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FUNDAÇÕES 2

AULA 2 – ESTABILIDADE DE TALUDES –


TIPOS DE DESLIZAMENTOS E FATOR DE
SEGURANÇA

Me. Angélica Paiva Ramos


Relembrando
 Os deslizamentos de taludes são causados por uma redução
da resistência interna do solo que se opõe ao movimento da
massa deslizante e/ou por um acréscimo das solicitações
externas aplicadas ao maciço.
 Esses deslizamentos podem ser separados de acordo com a
velocidade de ocorrem, se dividindo em:
 Desmoronamentos
 Escorregamentos
 Rastejos
Tipos de deslizamentos
 Varnes citado
por Marangon
(2004)
estabeleceu
uma
classificação
destes
movimentos
baseada na
velocidade de
ocorrência
Tipos de deslizamentos
 Desmoronamentos (corrida de massas):
 são movimentos rápidos, resultantes da ação da gravidade sobre a massa
de solo que se destaca do restante do maciço e rola talude abaixo. Há um
afastamento evidente da massa que se desloca em relação à parte fixa do
maciço.
 Tipos:
 Corrida de materiais secos
 Corrida de detritos saturados
 Corrida de lama
Tipos de deslizamentos
 Escorregamentos:
 procedem da separação de uma cunha de solo que se movimenta em
relação ao resto do maciço segundo uma superfície bem definida. O
movimento é ainda rápido, mas não há uma separação efetiva dos corpos.
 Tipos:
 Translacionais

 Rotacionais

 Em cunhas
Tipos de deslizamentos
 Escorregamento Translacional
Tipos de deslizamentos
 Escorregamento Rotacional
Tipos de deslizamentos
 Escorregamento em cunhas:
Tipos de deslizamentos
 Ratejos (Fluimentos):
 são movimentos bastante lentos que ocorrem nas camadas superiores do
maciço, diferem dos escorregamentos, pois neles não existe uma linha que
separa de forma nítida a porção que se desloca e a parte remanescente, estável,
do maciço.
 Terzaghi (1950) divide ainda os rastejos em duas categorias:
 Sazonais: ocorrem numa camada superficial de pequena espessura onde o
solo sofre as influências das variações freqüentes da umidade e temperatura.
 Contínuos: aqueles que atingem profundidades maiores e diferem dos
escorregamentos pela baixa velocidade de deslocamento e por não
apresentar uma superfície de deslizamento claramente definida.
 OBSERVAÇÃO: Podemos dizer que comportamento do solo no rastejo
contínuo pode ser comparado só de um corpo viscoso; o escorregamento, ao de
um corpo plástico.
Tipos de deslizamentos
 Ratejos (Fluimentos):
Tipos de deslizamentos
 Quedas e tombamentos
 São movimentos tipicamente associados a blocos ou lascas rochosas, de
velocidade elevada caracterizado por queda livre ou rolamento. Estão
condicionados a descontinuidade geométricas e a volumes reduzidos.
 Tipos:
 Queda de blocos
 Tombamento

 Rolamento de blocos
Tipos de deslizamentos
 Quedas e tombamentos
Tipos de deslizamentos
 Quedas e tombamentos
Tipos de deslizamentos
 Quedas e tombamentos
Tipos de deslizamentos – situação
correlata
 Erosões:
É um fenômeno caracterizado pelo deslocamento de terra ou de rochas,
podendo ser causado pela ação do homem ou por processos naturais.
Quando ocorre por ação da natureza, a erosão está associada a agentes
como o vento, as águas, a presença de seres vivos e variações
climáticas, que modificam os solos e demais materiais da crosta terrestre.
 Ocorrência que impõe a região a situação de alerta.
Deslizamentos – Uma forma de acompanhar
 Para o controle da velocidade em que pode estar ocorrendo o rastejo ou até
mesmo o início de um escorregamento deve-se limpar (acerto do terreno) uma
porção do terreno em que se visualiza uma determinada trinca a ser observada (a
montante do escorregamento).
 Para a verificação da evolução do movimento do terreno pode-se preencher a
trinca com argamassa de cimento medindo-se a variação do crescimento da
aberturada trinca na argamassa lançada.
Exemplo de aviso de escorregamento –
Salvador- BA, 2005
Fator de segurança
 Segundo NBR 11682/2009, Item 3.6: fator de segurança é o valor
da relação entre a resistencia (tensão cisalhante máxima
disponível) e a tensão mobilizada ( tensão cisalhante atuante ao
longo da superfície de ruptura).
 A resistência ao cisalhamento disponível, que se desenvolve ao
longo da superfície de ruptura pode ser explicitada através das
forças resultantes de coesão e atrito ( propriedades do material)
Fator de segurança
 Entre métodos aplicáveis para analise de estabilidade de talude é possivel
encontrar:
 Métodos de estabilização que atestam o equilíbrio dos taludes através da
somatória de forças que atuam sobre eles, resistindo ou provocando seus
deslizamento,definindo o coeficiente de segurança pela relação:

 Em outros métodos, o fator de segurança será tomado como a razão entre os


momentos devido as forças que atuando sobre a cunhas tendem a mantê-la em
equilíbrio (Mr) e os momentos das forças que tendem a instabilizá-la (Ma). Estes
momentos são tomados em relação a um ponto situado fora do talude. Assim,
tem-se:
Fator de segurança
 O fator de segurança pode variar com o tempo, conforme facilmente se verifica na
prática, uma vez que um talude pode passar anos sem se deslizar e em um
determinado momento ou situação ter as suas condições de estabilidade alteradas.
 O conceito e o significado do fator de segurança teria um significado maior (mais
amplo e adequado) se fosse definido em termos probabilístico, em que se teria
condições de definir os períodos de recorrência e um intervalo de confiança para o
cálculo.
 Podemos concluir que a avaliação da estabilidade de um talude não pode ser
concretizada se não conhecerem os fenômenos que podem induzir situações
críticas e que, além disso, é necessário quantificar as condicionantes quanto á
estabilidade, o que nem sempre é fácil ou possível.
Fator de segurança – Considerações
normativa
 A NBR 11682/2009 considera que as análises usuais de segurança desprezam as
deformações que ocorrem naturalmente no talude ou na encosta e que o valor do
fator de segurança (FS) tem relação direta com a resistência ao cisalhamento do
material do talude. Admite-se, portanto, que um maior valor de FS corresponde a
uma segurança maior contra a ruptura. Entretanto, no caso de encostas, a
variabilidade dos materiais naturais pode reduzir significativamente a segurança,
aumentando a probabilidade de ocorrência de uma ruptura da encosta.
 Na metodologia recomendada a seguir, admite-se que o valor de FS pode variar
em função da situação potencial de ruptura do talude, no que diz respeito ao perigo
de perda de vidas humanas e à possibilidade de danos materiais e de danos ao
meio ambiente devendo ser consideradas as situações atuais e futuras, previstas
ao longo da vida útil do talude estudado.
Fator de segurança – Considerações
normativa
 Os fatores de segurança (FS) considerados na norma têm a finalidade de cobrir as
incertezas naturais das diversas etapas de projeto e construção.
 Dependendo dos riscos envolvidos, deve-se inicialmente enquadrar o projeto em uma
das seguintes classificações de nível de segurança, definidas a partir da possibilidade de
perdas de vidas humanas, conforme Tabela 1 e de danos materiais e ambientais,
conforme Tabela 2.
Fator de segurança – Considerações
normativa
Fator de segurança – Considerações
normativa
Fator de segurança – Considerações
normativa

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