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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA MM.

1 ª VARA DA JUSTIÇA
LABORAL DE SÃO CARLOS (SP)

PROCESSO n° 1859-05 2011

A EMPRESA RAÍZEN por seus advogados infra-assinados, nos autos da reclamação


trabalhista que lhe move Sr. Aparecido Donizete Buscaino vêm respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho de fls., IMPUGNAR o
laudo pericial de fls. 257/267, assim o fazendo da maneira como se segue.

PERICULOSIDADE

Houve por bem o nobre “expert” considerar como periculosa as atividades


exercidas pelo reclamante, fundamentando suas conclusões através de laudo pericial.

Contesto o nobre expert quanto as atividades de trabalho caracterizadas


como periculosas.
Na função de coordenador de turno, o reclamante necessita acompanhar
e verificar diversas atividades espalhadas por diversos setores da
industria, dentre os setores consta a destilaria, local onde o reclamante
não ocupava por mais do que 5 minutos. Nesses casos, fica
descaracterizada a periculosidade, pois o reclamante eventualmente
permaneceu em áreas classificadas como de risco e de acordo
orientações da Portaria nº 3.311/89 do Ministério do Trabalho, que
determina como análise qualitativa o tempo de exposição ao risco, e com
a Súmula 364 (descrita abaixo), a exposição eventual não faz jus ao
adicional de periculosidade, sendo o tempo extremamente reduzido:

“Súmula 364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO


EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE. (conversão das
Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SDI-1) - Res. 129/2005
- DJ 20.04.2005
I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições
de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual,
assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 - Inserida em 14.03.1994 e nº 280
- DJ 11.08.2003)
II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior
ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser
respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos.
(ex-OJ nº 258 - Inserida em 27.09.2002)”.

Frederico Tadeu Trevisan Frajácomo


Eng.º de Segurança do Trabalho
CREA- 5062790016

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