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Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED
Departamento de Geografia
Laboratório de Geologia e Mineralogia
Laboratório de Geoprocessamento – GEOLAB
Relatório Final
Monitoramento do Deslizamento
a ser apresentado:
Defesa Civil e
Julho de 2009
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Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED
Departamento de Geografia
Laboratório de Geologia e Mineralogia
Laboratório de Geoprocessamento – GEOLAB
apresentado a
Objeto:
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Ocorrência:
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O deslocamento de massa, situado na baixa encosta, repercutiu a
jusante, atingindo a cota de 15 m, onde situa-se via pública
denominada de Servidão Caminho dos Cafezais, com rompimento de
muro de contenção, nos fundos da casa de no.175, e colocando sob
ameaça, diversas casas da redondeza, cerca de 20 residências.
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hipoabissal, que ocorre em patamar de mais baixa altitude,
desenvolve solos argilosos espessos, explorados, até a década de 70,
para extração de argilas e fabricação de telhas e tijolos pelas olarias.
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Foi observada, em corte exposto no acesso privado, a presença de
colúvio antigo que apresenta nítido desenvolvimento de perfil de solo
(Figura 03). O deslizamento em questão ocorreu neste tipo de
material. O colúvio é formado pelo acúmulo de material proveniente
das partes mais altas da encosta superior do morro da Boa Vista, e é
constituído por blocos de rochas riolíticas e graníticas envoltos em
material mais fino e de variada granulometria (seixos, areias, siltes e
argilas).
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A baixa encosta que recebeu o deslocamento da massa deslocada foi
alvo da extração de argilas até os anos 70, e apresenta vários
matacões e blocos soltos em superfície, que por si só colocam em
risco as casas que se situam em sua base, em especial a casa de nº
79, posicionada à esquerda na Servidão do Caminho dos Cafezais
(descrição adiante no texto).
Metodologia:
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1:15.000, ano 2002. A base cartográfica utilizada para plotagem dos
dados preliminares é do IPUF em escala 1:2.000, ano 2002.
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4 – monitoramento da ruptura e da movimentação do terreno. Foram
instalados estacas (piquetes) a montante e jusante da fissura
principal ( em pares A e B), em três locais distintos, com o objetivo
de acompanhar a movimentação do maciço. Nestes pontos foram
realizadas medidas pontuais com trena métrica. Foram considerados
erros de leitura com variações de até 2 mm.
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TABELA 1. Pontos de monitoramento, área da Costa de Cima.
Localização
Nº Ponto Tipo Registro fotográfico
X Y
1A-1B 744590 6926535 1
2A – 2B 744558 6926549 1
3A – 3B 744540 6926576 1
B1 744593 6926535 2
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B4A e B4B 744595 6929592 3
B7 744543 6926607 4
B9 744592 6926593 4
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Resultados:
Monitoramento da precipitação
Precipitação acumulada 24 h -
Período: Dezembro 2008 a Março 2009
140
120
100
80
60
40
20
mm
0
5/12/08
9/12/08
13/12/08
17/12/08
21/12/08
25/12/08
29/12/08
2/1/09
6/1/09
10/1/09
14/1/09
18/1/09
22/1/09
26/1/09
30/1/09
3/2/09
7/2/09
11/2/09
15/2/09
19/2/09
23/2/09
27/2/09
3/3/09
7/3/09
11/3/09
15/3/09
19/3/09
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próximas de 100mm ou superior, caracterizando chuvas intensas,
que normalmente são associadas a movimentos de massa. Vale
lembrar que o deslizamento objeto deste estudo foi desencadeado
logo após chuvas concentradas que totalizaram em Florianópolis um
valor de 160,1 mm (Epagri, 2009).
140,0 0,516
precipitação acumulada 24 h 0,515
120,0 1A-1B
0,515
100,0 0,514
0,514
80,0
mm
cm
0,513
60,0
0,513
40,0 0,512
0,512
20,0
0,511
0,0 0,511
2/12/08
6/12/08
9/12/08
12/12/08
15/12/08
18/12/08
21/12/08
24/12/08
27/12/08
30/12/08
2/1/09
5/1/09
8/1/09
11/1/09
14/1/09
17/1/09
20/1/09
23/1/09
26/1/09
29/1/09
1/2/09
4/2/09
7/2/09
10/2/09
13/2/09
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Observa-se também na Figura 06 que no dia 16 de dezembro houve
uma forte chuva, 124,5 mm, e que não teve como reflexo a
movimentação dos blocos ao longo da fissura. Após esta data, as
medidas evidenciam uma contração do maciço de solos, com lento e
gradual retorno as medidas iniciais. Este comportamento é
condizente a presença de esmectitas nos solos locais.
0,515
metro
0,510
1A – 1B - 0,505 1A – 1B
0,500
5/12/2008
12/12/2008
19/12/2008
26/12/2008
2/1/2009
9/1/2009
16/1/2009
23/1/2009
30/1/2009
6/2/2009
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0,004 1,010
1,005
metro
1,000
2A – 2B Estacas 0,995
0,005 reposicionadas 2A – 2B
0,990
após 06/01/09
5/12/2008
12/12/2008
19/12/2008
26/12/2008
2/1/2009
9/1/2009
16/1/2009
23/1/2009
30/1/2009
6/2/2009
0,004 0,720
0,715
metro
0,710
5/12/2008
12/12/2008
19/12/2008
26/12/2008
2/1/2009
9/1/2009
16/1/2009
23/1/2009
30/1/2009
6/2/2009
após 28/01/09
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medição da inclinação
dentro da área em movimento
90,0
88,0
86,0
graus
84,0
82,0
80,0
78,0
76,0
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Medição da inclinação de estacas
fora da área do movimento
90,0
88,0
86,0
graus
84,0
82,0
80,0
78,0
76,0
49,0
48,0
graus
47,0
y = 0,0359x - 1382,1
46,0 R2 = 0,3928
45,0
B1
44,0
4/12/2008
11/12/2008
18/12/2008
25/12/2008
1/1/2009
8/1/2009
15/1/2009
22/1/2009
29/1/2009
5/2/2009
12/2/2009
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As medições do ponto B1 indicam que este ponto foi movimentado
durante o período monitorado (Figura 09). A linha de tendência
evidencia que houve um incremento na angulação média na
deformação durante o período.
Figura 10. Encosta com blocos soltos e bananeiras. Autor: Marimon, dez
2008.
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Neste local (casa nº 79) existem blocos arredondados e soltos com
diâmetro de até 0,5 m² (Figura 10), que evidentemente colocam a
residência exposta ao risco adicional determinado pela possibilidade
de rolamento destes blocos.
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A partir de junho de 2009, foi evidenciado o aparecimento de
rachadura na parede sobre a porta de entrada (Figura 15). No
terreno em frente a casa, foram observadas fissura de pequena
extensão, e deformações com abaulamentos no terreno.
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Os resultados obtidos apontam uma espessura de solo coluvionar até
atingir a rocha, com cerca de 13 metros. O solo apresentou condições
de saturação e o estudo permitiu individualizar solo residual
desenvolvido sobre rocha granítica e solo coluvionar (GeoEnvi, 2009).
Conclusões:
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A presença de vegetação nativa em estágio inicial de recuperação,
associado a flora exótica, não contribuem com o equilíbrio da
encosta deslocada, mas podem ter ajudado a que o deslizamento
não tenha atingido maiores proporções, pela estruturação das raízes
ao longo do maciço.
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REFERÊNCIAS
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Florianópolis, 06 de julho de 2009.
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ANEXOS
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ANEXO 1.
Tabela A. Monitoramento de Estacas (piquetes)
Distância (m)
Estacas 2/12/08 04/12/08 5/12/08 8/12/08 10/12/08 15/12/08 17/12/08 18/12/08 23/12/08
1A – 1B 0,513 0,514 0,514 0,515 0,515 0,515 0,514 0,513 0,513
2A – 2B 1,003 1,004 1,006 1,007 1,007 1,005 1,003 1,000 0,970
3A – 3B 0,710 0,711 0,712 0,714 0,714 0,713 0,713 0,713 0,710
Distância (m)
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Tabela B. Monitoramento de canos, postes e muros
Nível medido
Pont
2008 2009 Observações/ localização
o 4/12 08/12 10/12 15/12 18/12 23/12 6/1 13/1 15/1 23/1 28/1 5/2 8/4
B1 46,5° 88,5º 44,5° 46º 48º 48º 49º 47º 49,5º 48,5º 48º 48º 48,5° Canos irrigação dobrados
B2A 88° 88º 87,2° 88,5º 88,2º 89º 88º 88º - 88º 88º 88,5º 88° Cerca na base da área
B2B - 86,5º 90° 88,5º 87,8º 88º 87,5º 88º - 88,5º 89º 88º 89° = 90º
B3A 86,5° 86º 87° 86º 87º 86º 86,5º 87º - 86,5º 87,5º 86,5º 87° Cerca na base da área
B3B 86,5° 78º 87° 86,5º 86,5º 86,5º 86º 86º - 87º 86,5º 86º 87,5° = 90º
B4A Muro fundo da casa rosa, nº
77,5° 89º 77,5° 78º 78,5º 78º 78º 77,5º - 78º 78º 78º 78° 175, poste roupa
B4B 88,5° 88º 89° 90º 89º 90º 90º 89,5º - 89º 89,5º 89º 89,5° = 90º
B5A 88° 88º 88,5° 85º 88,5º 88º 87,5º 88º 88º 88º 87,5º 88º 88° Cerca lateral casa nº 121 –
B5B 88° 83,5º 88,5° 88,5º 88,5º 88º 88º 87,5º 88º 88º 88º 88º 88° = 90º
B6A 81° 87º 81° 83,5º 84º 84º 84º 83º 83º 81,5º 81,5º 83,5º 83° Cerca lateral casa nº121 –
B6B 86,5° 84,5º 86,5° 86,5º 86º 87º 83º 86,5º 87º 87º 86,5º 87º 86,5° = 90º
B7 83,5° 87,5º 86° 86º 85º 85,5º 87,5º 86º 86º 84º - 84,5º 83,5° Muro fundo casa nº121
B8A 87° 84,5º 87,5° 87,5º - 87,5º 86º 87º 86º 87º 87º 87,5º 87° Estaca muro fundo casa nº121
B8B 85° 85º 85,5° 85º - 85º 85º 85º 85º 84,5º 85º 84,5º 85° = 90º
B9 - 86° 85° - 84º 85,5º 85° 85º - 85º 85,5º 85º 85° Muro fundo casa rosa, nº 175
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Tabela C.
Monitoramento da Precipitação Diária
Precipitação Precipitação
Data acumulada Data acumulada
leitura 24 h leitura 24 h
2/12/08 14/1/09 0,0
4/12/08 15/1/09 0,0
5/12/08 0,0 16/1/09 10,5
6/12/08 1,4 17/1/09 2,3
7/12/08 0,0 18/1/09 32,2
8/12/08 0,0 19/1/09 0,0
9/12/08 0,2 20/1/09 20,0
10/12/08 1,3 21/1/09 2,6
11/12/08 2,7 22/1/09 0,0
12/12/08 7,9 23/1/09 0,0
13/12/08 0,4 24/1/09 2,6
14/12/08 0,2 25/1/09 4,6
15/12/08 0,0 26/1/09 0,0
16/12/08 124,5 27/1/09 0,0
17/12/08 29,5 28/1/09 37,5
18/12/08 1,7 29/1/09 29,4
19/12/08 0,4 30/1/09 7,5
20/12/08 0,0 31/1/09 0,0
21/12/08 0,0 1/2/09 0,0
22/12/08 0,0 2/2/09 0,0
23/12/08 1,2 3/2/09 6,5
24/12/08 0,4 4/2/09 3,3
25/12/08 17,0 5/2/09 0,0
26/12/08 0,0 6/2/09 0,0
27/12/08 0,0 7/2/09 89,5
28/12/08 0,0 8/2/09 0,0
29/12/08 0,0 9/2/09 0,0
30/12/08 1,1 10/2/09 0,0
31/12/08 0,0 11/2/09 0,5
1/1/09 0,0 12/2/09 1,9
2/1/09 1,0 13/2/09 0,0
3/1/09 57,3
4/1/09 37,5
5/1/09 9,7
6/1/09 0,0
7/1/09 0,0
8/1/09 0,0
9/1/09 0,0
10/1/09 7,1
11/1/09 7,4
12/1/09 1,4
13/1/09 0,0
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ANEXO 2.
Estudo técnico-científico
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