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Prof.

Hermes Moraes
hermes@dcc.ufla.br
Redes de computadores

 Momentos da computação

 Poucos e grandes computadores centralizados


 Um computador para diversas pessoas

 Diversos computadores independentes


 Diversos computadores para diversas pessoas

 Computadores pessoais ligados em rede


 Diversos computadores para diversas pessoas

 Computação ubíqua ou pervasiva


 Diversos computadores para uma pessoa

1-2
 Múltiplos computadores conectados usando um
sistema de telecomunicação com o propósito de
compartilhar dados, recursos e comunicação.
Redes de computadores

 Utilização das redes de computadores


– Aplicações comerciais
• Compartilhamento de hardware
– Impressora, Disco
• Compartilhamento de informações
– Banco de dados, Cadastro de clientes
– Comunicação
• Correio eletrônico, mensagens instantâneas
• Produção cooperativa de um documento
• Videoconferência
– Comércio eletrônico
• Compras, vendas, acesso a bancos
– Entretenimento
• Jogos, filmes por demanda, etc.

1-4
Classificação das redes de computadores

 Não existe taxonomia universalmente aceita!


• Tecnologias de transmissão
– Links de difusão
– Links ponto a ponto • Redes sem fio
• Fixas
• Escala
• Desktops com placas para
– Redes pessoais acesso sem fio
• bluetooth • Móveis
– Redes locais • Notebooks com mobilidade
• Ethernet e acesso à rede
– Redes metropolitanas
• TV a cabo
– Redes geograficamente distribuídas
• Internet

1-5
Classificação das redes de computadores

 Tecnologia de
Transmissão
 Unicast – nó origem nó
destino
 Broadcast (difusão) – nó para
todos
 Multicast – nó para
subconjunto de nós
 P2P – nó ↔ nó

1-6
Classificação das redes de computadores

 Escala

1-7
Classificação das redes de computadores
Escala
 LAN (Local Area Network) – redes de mesma tecnologia de
transmissão, de mesma propriedade e de tamanho limitado
 Dispositivos:
 Repetidores
 Hubs
 Switchs
 Roteadores

1-8
Classificação das redes de computadores
Escala
 MAN (Metropolitan Area Network) – interliga várias LANs.
 Repetidores
 Switchs
 Roteadores
 MODEM
 WAN (Wide Area
Network)
- interliga várias MANs
 Roteadores
 Comutadores

 Como podemos classificar a Internet?


1-9
Classificação das redes de computadores
Escala
 Redes sem fio

1 - 10
Classificação das redes de computadores
Escala – Redes sem fio
 BAN/WBAN (Wireless Body Area Network): comunicação
sem fio entre vários componentes conectados ao corpo,
como equipamentos e sensores

1 - 11
Classificação das redes de computadores
Escala – Redes sem fio
 WPAN (Personal Area Network): rede sem fio com área de cobertura de
dezenas de metros
 Aplicações:
 Transmissão de dados em escritórios e residenciais
 Transmissão sem fio entre dispositivos: TVs, PDAs e celulares
 Tecnologias empregadas: IrDA, Bluetooth classes 1 e 2, UWB

1 - 12
Classificação das redes de computadores
Escala – Redes sem fio
 WLAN (Wireless Local Area
Network): rede local sem fio
empregada em geral em escritórios e
residências, padrão Wi-Fi.

 WMAN (Wireless Metropolitan Area


Network): uma rede sem fio de
âmbito regional, com área de
cobertura da escala de uma cidade

1 - 13
O que é a Internet?

 COMPONENTES (hardware)

 Milhões de elementos de
computação interligados:
 hospedeiros = sistemas finais
 PCs, PDAs, Celulares, etc.

 Enlaces de comunicação:
 fibra, cobre, rádio, satélite
 Taxa de transmissão = largura de banda

 Roteadores:
 enviam pacotes (blocos de dados)

1 - 14
Web-enabled toaster +
weather forecaster

Porta retrato IP
http://www.ceiva.com/

Menor servidor web do mundo


http://www-ccs.cs.umass.edu/~shri/iPic.html
Internet phones
1-15
O que é a Internet?

 COMPONENTES (software)

 Protocolos:
 controlam o envio e a recepção de mensagens
 ex.: TCP, IP, HTTP, FTP, PPP

 Padrões Internet
 RFC: Request for comments:
http://www.ietf.org/rfc.html
 IETF: Internet Engineering Task Force:
http://www.ietf.org/

1 - 16
Serviços “prestados” pela Internet

 Infra-estrutura de comunicação
 Permite aplicações distribuídas:
 Web, e-mail, jogos, e-commerce
compartilhamento de arquivos...

 Serviços de comunicação
oferecidos:
 sem conexão
▪ NFS, SNMP, NTP, etc.
 orientado à conexão
▪ FTP, HTTP, SSH, etc.

1 - 17
Transporte de dados

 Serviços de comunicação entre os hosts na


Internet:
 Orientado à conexão

 Handshaking: negociação entre os hosts para


transferir dados
 TCP - Transmission Control Protocol
 Serviço orientado à conexão na Internet
 Padronização RFC 793

Origem Destino
1-18
Transporte de dados

 Orientado à conexão
 Oferece serviço confiável: dados entregues em ordem
 Utiliza reconhecimentos (ACK) e retransmissões
 Controle de fluxo: transmissor rápido não sobrecarrega receptor lento
 Controle de congestionamento: transmissores diminuem a taxa de
transmissão quando a rede está congestionada.
 Aplicações que necessitam de resposta: HTTP, FTP, SMTP, SSH,
TELNET...

1-19
Transporte de dados

 Não orientado à conexão ou sem conexão


 Protocolo UDP: - User Datagram Protocol [RFC 768]:
 Transmissor tem dados para enviar simplesmente envia
 Não existe negociação
 Os pacotes podem ser entregues fora de ordem
 Serviço não confiável: origem não tem certeza se os pacotes foram
entregues
 Sem controle de fluxo ou de congestionamento
 Aplicações: stream de vídeo, voz, teleconferência, DNS

1-20
O que é um protocolo?

 Protocolos humanos:
 “Que horas são?”
 “Eu tenho uma pergunta.”
 Apresentações
 … msgs específicas enviadas
 … ações específicas tomadas quando msgs são recebidas ou outros eventos

 Protocolos de rede:
 Máquinas em vez de humanos
 Toda atividade de comunicação na Internet é governada por protocolos

PROTOCOLOS DEFINEM OS FORMATOS, A ORDEM DAS MSGS ENVIADAS E


RECEBIDAS PELAS ENTIDADES DE REDE E AS AÇÕES A SEREM TOMADAS NA
TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO DE MENSAGENS
1 - 21
O que é um protocolo?

 Um protocolo humano e um protocolo de rede de computadores:

1 - 22
Uma visão mais de perto da estrutura da rede:

 Borda da rede:
 aplicações e hospedeiros

 Núcleo da rede:
 roteadores
 rede de redes

 Redes de acesso, meio físico:


 enlaces de comunicação

1 - 23
A borda da rede

 Sistemas finais:
– Executam programas de aplicação (Firefox;
IE; OutLook; MSN; emule)

 Modelo cliente/servidor:
– Clientes requisitam e recebem serviços de
servidores sempre ativos
– Ex.: Web; e-mail

 Modelo peer-to-peer:
– Uso mínimo (ou nenhum) de servidores
– Ex.: Skype, MSN, Napster

1 - 24
Redes de acesso e meios físicos

 P.: Como conectar o sistema


final ao roteador de borda?
 Redes de acesso residencial
 Redes de acesso institucionais
(escolas, bancos, empresas)
 Redes de acesso móveis

 Com quais meios físicos :


 Guiados
 Não-guiados

1 - 25
Meios de Transmissão
Introdução

A(v)
 Sinal analógico: varia em
fase, amplitude e freqüência.

t (s)
 Sinal digital: níveis finitos de A(v)
amplitude

t (s)

26
Meios de Transmissão
Desempenho

 Largura de banda – número máximo de bits que podem ser transmitidos sobre
a rede.
 Vazão – número de bits que podem ser transmitidos em um determinado período
de tempo (Kbps, Mbps, Gbps) . É a taxa média de pacotes entregues com
sucesso sobre um canal de comunicação.
 Latência - quanto tempo uma mensagem leva para ser enviada de um lado para
outro da rede
 RTT (Round Trip Time) tempo de ida e volta da mensagem

27
Meios de Transmissão
Desempenho

 Fairness (equidade) – métrica usada para determinar se


usuários ou aplicações estão recebendo um compartilhamento
justo de recursos do sistema ou da rede.
Jitter (variação do atraso) – é a variação do tempo de um sinal
eletrônico, em redes de pacotes significa a variação no atraso
de uma mensagem enviada e recebida.

28
Meios de Transmissão
Meios físicos

 Meios guiados  cabos


 par trançado
 cabo coaxial
 fibra óptica
 rede elétrica
 Meios não-guiados  sinais eletromagnéticos
 transmissão sem fio
 rádio celular
 satélites
29
Meios de Transmissão
Par trançado UTP

 UTP - Unshielded Pair Twisted (sem


blindagem)
 Categorias: 5, 6 e 7
 Taxas: 10, 100 Mbps e 1 Gbps
 Freqüências: 100 a 450 MHz
 Redes Ethernet e Token-ring
 10BaseT, 100BaseT, 1000BaseT

30
Redes de Computadores
Meios guiados: LAN

 Cabo UTP Cat.6A:


 Redes 10 Gbps sobre par metálico.
 Tráfego de voz, dados e imagens.
 Máx. distância de transmissão:100m
 Freqüência: 500 MHz
 Cabo UTP Cat. 7 (em estudo):
 10 Gbps sobre par metálico.
 Máx. distância de transmissão:100m
 Freqüência: 600 MHz

31
Meios de Transmissão
Par trançado STP

 STP - Shielded Pair Twisted (com


blindagem)
 100 Ω - Redes Ethernet
 150 Ω - Token-ring

32
Meios de Transmissão
Cabo Coaxial Fino

 Cabo Coaxial Fino


 velocidade máxima de 10 Mbps
 impedância de 50 Ω
 espaçamento máximo de 185m (não 200
m)
 bitola 22 AWG
 conector do tipo baioneta BNC
 10Base2

33
Meios de Transmissão
Cabo Coaxial Fino

 utilização de terminadores de 50 
 espaçamento mínimo entre as máquinas é de 0,5 m
 máximo de 30 terminais por segmento
 máximo de 4 repetidores por rede
 5-4-3-2-1 – corresponde a uma rede de no máximo 5 segmentos, 4
repetidores, 3 segmentos populados e 2 segmentos não populados

Rep. Rep. Rep. Rep.

50  50 

34
Redes de Computadores
Meios guiados: LAN

 Evolução dos meios físicos em LAN:

Padrão IEEE Ano Descrição


802.3 1983 10 Mbps – cabo coaxial
802.3i 1990 10 Mbps – par trançado
802.3j 1993 10 Mbps – fibra ótica
802.3u 1995 100 Mbps – Fast Ethernet
802.3ab 1999 1 Gbps – par trançado
802.3an 2006 10 Gbps – par trançado

37
Meios de Transmissão
CATV

 Cabo de 75 
 único ou duplo
 comprimento máximo de
segmento de 1800m
 10BROAD36
 faixa de 300 a 450 MHz
 150 Mbps para uma distância de
no máximo 10 Km e 10 Mbps
rede Ethernet

38
Meios de Transmissão
CATV

 HFC (Hybrid Fiber Coax)


 sinais de TV e de Internet foram
separados na freqüência:
– 5-42 MHz para envio de dados
– 54-88 MHz para sinais de TV
– 88-108 MHz para sinais de FM
– 108-550 MHz para sinais de TV
– 550-750 MHz para recepção de dados

39
Meios de Transmissão
CATV

40
Redes de Computadores
Meios guiados: LAN

 Fibra ótica
 Sinal elétrico convertido em sinal ótico:

Conversor
Elétrico-óptico

41
Meios de Transmissão
Fibra óptica

 Multimodo

c
as
ca

e
i
xo
 Monomodo n
úcl
eo

c
as
ca

F
i
b r
a M
o
no
mod
o
n
úc
l
eo
c
as
ca
42
Redes de Computadores
Meios guiados: LAN

43
Meios de Transmissão
Rede elétrica: PLC

 PLC (Power Line Commu-


nications)
 Transmissão de dados pela rede
elétrica:
 Faixa freqüência: de 1.7 a 30 MHz.
 Unidades concentradoras (Head
End),
 Repetidoras
 Unidades de Terminação de
Cliente (Customer Premise
Equipment - CPE)

44
Meios de Transmissão
PLC: equipamentos ambiente externo

45
Meios de Transmissão
PLC: equipamentos ambiente externo

Repetidor PLC no medidor de


Master PLC no barramento elétrico energia Repetidor

Ponto de
injeção no
barrament
o trifásico

Master

46
Meios de Transmissão
PLC: equipamentos ambiente interno

47
Meios de Transmissão
Sistema Telefônico: ADSL

 ADSL (Asymetric Digital


Subscribe Line)
 Velocidade máxima: 8 Mbps
para downstream e de 1 Mbps
para upstream
 velocidades típicas: 512 kbps
para downstream e 64 kbps para
upstream.

48
Meios de Transmissão
Sistema Telefônico: ADSL-2

 ADSL-2 (Asymetric Digital Subscribe Line)


 Velocidade máxima: 24 Mbps para downstream e de 1 Mbps para
upstream
 velocidades típicas: 512 kbps para downstream e 64 kbps para
upstream.
 Distância máxima: 7 km.

49
Redes de Computadores
Meios não guiados: FEMTOCELL

 FEMTOCELL (também conhecida por Access Point Base Station)


 É um equipamento desenvolvido para melhorar a cobertura
de redes móveis em uma pequena região.
 Converge as tecnologias de ADSL, WiFi, WiMax e 3G.
 Concebido para unir a telefonia celular de banda larga (3G
e superiores) à Internet de alta velocidade em rede fixa
residencial

50
Redes de Computadores
Meios não guiados: FEMTOCELL

51
Redes de Computadores
Meios não guiados: FEMTOCELL

 Vantagens de um femtocell em casa:


 Melhor cobertura indoor na residência;
 Substitui o ponto de acesso WiFi suporte conexões
banda larga de alta velocidade e suporta de 4 a 6
usuários simultâneos ativos;
 Implementa de forma transparente para o usuário a
convergência fixo-móvel, permitindo a oferta pelas
operadoras de planos de serviço com preços
diferenciados quando ele se encontra em casa.

52
Meios de Transmissão
Sem fio

 Comunicação sem fio:


 É a técnica de envio e recepção de dados entre dois ou mais pontos
sem a utilização de fios
 Utiliza sinais eletromagnéticos para a comunicação
 Mídia de transmissão: ar
 Surgiu da necessidade de interligar redes de comunicação:
 Circuitos de dados em grandes distâncias
 Impossibilidade do uso de cabos
 Regiões inóspitas ou de acesso difícil
 Ilhas do Havaí

53
Meios de Transmissão
Sem fio

 A interligação destas redes de comunicação




Redes sem fio ou Wireless Network

 Fatores do crescimento das redes sem fio:


 Impossibilidade do uso de cabos
 Falta de infra-estrutura da rede pública cabeada: sítios e fazendas
 Custo proibitivo: circuitos interurbanos
 Mobilidade e flexibilidade da comunicação
 Facilidade de instalação
 Eliminação de fios

54
O núcleo da rede

 Malha de roteadores
interconectados
 A questão fundamental:
 como os dados são transferidos
através da rede?
 Comutação de circuitos:
 usa um canal dedicado para cada
conexão.
 Ex.: rede telefônica
 Comutação de pacotes:
 dados são enviados em “blocos”
discretos

1 - 55
 COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS

1 - 56
O núcleo da rede: comutação de circuitos

 Recursos fim-a-fim são


reservados por “chamada”
 Taxa de transmissão, capacidade
dos comutadores
 Recursos dedicados: não há
compartilhamento
 Desempenho análogo aos circuitos
físicos (QoS garantido)
 Exige estabelecimento de conexão
(fase inicial)

1 - 57
O núcleo da rede: comutação de circuitos

 Recursos da rede (ex.: capacidade de transmissão) dividida


em “pedaços”
 “Pedaços” alocados às chamadas
 “Pedaço” do recurso desperdiçado se não for usado pelo
dono da chamada (sem divisão)
 Formas de divisão da capacidade de transmissão em
“pedaços”:
 Divisão em freqüência
 FDMA – frequency division multiplexing access

 Divisão temporal
 TDMA – Time division multiplexing access

1 - 58
O núcleo da rede
Comutação de circuitos

 Comutação de circuitos:
 Tempo – TDMA (Time Division Multiple Access)

A A
B B
D C B A
C C
D
D

1-59
O núcleo da rede
Comutação de circuitos

Exemplo:
FDMA
4 usuários

frequência

TDMA tempo

frequência

tempo
1-60
Exemplo numérico

 Quanto tempo leva para enviar um arquivo de 640.000


bits do hospedeiro A para o hospedeiro B numa rede de
comutação de circuitos?
 Todos os links possuem 1.536 Mbps
 Cada link utiliza TDM com 24 slots
 500 mseg para estabelecer um circuito fim-a-fim.

Calcule!

1 - 61
 COMUTAÇÃO DE PACOTES

1 - 62
O núcleo da rede
Comutação de Pacotes

 Comutação de pacotes:
 Recursos demandados podem exceder o
disponível Divisão Largura de Banda
 As mensagens trocadas entre os nós são Alocação de recursos
Circuitos Dedicados
divididas em pacotes
 Cada pacote percorre enlaces e roteadores
até o destino
 Os pacotes são transferidos com a taxa do
canal
 Roteadores comutam os pacotes (store-  Atrasos:
and-forward)  Store-and-Forward
 Pacotes são descartados quando roteador
não pode processá-lo  Fila (buffer)
 Multiplexação Estatística

1-63
O núcleo da rede
Comutação de Pacotes: Multiplexação Estatística

10 Mbs
A Ethernet C
Multiplexação Estatística

1.5 Mbs
B
Fila de pacotes
aguardando pelo
processamento
D E
 A sequência de pacotes não tem padrão fixo  Multiplexação Estatística
 Se o nó tem dado para enviar ocupa um slot vazio.

1-64
Comutação de pacotes: armazena e reenvia

 Leva L/R segundos para enviar pacotes de L bits para o link de R bps
 O pacote todo deve chegar no roteador antes que seja transmitido para o
próximo link: armazena e reenvia
 Atraso = 3L/R
 Exemplo:
 L = 7,5 Mbits
 R = 1,5 Mbps
 atraso = 15 s

1 - 65
Comutação de pacotes x comutação de circuitos

 Comutação de pacotes permite que mais usuários usem a


mesma rede!
 Enlace de 1 Mbit/s
 Cada usuário:
 100 Kbits/s quando “ativo”
 Ativo 10% do tempo
 Comutação de circuitos:
 10 usuários

 Comutação de pacotes:
 Se os usuários não estão ativos o tempo todo, então a banda pode ser
compartilhada para mais usuários
 Assume que não existe sincronização
1 - 66
Comutação de pacotes x comutação de circuitos

 A comutação de pacotes é melhor sempre?


 Ótima para dados esporádicos
 Melhor compartilhamento de recursos
 Não há estabelecimento de chamada

 Congestionamento excessivo:
 Atraso e perda de pacotes
 Protocolos são necessários para transferência confiável, controle de
congestionamento

 Como obter um comportamento semelhante ao de um


circuito físico?
 Garantias de taxa de transmissão são necessárias para aplicações de
áudio/vídeo
 Problema ainda sem solução
1 - 67
Taxonomia da rede

A Internet provê serviços com orientação à conexão (TCP) e serviços sem orientação
à conexão (UDP) para as aplicações.

1 - 68
Estrutura da Internet: rede de redes

• A Internet é grosseiramente hierárquica


– Na extremidade (hosts, servidores, etc.) conectados a
provedores locais (ISPs – Internet Service Providers).
• Os ISPs locais se conectam a ISPs nacionais e
internacionais. Estes, por sua vez, se interconectam no
topo da hierarquia.
• Novos nós podem ser adicionados como peças de lego
em uma estrutura maior.

1 - 69
Estrutura da Internet: rede de redes

 BACKBONES, NAPs e ISPs

• Ponto mais alto da hierarquia: ISPs nacionais, chamados de provedores


de serviços nacionais (Nacional Service Provider - NSP).
• Os NSPs formam uma espinha dorsal (backbone) de redes que se
espalham pelo país (as vezes chegam ao exterior)
– NSPs competem por serviços e clientes. Ex: Embratel, Telemar, Telefônica, Brasil
Telecom, GlobalOne, NetStream, dentre outros.
• Os backbones possuem infraestrutura para transmissões de alta
velocidade, alcançando taxas acima de 600Mbps.
• Os NSPs precisam ser conectados entre si por meio de PTTs (Pontos de
troca de tráfego) ou NAPs (network access point).

1 - 70
Estrutura da Internet: rede de redes

 Grosseiramente hierárquica
 No centro: ISPs de “zona-1” (ex.: UUNet, BBN/Genuity, Sprint, AT&T),
cobertura national/international
 Os outros são igualmente tratados

A Zona-1 também provê


interconexão nos pontos de
acesso (NAPs) da rede pública
ISP Zona-1
NAP

ISP Zona-1 ISP Zona-1

1 - 71
ISP de Zona-1 – ex.: Sprint
Rede de backbone da Sprint US

1 - 72
Estrutura da Internet: rede de redes

 ISPs de ”Zona-2”: ISPs menores (freqüentemente regionais)


 Conectam-se a um ou mais ISPs de Zona-1, possivelmente a outros
ISPs de Zona-2
ISPs de Zona-2
ISP de Zona-2 paga
também provêm
ao ISP de Zona-1 pela
ISP Zona-2 conexão
conectividade ao ISP Zona-2
privativamente
resto da Internet ISP Zona-1
entre si
• ISP de Zona-2 é
cliente do provedor
de Zona-1
ISP Zona-1 ISP Zona-1 ISP Zona-2

ISP Zona-2 ISP Zona-2

1 - 73
Estrutura da Internet: rede de redes

 ISPs de “Zona-3” e ISPs locais


 Última rede de acesso (“hop”) (mais próxima dos sistemas finais)

ISP
ISP ISP
local ISP ISP
Zona-3 local
ISPs locais e local local
ISP Zona-2 ISP Zona-2
de Zona-3 são
clientes dos ISP Zona-1
ISPs de zonas
mais altas
conectando-os
ISP Zona-1 ISP Zona-1 ISP Zona-2
ao resto da
Internet ISP Zona-2 ISP Zona-2
ISP
ISP ISP ISP local
locad local local
1 - 74
Estrutura da Internet: rede de redes

 Um pacote passa através de muitas rede

ISP
ISP ISP
local ISP ISP
local
Zona-3 local local
ISP Zona-2 ISP Zona-2
ISP Zona-1

ISP Zona-1 ISP Zona-1 ISP Zona-2


ISP
ISP Zona-2 ISP Zona-2 local
ISP ISP ISP
local local local
1 - 75
Internet: hardware e software

 Hardware
 Sistema final
 Provedor local
 Provedor regional

1 - 76
RNP: ISP nacional

 Backbone RNP
em Minas Gerais

1 - 77
Internet: Estrutura RNP

 Estrutura Nacional
 ISP Locais (Internet
Service Provider)
 ISP regional – PoP
(Point of Presence)
 NSPs (National
Service Provider)

1 - 78
Internet:
Estrutura RNP
 Rede CLARA
 Cooperação
Latino-Americana
de Redes
Avançadas

1 - 79
Como perdas e atrasos ocorrem?

 Filas de pacotes em buffers de roteadores


 Taxa de chegada de pacotes ao link ultrapassa a capacidade do link de saída
 Fila de pacotes esperam por sua vez

pacote sendo transmitido (atraso)

B
enfileiramento de pacotes (atraso)
buffers livres (disponíveis): pacotes chegando
descartados (perda) se não houver buffers livres 1 - 80
Quatro fontes de atraso de pacotes

 1. Processamento nos nós:


 Verifica erros de bit
 Determina link de saída
 2. Enfileiramento
 Tempo de espera no link de saída para transmissão
 Depende do nível de congestionamento do roteador

1 - 81
Atraso em redes de comutação de pacotes

 3. Atraso de transmissão:
 R= largura de banda do link (bps)
 L= tamanho do pacote (bits)
 Tempo para enviar bits ao link = L/R
 4. Atraso de propagação:
 d = comprimento do link físico
 s = velocidade de propagação no meio (~2x108 m/s)
 Atraso de propagação = d/s

Nota: “s” e “R” são medidas muito diferentes!


1 - 82
Analogia da caravana

100 km 100 km
caravana pedágio pedágio
de 10 carros

 Carros se “propagam” a 100 km/h


 Pedágios levam 12 s para atender um carro (tempo de transmissão)
 Carro = bit; caravana = pacote
 P.: Quanto tempo levará até a caravana ser alinhada antes do 2o
pedágio?
 Tempo para “empurrar” a caravana toda pelo pedágio até a estrada = 12 . 10 =
120 s
 Tempo para o último carro se propagar do 1o ao 2o pedágio: 100 km/(100 km/h) =
1h
 R.: 62 minutos
1 - 83
Analogia de caravana

100 km 100 km
caravana de pedágio pedádio
10 carros

 Agora os carros se “propagam” a 1.000 km/h


 Agora o pedágio leva 1 min para atender um carro
 P.: Os carros chegarão ao 2o pedágio antes que todos os carros tenham sido
atendidos no 1o pedágio?
 R.: Sim! Após 7 min, o 1o carro está no 2o pedágio e ainda restam 3 carros no 1o pedágio.
 1o bit do pacote pode chegar ao 2o roteador antes que o pacote seja totalmente
transmitido pelo 1o roteador!
 Veja Ethernet applet no AWL Web site

1 - 84
Atraso nodal

d no  d proc  d fila  d trans  d prop


 dproc = atraso de processamento
 Tipicamente uns poucos microssegundos ou menos
 dfila = atraso de fila
 Depende do congestionamento
 dtrans = atraso de transmissão
 = L/R, significante para links de baixa velocidade
 dprop = atraso de propagação
 Uns poucos microssegundos a centenas de milissegundos

1 - 85
Atrasos e rotas da Internet “real”

 Como são os atrasos e perdas na Internet “real”?


 Programa Traceroute:
 fornece medidas do atraso da fonte para o roteador ao longo de caminhos
fim-a-fim da Internet até o destino. Para todo i:
 Envia três pacotes que alcançarão o roteador i no caminho até o destino
 O roteador i retornará pacotes ao emissor
 O emissor cronometra o intervalo entre transmissão e resposta.

3 probes 3 probes

3 probes

1 - 86
Atrasos e rotas da Internet “real”

Traceroute: gaia.cs.umass.edu to www.eurecom.fr


Três medidas de atraso de
gaia.cs.umass.edu para cs-gw.cs.umass.edu
1 cs-gw (128.119.240.254) 1 ms 1 ms 2 ms
2 border1-rt-fa5-1-0.gw.umass.edu (128.119.3.145) 1 ms 1 ms 2 ms
3 cht-vbns.gw.umass.edu (128.119.3.130) 6 ms 5 ms 5 ms
4 jn1-at1-0-0-19.wor.vbns.net (204.147.132.129) 16 ms 11 ms 13 ms link
5 jn1-so7-0-0-0.wae.vbns.net (204.147.136.136) 21 ms 18 ms 18 ms
6 abilene-vbns.abilene.ucaid.edu (198.32.11.9) 22 ms 18 ms 22 ms transoceânico
7 nycm-wash.abilene.ucaid.edu (198.32.8.46) 22 ms 22 ms 22 ms
8 62.40.103.253 (62.40.103.253) 104 ms 109 ms 106 ms
9 de2-1.de1.de.geant.net (62.40.96.129) 109 ms 102 ms 104 ms
10 de.fr1.fr.geant.net (62.40.96.50) 113 ms 121 ms 114 ms
11 renater-gw.fr1.fr.geant.net (62.40.103.54) 112 ms 114 ms 112 ms
12 nio-n2.cssi.renater.fr (193.51.206.13) 111 ms 114 ms 116 ms
13 nice.cssi.renater.fr (195.220.98.102) 123 ms 125 ms 124 ms
14 r3t2-nice.cssi.renater.fr (195.220.98.110) 126 ms 126 ms 124 ms
15 eurecom-valbonne.r3t2.ft.net (193.48.50.54) 135 ms 128 ms 133 ms
16 194.214.211.25 (194.214.211.25) 126 ms 128 ms 126 ms
17 * * *
18 * * *
19 fantasia.eurecom.fr (193.55.113.142) 132 ms 128 ms 136 ms
* sem resposta (perda de probe, roteador não responde)
1 - 87
Perda de pacotes

 A fila (isto é, buffer) que precede o link possui capacidade


finita
 Quando um pacote chega a uma fila cheia, ele é descartado
(isto é, perdido)
 O pacote perdido pode ser retransmitido pelo nó anterior, pelo
sistema final do emissor, ou não ser retransmitido

1 - 88
Throughput (taxa de transmissão)

 Throughput: taxa (bits/tempo) a que os bits são transferidos


entre emissor e receptor
 Instantânea: taxa a um dado momento
 Média: taxa ao longo do tempo

1 - 89
Throughput (taxa de transmissão)

 Rs < Rc: Qual é a média fim-a-fim?

 Rs > Rc: Qual é a média fim-a-fim?

1 - 90
Throughput na Internet

 Throughput fim-a-fim por


conexão:
 min(Rc,Rs,R/10)
 Na prática: Rc ou Rs são os
gargalos

10 conexões compartilham (de


forma justa) o backbone de
throughput total igual a R
bits/sec

1 - 91
Camadas de protocolos

 Redes são complexas - muitos componentes:


 Hospedeiros
 Roteadores
 Enlaces de vários tipos
 Aplicações
 Protocolos
 Hardware, software

 QUESTÃO:
 Há alguma esperança de organizar a arquitetura de uma rede?
 Ou pelo menos nossa discussão sobre redes?

1 - 92
Organização de uma viagem aérea

 Uma série de passos

1 - 93
Camadas de funcionalidades da companhia aérea

 Camadas: cada camada implementa um serviço


 Via suas próprias ações internas
 Confiando em serviços fornecidos pela camada inferior

1 - 94
Por que as camadas?

 Convivendo com sistemas complexos:


 A estrutura explícita permite identificação, o relacionamento das partes de
um sistema complexo
 Um modelo de referência em camadas permite a discussão da arquitetura
 Modularização facilita a manutenção, atualização do sistema
 As mudanças na implementação de uma camada são transparentes para o
resto do sistema
 Ex.: novas regras para embarque de passageiros não afetam os procedimentos de
decolagem

 A divisão em camadas é considerada perigosa?

1 - 95
OSI vs TCP/IP

1 - 96
Pilha de protocolos teórica

 Aplicação: suporta as aplicações de rede


 FTP, SMTP, HTTP
 Transporte: transferência de dados hospedeiro-
hospedeiro
 TCP, UDP
 Rede: roteamento de datagramas da origem ao
destino
 IP, protocolos de roteamento
 Enlace: transferência de dados entre elementos
vizinhos da rede
 PPP, Ethernet
 Física: bits “nos fios dos canais”

1 - 97
Encapsulamento

1 - 98
História da Internet

1961-1972: primeiros princípios da comutação de pacotes

 1961: Kleinrock - teoria das filas mostra a efetividade da comutação de


pacotes
 1964: Baran - comutação de pacotes em redes militares
 1967: ARPAnet concebida pela Advanced Research Projects Agency
 1969: primeiro nó da ARPAnet operacional
 1972:
 ARPAnet é demonstrada publicamente
 NCP (Network Control Protocol) primeiro protocolo hospedeiro-hospedeiro
 Primeiro programa de e-mail
 ARPAnet cresce para 15 nós

1 - 99
História da Internet

1972-1980: Inter-redes, redes novas e proprietárias


 1970: ALOHAnet rede via satélite no Havaí
 1973: tese de PhD de Metcalfe propõe a rede Ethernet
 1974: Cerf e Kahn - arquitetura para interconexão de redes
 Final dos anos 70: arquiteturas proprietárias: DECnet, SNA, XNA
 Final dos anos 70: comutação com pacotes de tamanho fixo (precursor do ATM )
 1979: ARPAnet cresce para 200 nós
 Princípios de interconexão de redes de Cerf e Kahn :
Minimalismo, autonomia - não se exigem mudanças internas para interconexão de
redes
 Modelo de serviço: melhor esforço
 Roteadores “stateless”
 Controle descentralizado
Define a arquitetura da Internet de hoje
1 - 100
História da Internet

1990-2000: comercialização, a Web, novas aplicações

 Início dos anos 90: ARPAnet descomissionada


 1991: NSF retira restrições sobre o uso comercial da NSFnet
(descomissionada em 1995)
 Início dos anos 90: WWW
 Hypertext [Bush 1945, Nelson 1960’s]
 HTML, HTTP: Berners-Lee
 1994: Mosaic, depois Netscape
 Final dos anos 90: comercialização da Web
 Final dos anos 90-2000:
 Mais aplicações: instant messaging, P2P file sharing
 Est. 50 milhões de hospedeiros, 100 milhões de usuários
 Enlaces de backbone operando a Gbps
 Voz, vídeo, P2P, jogos, etc…
1 - 101
 Slides adaptados do material fornecido pelo livro
Computer networking; Kurose, Ross
 Prof.Luiz Henrique A. Correia; notas de aula.

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