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ESCOLA TÉCNICA RUBENS DE FARIA E SOUZA

3º ETIM ALIMENTOS

Língua Portuguesa, Literatura e Comunicação Profissional

Ana Angélica de Almeida


Fabiane Maria Pereira da Silva
Julia Batista Pedroso da Cruz
Vitória Luana Alves Lúcio
Yasmin Guimarães da Silva

SOROCABA
2022
ESCOLA TÉCNICA RUBENS DE FARIA E SOUZA
3º ETIM ALIMENTOS

Língua Portuguesa, Literatura e Comunicação Profissional

Ana Angélica de Almeida


Julia Batista Pedroso da Cruz
Fabiane Maria Pereira da Silva
Vitória Luana Alves Lúcio
Yasmin Guimarães da Silva

A Hora da Estrela

Projeto de Pesquisa apresentado à


Escola Técnica Rubens de Faria e
Souza, Etim de Alimentos, como parte
dos requisitos para avaliação do 2º sem.,
sob a orientação do Professor Clóvis
Maurício de Oliveira

SOROCABA
2022
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Sumário
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
OBJETIVOS...............................................................................................................................5
Objetivo Geral........................................................................................................................5
Objetivos.................................................................................................................................5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................................5
Biografia do Autor..................................................................................................................5
Foco Narrativo.......................................................................................................................6
Caracterização da época da obra.......................................................................................7
Caracterização do tempo e espaço....................................................................................8
Tipos de discursos utilizados na obra.................................................................................9
Personagens........................................................................................................................10
Enredo...................................................................................................................................11
Comparação com a atualidade..........................................................................................12
Experiências adquiridas com o seminário........................................................................13
CONCLUSÃO..........................................................................................................................14
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................15
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INTRODUÇÃO
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Biografia do Autor

Clarice Lispector (Por iniciativa de seu pai, todos mudaram o nome.


Nascida Haya Pinkhasovna Lispector, passou a se chamar Clarice.) nasceu em
10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, na Ucrânia. Seus pais eram judeus
e, quando a filha nasceu, estavam saindo do país em busca de um lugar
melhor para viver. Assim, eles e suas três filhas chegaram ao Brasil em 1922 e
foram viver em Maceió. Aqui, a menina Haia passou a ser chamada de Clarice.

Em 1925, a família se mudou para Recife. Três anos depois, Clarice


começou a estudar na escola João Barbalho e aprendeu a ler. Já em 1930, a
autora escreveu seu primeiro texto literário, uma peça de teatro intitulada Pobre
menina rica, a qual não existe mais. Nesse mesmo ano, ficou órfã de mãe.

Dois anos depois, passou a estudar no Ginásio Pernambucano. Mas, em


1935, ela e a família fixaram residência na cidade do Rio de Janeiro, onde
terminou o ginásio (ou ensino médio) em 1936. Três anos depois, começou a
estudar na Faculdade Nacional de Direito.

Paralelamente aos estudos, escrevia contos e trabalhava como redatora


e repórter na Agência Nacional. No ano de 1940, se apaixonou pelo escritor
Lúcio Cardoso (1912-1968). Ele, porém, era homossexual. Assim, se tornaram
grandes amigos. Nesse mesmo ano, o pai da escritora morreu. Ela então
passou a morar com suas duas irmãs, na casa de uma delas, que já era
casada. Em 1942, iniciou o namoro com seu futuro marido Maury Gurgel
Valente (1921-1994).

No ano seguinte, se casou, terminou a faculdade de Direito, além de


conseguir obter a naturalização como brasileira. E publicou seu
primeiro romance — Perto do coração selvagem. O livro ganhou o prêmio
Graça Aranha, como melhor romance do ano. Como o marido era cônsul, se
mudou com ele para Belém em 1944. Seis meses depois, eles foram viver em
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Nápoles, na Itália. Em 1945, a autora trabalhou como voluntária no


atendimento a feridos de guerra.

No ano seguinte, o casal se mudou para a Suíça, onde nasceu o


primeiro filho. Já em 1949, voltaram a morar no Rio de Janeiro. Mas, em 1950,
regressaram à Europa, agora para viver na Inglaterra, onde moraram por seis
meses antes de voltarem ao Brasil. Já em 1952, a família fixou residência em
Washington, nos Estados Unidos, onde nasceu o segundo filho do casal.

Nesse país, Clarice ficou amiga da família do escritor Erico


Verissimo (1905-1975). Mas, em 1959, quando se separou do marido, voltou a
morar no Brasil, em companhia dos filhos. No ano de 1961, ganhou o Prêmio
Jabuti pelo seu livro de contos Laços de família. No ano seguinte, recebeu o
prêmio Carmen Dolores Barbosa.

Anos depois, em 1966, ocorreu um incêndio em sua casa após a


escritora adormecer e deixar um cigarro aceso. As queimaduras em seu corpo
fizeram com que ela ficasse internada durante dois meses. Assim, em 1967,
passou por forte depressão. Apesar disso, começou a escrever crônicas para
o Jornal do Brasil e ficou bastante popular.

No ano seguinte, também passou a fazer entrevistas com políticos e


artistas para a revista Manchete. Além disso, recebeu o prêmio Golfinho de
Ouro pelo seu romance Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, de 1969.
Já em 1975, decidiu se dedicar também à pintura.

Em 1976, viajou à Argentina, onde recebeu muitas homenagens. Nesse


ano, também recebeu, no Brasil, o prêmio da Fundação Cultural do Distrito
Federal, pelo conjunto da obra. Mas morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio
de Janeiro, devido a um câncer no ovário. Clarice foi sepultada no Cemitério
Comunal Israelita
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Foco Narrativo

O foco narrativo da obra “A Hora da Estrela” é de 3° pessoa com um


narrador onisciente, ou seja, conhece os pensamentos e sensações dos
personagens e também os fatos da história porém não participa como
personagem da mesma como mostra o trecho abaixo.

"Às vezes antes de dormir sentia fome e ficava meio alucinada


pensando em coxa de vaca. O remédio então era mastigar papel bem
mastigadinho e engolir" (A Hora da Estrela – Clarice Lispector)
A obra apresenta camadas de narrativa, tendo em foco principal a
história de Macabéa e em segundo plano a história de Rodrigo S. M. contando
a história de Macabéa enquanto faz reflexões sobre a vida da personagem, já
que o narrador não a julga capaz de realizar essas reflexões.
"Devo dizer que essa moça não tem consciência de mim, se tivesse teria
para quem rezar e seria a salvação. Mas eu tenho plena consciência dela:
através dessa jovem dou o meu grito de horror à vida. À vida que tanto amo.

Volto à moça: o luxo que se dava era tomar gole frio de café antes de
dormir..." (A Hora da Estrela – Clarice Lispector).

Caracterização da época da obra


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Caracterização do tempo e espaço

O tempo é cronológico, ou seja, os eventos fluem exatamente na ordem


em que ocorrem, sem saltos ou retrospectivas. A intenção é reproduzir o
próprio ritmo da existência humana, acompanhar o transcorrer normal de uma
vida. Assim, é natural que o leitor possa acompanhar Macabéa desde o
nascimento até a sua morte.

A história se passa na cidade do Rio de Janeiro. A protagonista tem sua


origem na região Nordeste, mais exatamente em Alagoas. Porém a maior parte
de suas vivências transcorre em terras cariocas.
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Tipos de discursos utilizados na obra


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Personagens
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Enredo
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Comparação com a atualidade

O confronto entre classes sociais diferentes configura-se em A hora da


estrela em vários níveis e mostra a distância que separa as pessoas de
camadas sociais distintas no Brasil, ou seja, a distância que separa os pobres
(operários, subempregados e desempregados) dos estratos sociais mais
privilegiados da sociedade, incluindo-se aí os detentores do poder econômico,
os que realmente ditam as regras do jogo, e aqueles que, não sendo
privilegiados economicamente, ainda assim podem se considerar, de algum
modo, privilegiados, pois detêm certos bens que os distinguem socialmente da
massa marginalizada. Esses são os detentores daquilo que poderíamos
chamar capital cultural, que lhes assegura uma posição mais ou menos
confortável na sociedade, representados pelo escritor Rodrigo S. M., narrador
do romance.

Esse conflito se configura inicialmente pelas longas “reflexões” e


especulações do narrador sobre a possibilidade de escrever a história nas
condições em que se encontra. Embora ache necessário e urgente escrever a
história da nordestina, Rodrigo S. M. demonstra não saber como fazê-lo, dada
a distância que o separa de Macabéa, e daí sua enorme dificuldade de se
aproximar da moça. O obstáculo inicial é a “inutilidade”, para contar a história
da moça, do instrumental sofisticado de que dispõe o narrador: o saber
acumulado de uma de tradição erudita e clássica, sua linguagem e seu
repertório literário em face de um material tão simples e tão pobre, a vida
quase vazia de Macabéa. Vida, aliás, quase sem vida, a que o narrador teme
não conseguir dar visibilidade: “O que me proponho a contar parece fácil à mão
de todos. Mas sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que
está quase apagado e mal vejo” (p. 19). E o escritor imaginário Rodrigo S. M.
segue na sua tentativa de se aproximar e se “pôr no nível da nordestina”,
buscando alcançar a expressão à altura, adequada para narrar sua pobre
história. Essa busca chega ao ponto de cansar o leitor, já impaciente pelo
adiamento da história. Na sua discussão prolixa o narrador parece ganhar
tempo adiando o início de uma história que se sente incapaz de narrar.
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A “incapacidade” de Rodrigo S. M. para encontrar a expressão mais


adequada para narrar a história da nordestina sugere a enorme dificuldade, ou
quem sabe até a impossibilidade de o escritor ou intelectual brasileiro falar do
povo de modo convincente. Essa distância era percebida muito claramente por
Clarice, que sugere em boa parte de sua obra o quanto é difícil alcançar com a
sua linguagem a expressão ou a forma capaz de falar honestamente do outro.

Clarice tinha uma percepção muito clara e uma consciência muito aguda
do papel e da situação contraditória do intelectual e do artista numa sociedade
tão cheia de problemas como a sociedade brasileira de seu tempo (que, aliás,
sob esse aspecto pouco mudou até nossos dias). Ela reconhecia perfeitamente
a situação ambígua do escritor, dividido entre o “compromisso” com os
oprimidos, uma espécie de obrigação de dar voz a quem não tem voz, de um
lado, e de outro lado sua condição de dependência em relação ao sistema
dominante, do qual recebe alguns “privilégios” e ao qual ajuda a sustentar
através da produção, reprodução e transmissão de todo um conjunto de
normas e valores de ordem estética, jurídica e moral que sustentam a tradição
e legitimam a organização do sistema.

Atualmente, a questão social no Brasil está posta através do conjunto de


desigualdades, explorações e expropriações que se desenvolvem a partir do
modo de produção capitalista, em que se prioriza a mercadoria. Para o
capitalismo, absolutamente tudo pode ser transformado em mercadoria. É difícil
visualizarmos a questão social como algo pronto e que se concretize em
apenas uma situação: “olha, essa é a questão social”!

Porém, as expressões da questão social são consequências de um


sistema capitalista neoliberal que atua largamente nos territórios urbano e rural,
e que, no rural forçaram ao êxodo que levou milhares de pessoas para as
periferias urbanas. Numa primeira análise, o êxodo é uma das consequências
que mais impactaram e impactam a sociedade brasileira, ocorrido,
principalmente, a partir de 1950. A partir daí, o capital, através de suas
empresas transnacionais, avançou com mais força sobre o rural.

Nesse ínterim, de espaços e projetos de sociedade em constantes


disputas, são gerados processos de resistência que necessitam serem
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estudados, elaborados, reelaborados, apreendidos e também superados, para


que possamos compreender os processos emancipatórios, principalmente nos
tempos atuais, de acirramento dos aspectos neoliberais do capitalismo e que
no Brasil ganha requintes de caráter conservador.

No Brasil esse caráter conservador ganha forças para que julguem os


mais pobres. Os pobres desse país são julgados por estarem desempregados,
porque recebem auxílio-doença, por adoecerem ou se acidentarem, por terem
filhos, por não terem filhos, principalmente as mulheres. São julgados por
receberem bolsa família e são culpabilizados por todas as violências que
venham sofrer.

Cada real utilizado para políticas públicas, para os mais pobres desse
país, é julgado. Esse discurso ajuda a chancelar o desmonte dos direitos
sociais e fundamentais que são concretizados por meio das políticas públicas.
Outrossim, nada se fala quanto ao montante pago aos banqueiros, ao capital
internacional, que fomenta um mercado financeiro que ganha mais, quanto
mais retira dos cofres públicos. Dinheiro público que deveria retornar à classe
trabalhadora, geradora de toda a mais valia.

Assim sendo, a questão social também reflete, na sociedade capitalista,


a degradação do próprio trabalho através de sua superexploração ou
desemprego, que ocorre com aval do Estado e que vem intervindo, no âmbito
da política, para atender aos interesses econômicos hegemônicos da
burguesia.
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Experiências adquiridas com o seminário

A construção do seminário nos inclina a organização e estudo do tema


abordado, dessa forma fazendo com que o aprendizado seja mais eficaz. Ao
aprender sobre obras tão importantes, o repertório e conhecimento adquirido é
muito útil não só em vestibulares como na construção de pensamentos, sejam
eles filosóficos ou acadêmicos e técnicos.

Opinião do grupo sobre a obra

A elaboração do projeto traz a reflexão e análise sobre uma obra muito tocante
e chocante, o descaso de Macabéa com si mesma e até mesmo a falta de
noção sobre sua situação e a falta de vontade de ser e viver faz com que
reflitamos sobre nossas vontades e o valor que damos à nós mesmos. Dessa
forma a obra nos motiva a querer conhecer outras realidades para saber nossa
própria posição no mundo.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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