Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Na agropecuária nacional, a produção orgânica de leite é um processo, com escassas informações
sobre sua viabilidade econômico-financeira. E isso pode ser explicado pela pouca oferta dos
produtos orgânicos no mercado e pelo pagamento diferenciado dos mesmos. Outro fator que pode
estar contribuindo negativamente para este quadro são os custos mais elevados em comparação ao
sistema convencional de produção de leite. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a viabilidade
da produção de leite no sistema orgânico, comparando os indicadores econômicos com o sistema
convencional de produção, utilizando a ferramenta Benchmark em propriedades com número de
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
706
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
vacas lactantes similares. Os indicadores econômicos analisados foram: margem bruta (R$/L/dia);
margem bruta (R$/ano); margem líquida (R$/L); margem líquida (R$/ano); margem líquida (R$/ha),
custo médio (R$/L), retorno sobre o capital investido (%), receita total (R$/L) e fluxos de caixa
(R$/ha/L). Como resultados, a propriedade orgânica teve R$ 0,20/L e R$89.060,00/ano para
margens brutas e -R$0,21/L, -R$93.513,00/ano; -R$10,47/ha para margens líquidas. Observa-se que
a fazenda orgânica apresenta o segundo melhor desempenho nas duas margens brutas, sendo os
valores positivos por litro de leite, por ano. No entanto, no caso das margens líquidas, observa-se
um resultado negativo por litro de leite, por ano e por área. Nas margens líquidas, a propriedade
orgânica ficou em quinto lugar por litro de leite, ano e área. Considerando o custo médio do litro do
leite, a propriedade orgânica ficou na quarta colocação, abaixo de três propriedades convencionais.
Apesar de possuir muitos entraves para sua produção, ainda assim, nesta comparação, a propriedade
orgânica ficou em melhor colocação do que três propriedades convencionais de similar tamanho, ou
seja, conseguiu manejar o sistema de forma sustentável e bem competitiva com o sistema
convencional. O retorno sobre o capital investido da propriedade leiteira foi negativo, possuindo o
segundo menor RCI comparado às outras propriedades convencionais. O retorno sobre o capital
investido da propriedade leiteira foi negativo, possuindo o segundo menor RCI comparado às outras
propriedades convencionais. Se faz necessário advertir que a propriedade orgânica vende produtos
lácteos e na tabela a comparação é por leite fluido, o que torna a comparação injusta já que, como
alegado anteriormente, uma vez que, por vender derivados, o litro do leite é muito mais elevado do
que os meros R$ 1,20 que lhe é atribuído no trabalho para efeito de comparação e análise de
viabilidade do sistema. A receita total por litro de leite da propriedade orgânica foi a segunda mais
alta, sendo menor em R$ 0,15 em comparação com a propriedade de maior RT. Quando comparada
com as outras propriedades, foi maior em R$ 0,02 em relação à segunda fazenda convencional com
o maior RT, e em R$ 0,30 comparado com a fazenda convencional de menor RT, mostrando que o
retorno financeiro seria de R$ 0,15 no leite orgânico, R$ 0,26 e -R$ 0,70, respectivamente para as
propriedades citadas. Se o preço do leite fosse atribuído ao valor que a fazenda realmente recebe
por litro, essa situação mudaria, observando que a correção das margens líquidas com base nesse
valor real do litro de leite, nas margens por litro de leite, por ano e por área seria de R$8,54;
R$3.480.582,00 e R$ 139.223,28, respectivamente e o fluxo de Caixa em reais e em reais por hectare
por mês seria R$ 246.492,89 e R$ 9.859,71, respectivamente. Portanto, pode-se concluir que a
produção de leite no modelo orgânico é sustentável, demonstrando a competitividade do sistema
orgânico em relação aos sistemas convencionais, quando a base de comparação é o número de vacas
lactantes de cada propriedade.
ABSTRACT
In national agriculture, organic milk production is a process, with information on its economic and
financial viability. This can be explained by the low supply of organic products on the market and
the different payment for them. Another factor that may be contributing negatively to this scenario
is the higher costs compared to the conventional milk production system. The objective of the
present work was to evaluate the viability of milk production in the organic system, comparing the
economic indicators with the conventional production system, using the Benchmark tool in
properties with similar number of lactating cows. The economic indicators analyzed were: gross
margin (R $ / L / day); gross margin (R $ / year); net margin (R $ / L); net margin (R $ / year); net
margin (R $ / ha), average cost (R $ / L), return on invested capital (%), total revenue (R $ / L) and
cash transfers (R $ / ha / L). As a result, an organic property had R $ 0.20 / L and R $ 89,060.00 /
year for gross margins and -R $ 0.21 / L, -R $ 93,513.00 / year; -R $ 10.47 / ha for net margins.
Note that an organic farm has the second best performance on both gross margins, with positive
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
707
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
values per liter of milk, per year. However, in no case of net margins, note a negative result per liter
of milk, per year and per area. On the net margins, organic ownership came in fifth place per liter
of milk, year and area. Considering the average cost of a liter of milk, the organic property ranked
fourth, below three conventional properties. Despite having many obstacles to its production, even
so, in this comparison, the organic property was in a better position than three conventional
properties of similar size, that is, it managed to manage the system in a sustainable and very
competitive way with the conventional system. The return on invested capital of the dairy property
was negative, having the second lowest RCI compared to other conventional properties. The return
on invested capital of the dairy property was negative, having the second lowest RCI compared to
other conventional properties. It is necessary to warn that the organic property sells dairy products
and in the table the comparison is for fluid milk, which makes the comparison unfair since, as
previously stated, since, by selling derivatives, the liter of milk is much higher than the mere R
$ 1.20 attributed to him at work for the purpose of comparison and analysis of the system's viability.
The total revenue per liter of milk from the organic property was the second highest, being lower
by R $ 0.15 compared to the property with the highest RT. When compared to the other properties,
it was R $ 0.02 higher than the second conventional farm with the highest RT, and R $ 0.30
compared to the conventional farm with the lowest RT, showing that the financial return would be
R $ 0.15 in organic milk, R $ 0.26 and -R $ 0.70, respectively for the properties mentioned. If the
price of milk were attributed to the value that the farm actually receives per liter, this situation would
change, noting that the correction of the net margins based on this real value of the liter of milk, in
the margins per liter of milk, per year and per area would be R $ 8.54; R $ 3,480,582.00 and R
$ 139,223.28, respectively, and the cash flow in reais and reais per hectare per month would be R
$ 246,492.89 and R $ 9,859.71, respectively. Therefore, it can be concluded that milk production in
the organic model is sustainable, demonstrating the competitiveness of the organic system in relation
to conventional systems, when the basis of comparison is the number of lactating cows in each farm.
Keywords: gross margin, net margin, number of lactating cows, productivity and sustainability
1 INTRODUÇÃO
O Brasil se destaca no cenário mundial por ter uma produção no espaço rural basicamente
desenvolvido para a atividade agropecuária, sendo um dos países mais fortes na pecuária, com
relevância do abastecimento do mercado interno e produção para exportação. Com essa importância,
o país possui um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, com mais 213 milhões de cabeças e o
maior rebanho comercial do mundo com 195,5 milhões de animais, segundo o IBGE (2020). A
produção leiteira foi maior do que 33 bilhões de litros de leite em 2018, tendo apenas São Paulo
contribuído com 4,8% comparado ao Brasil e 14,8% comparada a região Sudeste (IEA, 2020).
As variações de preços do leite ao longo da cadeia são muito discutidasentre os produtores,
pois esse indicador planeja a gestão da atividade e afeta diretamente na sua renda bruta (ROCHA &
CARVALHO,2019). Se tratando de leite orgânico, esta variação é maior, uma vez que ainda não
tem diferenciação de tabelas com manejo diferente do tradicional, o que pode ser um entrave ao
produtor. No Brasil, a produtividade por vaca em 2017 foi de 1.963Kg de leite (LEITEet al, 2019),
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
708
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
2 MATERIAL E MÉTODOS
A comparação usando Benchmarking se deu em uma fazenda de produção orgânica
(Propriedade A) e seis fazendas de produção convencionais (Propriedades L,M, N, O, P e Q)
localizadas no estado de São Paulo. O banco de dados possuía cerca de 3259 fazendas e os critérios
de seleção foram o número suficiente de características semelhantes às da propriedade orgânica,
principalmente em relação ao tamanho do número de vacas em lactação, criação semi-intensiva,
clima, raça dos animais e região onde estavam localizados, evitando assim muitas variáveis.
A propriedade A possui 102 hectares (ha), dos quais 25 ha são utilizados na produção de
leite orgânico, 32 ha de Área de Proteção Permanente (APP) e Área de Reserva Legal (ARL), o que
significa que são áreas protegidas nas quais a vegetação nativa deve ser preservada. Possui
Certificação com o selo orgânico (BRASIL, 2003), atendendo a todos os requisitos da legislação. O
rebanho leiteiro é constituído por animais das raças Gir, Jersey e Holandesa, incluindo cruzamentos
dessas raças. Os animais são mantidos em um sistema semi-intensivo de pastejo rotacionado e a
dieta consiste predominantemente em pastagens de Tifton-85, Pennisetum purpureum Schum e
sorgo. Os animais são suplementados com silagem de cana de açúcar e sal mineral, porémsem
alimentos transgênicos no orgânico. Seus produtos são vendidos no sudeste do Brasil.
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
709
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados de margens bruta por litro de leite e por ano, bem como as margens líquidas
por litro de leite, por ano e por área, influenciadas pelo rebanho leiteiro da propriedade, podem ser
visualizados na Tabela 1. Nota-se que a fazenda orgânica tem o melhor desempenho quantos às
margens brutas, ficando empatado com uma propriedade convencional, sendo os valores positivos
tanto por litro de leite, quanto por ano. Mas verificando-se os valores de margens líquidas, observa-
se resultado negativo por litro de leite, por ano e por área. Na ML, a propriedade orgânica ficou em
penúltima, última e penúltima colocações, respectivamente para margens por litro de leite, por ano
e por área.
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
710
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
Tabela 1. Margens brutas (MB) e margens líquidas (ML) das propriedades com números de vacas lactantes similares
MB MB ML ML
Propriedade ML (R$/ha)
(R$/L/dia) (R$/ano) (R$/L) (R$/ano)
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
711
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
para sua produção, ainda assim, nesta comparação, a propriedade orgânica ficou em melhor
colocação do que três propriedades convencionais de similar tamanho, ou seja, conseguiu manejar
o sistema de forma sustentável e bem competitiva com o sistema convencional. O retorno sobre o
capital investido da propriedade leiteira foi negativo, possuindo o segundo menor RCI comparado
às outras propriedades convencionais. Se faz necessário advertir que a propriedade orgânica vende
produtos lácteos e na tabela a comparação é por leite fluido, o que torna a comparação injusta já
que, como alegado anteriormente, uma vez que, por vender derivados, o litro do leite é muito mais
elevado do que lhe é atribuído no trabalho para efeito de comparação e análise de viabilidade do
sistema.
A receita total por litro de leite da propriedade orgânica foi a segunda mais alta, sendo menor
em R$ 0,15 em comparação com a propriedade de maior RT. Quando comparada com as outras
propriedades, foi maior em R$ 0,02 em relação à segunda fazenda convencional com o maior RT, e
em R$ 0,30 comparado com a fazenda convencional de menor RT, mostrando que o retorno
financeiro seria de R$ 0,15 no leite orgânico, R$ 0,26 e -R$ 0,70, respectivamente para as
propriedades citadas.
Tabela 2. Custo médio (CM), retorno sobre o capital investido (RCI), receita total (RT) e fluxos de caixa (FC) das
propriedades com números de vacas lactantes similares
CM RCI RT FC FC
Propriedade
(R$/L) (%) (R$/L) (R$) (R$/ha/mês)
Como no sistema orgânico não é possível otimizar o espaço de criação por conta da
legislação de orgânicos e os animais devem ter manejo de criação semi-intensiva (BRASIL, 2011),
os resultados são sugestivos de que, quando o benchmark é com base no número de vacas em
lactação, os custos da propriedade de sistema orgânico ficam maiores comparativamente ao sistema
convencional, cujas fazendas podem maximizar o número de vacas lactantes sem preocupações de
natureza legal ou regimental.
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
712
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
Diversos estudos (CARVALHO, 2000; RUBEZ, 2003) têm evidenciado que o Brasil possui
as melhores características para dominar o mercado exportador de lácteos. A disponibilidade de
áreas agricultáveis aliada à abundância de água doce são fatores determinantes para colocar o Brasil
como destaque. Contudo, em diversos fóruns do setor, o tema referente à qualidade do leite e a
garantia de sanidade são colocados como barreiras para o país alcançar esse patamar e o orgânico
com uma legislação específica, principalmente para a parte sanitária se enquadraria perfeita nesse
tópico.
Os resultados para o fluxo de caixa em reais e em reais por hectare por mês da propriedade
orgânica a colocam na última e na quarta colocação, respectivamente. Mas quando se calcula com
base nos valores reais de produção de derivados lácteos, estes parâmetros são positivos, sendo
R$246.492,89 e R$ 9.859,71, respectivamente, exibindo um retorno financeiro efetivamente maior
do que aquele visto na tabela acima. De acordo com BASTOS et al.(2019), o maior fluxo de caixa
mostra um maior retorno para a atividade. Uma das formas de medir se a atividade está crescendo,
ou não, é avaliando seu fluxo de caixa. No orgânico, recursos disponíveis estão sendo suficientes
para cobrir as despesas para a execução da atividade leiteira, pois está tendo um fluxo de caixa bem
maior do que esperado e comparado com o de sistema convencional.
4 CONCLUSÃO
A produção de leite no modelo orgânico, quando calculada com o valor real de venda no
mercado, é sustentável do ponto de vista econômico, sendo uma alternativa viável para os produtores
de leite.
É necessário continuar pesquisando para melhorar e disseminar técnicas e práticas orgânicas,
pois os estudos são raros.
AGRADECIMENTO
Os autores agradecem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) deste trabalho. Especialmente para Edinaldo da
Silva Bezerra (†) por todas as orientações e ensinamentos.
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
713
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Lei número 10831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre
a agricultura orgânica e dá outras providências. Disponível em:http://www.
agricultura.gov.br/arq_editor/file/Desenvolvimento_Sustentavel/Organicos/Legislacao/Nacional/L
ei_n_010_831_de_23-12-2003.pdf. Acesso em: dezembro de 2019.
CARVALHO, M. P.; Produção de leite no Brasil: cenário que se abre promete futuro melhor.
MilkPoint. 2000. Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/ editorial/producao-
de-leite-no-brasil-cenario-que-se-abre-promete-futuro-melhor-8270n.aspx. Acesso em: dezembro
de 2019.
HOFFMANN, R., ENGLER, J. D. C., SERRANO, O., THAME, A. D. M., & NEVES, E. M.
Management of the agricultural company. 5.ed. São Paulo: Pioneira, 1987. 325p.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Demanda crescente estimula a produção orgânica
no Brasil e no mundo. 2019
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X
714
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
Disponívelem:https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3
5326&catid=10&Itemid=9Acesso em: maio de 2020
LEITE, J.L.B.; RESENDE, J.C.; STOCK, L.A. NARDY, V.P.D.R. Produção e produtividade de
leite no mundo. Anuário Leite 2019. EMBRAPA p46 2019
MORAES, A.C.A.; COELHO, S.G.; RUAS, J.R.M.; RIBEIRO, J.C.V.C.; VIEIRA, F.A.P.;
MENEZES, A.C. Estudo técnico e econômico de um sistema de produção de leite com gado mestiço
F1 Holandês-Zebu. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 2004. p.745-49.
MOTA, J.; CARVALHO, G. R. Mercado mundial de alimentos orgânicos. Embrapa Gado de Leite-
Artigo de divulgação na mídia (INFOTECA-E), 2016.
OLIVEIRA, A.S.; CUNHA, D.N.F.V.; CAMPOS, J.M.S.; VALE, S.M.L.R.; ASSIS, A.J.
Identificação e quantificação de indicadores-referência de sistemas de produção de leite. Revista
Brasileira de Zootecnia. 2007. p. 507-16.
ROCHA, T.D. & CARVALHO, G.R. Mercado do leite: fatores que afetam os indicadores. Anuário
Leite 2019. EMBRAPA p14 2019
RUBEZ, J. - O Leite nos últimos 10 anos; Associação Brasileira dos Produtores de leite. 2003.
SNA. Sociedade Nacional de Agricultura: Apesar dos entraves, produzir leite orgânico compensa.
2014. Disponível em: https://www.sna.agr.br/apesar-dos-entraves-compensa-produzir-leite-
organico/ Acesso em: maio de 2019
Braz. J. Anim. Environ. Res., Curitiba, v. 3, n. 2, p.705-714, abr./jun. 2020 ISSN 2595-573X