Você está na página 1de 5

A MEDICINA TIBETANA

A história do Tibete teve início há cerca de 2.100 anos, em meio às


montanhas do Himalaia. Sua medicina é uma das mais antigas do
mundo. Chamada de Sowa Riga, algo como a Ciência da Cura, já foi
restrita aos monásticos, mas hoje é uma das medicinas que une corpo
e mente mais famosas do mundo.

Essa medicina foi difundida em todo o planalto tibetano, do Himalaia


até a Ásia Central. Hoje é praticada em toda a Ásia e no Ocidente.
Algumas pessoas tendem a categorizar a medicina tibetana como o
ramo tibetano da medicina chinesa, porém é um sistema único e
separado. Apesar da Revolução Cultural, da censura e da perseguição
de praticantes, bravamente a medicina tibetana continuou intacta, já
que os tibetanos deixaram sua terra natal em busca de liberdade,
assim esse incrível sistema de cura se espalhou pela Ásia.

A base da medicina Tibetana ensina que o intuito da vida é ser feliz, e


que seus pensamentos e comportamentos influenciam na felicidade e
consequentemente na saúde. Suas principais bases são a filosofia,
ciência e práticas curativas, com ervas raras cultivadas em alta
altitudes.

A medicina tibetana defende a existência de quatro princípios básicos:


carma, sofrimento, cura e felicidade.

O QUE SÃO ENERGIAS PRIMÁRIAS?

Para os Tibetanos todos os seres vivos, incluindo as pessoas, são


feitos de energia e que cada um deles encarna na terra com uma
constituição única, que é composta por 3 tipos de energias primárias:

Loong: é a capacidade que permite que flua no corpo substâncias


físicas, não físicas e energias, como por exemplo sangue, eletricidade
e pensamentos.  

Baekan: é a fonte de muitas funções, como da digestão, a manutenção


da estrutura física, a saúde das articulações e a estabilidade mental.
Caracterizado pelo frio.
Tripa: é a fonte de funções, como a termorregulação, o metabolismo, a
função hepática e o intelecto discriminatório. Caracterizado pelo calor.

Então para ter saúde, deve-se manter as energias primárias em


equilíbrio. A medicina Tibetana é a ciência que auxilia a manter essas
energias em equilíbrio, trabalhando os pontos fracos para se tornarem
fortes.

QUATRO TANTRAS MÉDICOS E ÁRVORE COM DOIS RAMOS

O conhecimento médico tibetano é resumido no livro intitulado Os


Quatro Tantras Médicos, que foi formalizado no século VII e ensinado
até hoje. De acordo com esse antigo livro do Conhecimento Médico
Tibetano, a saúde e doença é ilustrado como uma árvore com dois
ramos.
O PRIMEIRO TRONCO

Está relacionado ao corpo saudável, possui 3 ramos, 25 folhas, 2


flores e 3 frutos.

1° ramo: Tem 15 folhas representando os 3 humores e seus 5 tipos. As


diferentes cores azul, que representa o pulmão, o amarelo,
representando o mkhris-pa e branco, representando o baekan.
2° ramo: O segundo ramo do primeiro tronco possui 7 folhas que
representam os 7 constituintes corporais.

3° ramo: Já o terceiro ramo possui 3 folhas, que representam as 3


excreções do corpo.

As duas flores: Representam a saúde e longevidade e servem como


base para se atingir os três frutos: realização espiritual, prosperidade e
felicidade.

O SEGUNDO TRONCO

Lida com o corpo doente, é  composto por 9 ramos e 63 folhas.

1° ramo: Tem três folhas, que representam as três causas distintas


específicas da desordem: apego, ódio e mente fechada.

2° ramo: Contém quatro folhas que descrevem as quatro condições


que desencadeiam distúrbios: mudanças sazonais, influências de
espíritos malignos, dieta e comportamento.

3° ramo: Tem seis folhas representando as seis áreas de início de


doenças.

4° ramo: Possui três folhas mostrando as principais localizações dos


três humores.

5° ramo: Tem 15 folhas, que ilustram os caminhos dos humores.

6° ramo: Possui nove folhas representando as doenças humorais em


relação à idade, local de ocorrência, período de maturação e
mudanças sazonais.

7° ramo: Tem nove folhas, significando os nove distúrbios fatais.

8° ramo: Mostra 12 folhas representando as doze contra-indicações


devido ao tratamento inadequado.

9° ramo: O último deles, tem duas folhas, que representam desordens


quentes ou frias.
Embora os benefícios do sistema médico tibetano tenham sido
vastamente aclamados, um dos problemas continua sendo a falta de
reconhecimento por parte de governos e da ONU.

Gostou da matéria? Acompanhe nosso blog que em breve teremos


mais matérias relacionadas!

Até a próxima!

Você também pode gostar