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Mudar um paradigma pode ser difícil, já que em geral está enraizado nas profundezas do
inconsciente e por vezes não sujeito a questionamento ou atualização por feedback. Mesmo no
meio científico isto ocorre: o próprio Einstein, que revolucionou os paradigmas da Física, teve
dificuldades em aceitar a revolução seguinte, a da Mecânica Quântica. Max Planck (citado por
Stanislav Grof no livro Além do Cérebro disse que "uma nova verdade científica triunfa não
porque convença seus oponentes fazendo-os ver a luz, mas porque eles eventualmente
morrem, e uma nova geração cresce familiarizando-se com ela".
Robert Dilts, no livro Crenças, conta que curou o câncer de sua mãe trabalhando durante quatro
dias mudando crenças limitantes e resolvendo conflitos.
E você, já experimentou alguma mudança profunda em uma crença? Pode ter sido uma crença
sobre sua capacidade, como algo que no início não acreditou que pudesse levar a cabo, para
no final conseguir. Ou uma experiência mais mística, como telepatia ou clarividência, que pode
mudar tanto crenças sobre o mundo quanto sobre si mesmo:- Exemplo:- Em um treinamento,
formamos duplas. Sentados, A fazia um relaxamento, após o que B dizia o nome, idade, sexo e
endereço de um seu conhecido mas não conhecido de A. Este deveria falar o que viesse à
mente sobre a pessoa.
Na minha vez, mesmo meio cético, acertei características como compleição, cabelo, um carro
desproporcional (era um carro pequeno para um homem corpulento) e o tipo de relacionamento
entre B e a pessoa. Errei a cor do carro e outras, mas o que acertei era muito mais do que
poderia esperar, ainda mais em uma primeira vez. O resultado da minha parceira foi
semelhante.
Na discussão geral que se seguiu, houve pessoas que relataram ter acertado literalmente tudo,
inclusive doenças. Talvez querendo escapar da mudança de paradigma, perguntei para a turma
(50 pessoas) quantos tinham errado tudo. Apenas uma pessoa, se manifestou.
As crenças estão sujeitas a isto, a mudar quando a experiência mostra exceções e novas
possibilidades, em particular quando a pessoa está aberta a isso. E é interessante notar que
uma simples inversão em certas crenças, como "não sou capaz", pode afetar o resto de nossas
vidas. E mudar uma crença ou paradigma pode não ser tão difícil, é um exercício de
possibilidades.
A PNL tem muitos modelos e técnicas para isso. Uma forma bem fácil que eu conheço para
enriquecer modelos mentais é simplesmente praticando perguntar "E se...". Experimente: e se
você for ainda mais capaz do que está acreditando agora? E se você se tornar mais capaz
meramente se dando mais tempo para o que quer? E se houver saída para toda e qualquer
situação? E se houver infinitas possibilidades em cada momento? E se... você sonhar a noite
toda com isso?
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LIÇÕES QUE PODEMOS TIRAR
• LIÇÃO 3: No passado o Pioneiro corria mais riscos, hoje quem corre mais riscos é
o Colono de Paradigmas.
Porquê? Em época de transformações velozes, as novidades ficam velhas em curtíssimo
tempo, se o Colono vive de esperar ver se dá certo para depois copiar, quando ele copiar
já estará fornecendo ao Mercado aquilo que o Mercado não quer mais. Da pergunta que
o Colono fazia ao Pioneiro: - É seguro aí? A resposta do Pioneiro hoje passa a ser: -
Seguro é, mas não tem mais espaço para você ou, é seguro para um novo produto, o
velho já ninguém mais quer.