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“Irmãos no que diz respeito aos dons espirituais, não quero que andem (sejais)
ignorantes. Sabem que, quando eram pagãos, eram levados a adorar falsos deuses que
não falam.” (I Coríntios 12:1-2)
Com base neste texto surgem algumas inquietações que precisamos dar respostas
sinceras e honestas. Tais como:
No que diz respeito aos dons espirituais, sou ignorante?
Quais são os dons espirituais?
Tenho o(s) dom(ns) Espirituais a operar em mim?
Como o sei?
Porque não os tenho?
Como os terei?
Para que servem os mesmos?
As respostas destas e outras inquietações devem com certeza abrir uma nova
página em nossas vidas em relação ao Espírito Santo e a sua obra na igreja.
3- Embora ambos os talentos e dons espirituais devam ser usados para a glória de Deus
e para ministrar uns aos outros, os dons espirituais se focalizam nesses serviços apenas,
em quanto que os talentos podem ser usados para objectivos completamente não
espirituais.
4- Qualquer talento depende de três atitudes para atingir sua plenitude. O talento
depende de treinar muito; ter disciplina; e perseverança, em quanto que qualquer dom
espiritual depende da vontade do Espírito Santo.
Aqui vemos claramente a acção individual de Deus Espírito Santo, Deus Filho e
de Deus Pai à igreja. Cada um com uma tarefa específica e um papel a desempenhar
para a edificação da igreja.
Mas no tema em questão, abordaremos apenas a tarefa específica e o papel que
Deus Espírito Santo desempenha para a edificação da igreja, que consiste em atribuir os
nove (9) dons aos cristãos para a edificação do corpo de Cristo e nove (9) fruto para a
edificação pessoal. Nos Cingiremos a estudar os nove (9) dons do Espírito (os dons
espirituais).
Qual é a importância ou a utilidade dos dons espirituais?
É fácil ver qual foi a utilidade dos dons espirituais, se observarmos a acção do Espírito
Santo na vida dos apóstolos e da igreja primitiva em Actos, vê-se claramente que os apóstolos não
realizariam a obra ordenada pelo Senhor Jesus em Mateus 28:18-20 se o Espírito Santo não viesse
para capacitar e auxiliar os apóstolos com dons e poder para evidenciarem o reino de Deus entre
os homens. (Actos 1:8).
O que se pode dizer dos tempos actuais, será que após a era apostólica e a fundação da
igreja, o Espírito Santo cessou de conceder dons aos homens? Uns usam a passagem de 1
Coríntios 13:8-13 para justificarem que os dons foram extintos da igreja.
A acção do Espírito Santo só cessará após a tarefa da grande comissão ter sido concluída porque
até hoje homens têm sido salvos e precisam de poder para permanecer fiéis e puderem anunciar a
salvação a outros, porque o Espírito Santo tem a missão de convencer o mundo do pecado, e da justiça e
do juízo. (João16:8)
Ora, em relação aos dons espirituais se fizesse a seguinte pergunta a vós cristãos: 'Foram
úteis esses dons espirituais, sonhos, visões e essas revelações, para aqueles a quem Deus os
deu?', estou seguro que a resposta seria: 'Certamente!' Bom, então, eu prossigo, se foram úteis
naquele tempo para os antigos, certamente os dons espirituais, sonhos, as visões, e as revelações
de Deus serão úteis também hoje para quem são dados segundo o beneplácito da vontade de
Deus. Não vos parece lógico? Seria de facto absurdo dizer que essas manifestações provenientes
de Deus foram úteis somente naquele tempo e para certas pessoas, mas hoje já não podem ser
úteis para nós.
Mas reflecte um pouco nestas coisas, ponhamos o caso de um crente cometer
encobertamente um furto ou um outro pecado e Deus revelar a um outro crente a coisa
encoberta e este o admoestar fraternamente a arrepender-se; não pensais vós que o crente que
praticou o delito terá de reconhecer que Deus é um Deus que sabe tudo e que dele não se pode
escarnecer e será levado a arrepender-se diante de Deus e a confessar o seu delito? E ponhamos
o caso de pais perderem o seu filho e, após terem feito todos os possíveis sem encontrá-lo, um
dia Deus revelar onde o pequeno se encontra? Não pensais vós que eles ficarão contentes e terão
motivo para louvar grandemente a Deus? E ponhamos ainda o caso de uma mulher que não
pode ter filhos, e após trinta anos de matrimónio, Deus lhe revelar que ficará grávida e dará à
luz um varão; não pensais vós que Deus será glorificado por meio desta revelação? Quem diria
que essa mulher daria à luz? Só um Deus que conhece tudo e que pode tudo podia preanunciar
uma semelhante coisa. E se Deus revelar que um certo cristão foi por ele chamado para ser um
apóstolo, ou um profeta, ou um evangelista, ou um pastor ou um doutor? Não pensais vós que a
esse cristão bem lhe irá disso e será levado a glorificar Deus? E se Deus revelar a um crente que
dentro de pouco tempo haverá uma fome quando não há sinais que uma coisa do género possa
suceder naquela nação, não pensais vós que Deus será glorificado através dela? E quem poderia
predizer uma semelhante coisa além de Deus? Ponhamos o caso de um homem que possui uma
enfermidade que a medicina não encontra solução e seja curado, pensais vós que ele e as
pessoas ao seu redor não glorificarão a Deus?
Poderia prosseguir dando muitos outros exemplos, mas espero que vós tenhais percebido
que todos os dons espirituais são para que Deus seja exaltado e temido. Mas não é porventura
verdade que nós lendo as revelações escritas na Bíblia e que dizem respeito a um delito operado
encobertamente por alguém que Deus revelou a um seu servo, ou que dizem respeito à predição
de uma fome, de uma guerra, de um juízo particular de Deus, do nascimento de uma criança, da
chamada ao ministério de alguém, somos levados a exaltar Deus e a temê-lo? Não é porventura
verdade que essas revelações exaltam e mostram a ciência, a sabedoria, o poder e a grandeza de
Deus e edificam o corpo de Cristo, preparando uma noiva irrepreensível e sem mácula?
“Mas, a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um,
pelo Espírito é dada a palavra de sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra
de ciência (conhecimento); e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo
Espírito os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas (milagres); e a outro, a
profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e
a outro, a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas
coisas, repartindo particularmente, a cada um, como quer.” I Coríntios 12:7-11
Com base no texto acima citado, vemos os nove (9) dons do Espírito, os quais são
classificados em três grupos seguintes:
1- Os dons de revelação:
- O dom da palavra de sabedoria;
- O dom da palavra de ciência (conhecimento);
- O dom de discernimento de espíritos.
2- Os dons vocais:
- O dom de línguas
- O dom de interpretação de Línguas
- O dom de profecia
3- Os dons de Poder:
- O dom de fé
- O dom de cura
- O dom de operar maravilhas (milagres)
Em João 8:4-9, eles forjam outra armadilha, esperando apanhar Jesus. Se ele
dissesse que a mulher deveria ser apedrejada, eles o acusariam de agir contra a lei do
amor que ele pregava. Mas se Jesus se opusesse ao castigo que Moisés ordenara, eles o
levariam ao tribunal judaico.
Outros exemplos:
Deus revela as coisas que são necessárias para o incremento da Sua vontade e
propósitos em qualquer situação. Geralmente são pessoas que estão em posição de
responsabilidade ou cuidando com amor do rebanho do Senhor que recebem esse dom
do Espírito Santo. Esse dom não é utilizado na Igreja do Senhor somente para informar,
mas para trazer as mudanças necessárias e as rectificações exigidas pela Palavra de
Deus.
A verdade é que das muitas necessidades na Igreja e na vida dos cristãos não são
os milagres materiais ou a libertação milagrosa que é essencial, mas sim a transmissão
da sabedoria de conhecimento e do entendimento. A manifestação desse dom do
Espírito Santo traz uma grande libertação, alegria e poder na vida da Igreja do Senhor.
Podemos entender que os outros dons e operações do Espírito Santo são
edificados sobre a Palavra da sabedoria e Palavra do conhecimento e devem ser
dirigidos unicamente por esses dons. Jamais vamos construir algo permanente tendo
como base outra coisa qualquer que não seja Sabedoria e Conhecimento divino. Por isso
esses dons devem ser fortemente realçados e buscados, principalmente pelos líderes,
evitando assim a destruição da Igreja do Senhor que está em suas mãos.
Na vida de Jesus Cristo: João 4:17,18; 6:61; 11:11-14; 13:38; Lucas 6:8; 5:22; 7:36-50;
13:16.
Na vida de José: Génesis 40:5-19; 41:1-36
Na vida de Samuel: 1 Samuel 3:11-14; 6.; 13:14
Na vida de Eliseu: 2 Reis 8:7-12
Na vida de Daniel: Daniel 2:19-45; 5
Na vida de Pedro: Mateus 16:16; Actos 5:1-11
Na vida de Paulo: Actos 18:9-10; 20:29-31; 27:23-24
Os dons vocais
O dom de línguas
As línguas devem ser colocadas em duas categorias: como um sinal e como um
dom.
O falar em línguas é um facto que ocorre geralmente quando alguém é baptizado
no Espírito Santo - é chamado “língua de sinais”, o que é uma prova exterior do
enchimento do Espírito Santo.
Para aqueles que lêem a Bíblia sem preconceitos teológicos, está claro que todos
os exemplos de línguas, relatados em Actos, indicam o sinal exterior do baptismo do
Espírito Santo. As línguas mencionadas em I coríntios 12 e 14 são em essência as
mesmas relatadas em Actos, porem usadas com propósito diferente. Portanto, são
chamadas “ línguas como dom”. qual é a diferença? Quando é um sinal, as línguas
cessam depois da iniciação do baptismo do Espírito Santo. Para a pessoa continuar
falando em línguas, ela deverá sempre receber as línguas como um dom; mas há muitos
casos em que as pessoas receberam as línguas como um dom e um sinal.
Falar em línguas como um dom, significa que as línguas continuam para o
benefício da vida de oração. Aqueles que têm recebido o falar em línguas deste modo
podem falar em línguas todas as vezes que Deus dá este dom em abundância, para
complementar muitas vitórias de fé.
Algumas razões para a liberação deste dom:
Possibilita uma profunda comunicação espiritual com Deus: “ pois o que fala
em língua, não fala aos homens, senão a Deus, com efeito, ninguém o entende, e em
espírito fala mistérios. ( I coríntios 14:2)
Trás progresso à vida de fé: “o que fala em línguas edifica-se a si mesmo” ( I
Coríntios 14:4)
Ao lado do dom de interpretação da línguas, falar em línguas produz o mesmo
efeito que a profecia: “pelo que, o que fala em línguas, ore para que a possa interpretar.”
(I Coríntios 14:13)
Este dom é uma porta para tornar uma oração mais profunda e do mesmo modo,
o louvor. “ Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com
entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”. (I
Coríntios 14:15). Há ocasiões em que somos movidos pela emoção e/ou nos sentimos
embaraçados para orar. Em tais situações orar e louvar ao Senhor em línguas pode
alcançar muito alem do nosso vocabulário. Pode tocar o trono de Deus com descrição
mais exacta da necessidade que sentimos, ou com um louvor que queremos expressar,
mas somos incapazes de exteriorizar.
Um sinal para os incrédulos: “de sorte que as línguas são um sinal, não para os
crentes, mas para os incrédulos.” (I Coríntios 14:22)
Se nós usarmos o dom de línguas de modo correcto na igreja, esse dom tornar-
se-á como um rio de graça fluindo, de modo abundante, para dentro dos corações de
crentes cujas experiencias com o Senhor têm cessado.
Ninguém pode entender uma mensagem dada em línguas até que o sentido seja
revelado por Deus através do dom da interpretação de línguas.
Interpretação de línguas é diferente de uma tradução comum. Tradução, na
maioria das vezes, dá o sentido palavra por palavra de uma língua estrangeira, enquanto
a interpretação deixa claro o sentido dessa mesma língua. Por exemplo, uma mensagem
em língua pode ser curta, enquanto a sua interpretação pode ser longa ou uma
mensagem em língua pode ser longa e a sua interpretação pode ser curta.
Como a interpretação de línguas é um dom de Deus manifestado através do
homem, não devemos considerá-la como sendo igual à Bíblia em autoridade.
É necessário muito cuidado com a interpretação de línguas; ai deve entrar o
discernimento. A interpretação de línguas depende muito da condição de fé por parte do
intérprete, da vida de oração e da profunda comunicação espiritual dele com Deus. Pode
haver ocasiões em que os pensamentos pessoais do intérprete ou a interferência do
diabo influam na interpretação.
Podemos concluir que o dom de interpretação de línguas pode ser manifesto de
muitos modos:
1- Uma pessoa pode interpretar uma mensagem dada em línguas as vezes o faz
pela fé, através da ordem do Espírito Santo em seu coração. A qual se torna
uma urgência repentina em seu espírito. Em tal caso, a ordem de poderosa de
Deus enche o coração junto com a graça abundante do Espírito Santo.
2- Quando alguém dá uma mensagem em línguas haverá ocasiões em que
apenas o sentido geral da mensagem é revelado ao coração. Nesse caso todas
as palavras da mensagem não são conhecidas. Em tal situação a pessoa, que
recebeu a interpretação pelo Espírito Santo, a explica com seu próprio
entendimento e suas palavras.
3- Quando alguém fala em línguas, as vezes só parte da mensagem é revelada.
Se esta parte for verbalizada, a parte restante é então revelada, como um
novelo de linha que se desenrola. Enquanto continuamos, a interpretação vai
se manifestando.
4- Logo depois que uma mensagem em línguas é dada, a interpretação dela
pode seguir-se imediatamente, através da mesma pessoa que falou, fluindo
de forma livre, como seria na mensagem em línguas. Neste caso, a
interpretação é dada apenas à boca (a pessoa não forma as palavras em sua
mente), com a interpretação fluindo durante o tempo em que a interpretação
do Espírito Santo durar.
5- Há um caso no qual a mensagem é falada numa língua estrangeira, e um dos
presentes podem traduzi-la para a língua do lugar, a qual todos podem
entender. Neste caso a interpretação não é sobrenatural. Ainda que raramente
aconteça.
O dom de profecia