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Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Instituto de Ciências Exatas


Faculdade de Física
Física Geral e Experimental I
Prof. Mateus Lima Turma: 2019/2020

Os exercícios desta lista foram retirados, em sua maioria, dos livros textos da
bibliografia recomendada para a disciplina, sendo que esta lista não substitui os
livros textos.

ANÁLISE DIMENSIONAL
Questão 1
A constante de Planck (h) está associada a fenômenos quânticos microscópicos e pode ser
dada através da expressão: h = E/ν, onde E representa a energia associada a um nível
quântico qualquer e ν representa a frequência deste nível. Mostre que a constante de Planck
tem as mesmas dimensões de momento angular.

(Dica: Represente as grandezas físicas secundárias em termos das grandezas primárias -


[M,L,T ] - Teorema de Bridgman)

Solução
A constante de Planck é h = E/ν = ET , onde T é o período. Ela tem a dimensão de:

[h] = [Energia] [T empo] = M L2 T −2 T = M L2 T −1 .




~ = ~r × p~, tem dimensão de:


Por sua vez, o momento angular, L
h i
~ = [P osição] [M omentum] = L M LT −1 = M L2 T −1 .

L

Portanto, h i
~ .
[h] = L

Questão 2
Um físico apresentou uma teoria reformulando alguns conceitos nas leis da Mecânica New-
toniana. Nesta nova teoria, a expressão da intensidade da força gravitacional (F ) entre duas
partículas de massas m1 e m2 , separadas por uma distância r, é dada pela relação:
m1 m2
F = 2
(1 + v 2 + r · a),
r
onde v é a velocidade linear relativa e a é a aceleração relativa entre os 2 corpos envolvidos.
Verifique e justifique se as afirmações a seguir são verdadeiras:
(a) A expressão está dimensionalmente correta;
(b) A expressão pode estar correta, apenas quando v = 0 e a = 0;
(c) A expressão está dimensionalmente correta se o conteúdo dos parênteses fosse:
v2
1+
ra

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(Dica: Aplicação dos teoremas de Bridgman e Buckinghan - verifique a dimensionalidade e


homogeneidade da expressão nas situações propostas e justifíque sua resposta.)

Solução
m1 m2
Vamos verificar a fórmula dimensional de cada parte da expressão: F = r2
(1 + v 2 + r · a)

[F ] = M LT −2

M2
 m1 m2 
r2
= L2
= M 2 L−2
m 2 L2
1 m2 2 −2
· v2 = M

2 T2 = M T


r2 L


 m1 m2 2
·r·a = M · L · L = M 2 T −2

r2   T2
L
2

Vamos verificar o termo adicional proposto na letra c:


h i
m1 m2 v2 M2 (LT −1 )2 M2  2T 2
r2
· ra
= L2
· L(L T −2 )
= L2 
L

2
 T −2
L
= M 2 L−2

(a) A expressão não está correta, pois ela é dimensionalmente absurda, além de suas parcelas
não possuirem a mesma fórmula dimensional que o primeiro membro (F ).
(b) Mesmo no caso em que v = 0 e a = 0, a expressão continua incorreta, pois o segundo
membro não tem fórmula dimensional de força.
(c) A expressão continua incorreta

Questão 3
Quando camadas adjacentes de um fluido viscoso deslizam regularmente umas sobre as ou-
tras, o escoamento resultante é dito laminar. Sob certas condições, o aumento da velocidade
provoca o regime de escoamento turbulento que é caracterizado pelos movimentos irregulares
(aleatórios) das partículas do fluido. Observa-se, experimentalmente, que o regime de escoa-
mento (laminar ou turbulento) depende de um parâmetro adimensional (Número de Reynolds)
dado por
R = ρα v β dγ η τ ,
em que ρ é a densidade do fluido; v sua velocidade; η sua viscosidade e d uma distância
característica associada à geometria do meio que circunda o fluido. Por outro lado, de um
outro tipo de experimento, sabe-se que uma esfera de diâmetro D, que se movimenta num
fluido, sofrerá a ação de uma força de arrasto viscoso, com módulo dado por F = 3πDηv.
A partir destas informações, determine uma solução possível para os respectivos valores de
α, β, γ e τ .

(Dica: Aplicação dos teoremas de Bridgman e Buckinghan - verifique a dimensionalidade e


homogeneidade e determine os expoentes de escala.)

Solução
1º Encontre a dimensionalidade da viscosidade, a partir da força de arrasto: F = 3πDηv

[F ] = M LT −2 = L [η] LT −1 ⇒ [η] = M L−1 T −1

2º Analise a fórmula dimensional do coeficiente ADIMENSIONAL: R = ρα v β dγ η τ

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M 0 L0 T 0 = (M L−3 )α (LT −1 )β Lγ (M L−1 T −1 )τ

M 0 L0 T 0 = M α+τ L−3α+β+γ−τ T −β−τ

3º Resolve o sistema linear:



α + γ = 0

−3α + β + γ − τ = 0 =⇒ α = β = γ = 1

−β − γ = 0 τ = −1

Questão 4
Um praticante de tiro com arco decide comprar um arco e um conjunto de flechas com as
seguintes especificações:
Arco: Tamanho do arco - 74 in; Peso de puxada: 52 lb a 28 in
Flechas: Ponta 75 gr; Haste - 31 in no total, com 8,2 gr per in; 220 f ps em média;
Interprete o que cada uma desses dados representa e os expresse em unidades do SI, utilizando
o esquema de “conversão em cadeia” de unidades apresentado em aula.

CINEMÁTICA

Questão 5
Um corpo move-se ao longo do eixo X, segundo a lei x (t) = 2t3 + 5t2 + 5, onde x é dado em
metros e t em segundos. Encontre:
(a) A velocidade e a aceleração em um instante de tempo t qualquer;
(b) A posição, a velocidade e a aceleração para t = 2s e t = 3s;
(c) A velocidade média e a aceleração média entre t = 2s e t = 3s.

(Dica: Aplicação de derivadas e conceitos de cinemática escalar.)

Questão 6
Duas partículas movem-se ao longo do eixo x. A posição da partícula 1 é dada (em módulo)
por x = 6t2 + 4t + 2,onde x está em metros e t em segundos. A aceleração da partícula 2 é
dada (em módulo) por a = −8t, onde a está em metros por segundo ao quadrado. Em t0 = 0,
a velocidade da partícula 2 é 20 m/s. Determine:
(a) Em que instante as duas partículas têm a mesma velocidade?
(b) Que velocidade é essa?
(c) Represente em gráficos as velocidades das duas partículas.

(Dica: Aplicação de derivadas e integrais, conceitos de cinemática escalar e esboço de


gráficos.)

Questão 7
Um corpo move-se ao longo do eixo X, segundo a lei x (t) = t cos(2t), onde x é dado em
metros e t em segundos. Para t ≥ 0:
(a) Determine ~x, ~v e ~a como funções do tempo.

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(b) Represente em gráficos x, v e a como funções do tempo.


(c) Determine os intervalos de tempo durante os quais a partícula se move no sentido positivo
de x;
(d) Determine os intervalos de tempo durante os quais a partícula se move no sentido negativo
de x;
(e) Determine os intervalos de tempo durante os quais o movimento é acelerado;
(f) Determine os intervalos de tempo durante os quais o movimento é retardado;

(Dica: Aplicação de derivadas, conceitos de cinemática vetorial, caracterização do


movimento e esboço de gráficos.)

Questão 8
Um projétil é lançado para cima, com velocidade de 98 m/s, do topo de um edifício, cujo a
altura é 100 m. Encontre:
(a) A altura máxima do projétil acima da rua;
(b) O tempo necessário para atingir essa altura;
(c) O tempo total decorrido do instante de lançamento até o momento em que ele atinge o
solo.

(Dica: Lançamento vertical)

Questão 9
Uma arma dispara um projétil com velocidade de 200 m/s formando um ângulo de 60◦ com o
solo. Encontre:
(a) A velocidade e a posição do projétil após 15 s;
(b) O alcance e o tempo necessário para o projétil voltar ao solo.

(Dica: Lançamento parabólico)

Questão 10
Uma bola é jogada do solo para o ar. A uma altura de 9,1 m a velocidade é ~v = 7,6î + 6,1ĵ
em metros por segundo (î horizontal, ĵ vertical).
(a) Qual a altura máxima alcançada pela bola?
(b) Qual será a distância horizontal alcançada pela bola?
(c) Qual a velocidade da bola (módulo e direção), no instante em que bate no solo?

(Dica: Lançamento parabólico - atenção ao caráter vetorial das grandezas.)

Questão 11
Um navio de guerra navega para leste a 25 km/h. Um submarino a 5 km de distância dis-
para um torpedo que tem a velocidade escalar de 50 km/h. Se a posição do navio, visto do
submarino, está a 30◦ nordeste. Determine:
(a) Em qual direção o torpedo deve ser lançado para acertar o navio;
(b) Qual o tempo decorrido até o torpedo alcançar o navio?

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(Dica: Movimento relativo em 2-D)

Questão 12
Um avião de bombardeio voa horizontalmente com velocidade de 180 km/h em uma altitude
de 1,2 km, de acordo com a ilustração a seguir:
(a) Quanto tempo antes de o avião sobrevoar o alvo ele deve lançar uma bomba, para acertar
este alvo?
(b) Qual a velocidade da bomba quando ela está a 200 m de altura?
(c) Qual a velocidade da bomba quando ela atinge o alvo?
(d) Qual a distância horizontal percorrida pela bomba?

(Dica: Lançamento oblíquo)

Questão 13
Um avião de bombardeio voa horizontalmente em uma altitude de 1 km com a velocidade de
200 km/h. Ele deixa cair uma bomba sobre um navio que se move no mesmo sentido e com a
velocidade de 20 km/h.

(a) Calcule a distância horizontal entre o avião e o navio, no instante do lançamento, para
que este seja atingido pela bomba;
(b) Resolva o mesmo problema para o caso de o avião e o navio terem movimentos de senti-
dos contrários.

(Dica: Lançamento oblíquo + Movimento relativo em 2-D)

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Solução
Os dados do problema no (SI) são:
Avião
y0 = 1 km = 1000 m
÷3,6
va = 200 km/h =⇒ va = 55,5 m/s
Navio
÷3,6
vn = 20 km/h =⇒ vn = 5,55 m/s
Temos as seguintes equações da cinemática associadas a este lançamento oblíquo (horizontal),
sujeito à ação da gravidade (lembrando que na direção x o movimento do projétil é retilíneo e
uniforme - MRU):

Aceleração independe do tempo

*0
î + ay ĵ ⇒ ~a = ay ĵ = −g ĵ

~a (t) = 
ax(t)


Velocidade dependente do tempo


( 0
vx = v0x + a
xt
> = vo cos θ
~v (t) = vx î + vy (t) ĵ ⇒
vy (t) = v0y + ay t = vo sin θ − gt

Posição dependente do tempo


( 0
x (t) = 
x
0 + v0x t
> = (vo cos θ) t
~r (t) = x (t) î + y (t) ĵ ⇒
y (t) = y0 + v0y t − 12 gt2 = y0 + (vo sin θ) t − 21 gt2
(a) A bomba é deixada cair de um avião que voa a 55,5 m/s. Portanto, a bomba é lançada
horizontalmente (θ = 0◦ ) com o módulo da velocidade inicial sendo
:1
(
v0x = vocos0
:0 ⇒ vo = 55,5 m/s.
v0y = vosin0
Para atingir o navio, a bomba deve ser lançada sobre o ponto O (origem do sistema),
que está a uma distância horizontal d do navio (Figura (a)). Observe nesta figura que
A = d + xn , onde A é o alcance do projétil e xn é a distância percorrida pelo navio desde
o instante do lançamento da bomba e d é a distância entre o avião e navio no instante
de lançamento, justamente o que queremos saber. Mas, o tempo que o projétil leva para
percorrer a distância x = A (alcance) é obtido fazendo y (t) = 0, para t = tA (tempo
para atingir o alcance máximo), ou seja,
0 = 1000 − 4.9t2A ⇒ tA ' ±14,3 s (apenas a solução positiva tem significado físico).
Logo, o alcance será
A = x (tA ) = (vo cos 0) tA = 55,5 × 14,3 ⇒ A ' 793,65 m.
Por outro lado, neste intervalo de tempo tA o navio percorreu uma distância xn (MRU)
dada por
xn = vn tA = 5,55 × 14,3 = 79,365 m.
Desta maneira, usando a identidade A = d + xn encontramos
d ' 714,3 m.

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(b) Neste caso o navio está em movimento em sentido contrário ao do avião (Figura (b)).
Nesta figura obsevamos que d = A + xn . Como os valores são os mesmos, encontramos

d = 793,65 + 79,365 ' 873 m

Questão 14
Um disco D pode girar livremente em torno de seu eixo horizontal que passa pelo seu centro.
Uma corda é enrolada na periferia do disco e um corpo A, ligado à corda, é deixado cair sob a
ação da gravidade, de acordo com a ilustração a seguir. O movimento de A é uniformemente
acelerado, mas sua aceleração será menor que a aceleração da gravidade. No instante t = 0 s, a
velocidade do corpo A é 0,04 m/s e, após 2 segundos, A desce 0,2 m. Encontre as acelerações
tangencial e normal, em qualquer instante de tempo, de um ponto qualquer na periferia do
disco.

(Dica: cinemática vetorial em 2-D)

Questão 15
A Terra, em uma excelente aproximação, possui uma forma esférica com um raio r ' 6,35 ×
106 m e gira uniformemente em torno de seu eixo, com velocidade angular ω ' 7,292 ×
10−5 s−1 , de acordo com a ilustração a seguir.

(a) Encontre, em termos da latitude (ângulo λ), o módulo da velocidade e da aceleração de


um ponto na superfície da Terra.
(b) Você concorda com a afirmação de que a “Terra tem uma forma esférica e gira em torno
de seu eixo"? Justifique sua resposta!

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(Dica: MCU e Método Científico - bom senso)

Solução
(a) A latitude de um ponto A qualquer, na superfície da Terra, é definida como o ângulo λ
que o raio r = CA faz com o raio CD no equador. Quando a Terra gira em torno do eixo
N S, o ponto A descreve uma circunferência de raio R = BA, tal que

R = r cos λ,

onde o raio da Terra é r = 6,35×106 m. A velocidade tangencial do ponto A na superfície


da Terra é dada, em módulo, por

v = ωR = ωr cos λ
= 7,292 × 10−5 × 6,35 × 106 cos λ
' 463 cos λ m/s. (1)

Enquanto, a aceleração centrípeta, devido o movimento circular uniforme da Terra, será


dada em módulo por

a = ω 2 R = ω 2 r cos λ
2
= 7,292 × 10−5 × 6,35 × 106 cos λ
' 3,38 × 10−2 cos λ m/s2 (2)

(b) Alguns, dentre os muitos, argumentos e provas científicas que podem ser desenvolvidos
em favor da Terra esférica:
1. Comparação de sombras: Eratóstenes - sec. III a. C. - estimou a circunferência da
Terra comparando os tamanhos de sombras no dia do solstício de verão onde hoje
fica Assuão, no Egito, com uma cidade mais a leste de Alexandria. A sombra da
Terra projetada na Lua, durante eclipses lunares é uma circunferência e isso já era
relatado por Aristóteles no sec. IV a. C.;
2. Diferentes constelações são vistas no céu de acordo com a latitude (hemisférios norte
e sul terrestre);
3. Objetos que desaparecem no horizonte de forma gradual, começando pela base (gran-
des embarcações, por exemplo);
4. Fusos horários diferentes em diferentes longitutes do planeta que evidenciam a cur-
vatura da Terra;
5. Circum-navegação numa mesma direção (Fernão de Magalhães sec. XVI);
6. Lei da Gravitação Universal em corpos de grande massa e raio maior que 500 km
(Força Central);
7. Geometria Esférica utilizada em viagens a grandes distâncias (viagens de avião in-
tercontinentais, exploração espacial, comunicação via satélite...)
Alguns, dentre os muitos, testes empíricus e provas científicas da rotação da Terra.
Forças de Inércia (referenciais não inerciais):
1. Forças de Marés (1687): rotação implica que o diâmetro Equatorial da Terra é ligei-
ramente maior que diâmetro entre os pólos geográficos (21,4 km ⇔ 0,3%). Newton
propôs e calculou essa diferença no Principia como sendo (26 km);

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2. Força de Coriolis (1835): no referencial girante da Terra, um corpo em queda livre


segue um caminho aparente que se desvia, do que seguiria em um referencial fixo.
O efeito Coriolis pode ser observado em escala meteorológica, onde é responsável
pelas direções opostas da rotação de ciclones nos hemisférios norte e sul (no sentido
anti-horário e horário, respectivamente);
3. Pêndulo de Foucault (1851): teste mais célebre da rotação da Terra. Consistia em
uma esfera de latão cheia de chumbo, suspensa a 67 m do topo do Panthéon, em
Paris. Por causa da rotação da Terra sob o pêndulo oscilante, o plano de oscilação
do pêndulo parece girar a uma taxa dependendo da latitude. Na latitude de Paris, o
deslocamento previsto e observado era de cerca de 11 graus no sentido horário por
hora.

DINÂMICA

Questão 16
Um automóvel cuja massa é 1 t (tonelada) sobe uma avenida com 30◦ de inclinação. Determine
a força que o motor deve exercer para que o carro se mova:
(a) Com movimento uniforme;
(b) Com aceleração de 0,2 m/s2 .
Determine também, para cada caso, a força que a pista exerce no automóvel (o atrito). Você
acha que esta inclinação de 30◦ da avenida corresponde a uma situação real? Justifique sua
resposta.

(Dica: 2ª Lei de Newton - plano inclinado)

Questão 17
No sistema da máquina de Atwood (figura a seguir), determine a aceleração com as quais as
massas m e m0 se movem e a tensão na corda. Admita que a polia possa girar livremente ao
redor do ponto O no sentido anti-horário e despreze possíveis efeitos devidos às massas da
polia e da corda.

(Dica: 2ª Lei de Newton)

Solução

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Lembrando que a roldana gira no sentido anti-horário, considerando o eixo y positivo para
cima, aplicamos a 2ª lei de Newton e obtemos
X
Bloco de massa m : F~y = m~a ⇒ F − mg = −ma
X
Bloco de massa m0 : F~y = m0~a ⇒ F − m0 g = m0 a.

Ouseja, temos um sistema linear de 2 variáveis


(
F − mg = −ma
(3)
F − m0 g = m0 a

Multiplicando a primeira equação do sistema por (−1) e somando com a segunda, encontra-
mos
m − m0
a= g.
m + m0
Agora substituimos este resultado em qualquer uma das equações do sistema e encontramos a
tensão:
2mm0
F = g
m + m0
Questão 18
Uma partícula de massa igual a 10 kg, sujeita a uma força F (t) = (120t2 + 40t) N , move-se
em linha reta. No instante t = 0 a partícula esta em x0 = 5m, com velocidade v0 = 6m/s.
Encontre sua aceleração, velocidade e posição em qualquer instante posterior.

(Dica: 2ª Lei de Newton - problema inverso)

Questão 19
Um corpo de massa igual a 0,80 kg é colocado sobre um plano com 45◦ de inclinação. O
coeficiente de atrito de deslizamento com o plano é 0,30. Que força deve ser aplicada ao corpo
para que ele se movimente
(a) Para cima;
(b) Para baixo.
Suponha que em ambos os casos o corpo executa um movimento uniforme e com aceleração
de 0,10 m/s2 .

(Dica: 2ª Lei de Newton - plano inclinado + MRUV)

Solução
Em ambas as situações é conveniente realizar o Diagrama de Forças em cada sistema, tendo
em mente que a força peso, P~ = m~g , deve ser decomposta de acordo com o ângulo α e a força
de atrito deve sempre se opor ao sentido do movimento, F~at = ±µc N î. Após a realização
do
PNdiagrama busca-se a Força Resultante no sistema, aplicando a 2ª Lei de Newton: F~R =
~
i=1 Fi
(a) Diagrama de Forças para a situação em que é aplicado uma força para cima:

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Aplicando a 2 Lei de Newton obtemos (em módulo):


F − mg sin α − Fat = ma.
Lembrando que
Fat = µc N = µc P cos α = µc mg cos α,
a equação do movimento será
F − mg (sin α + µc cos α) = ma.
Substituindo os valores fornecidos no enunciado, encontramos a força necessária para
fazer o corpo se mover para cima no plao inclinado:
F = m [a + g (sin α + µc cos α)]
" √ √ !#
2 2
= 0,8 0,1 + 9,8 + 0,3
2 2
' 7,3 N
(b) Diagrama de Forças para a situação em que é aplicado uma força para baixo:

Aplicando a 2 Lei de Newton obtemos (em módulo):


F + mg sin α − Fat = ma.
De forma anâloga ao item anterior, obtemos a equação do movimento:
F + mg (sin α − µc cos α) = ma

F = m [a − g (sin α − µc cos α)]


" √ √ !#
2 2
= 0,8 0,1 − 9,8 − 0,3
2 2
' −3,8 N
O sinal negativo, apenas indica que a força esta no sentido contrário ao item (a)

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Questão 20
Uma pessoa de massa 80 kg salta de pára-quedas e experimenta uma aceleração, para baixo,
de 2.5 m/s2 . O pára-quedas tem 5 kg de massa.
(a) Qual a força exercida, para cima, pelo ar sobre o pára-quedas?
(b) Qual a força exercida, para baixo, pela pessoa sobre o pára-quedas?

Questão 21
Um guarda-roupa com massa de 45 kg, incluindo gavetas e roupas, está em repouso sobre o
assoalho.
(a) Se o coeficiente de atrito estático entre o móvel e o chão for 0,45, qual a menor força
horizontal que uma pessoa deveria aplicar sobre o armário para colocá-lo em movimento?
(b) Se as gavetas e as roupas, que têm 17 kg de massa, forem removidas antes do armário ser
empurrado, qual a nova força mínima?

Questão 22
Um jogador de futebol de massa 79 kg escorrega no campo e seu movimento é retardado por
uma força de atrito de módulo f = 470 N . Qual é o coeficiente de atrito cinético entre o
jogador e o campo?

Questão 23
Uma caixa de 68 kg é puxada pelo chão por uma corda que faz um ângulo de 30◦ acima da
horizontal.
(a) Se o coeficiente de atrito estático é µe = 0,5, qual será a tensão mínima necessária para
iniciar o movimento da caixa?
(b) Se o coeficiente de atrito cinético é µe = 0.35, qual a sua aceleração inicial?

Questão 24
Se o coeficiente de atrito estático dos pneus de um carro numa rodovia é 0,25, com que velo-
cidade máxima um carro pode fazer uma curva plana de 45 m de raio, sem derrapar?

Questão 25
Obtenha a velocidade, como função do tempo, de uma esfera de raio r que se move através de
um fluido viscoso, supondo que o movimento seja retilíneo e que a força externa aplicada na
esfera seja constante.

(Dica: 2ª Lei de Newton - atrito em fluidos f~a = −Kη~v , onde η é o coeficiente de


viscosidade; ~v é a velocidade do corpo nesse fluido e K é um coeficiente que depende da
forma do corpo - esf era → K = 6πr. )

Questão 26
Encontre a velocidade limite de uma gota de chuva que cai verticalmente sofrendo resistência
do ar. Admita que a gota seja esférica, com um raio r = 10−3 m, a densidade da água seja
ρH2 O = 103 kg · m−3 e a densidade do ar relativa à água seja ρ ≡ ρρHArO = 1,3 × 10−3 .
2

Questão 27
O sistema da figura a seguir está em equilíbrio. As duas molas são iguais e a distância d é de
1 m. Além disso, o comprimento relaxado de cada uma das molas é de 0,5 m. A massa m de
1 kg faz descer o ponto P até uma distância h = 15 cm. A massa das molas é desprezível.
Calcule a constante elástica, k, das molas.

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Questão 28
No sistema da figura a seguir, onde as polias e os fios têm massa desprezível, m1 = 1 kg e
m2 = 2 kg.

O sistema é solto com velocidade inicial nula, quando as distâncias ao teto são l1 e l2 . Usando
conservação da energia, calcule:
(a) As velocidades de m1 e m2 , depois que m2 desceu uma distância x2 ;
(b) As acelerações a1 e a2 das duas massas;
(c) Verifique os resultados anteriores usando as leis de Newton.

Questão 29
Uma partícula de massa m = 2 kg, lançada sobre um trilho retilíneo com velocidade de 6 m/s,
está sujeita a uma força F (x) = − (A + Bx) N , onde A = 4, B = 2 N/m e x é o desloca-
mento, em m, a partir da posição inicial.
(a) Em que pontos do trilho a velocidade da partícula se anula?
(b) Faça o gráfico da velocidade da partícula entre esses pontos.
(c) A que tipo de lei de forças corresponde F (x)?

Questão 30
As vias férreas e as rodovias são inclinadas nas curvas de modo a produzir a força centrípeta
solicitada pelos veículos em movimentos nas curvas. A partir da ilustração a seguir, obtenha
o ângulo de inclinação em função da velocidade do veículo na curva.

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Questão 31
Nafigura a seguir, um fio de comprimento L, ligado a um ponto fixo, tem em sua extremidade
uma massa mA que gira em torno da vertical com velocidade angular constante ω. Encontre o
ângulo que a corda faz com a vertical. Este dispositivo é chamado de pêndulo cônico.

Questão 32
Uma partícula se move no plano xy, ao longo do quadrado indicado na figura a seguir, sob a

− →−
ação da força F 1 = 10(x2 y î − xy 2 ĵ), onde F 1 é medido em N , e x e y em metros.



(a) Calcule o trabalho realizado por F 1 ;


(b) Faça o mesmo para F 2 = 10(y î + xĵ);
(c) O que você pode concluir a partir de (a) e (b) sobre o caráter conservativo (ou não) de

− → −
F 1e F 2?
(d) Se uma das duas forças parece ser conservativa, procure obter a energia potencial U
associada, tal que F = −∇U .

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(Dica: ∇ é o operador nabla, dado em termos das derivadas parciais que em coordenadas
∂ ∂ ∂
cartesianas será ∇ = ∂x î + ∂y ĵ + ∂z k̂.)

Questão 33
Se um nêutron livre é capturado por um núcleo atômico, ele pode ser parado no interior do
núcleo por uma força forte. Esta força forte, que mantém o núcleo atômico coeso, é nula fora
do núcleo. Suponha que um nêutron livre com velocidade inicial de 1.4×107 m/s acaba de ser
capturado por um núcleo com diâmetro d = 10−14 m. Admitindo que a força sobre o nêutron
é constante, determine sua intensidade. A massa do nêutron é 1.67 × 10−27 kg.

Questão 34
Um atirador, com um rifle de 4 kg apoiado ao ombro, dispara uma bala de 25 g, cuja velocidade
na boca da arma (extremidade do cano) é de 850 m/s.
(a) Com que velocidade inicial a arma recua?
(b) Qual o valor do impulso transmitido ao ombro do atirador?
(c) Se o recuo é absorvido pelo ombro em 0,05 s, qual é a força média exercida sobre ele, em
N?

Questão 35
Uma mina explode em três fragmentos, de 100 g cada um, que se deslocam num plano hori-
zontal: um deles para oeste e os outros dois em direções 60◦ ao norte e 30◦ ao sul da direção
leste, respectivamente, de acordo com a figura a seguir. A energia cinética total liberada pela
explosão é de 4.000 J. Encontre as velocidades iniciais dos três fragmentos.

Questão 36
Um morteiro, lançado segundo um ângulo de 45◦ , explode em dois fragmentos ao atingir sua
altura máxima, de 25 m; os fragmentos são lançados horizontalmente. Um deles, de massa
igual a 150 g, cai no mesmo plano vertical da trajetória inicial, a 90 m de distância do ponto
de lançamento. O outro fragmento tem massa igual a 50 g. Confira a figura a seguir:

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(a) A que distância do ponto de lançamento cai o fragmento mais leve?


(b) Quais são as velocidades dos dois fragmentos imediatamente após a explosão?
(c) Qual é a energia mecânica liberada pela explosão?
Solução
(a) Alcance no lançamento horizontal: Para este lançamento, a velocidade inicial é dada
através da expressão da altura máxima
r
v02 sin2 θ 2gym
ym = ⇒ v0 = ,
2g sin2 θ
onde θ = 45◦ ; g = 9,8 m/s e ym = 25 m. Logo,
s
2 × 9,8 × 25
v0 = √ 2 = 31,3 m/s.
2/2

Para esta velocidade, a distância horizontal até a posição de ym é xm = 12 R (R é o alcance).


Assim, temos

v02 2 × 9,8 × 25
R= sin (2θ) = √ 2 × 1 = 4 × 25 = 100 m.
g 2/2 × 9,8
e
xm = 50 m.
Momentum antes da explosão: No ponto ym , a velocidade do morteiro (antes de explo-
dir) vale apenas a componente x da velocidade inicial, ou seja,

v = v0 cos θ.

Logo, o momento total antes da explosão (~p0 ) vale (em módulo):

p0 = (m1 + m2 ) v = (m1 + m2 ) v0 cos θ.

Momentum após a explosão: Após a explosão, o momento (em módulo) é

p = m1 v1 + m2 v2 .

Como foi dada a posição em que fragmento m1 caiu, que é x1 = 90 m, podemos calcular
a velocidade v1 após a explosão. Ou seja, (x0 = xm ,y0 = ym ,v0y = 0 e v0x = v1) :

1
x = xm + v1 t y = ym − gt2 .
2
Quando y = 0, t = tq que é o tempo de queda do fragmento 1 . Logo,
r r
2ym 2 × 25
tq = = = 2,26 s.
g 9,8
Assim, para t = tq ⇒ x = x1

x1 − xm 90 − 50
x1 = xm + v1 tq ⇒ v1 = = ' 17,7 m/s.
tq 2,26

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Conservação do momento: Como não há força externa na direção horizontal, podemos


usar a conservação do momento

p = p0
m1 v1 + m2 v2 = (m1 + m2 ) v0 cos θ

e obter o valor da velocidade do fragmento m2 logo após a explosão:


(m1 + m2 ) v0 cos θ − m1 v1
v2 =
m2
√ 
(0,1 + 0,05) × 31,3 × 2/2 − 0,1 × 17,7
=
0,05
= 31 m/s

Alcance do fragmento 2: Como o tempo de queda é o mesmo para os dois fragmentos,


a posição do fragmento 2 pode ser calculada por

x2 = xm + v2 tq
= 50 + (31 × 2,6)
' 120 m

(b) Velocidade comunicada aos dois fragmentos


Antes da explosão: os fragmentos viajavam com uma velocidade

v = v0 cos θ

2
= 31,3 × ' 22,13 m/s.
2
Após a explosão: o fragmento de massa m1 = 100 g passou a se movimentar com um
velocidade v1 = 17,7 m/s, ou seja, foi-lhe comunicada uma velocidade

v10 = v1 − v = −4,43 m/s.

Ao fragmento de massa m2 = 50 g, cuja velocidade após a explosão é de v2 = 31 m/s,


foi-lhe comunicada uma velocidade

v20 = v2 − v = 8,87 m/s.

(c) A energia mecânica liberada pela explosão pode ser calculada pela diferença da energia
mecânica antes e depois da explosão. Assim,
1 1
EA = mv 2 + mgym = × (0,1 + 0,05) × (22,13)2 + (0,1 + 0,05) × 9,8 × 25 = 73,48 J
2 2

1 1
ED = m1 v12 + m1 gym + m2 v22 + m2 gym
2 2
1 1
= × (0,1) × (17,7)2 + (0,1) × 9,8 × 25 + × (0,05) × (31)2 + (0,05) × 9,8 × 25
2 2
= 76,44 J.

Portanto, a energia mecânica liberada na explosão foi de

∆E = ED − EA = 2,96 J

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Questão 37
Sabendo que o torque é uma grandeza física determinada através do produto vetorial en-
h a posição ie a força (τh = r × F ). Considere
tre i o sistema ilustrado a seguir, onde F~1 =
3î + 4ĵ + 4k̂ N e F~2 = −2î + 5ĵ + 1k̂ N , e os pontos de aplicação são A (0,4m; 0,5m; 0)
e B (0,4m; 0,1m; 0,8m).

Encontre:
(a) A força resultante desse sistema;
(b) O torque resultante desse sistema;
(c) O torque resultante desse sistema pode ser calculado através da Força resultante? Justifi-
que!

(Dica: Utilize o princípio da superposição.)

Solução
(a) Força resultante do sistema é obtida pelo princípio da superposição. Logo, a força
resultante será
N
X
F~R = F~i = F~1 + F~2
hi=1 i
= 1î + 9ĵ + 5k̂ N.

(b) Torque resultante do sistema também é obtido pelo princípio da superposição:


N
X
~τ = ~τ i = ~τ 1 + ~τ 2 . (4)
i=1

Para calcularmos o torque precisamos do vetor posição que é obtido das coordenadas
fornecidas no problema:
h i
A (0,4m; 0,5m; 0) ⇒ ~r1 = 0,4î + 0,5ĵ m
h i
B (0,4m; 0,1m; 0,8m) ⇒ ~r2 = 0,4î + 0,1ĵ + 0,8k̂ m.

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Assim, temos

î ĵ k̂
~

~τ 1 = ~r1 × F1 = r1x r1y r1z

F1x F1y F1z
= (r1y F1z − r1z F1y ) î + (r1z F1x − r1x F1z ) ĵ + (r1x F1y − r1y F1x ) k̂
h i
= 2î − 1,6ĵ + 0,1k̂ N · m


î ĵ k̂
~

~τ 2 = ~r2 × F2 = r2x r2y r2z


F2x F2y F2z
= (r2y F2z − r2z F2y ) î + (r2z F2x − r2x F2z ) ĵ + (r2x F2y − r2y F2x ) k̂
h i
= −4,1î − 2ĵ + 1,9k̂ N · m

Portanto, o torque total será


h i
~τ = −2,1î − 3,6ĵ + 1,9k̂ N · m.

(c) O torque resultante não pode ser obtido através do torque associado a força resultante
do sistema! Como o torque é definido pelo produto vetorial, ~τ = ~r × F~ , o mesmo é
perpendicular tanto ao vetor posição, quanto ao vetor força.
Em outras palavras, o torque obtido anteriormente apenas será atribuído a força resultante,
se ~τ · F~R = 0:

~τ · F~R = τx FRx + τy FRy + τz FRz


= 22,5 N 2 m 6= 0.

Questão 38
Calcule as forças tangencial e normal que atuam em um projétil lançado horizontalmente de
cima de um edifício, de acordo com a illustração a seguir.

Questão 39
Determine, para o projétil do exercício anterior, o momento angular e o momento de força
(torque) relativos ao ponto O.

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Questão 40
A massa da Terra está em torno de mT = 5,98 × 1024 kg, seu raio RT = 6,37 × 106 m, sua
distância média ao Sol é RS = 1,49 × 1011 m, seu período de rotação é de aproximadamente
24h e seu período de translação em torno do sol é de aproximadamente 365 dias. Suponha que
a Terra seja uma esfera uniforme e sua órbita em torno do Sol seja circular. Estime:
(a) O momento angular da Terra relativo a sua rotação em torno do próprio eixo;
(b) O momento angular da Terra relativo ao Sol.
Solução
(a)

(b) análoga ao item anterior

Questão 41
Uma roda de bicicleta tem um aro fino de raio R e massa M . As massas dos raios, do centro
e, também, o atrito no eixo são desprezíveis. Um homem, de pé em uma plataforma que gira
sem atrito em torno de seu eixo, sustenta a roda acima sua cabeça segurando o eixo na posição
vertical. A plataforma está inicialmente em repouso e a roda, vista de cima, gira no sentido
horário com velocidade angular ω0 . O momento de inércia do sistema (plataforma + homem
+ roda) em torno do eixo de rotação comum é de I (kg.m2 ). O homem pára subitamente a
rotação da roda em relação à plataforma, com a mão. Confira a figura a seguir:

(a) Determine a nova velocidade angular do sistema (módulo, direção e sentido);


(b) A experiência é repetida, introduzindo-se atrito no eixo da roda (a plataforma continua
a girar sem atrito). O homem segura a roda da mesma maneira e esta, começando com
a mesma velocidade angular inicial que vai gradualmente ao repouso. Descreva o que
acontece ao sistema, informação quantitativa quanto os dados permitam.

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Solução
(a)

Questão 42
Um cilindro maciço de comprimento r e massa m parte do repouso e rola sem deslizar até uma
distância de d para baixo do telhado de uma casa, que é inclinado de um ângulo θ. Confira a
figura a seguir:

(a) Qual a velocidade angular do cilindro em torno de seu eixo, quando ele deixa o telhado?

Pág. 21 de 22 Continua . . .
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(b) A que distância da parede o cilindro deverá tocar no solo?


Solução

r
1 4
ωB = gd sin θ.
r 3

De acordo com o referencial adotado, a coordenada x, onde o cilindro toca o solo é negativa.
Logo, a distância alcançada pela bola na queda do telhado é a raiz negativa da eq. anterior.

Pág. 22 de 22 Fim da lista “Fortis fortuna adiuvat.”

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