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Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Instituto de Pesquisas Hidráulicas


Departamento: Hidromecânica e Hidrologia

IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II

5. Análise dimensional e semelhança

Profª Daniela Guzzon Sanagiotto

2017/1

1
5. Análise dimensional e semelhança

 Análise Dimensional: conceito, exemplos de


aplicação, teorema dos  de Buckingham.
 Principais grupos adimensionais na Mecânica dos
Fluidos.
 Semelhança: teoria de modelos. Tipos de modelos.
 Aplicações.

2
Análise Dimensional

 Revisão dos Sistemas de Unidades


Sistemas de unidades dados pelos conjuntos:
- força-comprimento-tempo (FLT) e
- massa-comprimento-tempo (MLT).

Relações básicas entre os sistemas FLT e MLT são obtidas por


meio da segunda lei de Newton. Dimensionalmente podemos
escrever: ML
F
T2

A partir da qual as dimensões de qualquer das quantidades


envolvidas pode ser convertida de um sistema para outro.

3
Introdução
 Muitos problemas da mecânica dos fluidos não podem ser
resolvidos apenas com procedimentos analíticos, sendo
necessário recorrer a procedimentos experimentais.

 Experimentos  planejamento

 Métodos da análise dimensional baseiam-se no princípio da


homogeneidade dimensional, segundo o qual toda equação
que exprime um fenômeno físico deve ser dimensionalmente
homogênea, isto é, as dimensões em ambos os membros da
equação devem ser as mesmas.

4
Introdução - exemplo
 Considere o escoamento em regime permanente, incompressível
de um fluido Newtoniano em um tubo longo, horizontal e que
apresenta parede lisa.

 Este é um exemplo de escoamento simples, mas que exige dados


experimentais. Não se pode avaliar a queda de pressão (p) no
escoamento por unidade de comprimento de tubo sem
informações experimentais.

 Pode-se escrever esse problema da seguinte forma:


p  f ( D,  ,  ,V )

 O objetivo dos experimentos que devem ser realizados é a


determinação da natureza da função que relaciona as variáveis.
5
 Primeira hipótese: variar uma variável de cada vez,
mantendo as demais constantes.

p D, ,  constantes p V, ,  constantes

Dificuldade na
experimentação;
V D
Dificuldade em
p D, V,  constantes p D, , V constantes utilizar as
informações para
generalizar os
resultados.

 

Representação gráfica da queda de pressão no escoamento em


um tubo com a variação de diferentes variáveis. 6
 Hipótese alternativa: Agrupar as variáveis envolvidas em
combinações adimensionais (denominados grupos
adimensionais) de modo que, o problema acima pode ser
melhor entendido.
p  f ( D,  ,  ,V )
D p
Dp  VD 
V 2    
V 2
  

Verificação dos adimensionais

VD
Dp

 
L F / L3 
 F 0 L0T 0
V 2
 4 2
FL T L T 
2 2


VD FL4T 2 LT 1 L
  F 0 L0T 0
Representação gráfica da queda de pressão  FL T 
2

utilizando parâmetros adimensionais.

7
 Aplicações em várias áreas

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Teorema de  ou de Vaschy Buckingham
 O teorema  demonstra que em um problema físico envolvendo
“n” grandezas, nas quais comparecem “m” dimensões, as grandezas
podem ser agrupadas em “n-m” parâmetros adimensionais
independentes.
A1, A2, A3,..., An - grandezas envolvidas
Relação funcional: F(A1, A2, A3,..., An) = 0

 Se 1, 2, 3, etc. representam grupos adimensionais das grandezas


A1, A2, A3,..., An, com “m” dimensões envolvidas, então existe uma
equação do tipo:
f(1, 2, 3, ..., n-m) = 0
As “m” dimensões representam as dimensões de referência
necessárias para descrever as variáveis envolvidas.

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Determinação dos termos  - Etapas:
1) Faça uma lista com todas as variáveis que estão
envolvidas no problema – definição das “n”
grandezas que interferem no problema.

2) Expresse cada uma das variáveis em função das


“m” dimensões básicas (dimensões de referência).
Definir sistema MLT ou FLT

3) Determine o número necessário de termos .


Número de termos  = n – m
10
Determinação dos termos  - Etapas:
4) Escolha das variáveis repetidas ou base.
Escolher “m” das “n” grandezas, dimensionalmente
independentes, que contenham, em conjunto, as
“m” dimensões, e usá-las como base.
É importante lembrar que não podemos usar a
variável dependente como uma das variáveis
repetidas. Geralmente escolhem-se as variáveis
repetidas entre aquelas que são dimensionalmente
mais simples.

5) Formar (n-m) parâmetros adimensionais, com as


“m” grandezas escolhidas e cada uma das
grandezas restantes separadamente.
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Determinação dos termos  - Etapas:
6) Verifique se todos os termos  são
adimensionais.

7) Expresse o resultado da análise como uma


relação entre os termos  e analise o significado
da relação obtida.

Geralmente a relação entre os termos 


apresenta a forma:
1 =  (2, 3, ..., n-m)

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Exemplo 1 :

Para o problema exposto no início, onde se


procurava definir a queda de pressão p, em um
tubo longo, horizontal e de parede lisa com
escoamento em regime permanente. Siga os passos
apresentados para a definição dos termos
adimensionais.
1) Definição das “n” grandezas que interferem no
problema.
p = f (D, , , V)
n = 5 variáveis

2) Expresse cada uma das variáveis em função das


“m” dimensões básicas (dimensões de referência).
m = 3 dimensões básicas FLT
p = [FL-3]
D = [L]
 = [FL-4T2]
 = [FL-2T]
V =[LT-1]
3) Determine o número necessário de termos .
Número de termos  = n – m = 5-3 = 2 termos 

4) Escolha das variáveis repetidas.


Variáveis repetidas ou base: D, , V

5) Formar (n-m) parâmetros adimensionais, com


as “m” grandezas escolhidas e cada uma das
grandezas restantes separadamente.
1=Dx1.y1.Vz1. p
[L]x1. [FL-4T2]y1.[LT-1]z1.[FL-3] = F°.L°.Tº

F0  y1+1 = 0  y1=-1
L0 x1 -4y1+-3z1= 0  x1 = 1
T0 2y1-z1 = 0  z1=-2

1=D1.-1.V-2. p   1  Dp2
V
2=Dx2.y2.Vz2. 
[L]x2. [FL-4T2]y2.[LT-1]z2.[FL-2T]= F0.L0.T0

F0  y2+1 = 0  y2=-1
L0 x2 -4y2+z2-2= 0  x2 = -1
T0 2y2-z2+1 = 0  z2=-1


2=D-1.-1 .V-1.    2  VD
6) Verifique se todos os termos  são
adimensionais.

7) Expresse o resultado da análise como uma


relação entre os termos  e analise o
significado da relação obtida.
Dp   
   
V 2
 VD 

Podemos rearranjar os termos , e assim a relação


entre os termos 1 e 2 fica:
Dp  VD 
   
V 2
  
Exercícios:
1) Deseja-se estudar, com o uso da análise dimensional, o
escoamento de um líquido sobre um vertedor retangular, sem
contração lateral, conforme figura. O vertedor está montado
num canal de largura b. Determinar uma fórmula que
relacione a vazão Q do líquido, supondo-se que a vazão
dependa dos fatores:
Q = f (H, b, g, )

b
2) A perda de carga por unidade de comprimento H/L no
escoamento em regime turbulento num conduto liso depende
da velocidade (V), do diâmetro (D), da aceleração da
gravidade (g), da viscosidade dinâmica () e da massa
específica (). Determinar, com o auxílio da análise
dimensional, a forma geral da equação que rege o fenômeno.
3) Uma investigação empírica foi realizada com o fim de
determinar o período  de oscilação de colunas de líquido
colocadas em tubos em forma de “U” quando deslocadas de
sua posição. Cinco experiências foram realizadas obtendo-se
os resultados da tabela a seguir.
Determine F(, L, D, , g).

massa diâme
comprimento período
específica tro

(g/cm3) (cm) (cm) (s)


1 1,0 10,0 1,0 0,45
2 13,6 21,0 1,0 0,65
3 0,8 55,0 2,5 1,05
4 1,2 8,2 0,5 0,41
5 1,2 12,0 1,0 0,49
4) Um certo escoamento depende da velocidade V, da massa
específica , de várias dimensões lineares L, L1, L2, da queda
de pressão p, da aceleração da gravidade g, da viscosidade
, da tensão superficial , e do módulo de elasticidade
volumétrica K,. Aplicar a análise dimensional a estas variáveis
para determinar um conjunto de parâmetros .
F (V, , L, L1, L2, p, g, , , K) = 0
Desenvolvendo esse último problemas, chegamos em:

 p V 2 VL  V L L 
F , , , , , , 0
 V gL  V L K /  L L 
2 2
 1 2 
Significado de alguns coeficientes adimensionais:

1) Coeficiente de Pressão ou Número de Euler:


p 1 PRESSÃO ..ESTÁTICA H
  2
 V 2
PRESSÃO ..DINÂMICA V
2 2g
p. A FORÇA..DE..PRESSÃO

V 2 FORÇA..DE..INÉRCIA
.A
2

Importante em escoamentos causados por diferença


de pressão.
Ex: escoamentos em condutos forçados.
2) Número de Froude (Fr)
A interpretação física do número de Froude é que ele
representa uma medida, ou índice, das importâncias relativas
das forças de inércia que atuam na partícula fluida e o peso da
partícula.
É importante ressaltar que o número de Froude não é igual a
razão entre as forças mas indica algum tipo de medida da
influência média destas duas forças.

V 2 V 2 A FORÇAS ..DE..INÉRCIA
Fr 
2
 
gL gLA PESO
V
Fr 
g .L

Importante nos escoamentos com superfície livre. Identifica


se o escoamento é torrencial (Fr > 1) ou fluvial (Fr < 1).
Cálculo do ressalto hidráulico.
3) Número de Reynolds (Re)

VL VL FORÇAS ..DE...INÉRCIA


Re  
 VL FORÇAS ..VISCOSAS

Importante no dimensionamento de condutos forçados.


Quanto maior a ação relativa da viscosidade menor o
número de Reynolds. Escoamentos laminares
apresentam baixos valores para Re (Re < 2000) e
escoamentos turbulentos altos valores (Re >4000). Nos
escoamentos de fluidos compressíveis o número de
Mach geralmente é mais importante que o número de
Reynolds.
4) Número de Weber (W)
V 2 L
W

V 2 L L FORÇAS ..DE..INÉRCIA
W 
 L FORÇAS ..DE..TENSÃO..SUPERFICIA L

Importante nas interfaces gás-líquido, líquido-líquido e


também onde as interfaces estão em contato com um
contorno sólido. Exige a presença de superfície livre, mas
quando grandes objetos são envolvidos, como embarcações
em um fluido tal como a água, esse efeito é bastante
pequeno.
5) Número de Mach (M)

V V
M 
E/ c
2
 V  A FORÇAS ..DE..INÉRCIA
M   
 E /   A FORÇAS ..ELÁSTICAS

Importante no estudo de escoamentos compressíveis,


como na análise do golpe de aríete, em hidráulica. No
estudo de escoamentos supersônicos na aeronáutica.
Quando as variações de densidade devido à pressão
tornam-se significativas.
Grupo
Nome Interpretação Tipo de aplicação
adimensional

É importante na maioria
Número de Reynolds Força de inércia / força
Vl dos problemas de
Re  Re viscosa
mecânica dos fluidos.

V Número de Froude Força de inércia / força Escoamentos com
Fr  Fr gravitacional superfície livre.
gl

p Número de Euler Força de pressão / força


Problemas onde a
Eu  pressão, ou diferenças de
V 2 Eu de inércia
pressão, são importantes.

V 2 Número de Cauchy Força de inércia / força de


Escoamentos onde a
Ca  Ca compressibilidade
compressibilidade do
E fluido é importante.

V Escoamentos onde a
Ma  Número de Mach Força de inércia / força de
compressibilidade do
c Ma compressibilidade
fluido é importante.

l Força de inércia (local) / Escoamentos transitórios


St  Número de Strouhal
força de inércia com uma frequência
V St
(convectiva) característica de oscilação.

Problemas onde os efeitos


V 2l Número de Weber Força de inércia / força de
We  We tensão superficial
da tensão superficial é 28
 importante.
Semelhança

 O uso de modelos físicos procura alcançar


resultados que possam descrever o
comportamento de uma estrutura similar real.

 Para isso é necessário que se obedeçam leis de


semelhança, onde pode ser estabelecida a
relação existente entre o modelo físico e outro
sistema (protótipo).

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Semelhança geométrica

Implica na semelhança de forma entre o modelo e o


protótipo. Existe uma razão fixa entre os comprimentos
homólogos no modelo e no protótipo. A semelhança
geométrica envolve escalas pertinentes às seguintes
grandezas: comprimentos, áreas e volumes.
Lm Escala
  FATOR...DE..ESCALA..GEOMÉTRICA geométrica
Lp única!

Lm
 Lr  Lrelação
Lp

Am Lm 2
 2
 Lr 2

Ap Lp
Protótipo Modelo esc. 1:10
Semelhança cinemática
Semelhança entre os movimentos dos fluidos.
- o arranjo geométrico entre as linhas de corrente deve ser o
mesmo;
- a razão entre as velocidades e as acelerações em pontos
correspondentes deve ser constante.
A semelhança cinemática implica na semelhança de movimento, ou
seja, existe uma razão constante entre a velocidade de partículas
homólogas, que se deslocam segundo trajetórias semelhantes, em
direção e sentido.
Vm Lm / Tm Lm Tm Lr
     FATOR DE ESCALA DE VELOCIDADE
Vp Lp / Tp Lp Tp Tr

am Lm / Tm 2 Lm Tm 2 Lr
     FATOR DE ESCALA DE ACELERAÇÃO
ap Lp / Tp 2 Lp Tp 2 Tr 2
Qm Lm 3 / Tm Lm 3 Tm Lr 3
 3
 3
   FATOR DE ESCALA DE VAZÕES
Qp Lp / Tp Lp Tp Tr
Semelhança cinemática

Escalas de variáveis
cinemáticas única!

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Semelhança dinâmica

Implica na semelhança das forças e das massas


envolvidas no fenômeno. Desta forma para que haja
semelhança dinâmica, devem-se verificar duas condições
básicas:
- as trajetórias descritas pelas partículas homólogas são
geometricamente semelhantes;
- as forças correspondentes terão uma razão constante
entre elas. As grandezas envolvidas são a Força e a
Massa.
      
 gravitacional vis cos a elástica tensão sup erficial pressão
F F  F  F  F  F  força de inércia  m.a

 

 F
2
m a  L Lr
3
L 
 m m   2   r L2r  r    r L2rVr2  FATOR DE ESCALA DE FORÇAS
 
m m m

F p
m p a p  L Tr
3
p p  Tr 
Semelhança dinâmica

Escalas de forças única!

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A relação entre as resultantes será uma constante
quando a relação entre as componentes o for, então
para que haja semelhança dinâmica:

 
   
(m.a ) m Fg ( m.a ) ( m.a )p
   .............ou..............  m    Fr ............Frm  Fr p
     
m

(m.a ) p Fg p
Fg m Fg p

Da mesma forma, para que haja semelhança


dinâmica:
Rem = Rep
Mam = Map
Wem = Wep
Eum = Eup
São raros os fenômenos em que todos os coeficientes
são importantes. Assim se trabalha:
- escoamento forçado:
Rem = Rep Eum = Eup
- escoamentos livres:
Rem = Rep Frm = Frp
Normalmente as aplicações são feitas utilizando-se o
mesmo líquido (água a temperatura ambiente). Assim  e
 são iguais.
Vm Dm  m Vp Dp  p Vm Dm  V p D p

m p

Vm Vp
?
 Vm D p  V p Dm
gDm gD p
Estas igualdades só podem ser satisfeitas quando Vm
= Vp e Dm = Dp, o que mostra a impossibilidade de se
realizar a semelhança a todo rigor.

O estudo da dissipação da energia nos movimentos


hidráulicos mostra que o papel do número de
Reynolds no fenômeno, só se faz sentir até certo
valor (Re0), chamado Reynolds de soleira, além do
qual os coeficientes de perda independem dele.

Para resolver o problema usa-se:


Frm = Frp e Rep > Rem > Re0
Exercício:
5) Deseja-se determinar a força exercida pelo vento sobre um edifício de
forma cilíndrica, com 100 m de altura e 25 m de diâmetro construído à
beira-mar. A velocidade do vento é de 30 m/s. Os ensaios deverão, em
princípio ser realizados numa canaleta horizontal com água escoando
sobre um modelo reduzido. As dimensões do modelo deverão ser tais que
haja uma altura h de água acima do mesmo, grande o suficiente para
evitar a formação de ondas superficiais. Nestas condições, o fator de
escala resulta  = 1:200, por razões do espaço disponível. Um
dinamômetro permitirá a leitura da força Fm, no modelo. Qual o valor
previsto para Fp ? Sabendo-se que F = Cd..V2.H.D / 2 e que Re soleira =
106. Devido a canaleta ser horizontal e serem eliminadas as ondas
superficiais o número de Froude deixa de ter importância.

H=50 cm
Escolha da escala

A escolha da escala, via de regra, não é totalmente


arbitrária. Deve-se levar em conta certos fatores:

- condições mínimas de semelhança;


- precisão das medidas, o erro do modelo será
extrapolado para o protótipo;
- aparelhamento disponível;
- custo do estudo face o valor econômico da obra;
- espaço disponível;
- capacidade de recalque das bombas.
Modelos distorcidos

São modelos concebidos em escalas geométricas


desiguais em planta e em cotas e por isso são
chamados distorcidos.
Ex: problemas envolvendo linhas d’água de rios.

Exemplo:
Rio com 30 km de comprimento, 250 m de largura e
7 m de profundidade, velocidade média igual a 1,5
m/s e rugosidade tal que conduz a um número de
Reynolds de soleira Re0 = 50.000.
Exercícios:

6) Um casco de um navio de 200 m de comprimento deve


navegar com velocidade de 8 m/s. Para seu estudo em
modelo reduzido admite-se que o número de Reynolds de
soleira seja 3.107. Tomando-se como dimensão característica
o comprimento do casco, qual a escala geométrica mínima do
modelo ? Qual a velocidade dos ensaios ? Os ensaios serão
realizados com o mesmo líquido, água doce a 20º C ( = 10-6
m²/s ).

7) As dimensões lineares de um modelo de medidor Venturi


são 1/5 daquelas do protótipo. O protótipo opera em água a
20ºC e o modelo em água a 93.3ºC. Se no protótipo a
velocidade na garganta de 0,61 m de diâmetro é 6,1 m/s, qual
a vazão necessária no modelo para haver semelhança ?
8) As perdas numa bifurcação de uma tubulação de 1,22 m de
diâmetro transportando gás ( = 41,3 kg/m³,  = 2.10-4kg/m.s),
V = 5 m/s devem ser determinadas em um ensaio em modelo
com água a 21,1⁰C. O laboratório tem capacidade para circular
75,7 L/s de água. Que escala geométrica deve ser usada e como
os resultados são utilizados para avaliar as perdas no protótipo ?
As perdas podem ser calculadas pela equação de Darcy-
Weisbach, ou seja:

L V2
H  f
D 2g
onde f = coeficiente de atrito, admitir que fm = fp
Referências

CARNEIRO, F. L. Análise Dimensional e Teoria da Semelhança e


dos Modelos Físicos. 2º ed.Ed. UFRJ, 1996.
GILES, R. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica - McGraw-Hill.
COLEÇÃO SHAUM - 1997.
MUNSON, B.R., YOUNG, D. F., OKIISHI, T. H. Fundamentos da
Mecânica dos Fluidos (Tradução da 2ª edição americana), Vol.
1, Ed. Edgard Blücher Ltda, 2004. 412p.
VENNART & STREET. Elementos de Mecânica dos Fluidos, 5º
edição, Ed. Guanabara Dois, 1978.
Notas de aula da Prof. Maria do Carmo Cauduro Gastaldini.
UFSM.

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