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RELATÓRIO DOS PERSONAGENS – CASO CONCRETO

PERFIL DE EMY DUNE:


NOME: Amy Dunne 
GÊNERO: Feminino
RAÇA: Branca 
ESTADO CIVIL: Casada

( Perfil pscicologico do autor do crime)


Justifica da escolha
Motivações do crime
personalidade do autor

Amy Dunne é a principal antagonista do filme Garota Exemplar, traçando um


perfil de psicopata fria e calculista, evidente e nítido em toda atuação do filme,
possuindo alterados e constantes retratos psicológicos do Transtorno, isto por
que após descobrir traição vindo de seu marido, elabora detalhadamente um
plano de vingança doentio, para fingir sua própria morte e incriminar seu
marido Nick por assassiná-la, como punição pela infidelidade. Na mente
psicótica de Amy, o plano dela fazia total sentido, transparecendo ser uma
mulher que possui um medo intenso de abandono, uma raiva extremamente
inadequada após a percepção de que estaria sendo traída.

Os comportamentos de Amy Dunne durante o filme, assemelham-se com os


comportamentos de um Transtorno de Personalidade, contendo um perfil
psicológico conhecido como Transtorno de Personalidade Borderline, isto
pois, o sujeito que apresenta tais comportamentos está entre a linha da
Psicose e da Neurose. O transtorno de personalidade bordeline é caracterizado
por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos
relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem e flutuações
extremas de humor e impulsividade, o diagnóstico é por critérios clínicos.

Pacientes com transtorno de personalidade borderline não toleram estar


sozinhos, fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises,
como tentativas suicidas. Eles podem idealizar um potencial cuidador ou
amante no início do relacionamento, exigir que passem muito tempo juntos e
compartilhem tudo. De repente, eles podem achar que a pessoa não se
importa o suficiente, e ficam desiludidos; então eles podem desprezar ou ficar
irritados com a pessoa. Essa mudança da idealização para desvalorização
reflete o pensamento maniqueísta (divisão e polarização do bem e do mal)

O Transtorno de Personalidade Borderline é um padrão de instabilidade nas


relações interpessoais, da autoimagem do sujeito, dos afetos e da
impulsividade, que surgirá no início da fase adulta. Os sintomas típicos de um
quadro de Borderline são: esforços desesperadores para evitar o abandono,
seja ele apresentado de uma forma real ou imaginada; os relacionamentos
interpessoais são instáveis e intensos, onde há a presença de uma alternância
entre os extremos de uma idealização e de uma desvalorização
Na narrativa do filme, Amy não apresenta publicamente sinais
comportamentais de que estaria insatisfeita com seu casamento, ao contrário,
ela e seu marido são um casal modelo na comunidade que estavam inseridos.
Isso pois, para Amy, viver de aparências não era algo novo, já que, devido
aos livros que seus pais publicaram inspirados nela, a mesma passou anos
sendo comparada como a sua personagem do livro, silenciando suas
angústias e fracassos. Esse acúmulo de emoções, somado com a pressão
que Amy sofria para agir sempre da melhor forma possível e alimentar, ainda
mais, a expectativa que as pessoas colocavam sobre ela, desencadeou um
quadro de depressão. Acostumada a ser, e lidar, com a atenção de todos,
quando Amy percebeu que foi traída por seu marido, seu ego ficou fortemente
abalado, desde os primeiros momentos do filme é perceptível traços de uma
personalidade narcisista vulnerável, que ao decorrer do desenrolar da obra,
estes ficam cada vez mais evidente. O sentimento de ter sido trocada por
outra mulher, desencadeou vários gatilhos na personalidade narcisista da
personagem.

A razão pela qual uma pessoa desenvolve este transtorno pode ser ligada as
vivências da infância, normalmente, as pessoas que sofrem com esse
transtorno tiveram uma infância traumática, sendo este desenvolvimento,
totalmente ligado e comparado a personagem de Amy. As relações de pai e
filho contendo traumas, chantagem emocional, entre outros são algumas das
razões comuns pelas quais as pessoas desenvolvem o transtorno, o que leva
ao perpétuo medo do abandono, isto posto, a criação que AMY teve no filme,
uma garota que vive como o personagem perfeito criado pelos pais,
com comparações constantes a uma garota exemplar. A forma em que foi
criada pelos pais, fez a personagem criar traumas, silenciando suas angústias
e fracassos, resultando a se tornar na fase adulta, uma mulher contendo
traumas e que possui um extremo ciclo de alterações, um medo absurdo de
ser abandonada pelo marido, como também contendo altas atitudes de
impulsividade.

Estes sintomas e a forma que cada pessoa lida com esse transtorno está
totalmente ligada a Personagem e autora do crime, esses atos
autodestrutivos são geralmente desencadeados pela rejeição por possível
abandono ou decepção com um cuidador ou amante. Os pacientes podem se
automutilar para compensar seu mau comportamento, para reafirmar sua
capacidade de sentir durante um episódio dissociativo ou para desviar a
atenção de emoções dolorosas. Isto, totalmente ligado com a Personagem
Amy, que após o relacionamento entrar em desgaste pelos acontecimentos
socioambientais presentes naquele momento e principalmente por o seu
marido Nick já não demostra sentir o mesmo pela esposa, passando a traí-la
com uma moça mais jovem, o sentimento de idealização de Amy, rapidamente,
torna-se um sentimento de desvalorização, ao ponto de sentir vontade de
acabar com a vida do esposo, planejando uma fuga, caracterizada de
assassinato, para que seu marido fosse visto como o seu assassino, Amy
demonstra nitidamente o medo absurdo de ser abandonada por Nick, quando
ela começa a perceber que o marido não sente mais nenhum afeto por ela,
Amy realiza o seu caminho para a desvalorização.
Essa desvalorização passa torna-se uma idealização extrema, quando ela
assiste Nick dizendo que a ama em rede nacional. E, por isto, ela faz de tudo
para provar a inocência do marido. Para isto, Amy mata o seu ex-namorado
Desi Collings e depois o acusando de sequestrá-la. Obviamente, que Amy
manipula toda este cenário por ter voltado a idealizar Nick Dunne como o
homem perfeito. Porém, o medo de ser abandonada pelo esposo volta a ficar
evidente, quando ela ameaça destruir a vida de Nick novamente, caso ele
pense em deixá-la.

OCORRÊNCIA: 

Em primeira análise, Amy Dunne foi considerada desaparecida, pois seu


marido (Nick dunne) chegou em sua residência, pela manhã, e não encontrou
sua esposa no local; daí em diante; recorreu a polícia local, a partir daí, inicia-
se investigação e considera-se desaparecida a sua esposa (Amy Dunne). 

Em segundo análise, ao longo das procuras e investigações, a detetive Rhonda


Boney foi encontrando pistas (como “caça ao tesouro'') e foi tirando as
conclusões, em plena investigação. Logo, as pistas foram levadas a Nick
Dunne como suspeito do desaparecimento de Amy Dunne; pode se dizer que
há probabilidade de que ele tenha matado e escondido o corpo de sua esposa.
Contudo, as provam que indicaram Nick Dunne como acusado de homicídio no
caso, ele foi preso 

Em terceiro análise, de fato, tudo o acontecimento (o desaparecimento) foi


planejado pela Amy Dunne (esposa de Nick Dunne), com a intuição de
“vingança” ao seu marido, para que Nick Dunne reconheça-se que foi um
marido infiel (por ter traído a sua esposa com a sua aluna) e que necessita
dela, que ela volte para o lar do casal e faz até uma declaração de amor.
Enfim, a esposa, convencida de que as palavras eram verdadeiras, resolve
voltar para ele e traça outro plano sanguinário. Após forjar provas, mais uma
vez, a Amy Danne mata o Desi (ex-namorado) e parte com o seu carro, para
que a investigação seja concluída como sequestro. 

As pistas que Amy deixa, sendo a mais principal, A "caça ao tesouro" era
uma tradição de aniversário: Amy deixava cartas com rimas e enigmas para o
marido desvendar, que o guiavam até ao seu presente. No entanto, a
brincadeira foi perdendo a graça porque Nick não conseguia mais decifrar os
versos.

Unindo as peças, a polícia encontra um diário onde ela narrava os conflitos da


relação, confessando que se sentia isolada e temia o marido violento. É aí que
surge uma vizinha, muito próxima da vítima, que confirma a história. Os
detetives voltam ao local e encontram vestígios de sangue que alguém
tentou limpar. Enquanto isso, Nick desvenda a pista final e vai,
sozinho, até o galpão que fica em casa da irmã. O local, cheio de
produtos de luxo comprados em seu nome, contem uma carta que
insinua que seu último presente é ser preso.

É nesse momento que o enredo nos surpreende pela primeira vez:


escutamos o monólogo de Amy, contando como planejou tudo para
incriminar o marido, enquanto foge de carro. De repente,
os papéis se invertem e a protagonista passa de vítima a vilã da
história.

Mesmo assim, Amy explica a sua versão dos factos, convicta de estar
fazendo justiça pelas próprias mãos. Depois da mudança para a
cidade-natal de Nick, ela se sentia cada vez mais distanciada dele,
enquanto bancava a vida dos dois.

Quando descobriu a traição, ela começou a plantar provas


falsas para a vingança: escreveu um diário cheio de mentiras, fez
amizade com a vizinha, tirou seu sangue, espalhou em um cômodo da
casa e sem seguida o até limpou de forma mal feita, como forma de
criar uma cena do crime ideal.

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