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GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA DA AREA DE PRESERVAÇÃO

AMBIENTAL (APA) CORUMBATAÍ, BOTUCATU E TEJUPÁ


CUESTA GUARANI

Curso de Formação de Monitores Ambientais Autônomos


Fundação Florestal

Danilo Furlan Amendola, doutorando na UNICAMP em Ensino e História de Ciências da Terra.

Local: Parque Natural Municipal "Cascata da Marta". Rodovia Marechal Rondon, – Recanto da Amizade, Botucatu – SP
Data: 21 de outubro de 2023
GEOLOGIA E
GEOMORFOLOGIA?
Estudo das formas
Ciência que estuda a superficiais de relevo.
origem, composição,
estrutura, história, vida e
estrutura da terra. "Geo = “Terra”; morfo = “forma”; logia
=“estudo/ciência”

Ramo da Geologia
física que estuda as Ciência que estuda os
formas de relevo processos que ocorrem
terrestre atuais e no interior do globo
antigas, sua origem e terrestre e na sua
evolução. superfície.
Área de preservação ambiental
Corumbataí, Botucatu e Tejupá.
Criada em 1983 pelo Decreto Estadual n° 20.960

• Uma das primeiras unidades de conservação dessa categoria criada no Estado de São Paulo.

• Promove um modelo de desenvolvimento socioambiental e econômico.

• Tornar territórios instrumentos de planejamento regional.


• Educação
• Não está restrita aos limites geográficos municipais. • Debate político.
• Integrar Populações. • Integração Social.
• Desenvolvimento Ambiental.
• Técnicas de manejo.
Localização geral e vias
de acesso da APA
Botucatu no Estado de São
Paulo. Plano de Manejo da
APA Corumbataí,
Botucatu e Tejupá –
Perímetro Botucatu, 2011.
COMPREENDENDO O CONTEXTO

GEOLÓGICO
Magmatismo. • Separação Brasil-África

• Clima • Bacia sedimentar. (Gondwana)

Fotomontagem: Museu MAGMA – Botucatu.


Bacias Sedimentares
Brasileiras e suas coberturas.
GEOLOGIA DA APA – PORÇÃO
BOTUCATU
do macro ao micro
• A APA está inserida no contexto da • As Serra de Botucatu está
região oeste Bacia do Paraná, uma localizada num contexto geológico
bacia sedimentar paleozoica. essencialmente Mesozóico (~252-

• Ela é parte das escarpas da borda 66Ma).

do Planalto Ocidental, sustentado • Essas rochas apresentam a


pelas rochas intrusivas e extrusivas transição de um ambiente
que originaram os basaltos da sedimentar continental flúvio-
formação Serra Geral. eólico a eólico nas unidades
Pirambóia e Botucatu.
O TEMPO
GEOLÓGI
CO
MAPA GEOLÓGICO DO ESTADO DE
SÃO PAULO
FORMAÇÃO MARÍLIA
• Ocorre, principalmente, nos municípios de Botucatu, Pardinho e Itatinga.
• É constituída de arenitos imaturos, conglomeráticos e espesso conglomerado na base, formado por seixos de basalto, siltitos
e argilitos, de coloração esbranquiçada a avermelhada.
• Os solos de alteração apresentam estruturas reliquiares dos sedimentos de origem e são poucos resistentes a erosão. Já os
solos superficiais são extremamente arenosos e atingem grandes espessuras (CETESB, 1985).

Típico perfil de alteração


dos arenitos da formação
Marília.
FORMAÇÃO SERRA GERAL
• A Formação Serra Geral é composta por rochas magmáticas e é relacionada aos eventos de vulcanismo fissural (derrames).
• Sua espessura varia entre 500 a 1000 metros em sua maior parte.
• Marca o início da abertura do Gondwana e o fim dos eventos de sedimentação extensiva no interior do continente.
• Na APA ela aflora no setor norte e no restante aparece como morros testemunhos.
FORMAÇÃO BOTUCATU
• Constitui-se quase que inteiramente de arenitos de granulação fina a média, uniforme, com boa seleção de grãos foscos com
alta esfericidade.
• São avermelhados e exibem estratificação cruzada tangencial de médio a grande porte, característica de dunas caminhantes.
• Sua porosidade é alta, excelente para o armazenamento de água, tornando a formação uma “esponja” que abriga nosso
grandioso Aquífero Guarani.
FORMAÇÃO PIRAMBÓIA
• Arenitos geralmente de granulação fina à média, possuindo fração argilosa maior na parte inferior que na superior da
formação, onde localmente ocorrem arenitos grossos, conglomeráticos. Ambiente de deposição fluvio-lacustre.
• Predomina a estratificação plano-paralela, destacada pela alternância de lâminas mais ou menos ricas em argila e silte, ou
ainda mostra estratificação cruzada de dimensões média a grande do tipo tangencial.
• Não são raras as marcas de onda ou corrente" (IPT,1981)
• Idade: Triássico Jurássico.
MAPA PEDOLÓGICO LATOSSOLO:
Solos minerais
• Não hidromórficos
Profundos
• Cores variadas, de vermelho muito
escuro a amarelado.
• Ricos em Ferro e Alumínio.
• Aspecto maciço poroso
• Maciços quando secos e friáveis
quando úmidos.
• Rocha: ARENITO

NITOSSOLO:
• Solos minerais
• Não hidromórficos
• Profundos
• Coloração Vermelha a brunada.
• Moderadamente ácidos.
Textura Argilosa.
(teor de argila superior a 350g/Kg).

https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/solos-tropicais
DEPÓSITOS COLUVIONARES
• Depósito composto por grãos de dimensões variadas, transportados por gravidade.
• Presentes no sopé da Cuesta.
• Constituídos por material proveniente de escorregamento, principalmente em meio aquoso.
• Varia entre matacões e materiais mais finos.
• Sua forma é como um leque aluvial.
Os morros testemunho são frutos do recuo da Cuesta
Em decorrência dos processos erosivos.
• Os morros do Bofete
• As três Pedras.

Fonte: https://serpedalante.com/2007/07/22/as-tres-pedras-22-07-2007/
RESUMINDO

• Evolução continental. PANGEA -> GONDWANA.


• Formação do relevo, foco na Bacia do Paraná.
• O clima vai se modificando, exercendo intensa influência na formação das
rochas.
• Os ambientes deposicionais dão origem aos arenitos Pirambóia e Botucatu.
• Magmatismo recobre essas rochas.
• Outro evento deposicional ocorre e temos a Formação Marília.
GEOMORFOLOGIA DA APA – PORÇÃO
BOTUCATUA APA Botucatu está inserida no contexto das
do macro ao micro províncias geomorfológicas da Depressão Periféricas
e Cuestas Basalticas.

Divisão geomorfológica do Estado de São Paulo, segundo Almeida (1974). Fonte: IPT,
1981a
HIDROGRA
FIA
DA
APA
BACIA
HIDROGRÁFI
CA
HIDROGRAF
IA
DA
APA
RECURSOS
HÍDRICOS
SUBTERRÂNE
OS
MAPA GEOMORFOLÓGICO
CONTRIBUIÇÕES DO PROFESSOR FERNANDO
ALMEIDA.

de 1950 até hoje.
Contexto geomorfológico de transição entre um domínio de colinas baixas da
depressão periférica para os planaltos ocidentais, essa separação é feita pelas
cuestas basálticas.
• As cuestas apresentam mergulho para noroeste com elevações máximas de 1000
a 1200 metros e mínimas entre 420 e 540 metros.
• A depressão periférica na zona do médio tietê apresenta trechos drenados pelo
rio e seus afluentes, relevo mais erodido, colinas baixas, vales jovens.
Planalto Ocidental.

Cuestas Basalticas.

Depressão Periférica do
médio tietê.

Depressão Periférica do
Paranapanema.
Qual discussão podemos ter aqui?
daniloamendola@hotmail.com
OBRIGADO!!!
VISITE O MAGMA!!

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