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Tecnologia e educação musical: Um mapeamento das publicações dos


encontros internacionais do ISME de 2010 a 2018
Marcos da Rosa Garcia, J. Araldi, J. Magnaldo de Moura Araújo, H. Tanaka, R.
Cristiano Lourenço da Silva, T. da Silva Sales, R. da Silva Melo, D. Ramalho Alves, & G. de Lima
Marques

Federal University of Paraíba – UFPB (Brazil)

Resumo:
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo realizar um
mapeamento bibliográfico de trabalhos que relacionam tecnologia à educação musical publicados
nos anais de conferências e seminários mundiais promovidos pela International Society for Music
Education (ISME) de 2010 a 2018. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica integrativa
de publicações disponibilizadas no site do ISME, referentes aos últimos cinco encontros. Dado que os
documentos são digitais, a primeira fase da pesquisa consistiu na busca de todos os documentos,
utilizando as seguintes palavras-chave: educação online/a distância, blended learning, virtual, e-
learning, digital, m-learning, networking, media.
Encontramos 49 obras, cuja leitura e catalogação inicial resultaram nas seguintes categorias:
(1) criação, difusão e consumo musical no ciberespaço; (2) educação musical online e híbrida; (3)
conhecimento, habilidades e treinamento para o século XXI; (4) recursos tecnológicos para o ensino
e aprendizagem da música. Entre os principais resultados, destacamos a relação de algumas
plataformas digitais de ensino e aprendizagem de música com a sala de aula, a exploração das
mídias sociais no ensino de música, as experiências com cursos online, a exploração de recursos de
computação gráfica e o uso pedagógico de realidade virtual entre outros. É possível perceber que os
estudos aprimoram as discussões sobre tecnologia e educação musical, pois relacionam diversas
formas de relacionamento entre pessoas, tecnologias e música. No entanto, ainda há lacunas nos
estudos sobre o tema, como tecnologias assistivas para música e metodologias inovadoras, mostrando
que se trata de um campo dinâmico em constante transformação.

Palavras-chave: educação musical, tecnologia, International Society for Music Education


(ISME).

Introdução Este
trabalho é resultado de uma pesquisa desenvolvida pelo grupo de pesquisa Tecnologias e
Educação Musical (TEDUM), que teve como objetivo realizar um mapeamento bibliográfico a partir
dos trabalhos que conectam tecnologias e Educação Musical publicados nos anais de conferências e
seminários mundiais promovidos pelo Sociedade Internacional de Educação Musical (ISME). Para
esta pesquisa, foram considerados os trabalhos publicados entre os anos de 2010 e 2018.

A utilização do termo amplo tecnologias para se referir ao tema desta pesquisa parte do
entendimento de que ele engloba todos os conceitos e outros termos que foram o ponto de partida
desta pesquisa, a saber, ensino e aprendizagem online, ensino e aprendizagem de música a distância,
e aprendizado híbrido. Também se refere a termos mais gerais que

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englobam práticas musicais no campo da cibercultura e da digitalização sonora, como mídias


sociais, digitais, online , entre outras.
Quanto aos aspectos metodológicos, destacamos os trabalhos de Schwan, Bellochio
e Ahmad (2018) entre as publicações na área de Educação Musical que se assemelham a esta
pesquisa. Realizaram um mapeamento bibliográfico a partir das publicações da Revista e dos Anais
dos Encontros Anuais da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) entre 2008 e 2017,
buscando “analisar a música e sua relação com a formação acadêmico-profissional no contexto da
Cursos de pedagogia”1 (Schwan et al., 2018, p. 115).

Marques (2018) realizou outro trabalho abordando esse ponto metodológico de


visão, com o objetivo de “mapear, entre as publicações da área de Educação Musical, pesquisas
relacionados ao ensino e aprendizagem online desenvolvidos por meio das mídias sociais digitais,
especialmente no YouTube” (Marques, 2018, p.1). Assim, forneceu um recorte temporal de
publicações relevantes na área nos últimos cinco anos, incluindo revistas, anais, teses e dissertações.

Há também o trabalho de Silva e Ribeiro (2017), que analisaram o tema Tecnologia e


Educação Musical e realizaram uma pesquisa sobre o estado do conhecimento, tendo como fonte
os periódicos em música com Qualis A2 . Eles podiam observar aqueles
as publicações levam em conta o processo de ensino e aprendizagem e o papel da tecnologia
no ensino e aprendizagem da música.

Metodologia
Esta pesquisa tem como base metodológica a abordagem bibliográfica qualitativa. Nós
realizou uma revisão bibliográfica integrativa das publicações de congressos internacionais
de 2010 a 2018 disponibilizadas no site do ISME, considerando sua
atualizações até fevereiro de 2019. O método de revisão bibliográfica integrativa utilizado “visa
sintetizar os resultados obtidos a partir de pesquisas sobre um tema ou assunto, de forma
sistemática, ordenada e abrangente. Chama-se integrativa porque fornece informações mais amplas
sobre um assunto/problema, constituindo assim um corpo de conhecimento” (Ercole et al., 2014, p.
9). Segundo os autores Botelho et al. (2011, p. 127), essa abordagem “permite a inclusão de estudos
que adotam diversas metodologias”.
Consideramos um total de 1596 artigos disponíveis, incluindo artigos completos e resumos,
conforme tabela 1. O mapeamento teve o suporte e orientação metodológica definidos como “estado
da arte” (FERREIRA, 2002; ROMANOWKI & Ens, 2006), considerando o tema e buscando os
seguintes indicadores: educação online/ a distância, semipresencial aprendizagem, virtual, e-learning,
digital, m-learning, networking e mídia. Analisamos todos os eventos, comissões e processos
disponíveis no site da organização e identificamos 49 trabalhos (3,07% do total) relacionados ao
tema desta pesquisa. Os arquivos PDF desses textos foram salvos para leitura e análise.

Como pesquisa coletiva realizada pelo grupo TEDIUM, inicialmente foi necessário
elaborar uma tabela contendo cinco colunas: ano de publicação, autor(es),

1
Sempre que citarmos um texto em língua estrangeira, nossa tradução será utilizada neste trabalho.
2
No Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é responsável por
classificação da produção acadêmica. As notas começam como Qualis C (revista com pouca ou nenhuma agenda acadêmica), passando
passando por B5, B4, B3, B2, B1 até Quallis A2 e A1 (sendo os dois últimos periódicos de importância internacional
que atendem aos padrões acadêmicos internos).

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título, palavras-chave e localização do trabalho nos arquivos do ISME. Essas publicações


foram então divididas entre os participantes do grupo para que fosse realizada a leitura na
íntegra de cada publicação e a redação dos respectivos resumos.
Após a fase de leitura, foi elaborada outra planilha, contendo os resumos
integrativos e oito colunas com as seguintes informações: título, autor(es), ano, objetivo,
metodologia, local da pesquisa, resultados e observações. Em seguida, os dados reunidos
nessa planilha foram analisados e catalogados com o auxílio do Atlas.ti, programa de
computador que auxilia pesquisadores que lidam com vastas bases de dados. O programa
oferece ferramentas que possibilitam a organização e o entrelaçamento de informações
quantitativas e qualitativas, possibilitando uma sistematização da produção desenvolvida na
área e divulgada pelo ISME.

Ano publicado em Documentos completos Resumo

2010 29º Mundo 51 -

Conferência
Processos (WCP)

2010 Comissão para o 17 -

Educação do
Músico Profissional
(CEPROM)

2010 22 -
Política de música: Cultura,
Educação e mídia
(ISME-POLÍTICA)

2012 - 769
Sociedade Internacional
de Educação Musical (605 artigos, 54 rodadas
(ISME) mesas, 110
oficinas)

2012 Música da comunidade 21 8


Atividade (CMA)

2012 ED ESPECIAL. 24 -

2014 Música da primeira infância 6 16 + 3 (oficinas)


Educação (ECME)

2014 ISME - Pesquisa 23 -

Comissão (ISME
RC)

2014 CEPROM 19 -

2014 ISME - POLÍTICA 21 -

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2014 ED ESPECIAL. 16 -

2016 ISME-RC 28 -

2016 Música nas escolas e 10 20


Formação de Professores

(MISTEC)

2016 ISME - Final 44 -

2018 28 -
ISME - Procedimentos

2018 ISME - Livro de Resumos - 450


(301 comunicações,
76 oficinas, 20
simpósios, 42
cartazes e 11 outros
formatos)

Tabela 1. Total de publicações analisadas.

Categorização e análise de dados


Identificamos trabalhos com temas comuns e os agrupamos em quatro categorias: (1) criação,
difusão e consumo musical no ciberespaço; (2) Educação Musical online e híbrida; (3)
conhecimento, habilidades e treinamento para o século XXI; (4) tecnologias e ensino e
aprendizagem da música.
Foi necessário elaborar subgrupos para cada categoria devido à especificidade do
alguns trabalhos. É importante destacar que alguns trabalhos analisados, apresentaram elementos
temáticos que permitiriam que fossem inseridos em mais de uma das categorias
sugerido aqui. No entanto, para evitar repetições desnecessárias de citações e referências,
tais trabalhos foram incluídos em apenas uma categoria.

Criação, difusão e consumo musical no ciberespaço


Chen (2010) chama a atenção para questões políticas relacionadas ao ciberespaço, destacando o
papel das políticas públicas relativas ao acesso à internet e, consequentemente, ao uso da internet,
principalmente na Educação Musical. No mesmo ano, Wang (2010) discute a influência das mudanças
midiáticas no desenvolvimento da música pop a partir de dois modos de comunicação: comunicação
interpessoal e comunicação de massa. Navarro e Berrueco (2010) apresentam uma seleção dos
resultados de uma análise quantitativa realizada em trilhas sonoras infantis de televisão para conhecer
o que as crianças ouvem em programas de televisão na América Latina. Eles concluem que as faixas
infantis são basicamente instrumentais, tendo
sons eletrônicos ao fundo, um ritmo binário e começando na batida baixa.
Além disso, não apresentam alteração ou variação de frequência ou ritmo.
Whitaker et ai. (2016) nos aponta para a relação entre a percepção de
consumidores que apenas assistem a vídeos online e aqueles que assistem aos vídeos, leem
seus comentários e verificam suas curtidas. Ele conclui que de fato existem percepções diferentes
entre os dois grupos e sugere que os educadores musicais desativem a opção de comentários

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em vídeos tutoriais. Almqvists e Leijonhufvud (2018) discutem a relação entre música, cultura de
consumo de streaming e seres humanos, focando seu estudo no Spotify e seus usuários, o que pode
estar ligado a aspectos educacionais.

Educação musical online e híbrida


Bozkurt et al., (2018) apresentam uma ferramenta para cursos online em massa (MOOCs), cujo
objetivo é reduzir o tempo dos professores em relação ao feedback dos exercícios, enquanto Mullins
(2018) utiliza dados teóricos e empíricos de exemplos de plataformas de aprendizagem combinadas.
Ele também indaga sobre as novas carreiras que surgirão após 2030 e o papel da educação neste
contexto. Elissavet (2016) tem como objetivo detectar a opinião de professores de música sobre o
contexto do ensino digital e seus propósitos nas aulas de música, tudo isso possibilitado por meio de
ferramentas de tecnologia da informação. Faraone (2012) investiga uma nova plataforma de dispositivos
de e-learning e explica um projeto de “experiência de aprendizagem multimídia” em sua oficina, visto por
alunos de 11 a 13 anos.

2 Pedagogia musical online e híbrida


Nielsen (2012) procura explicar e demonstrar uma variedade de formatos de ensino online e a distância,
visando desenvolver oportunidades de aprendizagem síncrona e assíncrona para turmas do ensino
fundamental, identificando os benefícios das modalidades de educação virtual e mista. Da mesma forma,
Narita (2010) discute saberes, convenções e práticas a partir das concepções de professores durante o
planejamento de um curso de formação musical a distância. Ela visa incentivar a colaboração entre
alunos, tutores locais e associados em reuniões presenciais e à distância. Como resultado, o autor
aponta que os alunos desenvolveram sua capacidade de refletir sobre suas práticas musicais e
pedagógicas, de se expressar e compreender textos acadêmicos, de organizar suas ideias e de aprimorar
suas competências e habilidades para atuar como pesquisadores. Ainda, Baker (2012) apresenta sua
pesquisa, na qual analisa questões relacionadas à aprendizagem online na formação continuada de
professores de Educação Musical na Austrália.

Waldron e Bayley (2012) exploram a forma como a música tradicional irlandesa é ensinada e
aprendida pelos participantes da Online Academy of Irish Music (OAIM) e apontam suas
relação com uma prática pedagógica digital, em particular o formato de vídeo. Enfatizam as
adaptações derivadas da pedagogia tradicional para a digital, por exemplo: o aluno pode reproduzir
o vídeo, perceber os detalhes dos dedos e do instrumento junto com o som; eles podem observar o
público assistindo ao vídeo, que pode ser muito diversificado, sendo composto tanto por músicos
iniciantes quanto avançados.
Em sua pesquisa, Kretchmer (2012) mediu a eficácia do ensino online
acrescentou ao contato presencial em um laboratório de piano e descobriu que as instruções
complementares online têm maior valor para os alunos em comparação com as reuniões presenciais.
Souza e Schramm (2012) relatam a experiência de oferecer ensino e aprendizagem de música para
pessoas de todas as idades em pequenas aldeias localizadas em regiões isoladas da Amazônia, no norte do Brasil,
ensino a distância e uso de materiais digitais.
Whitaker, Orman e Yarbrough (2016) observaram a percepção dos espectadores de um
vídeo de Educação Musical postado no YouTube e apontam que a fruição do vídeo diferiu entre quem
apenas assistiu e quem teve acesso aos comentários, o que influenciou as curtidas e desgostos dos
participantes da pesquisa. Suas pesquisas também apontam os aspectos não musicais, como o uso de
uma câmera aberta ou direcionada e a

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qualidade de gravação, o que influenciou as respostas dos telespectadores. Assim como Whitaker et al.,
(2016), já citados, os autores sugerem a possibilidade de desabilitar comentários ao pensar a produção de
tutoriais como mais um recurso para a prática dos professores de música.
Rickels (2016) analisa a recepção do feedback dos alunos por meio de vídeos em comparação com
aqueles que recebem apenas um feedback escrito. O estudo foi realizado em duas fases: na primeira fase,
observaram uma melhor melhora dos alunos que receberam um feedback por meio de vídeo. Na segunda, com
a expansão do estudo para várias universidades em diferentes contextos, não foi possível confirmar os
resultados anteriores.
Montague (2010; 2012) explora a jornada de aprendizagem a distância em uma escola
secundária por meio de uma pesquisa longitudinal ao longo de um período de cinco anos, enquanto Jones (2010) realiza
uma revisão de literatura, buscando contextualizar o estado atual dos estudos sobre educação musical
online como uma continuação do ensino superior americano.

Conhecimento, habilidades e treinamento para o século XXI


Conhecimento, treinamento e habilidades desenvolvidas no uso de tecnologias em sala de aula
Clauhs (2018) discute os problemas enfrentados pelos professores de música ao utilizar as
tecnologias digitais em sala de aula e propõe algumas alternativas para melhorar a
situação. Ele comenta elementos como o aprimoramento dos professores na prática do ensino de música em
sala de aula, como visto na pesquisa de Nascimento (et al., 2018), que
surge de atividades de música online vivenciadas em um ambiente virtual. Tais atividades são criadas para
apoiar as aulas da educação básica de escolas públicas, onde atuam os professores participantes,
desenvolvendo a proficiência dos professores da rede pública no uso didático-pedagógico das tecnologias
digitais por meio de atividades de música online.
Annie Mitchell (2014) discute como uma formação acadêmica em nível de doutorado pode
influenciar a prática profissional/musical dos casos observados, principalmente no que diz respeito à
criatividade e habilidades. Autores como Clements e Galt (2014) abordam as dificuldades que o ensino
superior apresenta ao modificar suas práticas e normas na tentativa de se adequar aos alunos de hoje.

Bechara (2014) discute a Educação Musical na era digital a partir do pressuposto de que
os jovens são “nativos”, sempre inseridos na cibercultura.
Nesse sentido, sua revisão de literatura mostra que os educadores estão preocupados em
desenvolver uma compreensão das relações entre os jovens, as novas mídias e a escola.
Rickels (2016) pretendia gravar uma videoaula feita por um professor em formação com
feedback de áudio e notas gráficas. O trabalho desenvolvido por Lima e Beyer (2010) apresenta uma
reflexão sobre a inclusão de novas tecnologias — termo utilizado pelos autores —
nas aulas de música realizadas na Faculdade de Aplicação da UFRGS (CAp), observando a música como
uma área de conhecimento conectada que estabelece relações com o mundo.
Hannan (2010) desenvolve o mesmo tema comentando sobre o estado da produção musical na
atualidade, quando se torna mais democrática através do uso de softwares como Garage Band e Reason,
possibilitando a produção sem a necessidade de banda, estúdio ou produtor musical. Apresenta autores
a favor e contra esta nova forma de produção musical e discute conceitos como faça-você-mesmo e prosumer.

Tecnologias e ensino e aprendizagem da música


Processo de ensino e aprendizagem mediado por tecnologia

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Embora esse tema soe como todo o propósito de nossa pesquisa — onde a tecnologia
no ensino de música é a tônica do mapeamento —, destacamos separadamente alguns trabalhos
que deslindam aspectos gerais da tecnologia presentes nas obras deste recorte. Em sua pesquisa,
Akuno (2016) manifesta o interesse de compreender quais funções a tecnologia pode trazer
positivamente para o ensino da música, utilizando teorias como o behaviorismo e o construtivismo
como base teórica.
Homburg (2010) compara dois tipos de instrução e seus efeitos nas respostas estéticas e
emocionais dos ouvintes por meio de um software denominado Interface Digital de Resposta Contínua
(CRDI). Este teste buscou entender qual a forma mais útil de estimular as pessoas que buscam tocar
um instrumento, analisando seu lado emocional/estético e auxiliando no melhor método de
aprendizagem. Além deste, existem outros trabalhos com temáticas diferentes, mas dentro de um
contexto semelhante, que giram em torno da relação do conhecimento tecnológico dos professores
com a sala de aula, e diversos softwares que auxiliam e complementam o ensino da música em suas
práticas.

Tecnologias assistivas: o uso de tecnologias para pessoas com necessidades especiais


Encontramos dois trabalhos que tratam do uso de tecnologias no auxílio ao desenvolvimento musical
de pessoas com deficiência. Darow (2012) examina como a habilidade auditiva influencia na execução
do Guitar Hero Tour, enquanto McKord e Lee (2012) discorrem sobre o uso de iPads na musicalização
de crianças com autismo, destacando como essa ferramenta, quando associada
com aplicativos de música, influenciou o comportamento das crianças autistas observadas.

O uso de software, recursos e ferramentas digitais


Lazzarini et al., (2014) apresenta ideias a respeito de um grupo de pesquisa sobre “Música Ubíqua”,
composição e compartilhamento coletivo de músicas via TIC (Tecnologias de Informação e
Combinação). Eles abordam os últimos avanços desta pesquisa e suas influências nas práticas
educativas, os usos dessas tecnologias e composições coletivas.
atividades em sala de aula, a fim de compreender como nossa concepção é alterada a partir do contato
com a tecnologia e como nos conectamos com o mundo. Kazaka (2018) apresenta as dificuldades que
os professores de música têm em cativar seus alunos na sala de aula de ensino de instrumento. Para
resolver parte desses problemas, a autora compartilha sua experiência utilizando o aplicativo “Solfeg.io”,
que contém músicas com faixas instrumentais e vocais separadas, facilitando o aprendizado de
qualquer instrumento e a música ao vivo com os colegas. O aplicativo também economiza tempo na
preparação de materiais: os professores podem escolher músicas com as quais seus alunos se sentem
mais envolvidos e podem ajustar as tarefas da aula a diferentes níveis de experiência, tamanho da sala
de aula e instrumentos musicais disponíveis.

Conclusões
Dentro do tema da tecnologia na Educação Musical, observamos alguns aspectos gerais que
perpassam as pesquisas encontradas em nosso mapeamento. Podemos citar a relação
entre algumas plataformas de ensino e aprendizagem de música digital e a sala de aula, a
exploração das redes sociais no ensino da música, experiências com cursos online, a exploração
de recursos de computação gráfica e o uso pedagógico de ambientes virtuais, entre outros. É
possível perceber que esses estudos avançam nas discussões sobre tecnologias e educação musical,
pois articulam várias formas de relação

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entre pessoas, tecnologias e música, indo além da visão das tecnologias como mero recurso de sala
de aula.
Encontramos também diversos trabalhos com foco no uso de softwares digitais, recursos
e ferramentas digitais. No entanto, não encontramos trabalhos sobre a criação/desenvolvimento de
soluções tecnológicas para a educação musical. Isso demonstra que ainda precisamos avançar na
produção de softwares e recursos que nos ajudem a melhorar. O campo da educação musical
poderia se aproximar ainda mais de áreas como informática e
programação, para que seja possível trabalhar em equipe e desenvolver soluções para os problemas
e limites dessas ferramentas existentes.
Nesta pesquisa, os trabalhos que tratam de metodologias inovadoras ainda se mostraram
ser frágil. Precisamos avançar nos estudos sobre o uso de metodologias ativas (sala de aula
invertida, aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos) que nos ajudem
a entender o papel da tecnologia no ensino e aprendizagem da música. Podemos até ressignificar a
sala de aula, pois a aprendizagem pode ocorrer em outro tempo/espaço. Além disso, são poucos os
trabalhos sobre tecnologias assistivas e/ou o papel das tecnologias digitais no ensino de música para
pessoas com deficiência. Isso demonstra a necessidade de desenvolver estudos sobre esse tema.
Uma análise mais profunda do trabalho sobre “conhecimentos, treinamentos e habilidades desenvolvidas em
uso das tecnologias em sala de aula” pode nos dar uma noção mais ampla do papel das tecnologias
digitais, não só pensando em seu uso como recurso nas aulas de música, mas na forma como as pessoas
ouvem, consomem, produzem e tocam música de todos os avanços.

Referências
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