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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADÊMICA DE ARTE E MÍDIA – UAAM


COMUNICAÇÃO SOCIAL - EDUCOMUNICAÇÃO
DISCIPLINA: ARTE, ESTETICA E COMUNICAÇÃO
PROFESSOR: CLAÚDIO MESSIAS
ALUNO: CAMILA DE FARIAS LIRA
PERÍODO: 1º PERIODO - DIURNO

TEXTO DISSERTATIVO

CAMPINA GRANDE, PB
08/11/2019
TEXTO DISSERTATIVO

Quando criança, não temos total discernimento sobre o que é bom ou ruim, também não
sabemos reconhecer quando estamos sendo induzidos a fazer, assistir, ouvir ou desejar algo.
Isso ocorre porque a sociedade de consumo não poupa nem as crianças, que são alvos fáceis, e
são um intermédio para que os responsáveis financeiros comprem o que as crianças pedem para
satisfazer seus desejos. Por meio de propagandas que passam na TV ou nas rádios, desde cedo
somos introduzidos indiretamente ao consumismo.
Atualmente, quando observo minha própria infância, percebo o quanto fui manipulada e
induzida a querer comprar brinquedos, roupas, assistir a programas ou ouvir músicas que não
me despertavam tanto interesse, mas eu os fazia por influência, pois aquilo era o que estava “na
moda”. Lembro de diversas ocasiões em que eu assistia propagandas de determinados produtos
e era convencida de que eu precisava daquilo, mesmo sem razões logicas, afinal, que serventia
me teria uma arma que solta água ou um sapato que pisca?
No meu caso, fui influenciada ao ponto de querer mudar meu cabelo cacheado porque os
programas de TV só mostravam crianças de cabelo liso, praticamente só lançavam produtos
para cabelos lisos e apenas passavam propagandas de produtos de cabelos lisos. Comecei a ter
raiva do meu cabelo natural, pois ele não era tão bonito ou “controlado” quanto os que eu via
na TV. Decidi então fazer um alisamento e insisti até que minha mãe deixasse. Só consegui
amar meu eu natural depois que os programas passaram a ser mais “inclusivos” com as
cacheadas, e hoje me arrependo de ter mudado meu cabelo natural naquela época.
A mídia tem um papel muito importante na formação do cidadão consumista. Geralmente,
é a mídia que apresenta os produtos, ela que é responsável por influenciar os telespectadores a
comprarem ou consumirem as coisas. O texto Para Ler o Pato Donald, de Ariel Dorfman e
Armand Mattelart, trabalhado tanto na primeira quanto na segunda unidade, fala basicamente
sobre isso. É uma crítica à influência imperialista que a Disney exercia (e ainda exerce) sobre
a sociedade. A Disney ditava, indiretamente, o que a sociedade consumia e como se
padronizava. Os personagens exerciam influência sobre as crianças e sobre a sociedade no
geral, e víamos quadrinhos em que eles incentivavam a xenofobia, desregulavam a “família
tradicional” e induziam ao consumo. Percebe-se que, desde cedo somos influenciados a seguir
um certo padrão e a consumir cada vez mais. Mesmo depois que crescemos, muitas vezes não
temos senso crítico suficiente para notar as manipulações que sofremos, e acabamos rendidos
ao sistema consumista.

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