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São Fundamentais Para a Boa Nutrição de Plantios Florestais

- Meta de Produtividade Florestal

- Eficiência Nutricional do Material Genético (Espécie, Clone)

- Suprimento do Nutriente pelo Solo (resultados de analises


químicas de solo; volume de solo explorado pelas raizes)

- Fertilização e seu Manejo (doses, localização, parcelamento,


fontes fertilizantes)

- Manejo dos Resíduos da Colheita


A Importância do Funcionamento Harmônico das
Duas Superfícies de Aquisição de Recursos
Biomassa da parte aérea (t/ha)
300 Três Marias – MG
Litoral Norte – ES
Guanhães – MG
250 Luiz Antônio - SP

200

150

100

50

0 0 2 4 6 8 10
Fonte: Santana (2000) Idade (ano)

Curvas de crescimento de eucalipto em quatro regiões


bioclimáticas do Brasil
Raízes Finas – Superfície de Aquisição de Nutrientes

TAi = 2.π.r.Lv. Cr. α

TA – taxa de absorção do íon i;


r – raio médio da raiz;
Lv - comprimento da raiz em relação ao volume de solo;
α - poder de absorção da raiz (Vmax/Km);
Cr – concentração do íon junto à superfície radicular
0,5
Densidade (g dm-3)

0,4
Y = 2,2271 X-0,7153
0,3
R2 = 0,985
0,2
0,1
0,0
0 20 40 60 80 100 120
Profundidade (cm)

Densidade de raízes finas (< 2mm) em plantio de


eucalipto (urograndis), no perfil de um Argissolo
Amarelo (PA), no litoral do Espírito Santo (Neves, 2000).
Mecanismos de Transporte de Íons Através da
Membrana Plasmática – O Início da Absorção de
Nutrientes
(A)
1.4
1.2

K (umol/g RF/h)
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

K em soluçâo (umol/L)

(B)
1.4
Ca (umol/g RF/h)
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ca na soluçâo (umol/L)

(C)
0.8
Mg (umol/g RF/h)

0.6

0.4 Fonte: Lima et al. (2003)


0.2

0.0
0 20 40 60 80 100 120 140

Mg na soluçâo (umol/L)

1213 57 129 7074

Influxos estimados (Absorção) de K (A), de Ca (B) e de Mg (C)


em clones de eucalipto em função de suas respectivas
concentrações na solução.
Constantes Vmax e Km da Cinética de Absorção de P em Clones de Eucalipto
Vmax da Absorção de P vs Fome Prévia de P em Clones de Eucalipto
Sem "fome"
0,50
Com "fome"
0,40

0,30
umol/g RF/h
0,20

0,10

0,00
C_57 C_7074 C_129 C_1213 média

Km da Absorção de P vs Fome Prévia de P em Clones de Eucalipto


Sem "fome"
30 Com "fome"
25
20
umol/L 15

10
5

0
C_57 C_7074 C_129 C_1213 media

Lourenço et al (2005)
Influxo Estimado de P (umol/g raiz fresca/h) vs [P solução], sob a influência de [Praiz],
em Clones de Eucalipto
Clone 57 Clone 129
0,35
0,35 [Praiz = 3,10 g/kg]
0,30
[Praiz = 2,49 g/kg]
0,25 0,30
0,25
0,20
0,20
0,15
0,15
0,10
0,10
[Praiz = 4,11 g/kg]
0,05 0,05
[Praiz = 3,61 g/kg]
0,00 0,00
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
P em solução (umol/L) P em solução (umol/L)

Clone 1213 Clone 7074

0,35 [Praiz = 3,10 g/g]


0,30 [Praiz = 3,09 g/kg]
0,30 [Praiz = 2,62 g/g]
0,25 [P raiz = 2,61 g/kg]
0,25
0,20
0,20
0,15
0,15
0,10
0,10
0,05 0,05
0,00 0,00
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
P em solução (umol/L) P em solução (umol/L)

Lourenço et al (2005)
CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE FLORESTAL

Fonte: Higa (2009)


13
Produtividade de biomassa de eucalipto de acordo com a precipitação
média anual no litoral da Bahia.
Stape (2004)
Produtividade atingível
de madeira de eucalipto
no Brasil limitada pelo
clima (IMA lenho aos
seis anos)

* Multiplicar por 1,12


para ter os valores de
produtividade de tronco

Borges e Neves, 2012


(na antiga ARCEL, atualmente FIBRIA)

Fonte: Fonseca (2004)


Comparação entre dados do inventário florestal para clones de E.
grandis e urograndis aos 7 anos de idade e estimativas do incremento
médio anual (IMA) obtidas pelo 3-PG, em regiões do Vale do Rio Doce
(MG), conforme diferentes parametrizações.
50 47,7
45,3
45
40,8 40,9 40,3
39,1 39,9
40
36,4
IMA (m 3 ha-1 ano-1)

34,9
35 31,6
32,9
31,5 30,6
29,8
30
24,2 23,5
25

20

15

10

0
Rio Doce Cocais Sabinópolis Virginópolis

Observado (inventário) 3-PG Calibrado (Silva, 2006)


3-PG (Stape et al., 2004) 3-PG (Almeida et al., 2004)

(Silva, 2006)
Produtividade média do eucalipto para diferentes classes de solo em
duas regiões do Vale do Rio Doce-MG

60 CVIMA REAL = 9,8 % CVIMA REAL = 27,8 %


CVIMA 3-PG = 1,8 % CVIMA 3-PG = 1,5 %
50
IMA (m3 ha-1 ano-1)

40

30

20

10

0
LA CX LVA LVA LV LA CX LV CX CX LVA LV LV LA LVA CX CX

Belo Oriente Virginópolis


IMA REAL IMA 3-PG

(Menezes, 2005)
Necessidade de aprimorar o modelo em relação ao fator solo
Melhorar estimativas de produtividade em nível de sítio

Constituir uma efetiva ferramenta para o manejo florestal, e


não apenas para o planejamento
Relação entre Produtividade de Eucalipto Observada e
Atingível em Função de Modulador Pedológico
(Vale do Rio Doce, MG)
Rio Doce Valley

1.20
MAI observed / MAI potential 3-PG

1.00

0.80

0.60

y = 0.9328x + 0.0421
0.40
R2 = 0.6246

0.20

0.00
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20
Soil Index Fonte: Neves, 2008

O Modulador integra: Matéria orgânica, Densidade do Solo, CAD (textura e


profundidade) e P-Remanescente (Indice de Fixação de P pelo Solo)
Conclusões
O Índice “S” relacionou-se com
características físicas que refletem
o sistema poroso do solo e com o
teor de matéria orgânica,
mostrando-se capaz de
representar a qualidade física de
solos cultivados com eucalipto e,
assim, útil para integrar
modulador pedológico a ser usado
em modelos de crescimento com
base processual, como o 3-PG.

Foram obtidas faixas de valores


de “S” associadas a classes
descritivas da qualidade física do
solo para o eucalipto.

Em torno de 80 % dos solos


cultivados com eucalipto na região
do Vale do Rio Doce – MG
apresentam boa qualidade física.
OLIVEIRA, 2011
“A Classe Taxonômica do Solo é
Indicadora de Produtividade do Eucalipto”

Menezes (2005), tese DS - UFV


A CULTURA DO EUCALIPTO, SEUS POTENCIAIS E RISCOS PARA A
CONSERVAÇÂO DOS SOLOS NO MEIO-NORTE BRASILEIRO

Jarbas Silva Borges(1), Helton Maycon Lourenço(2), Júlio César Lima Neves(3), João
Carlos Ker(4), Gualter Guenther Costa da Silva(5), Nairam Félix de Barros(6) & Maola
Monique Faria(7)

Tabela 2. Estimativa da produtividade potencial de povoamentos de eucalipto por classe de


solo no Meio-Norte brasileiro.

Região Classe de solo Modulador Pedológico IMA (m3/ha/ano)


Maranhão Latossolo 1,0 - 0,6 62 - 37
Maranhão Argissolo/Neossolo Quartzarênico 0,7 - 0,4 43 - 25
Maranhão Plintossolo 0,4 - 0,2 25 - 12

Piaui Latossolo 1,0 - 0,6 43 - 26


Piaui Argissolo 0,7 - 0,4 30 - 17
Piaui Plintossolo 0,4 - 0,2 17 - 10

Borges et al (2010)
A aplicação superficial de calcário, sem incorporação, não
tem sido eficiente para transferir Ca para o eucalipto!
( A importância dos drenos: solo e planta

Fonte: Fransciscatto, 2010


A aplicação superficial de calcário, sem incorporação,
não tem sido eficiente para transferir Ca para o
eucalipto!
( A importância dos drenos: solo e planta)
Reações do Calcário no Solo

CaCO3 + H2O ↔ Ca2+ + HCO3- + OH-


(CO2solo)

Solo–(H,Al) + Ca2+ + HCO3- ↔ Solo-Ca + Al3+ + H2CO3

H2CO3 ↔ CO2 + H2O


(deste CO2, pequena parte fica no solo (CO2 solo) e a maior
parte é volatilizada CO2 ↑)

Com o aumento concomitante de pH:


Al3+ + 3H2O ↔ Al(OH)3º + H+
H+ + OH- (do passo inicial de dissolução do corretivo) ↔ H2O
Fósforo e o Grande Estímulo às Raízes de Eucalipto

Fonte: Neves et al (1987)


A importância do banho de MAP na expedição das mudas do
viveiro para o campo e do P na adubação de arranque
micorrizas

Raízes micorrizadas

Fonte: Fox et al. (2004)


Tese de DS da ESALQ:

A absorção de nutrientes em eucalipto ocorre numa regiáo


de até 2 a 4 cm a partir da ponta da raiz fina

Silva (2011)
Tempo de Contato vs Disponibilidade P

Tempo de contato (dias) (Gonçalves, 1989)


P resina e produção de sorgo vs tempos de
equilíbrio e doses de P em um oxisol de cerrado
Dose Tempo de incubação (dias)
de P
0 15 30 300
mg kg-1 - - - - - - - - - - - - - - - - P resina (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 5,7 5,2 4,2 0,9
50 27,0 5,6 7,5 0,9
150 44,3 21,1 18,6 2,9
450 155,4 54,7 50,1 33,0
- - - - - - - - - - - - - - - - Matéria seca (g/vaso) - - - - - - - - - - - - -

0 0,67 0,63 0,87 0,64


50 1,56 1,02 0,89 0,48
150 9,10 4,59 4,53 1,99
450 13,44 9,59 11,85 8,36
Gonçalves et al. (1989).
P não é apenas uma questão de balanço !

sincronização de disponibilização e demanda


Níveis Críticos de P (valores relativos, em %) no Solo e
na Planta para Duas Espécies Forrageiras

100

80

60

40

20

0
10 20 30 40 50 60 70 80

Idade (dias)
Solo_Braq. Solo_Panicum Planta_Braq. Planta_Panicum

Fonte: Quadros et al. (2002)


E para K ? N ?
Níveis Críticos de Implantação e Manutenção
Para Eucalipto

Nutrientes Produtividade (m3/ha/ano)


(0 - 20) (Imp.) 20 30 40 50
P (mg/dm3)
Argiloso (80) 4,3 4,3 4,4 4,5
Arenoso (60) 6,2 6,3 6,4 6,5
K (mg/dm3) (10) 45 60 75 90
Ca (cmolc/dm3) (0,20) 0,45 0,60 0,70 0,80
Mg (cmolc/dm3) (0,10) 0,10 0,13 0,16 0,19
P e K - Mehlich-1; Ca e Mg - KCl 1 mol/L
ADUBAÇÃO FOSFATADA

COM 4-26-16 SEM 4-26-16


50

40

30
Volume (st/ha)

20

10

Sem 32 dias 18 dias 1 dia


Adubação Antes do Antes do Antes do
plantio plantio plantio

Volume de tronco de eucalipto aos 20 meses de idade em


função da época de aplicação da adubação de plantio.
6 Adubação 25 dias após o plantio
Adubação no dia do plantio
Altura (m) 5

0
0 100 139 270

Super-simples (g/planta)

Crescimento do eucalipto aos 12 meses em


função da adubação de plantio

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