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FICHAMENTO DE TEXTUAL

Edlaine Ronconi de Abreu Dias


2022101520220056
Curso: MESTRADO PROF. EPT IFMT/2022
Disciplina: Bases Conceituais para a Educação Profissional e Tecnológica
Professor: Prof Dr Lúcio Angelo Vidal
Data de entrega: 26/05/2022

RODRIGUES, José. O moderno príncipe industrial: o pensamento pedagógico da


Confederação Nacional da Indústria. Campinas/SP: Autores Associados, 1998.

Biografia do autor: Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade


Federal Fluminense, onde ingressou por concurso público em 1994. É doutor em
educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997), tendo sido orientado por
Dermeval Saviani, mestre em educação pela Universidade Federal Fluminense (1993),
sob a orientação de Gaudêncio Frigotto. Seus trabalhos e publicações Organização da
Educação no Brasil; Trabalho, Educação e Produção do Conhecimento.
Na tese o Moderno príncipe industrial: o pensamento pedagógico da
Confederação Nacional da Indústria Rodrigues (1998) busca Identificar e analisar as
ideias pedagógicas da burguesia industrial brasileira, a partir das propostas da entidade
sindical – a Confederação Nacional da Indústria (CNI) - ao longo de seus 60 anos de
existência. “A hegemonia vem da fábrica”. Com esta afirmação, Gramsci destaca a
centralidade da indústria no modo de produção capitalista e, por consequência, na
sociedade burguesa moderna que é, ainda hoje, a forma social dominante. (FRIGOTTO,
in RODRIGUES, 1998)
Rodrigues tem inspiração na obra O “Príncipe” de Maquiavel que sintetiza, no
conceito de “príncipe”, o conteúdo e o significado da ação política, na sociedade
moderna, esse papel será exercido pelo partido político.

“PRÍNCIPE DA INDÚSTRIA MODERNA: PARA UMA HISTÓRIA DA CNI”

“Exercer a liderança do setor industrial. como agente de transformação


econômica e social do país, reconhecido pela sociedade, com atuação voltada
para a harmonia das relações do trabalho, fortalecimento do mercado interno,
apoio à competitividade e maior inserção internacional da indústria.”
Visão Estratégica da CNI, 1996.( p.23)
Breve panorama histórico da instituição mais representativa da burguesia industrial
no período de 1938 a 1996, com foco na constituição do sistema CNI, em particular sua
tríade docente (SENAI, SESI, IEL):

Quatro níveis de formação, a saber, aprendizagem, qualificação, treinamento e habilitação:


Aprendizagem. Processo pelos quais jovens, na faixa etária estabelecida pela legislação (14 a
18 anos), em complementação à escolaridade regular, adquirem a prática metódica da execução de
operações e tarefas de determinada ocupação e os conhecimentos e atitudes necessários para
desenhá-la com eficiência.
Qualificação. Processo de formação que capacita o indivíduo para o exercício de uma ocupação, dirigindo-
se para adolescentes ou adultos que, tendo ou não completado o primeiro ou segundo grau.
submetem-se a uma firmação específica de médio a longo prazo.
Treinamento. Atende às necessidades específicas do indivíduo e da empresa através de cursos de pequena
e média duração, estágios, seminários, etc. Tem por objetivo sanar deficiências de
desempenho na execução de tarefas específicas de uma ocupação e ou carências de informações
em conhecimentos ou atitudes profissionais compatíveis com sua área de atuação e objetiva
eliminar dificuldades circunstanciais, supera obstáculos, inovações, visando ao aumento da
produtividade e à maximização dos lucros da empresa.
Habilitação. Cursos técnicos regulares, de longa duração, a nível de 2° grau, que forma técnicos
de nível médio em várias Ocupações
. (SENAI. Relatório Anual, 1992.)
O quadro abaixo mostra a evolução recente da distribuição dos níveis de formação
profissional ministrada na entidade:

(p. 28-30)

O PENSAMENTO PEDAGÓGICO NA AVENTURA INDUSTRIAL E NA BUSCA DA


COMPETITIVIDADE.
Conceitos de trabalho, educação e formação profissionais geradas na CNI,
relacionando-os com as grandes mudanças na base econômica material da produção da
vida humana.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO NA AVENTURA INDUSTRIAL:

(p. 83)
CNI para Industriais: Formação Humana em Aventuras Industriais, tentará
apresentar e analisar os conceitos acima, relacionando-os a momentos históricos entre o
final da década de 1930 e o final da década de 1970, entendidos em ordem cronológica,
este período foi marcado pôr a hegemonia do modelo fordista de acumulação.

Desde a Revolução Industrial, nascida na Inglaterra em fins do século XVIII e


maturada entre as décadas de 1820 e 1830, até a atual revolução industrial e
tecnológica, houve diferentes processos de industrialização, em particular, e de
desenvolvimento econômico, em geral. Cada formação social capitalista especifica,
na arena histórica da luta de classe, constituiu formas também específicas, e
mesmo singulares, de produzir a vida humana e de organizar a produção social.
No entanto, mesmo considerando-se as singularidades construídas em cada
formação social, pode-se traçar quadros gerais nos quais se inscrevem as
múltiplas particularidades do desenvolvimento econômico industrial. (p. 84)

O PENSAMENTO PEDAGÓGICO NA BUSCA DA COMPETITIVIDADE.

(p. 145)
CNI Concorrente: Formação Humana em Busca da Competitividade, dará
continuidade à linha de análise iniciada no capítulo anterior, mas se desenvolverá a partir
de um modelo de acumulação flexível, e cronologicamente, a partir da década de 1980.
É no contexto econômico-social mundial de construção do padrão de acumulação
fordista e no cenário brasileiro de industrialização substitutiva de importações,
abordado nas seções anteriores desse capítulo, que a concepção pedagógica da
Confederação Nacional da Indústria se desenvolveu. (p.105)

(p. 190)

O PENSAMENTO PEDAGÓGICO INDUSTRIAL

(p. 214)
Enfim, Brasil O pensamento docente da indústria burguesia mudou. Operadores de
máquinas, menos pesquisadores. Nos últimos anos, em meio à crise, o setor tenta se
modernizar e se tornar mais competitivo, mas enfrenta um declínio em sua capacidade de
investir. Isso se reflete em mudanças na estrutura de emprego do setor. Baixo
crescimento econômico e competitividade
O que os empresários pretendem e que seus intelectuais formulam “teoricamente”
é a adequação funcional da escola, do sistema educacional, dos currículos às demandas
do capital. De tempos em tempos, sob maior ou menor resistência da classe
trabalhadora, o Estado brasileiro acaba por tentar adequar funcionalmente a educação
aos interesses burgueses. Foi assim, por exemplo, na chamada Reforma Capanema (na
Era Vargas), na Reforma do Ensino no Regime Militar (através da reforma universitária,
em 1968, e do ensino profissionalizante obrigatório, em 1971). Também foi assim na
reforma da agora chamada educação profissional de Fernando Henrique Cardoso, em
1998, e da reforma de Lula, em 2004.
Ora, bastará apontar novamente o dedo acusador para os suspeitos usuais e
proferir a sentença: “A educação precisa adequar seus cursos, currículos e valores às
necessidades da empresa privada!”.

“A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar


incessantemente os instrumentos de produção, por
conseguinte, as relações de produção e. comisso, todas as
relações sociais. [..] esse abalo constante de todo o sistema
social, essa agitação permanente e essa falta de segurança
distinguem a época burguesa de todas as precedentes. [..1
Tudo que é sólido e estável evapora-se, tudo que é sarado é
profanado e os homens são, finalmente, obrigados a encarar
com serenidades suas condições de existência e suas relações
recíprocas.”

Karl Marx & Friedrich Engels Manifesto do Partido


Comunista

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