Você está na página 1de 3

AMÉRICA LATINA

A América Latina ou Latinoamérica, em espanhol, corresponde aos países da América que possuem como línguas
oficiais o português (Brasil), o francês (Haiti, Ilhas do caribe) e o espanhol (restante dos países), todas elas oriundas do
latim. Assim, convencionou-se chamar América Latina aqueles países em que a colonização foi exercida por Portugal,
Espanha e França. Além das três línguas, existem outros idiomas falados em países de descendência indígena como o
crioulo, quéchua, guarani, aimará, náuatle, dentre outras.
Em oposição a América Anglo-Saxônica, (países desenvolvidos de colonização inglesa), alguns estudiosos afirmam que
a América Latina é formada por países subdesenvolvidos.
A população latino-americana foi construída mediante miscigenação racial entre brancos, negros, índios, mestiços, em
contraposição à raça caucasiana (brancos) que predomina nos países anglo-saxões.
Países da América Latina: São 20 os países da América Latina. Fazem parte dela países da América Central, da América
do Sul e apenas um país da América do Norte (México):

1. Argentina 8. Equador 15. Panamá


2. Bolívia 9. El Salvador 16. Paraguai
3. Brasil 10. Guatemala 17. Peru
4. Chile 11. Haiti 18. República Dominicana
5. Colômbia 12. Honduras 19. Uruguai
6. Costa Rica 13. México 20. Venezuela
7. Cuba 14. Nicarágua
Economia da América Latina: Com países de economia subdesenvolvida, os países latino-americanos apresentam
muitos problemas econômicos e grande desigualdade social, como a má distribuição de rendas.
Nos setores econômicos se destacam no setor primário (agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal
e caça) e alguns países se destacam no setor secundário (indústria) tais como Brasil, Argentina, Chile e México. Na
extração de petróleo merecem destaques a Venezuela, Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e México.
Mesmo assim, o setor terciário (serviços) foi o que mais cresceu nas últimas décadas na maioria dos países da América
Latina. Os países que se destacam na América Latina, ou seja, mais ricos são Brasil, México e Argentina que
corresponde cerca de 75% do PIB dos países da América Latina.
Clima, Relevo e Vegetação da América Latina: A América latina apresenta grande variação climática. O clima
predominantemente é o tropical (úmido, seco e de altitude), ainda que em alguns países o clima equatorial (quente e
com pouca amplitude térmica) prevaleça. Estes países estão próximos da linha do Equador como o Brasil, Colômbia,
Equador e parte do Peru. Abaixo da Linha de Capricórnio, o aumento da latitude propõe um clima temperado, com
estações do ano mais definidas.
De maneira geral, o relevo da América latina é formado por cordilheiras (Conjunto de serras com altitudes superiores
a 5 mil metros), onde a mais conhecida e maior de todas é a Cordilheira dos Andes, na América do Sul; além de planícies
(fluviais e costeiras) e planaltos. A vegetação é formada por florestas (tropicais, subtropicais e temperadas), savanas
(vegetação rasteira), algumas desérticas, como as xerófilas.
Religião da América Latina: A religião predominante nos países latino-americanos é o cristianismo, embora haja uma
gama de religiões presentes desde os evangélicos, protestantes, religiões africanas e indígenas.
Curiosidades
• O termo América Latina foi utilizado pela primeira vez no século XIX na Invasão Francesa no México, de forma
a excluir os países de colonização inglesa ou os anglo-saxões.
• O Ponto mais alto das Américas é o Monte Aconcágua, na Argentina, com 6962 metros.
CONFLITOS TERRITORIAIS E TENSÕES NA AMÉRICA LATINA: Apesar dos avanços na integração da América Latina,
ainda persistem conflitos territoriais entre os países da região. Chile e Bolívia, por exemplo, disputam o chamado
corredor do Atacama, área que garantiria à Bolívia acesso soberano ao oceano Pacífico. A área pertence ao Chile desde
a Guerra do Pacífico (1879-1883). O Peru, por sua vez, propõe uma alteração na fronteira marítima com o Chile,
favorecendo-se com essa mudança. Outra questão é a disputa entre Costa Rica e Nicarágua pelo direito de navegação
e de utilização do rio San Juan, que marca a fronteira entre os dois países. Além disso, havia uma controvérsia entre
os países quanto à delimitação das fronteiras marítimas no oceano Pacífico e no oceano Atlântico. Nesta última, a
Nicarágua foi beneficiada pela Corte Internacional de Justiça (órgão judiciário da ONU). Nas décadas de 1970 e 1980,
muitos brasileiros migraram para o Paraguai em busca de terras agrícolas baratas. Eles ficaram conhecidos como
brasiguaios. Eles se tornaram proprietários de grande parte de terras agricultáveis, principalmente nas áreas próximas
à fronteira, e são os principais produtores de soja do país. Na última década, as disputas pela posse da terra
envolvendo os brasiguaios e os camponeses paraguaios se intensificaram, levando o Paraguai a aprovar, em 2005,
uma lei que proíbe a venda de terras paraguaias para estrangeiros a menos de 50 quilômetros da fronteira. No entanto,
isso não impediu que em outras partes do país a venda de terras a estrangeiros tenha crescido. Nos anos 2000, a
influência estadunidense na América Latina diminuiu, mas ainda permanece forte. Os Estados Unidos não mantêm
boas relações diplomáticas com Cuba e Venezuela. Na Venezuela, assim como no Equador, as divergências culminaram
em conflitos. Os Estados Unidos preocuparam-se com a postura do governo venezuelano, especialmente a
aproximação com Cuba, a criação da Alba e a rejeição à proposta estadunidense de criação da Alca. A Colômbia é um
dos países latino-americanos que se relacionam mais diretamente com os Estados Unidos. Desde 2002, o governo
estadunidense vem implementando com o governo colombiano o chamado Plano Colômbia, que prevê o envio de
tropas estadunidenses para combater o narcotráfico no país sul-americano. Contudo, essas tropas também foram
utilizadas para pressionar a Venezuela, agravando a disputa territorial entre os países.
Questões territoriais entre Brasil e Uruguai
A fronteira entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai se estende por 1.069 km desde a
tríplice fronteira Brasil-Argentina-Uruguai a oeste até à foz do Arroio Chuí, ponto extremo Sul do Brasil.
No trecho oeste a fronteira é marcada pelo Rio Quaraí, afluente do Rio Uruguai e pelas "Coxilhas de Santana". No
trecho mais a leste, a fronteira é marcada pelo Rio Jaguarão, que deságua na Lagoa Mirim, e pela porção sul dessa
lagoa até o Chuí.
Existem duas áreas em disputa na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, sendo elas a Ilha Brasileira e o Rincão de
Artigas (interflúvio entre o Rio Quaraí e o Arroio Invernada). As duas áreas são administradas pelo Brasil, mas
reclamadas há décadas pelo Uruguai. Essas disputas territoriais são marcas da fronteira Brasil-Uruguai e, apesar de
históricas, não geraram disputas internacionais entre os países, que jamais submeteram a questão a litígio
internacional.
Nessa fronteira ficam cidades gaúchas tais como:
• Quaraí - ligada a Artigas (Uruguai) pela Ponte Internacional da Concórdia (750m) sobre o Rio Quaraí;
• Santana do Livramento - ligada a Rivera (Uruguai) também separada apenas por uma via comum, a Av. 33
Orientales, no lado uruguaio, e Av. João Pessoa, no lado brasileiro, como se fosse uma só avenida, e também pela
comum Av. Paul Harris, que tem esse nome nos dois lados, na chamada "Fronteira da Paz" ou "La Mas Hermana de
Todas Las Fronteras del Mundo".
• Jaguarão - ligada a Rio Branco (Uruguai) pela Ponte Internacional Mauá (340m) sobre o Rio Jaguarão;
• Chuí, separada da irmã uruguaia Chuy apenas por uma avenida comum a ambas as cidades. Essa avenida tem
o nome de Av. Brasil no lado uruguaio e Av. Uruguai no lado brasileiro;

História
Desde 1815/16 o governo do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves vinha procurando anexar essa região do
atual Uruguai ao Brasil. Isso veio a ocorrer em definitivo com a vitória portuguesa contra os uruguaios na Batalha de
Tacuarembó em 1820.
A região foi denominada pela Província Cisplatina do então independente Império do Brasil. Foi retomada pelos
uruguaios com auxílio de tropas da Argentina em 25 de agosto 1828. Do final dessa guerra se originou a
independente República Oriental do Uruguai. A atual fronteira foi estabelecida nessa ocasião.

Você também pode gostar