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PARADIGMAS

O que são ? Como nos afetam? É possível mudá-los?


Certamente há várias coisas que você sabe que são verdades e há coisas que você acredita
que são verdade ou que são possíveis. Você sabe que pode falar, não? Mas talvez acredite que
exista vida após a vida, não tendo uma certeza totalmente fundamentada. Ou seja, há coisas e
fatos irrefutáveis, as verdades, e há as crenças, que estão sujeitas a questionamento, em geral
com base em experiências que as contradizem.
Conjuntos de crenças ou verdades relacionadas entre si são chamados de paradigmas.
Podemos falar do paradigma espiritual, por exemplo. Vírus e bactérias como causas de
doenças é outro paradigma, distinto da medicina psicossomática. A medicina oriental há
milênios tem em seu paradigma uma energia vital, chamada de “Prana” ou “Chi” , que não está
presente no paradigma ocidental, exceto em medicinas e terapias alternativas.
Paradigmas e crenças podem subsistir por séculos. O Sol girou em torno da Terra por 1.400
anos. A Física até o início do século tinha as leis de Newton como um de seus principais
paradigmas. Com a Teoria da Relatividade, esse passou a ser um caso especial de outro
paradigma. E continua mudando; no livro Universo Elegante, Brian Greene diz por exemplo que
"A sugestão de que o nosso universo poderia ter mais de três dimensões pode parecer
supérflua, bizarra ou mística. Na realidade, contudo, ela é concreta, e perfeitamente plausível".
A teoria das supercordas, que unifica a Relatividade e a Mecânica Quântica, requer que
existam 9 dimensões espaciais, além de uma temporal. Não vemos as outras seis porque elas
estariam recurvadas.
Nós e os paradigmas
Nós temos a capacidade de manter internamente um ou mais paradigmas ou modelos mentais.
Estes definem em grande medida qual será a nossa visão do mundo, o que percebemos, boa
parte dos nossos objetivos e muitas das nossas possibilidades de ação. Paradigmas filtram a
percepção e podem ser tão poderosos que até determinam o que será real para a pessoa,
como várias matérias nesta seção. Dizem por exemplo que há pessoas que não acreditam que
o homem foi à Lua. Às vezes tendemos até a negar fatos que presenciamos devido a uma
crença. Lembra quando você disse pela última vez, "Não acredito que isto esteja
acontecendo!"? Imagine um pesquisador que por acaso provoca efetivamente uma redução na
velocidade de um feixe de luz em um experimento. Se ele acha que a Teoria da Relatividade é
uma verdade, ele pode concluir que seus instrumentos estão descalibrados e nem perceber a
descoberta.
Crenças e verdades dificilmente subsistem por si só; normalmente elas estão agrupadas,
sustentando umas às outras. Por exemplo, acreditar em Jesus Cristo está vinculado a acreditar
em coisas espirituais, podendo estar associado também à crença na existência do diabo e de
outros mundos ou dimensões. Acreditar no diabo envolve também acreditar que nossas
escolhas podem ser influenciadas por fatores externos e ocultos. Mais aqui neste mundo, a
manutenção de uma crença do tipo "sou tímido" pode envolver também acreditar que não se é
criativo, que não se pode ou não é certo intervir nos próprios comportamentos e gerar novas
possibilidades de ação.
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É possível mudar paradigmas?

Mudar um paradigma pode ser difícil, já que em geral está enraizado nas profundezas do
inconsciente e por vezes não sujeito a questionamento ou atualização por feedback. Mesmo no
meio científico isto ocorre: o próprio Einstein, que revolucionou os paradigmas da Física, teve
dificuldades em aceitar a revolução seguinte, a da Mecânica Quântica. Max Planck (citado por
Stanislav Grof no livro Além do Cérebro disse que "uma nova verdade científica triunfa não
porque convença seus oponentes fazendo-os ver a luz, mas porque eles eventualmente
morrem, e uma nova geração cresce familiarizando-se com ela".

Robert Dilts, no livro Crenças, conta que curou o câncer de sua mãe trabalhando durante quatro
dias mudando crenças limitantes e resolvendo conflitos.

E você, já experimentou alguma mudança profunda em uma crença? Pode ter sido uma crença
sobre sua capacidade, como algo que no início não acreditou que pudesse levar a cabo, para
no final conseguir. Ou uma experiência mais mística, como telepatia ou clarividência, que pode
mudar tanto crenças sobre o mundo quanto sobre si mesmo:- Exemplo:- Em um treinamento,
formamos duplas. Sentados, A fazia um relaxamento, após o que B dizia o nome, idade, sexo e
endereço de um seu conhecido mas não conhecido de A. Este deveria falar o que viesse à
mente sobre a pessoa.

Na minha vez, mesmo meio cético, acertei características como compleição, cabelo, um carro
desproporcional (era um carro pequeno para um homem corpulento) e o tipo de relacionamento
entre B e a pessoa. Errei a cor do carro e outras, mas o que acertei era muito mais do que
poderia esperar, ainda mais em uma primeira vez. O resultado da minha parceira foi
semelhante.

Na discussão geral que se seguiu, houve pessoas que relataram ter acertado literalmente tudo,
inclusive doenças. Talvez querendo escapar da mudança de paradigma, perguntei para a turma
(50 pessoas) quantos tinham errado tudo. Apenas uma pessoa, se manifestou.

As crenças estão sujeitas a isto, a mudar quando a experiência mostra exceções e novas
possibilidades, em particular quando a pessoa está aberta a isso. E é interessante notar que
uma simples inversão em certas crenças, como "não sou capaz", pode afetar o resto de nossas
vidas. E mudar uma crença ou paradigma pode não ser tão difícil, é um exercício de
possibilidades.

A PNL tem muitos modelos e técnicas para isso. Uma forma bem fácil que eu conheço para
enriquecer modelos mentais é simplesmente praticando perguntar "E se...". Experimente: e se
você for ainda mais capaz do que está acreditando agora? E se você se tornar mais capaz
meramente se dando mais tempo para o que quer? E se houver saída para toda e qualquer
situação? E se houver infinitas possibilidades em cada momento? E se... você sonhar a noite
toda com isso?

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LIÇÕES QUE PODEMOS TIRAR

• LIÇÃO 1: Quando um Paradigma muda, tudo volta a zero.


Porquê? Se Paradigma é um Conjunto de crenças ou verdades relacionadas entre si que
determinam os comportamentos de um indivíduo, quando esse conjunto de crenças
mudam, o que se tinha como certo deixa de ser. Ao ser descoberto o chip, de nada
adiantava se produzir um resistor de qualidade, ao ser inventado o relógio digital, a
tecnologia de relógio analógico nada mais tinha a contribuir, ao se criar a injeção
eletrônica, o especialista em carburador perdeu toda a sua serventia.

• LIÇÃO 2: Pioneiro de Paradigma não precisa ser o Criador do novo Paradigma.


Porquê? A maioria dos novos Paradigmas surgiram nos Estados Unidos da América,
porém o sucesso na implementação desses novos paradigmas se deve mais aos
orientais (primeiro os japoneses e agora os Tigres Asiáticos como um todo). O Pioneiro,
mais do que descobrir, ele vê a oportunidade, acredita e persiste,

• LIÇÃO 3: No passado o Pioneiro corria mais riscos, hoje quem corre mais riscos é
o Colono de Paradigmas.
Porquê? Em época de transformações velozes, as novidades ficam velhas em curtíssimo
tempo, se o Colono vive de esperar ver se dá certo para depois copiar, quando ele copiar
já estará fornecendo ao Mercado aquilo que o Mercado não quer mais. Da pergunta que
o Colono fazia ao Pioneiro: - É seguro aí? A resposta do Pioneiro hoje passa a ser: -
Seguro é, mas não tem mais espaço para você ou, é seguro para um novo produto, o
velho já ninguém mais quer.

• LIÇÃO 4: Características do Pioneiro:

 Mesmo não tendo dados que confirmem, aposta em sua DECISÃO


INTUITIVA
 Tem Coragem de fazer o que é certo
 Sabe que terá que ter PERSEVERANÇA NO TEMPO

• LIÇÃO 5: Como se tornar um Pioneiro de Paradigmas


 Tenha Mente aberta – fora do seu limite, vá ver o que o mundo está
fazendo
 Quebre as suas Regras de Sucesso
 Desenvolva novos hábitos de leitura
 Esteja preparado para o fracasso
• LIÇÃO 6: Como se manter na dianteira
 Seja um Pioneiro de Paradigma
 Pratique os princípios da Qualidade Total
 Faça Kaizen – Melhorias Contínuas diariamente

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