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Sistemas de Drenagem

Pluvial
AULAS 26/27/28 – IPH 212
dieterw@iph.ufrgs.br
EM ELABORAÇÃO

1
CONDUTO FORÇADO PORTO
ALEGRE (ANO 2013)

JC 2
A PROBLEMÁTICA DA DRENAGEM E MANEJO DE
ÁGUAS PLUVIAIS – PMSB SANTO ÂNGELO

Drenagem Pluvial

3
SANTO ÂNGELO
4
SANTO ÂNGELO
5
Chácara das Pedras, Porto Alegre, 2015 6
Chácara das Pedras, Porto Alegre, 2015 7
ESQUEMÁTICO DE SISTEMA UNITÁRIO

8
CARACTERÍSTICAS E PARÂMETROS DA
ÁGUA DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO
DO TIPO UNITÁRIO

Q iniciais (20’)
contém 80% Carga
POLUTOGRAMA - - - - Orgânica

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

QUAL O PAPEL DA
HIDROGRAMA
SOCIEDADE ?

9
RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO EM
UM SES DO TIPO UNITÁRIO

ESGOTO SANITÁRIO
LANÇADO EM UMA REDE
DE DRENAGEM PLUVIAL

2 QESG + QINF
OBJETIVA CAPTAR O
PARA A ETE
“FIRST FLUSH FLOW” 10
Fonte: TUCCI

11
Densidade Populacional x Impermeabilização

12
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
IMPERMEABILIZAÇÃO ATRAVÉS ARQGIS, SIG

13
Recuperação de permeabilidade... Diminuição do
coeficiente de Escoamento Superficial... UMA
NECESSIDADE

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DESAFIO: TORNAR PROJETO DE
DRENAGEM SUSTENTÁVEL

PAVIMENTOS CALHAS DE COLETA DE


PERMEÁVEIS ÁGUAS PLUVIAIS NO 15
PASSEIO (México, Foto Dieter)
DESAFIO PARA TORNAR UM PROJETO
SUSTENTÁVEL E FUNCIONAL

16
MAIORES DESAFIOS na ÁREA DO
SANEAMENTO BÁSICO
Elaboração do Plano Diretor de
Drenagem e de Manejo de Águas
Pluviais

17
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
PDDrU Ambiental de Porto Alegre - PDDUA

POA Lei Complementar 434 / 99


I Seminário de Artigo 97 :
Drenagem
Urbana do “Nas zonas identificadas como problemáticas quanto à
Mercosul drenagem urbana, a critério do órgão técnico competente,
deverão ser construídos, nos lotes edificados, reservatórios
V Seminário de retenção de águas pluviais.”
Nacional de
Drenagem Artigo 135 Parágrafo 6o :
Urbana
“ Os empreendimentos de parcelamento do solo na parcela
que lhes compete deverão ter na sua concepção a
permanência das condições hidrológicas originais da bacia,
através de alternativas de amortecimento da vazão pluvial,
respeitando as diretrizes determinadas pelo macroplano de
saneamento e drenagem do Município, a ser elaborado pelo
Poder Executivo.”
Princípios
PDDrU  O PDDrU faz parte do PDDUA da cidade;

POA  Cada usuário urbano não deve ampliar a cheia natural;


 Os impactos de quaisquer medidas não devem ser transferidos
na bacia;
I Seminário de  O PDDrU deve prever a minimização do impacto ambiental
Drenagem devido ao escoamento pluvial;
Urbana do  O PDDrU deve contemplar o planejamento das áreas a serem
Mercosul desenvolvidas e a densificação das áreas atualmente loteadas;
 O controle deve ser realizado considerando a bacia como um
V Seminário todo e não trechos isolados;
Nacional de  Os meios de implantação do controle de enchentes são o PDDrU,
Drenagem as Legislações Municipal/ Estadual e Manual de Drenagem;
Urbana  O controle de enchentes é um processo permanente;
 Desenvolver a educação de engenheiros, arquitetos, e
profissionais da área, população e administradores públicos;
 O custo do controle e operação do sistema de drenagem deve ser
transferido para os usuários proporcionalmente à área
impermeável dos imóveis;
 O conjunto destes princípios baseia-se no controle do
escoamento urbano na fonte.
20
21
Arroio Dilúvio Silva Só
Fonte: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS

Avenida Erico Verissimo Bairro Sarandi


Foto: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS Foto: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/11/chuva- 22
ultrapassa-a-media-mensal-acompanhada-de-rajadas-de-vento-chegam-
a-82-km-h-na-serra-gaucha-4329754.html
Porto Alegre 11/11/2013
Lei 15.371 – 17/11/2006
Regulamenta o controle da drenagem

23
Lei 15.371 – 17/11/2006
Regulamenta o controle da drenagem

24
O DECRETO MUNICIPAL N. 18.611, PUBLICADO EM 9 DE ABRIL DE
2014, REVOGA O DECRETO N. 15.371/2006, MAS MANTÉM
PRATICAMENTE O MESMO TEOR. ALÉM DISSO, REVOGA OS ITENS
4.8.6, 4.8.7 E 4.8.9 DO CE-DEP QUE PERMITIAM AO PROJETISTA
MENSURAR O VOLUME DO RESERVATÓRIO APENAS
CONSIDERANDO A ÁREA CONTRIBUINTE.

DECRETO N° 14.786, DE 20/12/2004 – CADERNO DE ENCARGOS


APLICADO A PROJETOS, SERVIÇOS, IMPLANTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E
CONSERVAÇÃO DAS REDES E EQUIPAMENTOS, DIRETRIZES TÉCNICAS E
MÉTODOS DE AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DE SERVIÇOS
NECESSÁRIOS PARA IMPLANTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS
REDES DE DRENAGEM PLUVIAL.

25
Bacia de Amortecimento & Vertedouro

26
27
(fonte: TUCCI, 2007, p.186)
O volume de armazenamento necessário é definido pela regulamentação vigente nos
municípios, que limita a vazão transferida para os condutos pluviais. No caso de Porto
Alegre, esse limite é de 20,8 l /(s.ha), sendo o volume obtido pela equação abaixo (Tucci
2007, p. 208 ):
V = 4,15 * AI * A
Onde:
AI = área impermeável em porcentagem
A = área do lote ou do empreendimento em ha ; 28
V = volume em m³.
Bacia de
armazenamento

29
Stuttgart, Alemanha
FÓRMULAS DA HIDRÁULICA DO ESCOAMENTO DE
REDES DE DRENAGEM PLUVIAL
2/3
RH  I 1/ 2
Q =A.V V = K . RH2/3 . I1/2 V
n
Sabe-se também que, em um tubo funcionando à seção plena, tem-
se:
RH = D
4
2
1D 3 1
V   I 2
n 4 
2/3
   D2  1 D 1  I 1/ 2  D8 / 3
Q        I 2
 
 4  n 4 n 45 / 3
3/8 3/8 3/8
 45 / 3  Q  n  Qn  Q 
D     1,5483   1 / 2  , ou, D  1,5483 1/ 2 
  I K I 
1/ 2
 I  30
MODELO DE CÁLCULO PARA DETERMINAÇÃO DE VAZÕES
DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANAS A SEREM
ESCOADAS PELAS REDES DE DRENAGEM PLUVIAL

O modelo adotado é o chamado Método Racional, dado pela


expressão:
Q = 2,78 . C . I . A
onde:
Q = vazão, em L/s;
C = coeficiente de escoamento superficial (adimensional),
coeficiente de Runoff;
I = intensidade de chuva, mm/h;
A = área da bacia, em ha.

A intensidade de chuva I é particular para cada localidade. A figura


seguinte apresenta as curvas de intensidade (I) e duração, para diversos
períodos de recorrência em Porto Alegre. 31
Figura 8.10: Curvas intensidade x
duração x freqüência para Porto Alegre-
RS. Duração da chuva em minutos
(t c =10 Minutos).

32
PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS - ALEGRETE

33
A chuva de projeto deve ser adotada para um período de retorno ou
de recorrência de 5 anos; a sua duração, que se confundirá com o
tempo de concentração, deve ser fixado para as cabeceiras de rede
em 10 minutos. (ou 5 minutos se for este o tempo de concentração
sugerido na Declaração Municipal).

O tempo de percurso em cada trecho é dado pela expressão:


tp = L__
V . 60
onde:
tp = tempo de percurso, em minutos;
L = comprimento do trecho, em m;
V = velocidade no trecho, em m/s.

34
Para bacias externas grandes, pode-se adotar como tc = td inicial a:
(Fórmula de Kirpich)
0 , 385
L 
3
tc  57   
H

onde:
L = comprimento do talvegue, em km;
H = máximo desnível ao longo de L, em km

O coeficiente de Runoff varia de 0,10 a 0,95, sendo comum a


adoção de valores como 0,60 e 0,70. As chuvas de projeto podem
ser obtidas das curvas constantes do Manual de Drenagem Urbana
da CETESB, onde as mesmas constam em mm/min (basta
transformá-las em mm/h).
35
Tabela 8.1: Coeficientes de escoamento
superficial (runoff) para distintos tipos de áreas.
Descrição da área Coeficiente de Runoff
Área comercial central 0,70 a 0,95
Área comercial em bairros 0,50 a 0,70
Área Residencial
Residências isoladas 0,35 a 0,50
Unidades múltiplas (separadas) 0,40 a 0,60
Unidades Múltiplas (conjugadas) 0,60 a 0,75
Lotes com 2.000 m2 ou mais 0,30 a 0,45
Área com prédios de apartamentos 0,50 a 0,70
Área industrial leve 0,50 a 0,80
Área industrial pesada 0,60 a 0,90
Parques, cemitérios 0,10 a 0,25
Playgrounds 0,20 a 0,35
Pátios de estradas de ferro 0,20 a 0,40
36
Áreas sem melhoramentos 0,00 a 0,30
Tabela 8.2: Coeficientes de runoff para distintos
tipos de superfície
Característica da superfície Coeficiente de Runoff
Ruas com pavimento asfáltico 0,70 a 0,95
Ruas com pavimento de concreto 0,80 a 0,95
Passeios 0,75 a 0,85
Telhados 0,75 a 0,95
Terrenos relvados (solos arenosos)
Pequena declividade (2%) 0,05 a 0,10
Média declividade (2% a 7%) 0,10 a 0,15
Forte declividade (7%) 0,15 a 0,20
Terrenos relvados (solos pesados)
Pequena declividade (2%) 0,15 a 0,20
Média declividade (2% a 7%) 0,20 a 0,25
Forte declividade (7%) 0,25 a 0,30 37
Distância máxima entre PVs (fonte:
DAEE/CETESB, 1980).

D(m) Distância máxima (m)


0,30 120
0,50 150
≥1,00 180

38
TRABALHO 4 – DIMENSIONAMENTO SISTEMA DE
DRENAGEM PLUVIAL

39
DETERMINAÇÃO
SAÍDA PARA DAS ÁREAS DE
SISTEMA DE CONTRIBUIÇÃO E
DRENAGEM
DA LINHA DO
ESCOAMENTO

SAÍDA PARA
ARROIO

40
DETERMINAÇÃO
DAS ÁREAS DE
CONTRIBUIÇÃO E
DA LINHA DO
ESCOAMENTO

41
ÁREAS DE
CONTRIBUIÇÃO

42
43
44
PASSO 1 – Planialtimétrico

45
Passo 2 – Identificar as cabeceiras da Bacia
de Contribuição e Delimitação de áreas

46
Passo 3 – Traçado e PVs

47
Caderno e Encargos DEP
Decreto N° 14.786, DE 20/12/2004
Aplicado a projetos, serviços, implantação, fiscalização e
conservação das redes e equipamentos, diretrizes técnicas e
métodos de avaliações quantitativas e qualitativas de serviços
necessários para implantação, fiscalização e conservação das redes
de drenagem pluvial.

Decreto N° 15.371, de 17/11/2006 QUE REGULAMENTA O


CONTROLE DA DRENAGEM URBANA

O DECRETO MUNICIPAL N. 18.611, PUBLICADO EM 9 DE ABRIL DE


2014, REVOGA O DECRETO N° 15.371, CONTUDO MANTÉM
48
PRATICAMENTE OS SEUS ÍTENS
Regulamentação municipal
Decreto n. 18.611/2014

• Mantém o teor do Decreto n. 15.371/2006

• Define a vazão de saída do lote em 20,8 L/(s.ha)

• Fórmula para o volume do reservatório (área < 100 ha)

• Considera o percentual da área impermeável em relação a


área total do lote

• Estudo hidrológico específico (área > 100 ha)

• Revoga itens do CE-DEP


49
Fluxograma com dedução da AI

50
FH a ser considerado no
primeiro cálculo h/D = 1,0

51
Fator Hidráulico,
RH/D e h/D para o
dimensionamento
de redes de
drenagem pluvial

Seção plena
h/D = 1,00
Velocidade mín >
0,6 m/s
Para DN
Comercial calcula
FH, verifica V

52
1º PASSO –
2º PASSO – DEFINIR AS CABECEIRAS
INTERPRETAR
DE REDE E DELIMITAÇÃO DAS
PLANIALTIMÉTRICO
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO

3º PASSO – LOCALIZAR
PVs E TRAÇADO DE
REDES, COMPATÍVEIS
COM AS ÁREAS DE
CONTRIBUIÇÃO

53
EXERCÍCIO – OBSERVAR ÁREA DE ESTUDO, DELIMITAR AS CABECEIRAS,
DEFINIR ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO COMPATÍVEIS COM TRAÇADO DE REDE,
IDENTIFICAR O COLETOR PRINCIPAL E NUMERAR PVS

Numeração PVS 54
J (‰)

Vazão (L/s) 55

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