurados,
procedimento que não invalida o uso das informações aqui publicadas que,
salvo casos muito especiais, deverão ser confirmadas pelos levantamentos futuros
do IBGE.

Nesse sentido, como este trabalho não esgota o assunto, outros estudos devem
ser realizados, buscando-se detectar aspectos relevantes decorrentes das
diferenças regionais e acompanhar os impactos que, a cada momento, poderão
alterar as tendências demográficas observadas no estado da Bahia.

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