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Com mais de 250 bilhões de estrelas e milhares de planetas potencialmente habitáveis,

nossa galáxia é de fato um lugar propício a vida inteligente ou primitiva, mas infelizmente não
é isso que vemos até o momento. Estudos recentes apontam que a vida (baseada em carbono
feito a nossa / Vida inteligente) pode ser rara no universo por se dar em condições e eventos
específicos.

Até o momento são apenas apontamentos e especulações, embora a falta de


comunicação e detecção direta seja ainda a maior barreira que entendemos por diversos
motivos, inclusive o das distâncias intergalácticas.

Mas, as perguntas não param por aí, se de fato houver vida inteligente em nossa
galáxia, porque até agora não temos informações suficientes para comprovar tal fato que
mudaria os paradigmas de nossa humanidade?

Talvez o fato de não termos evidências seja mais uma prova de estamos sozinhos
nesse imenso universo, ou as formas de vida ainda não evoluíram para um estágio de
inteligência capaz de desenvolver tecnologia suficiente para entender o universo, ou apenas
eles não tenham interesse em explorar o cosmos pois suas sociedades evoluirão de forma que
discursos sobre a existência sejam obsoletos.

Mas uma sociedade dotada de inteligência, com interesse cientifico na exploração


espacial pode também ter outros empecilhos, como barreiras físicas e de Engenharia que
podem está atrapalhando sua exploração espacial.

Aqui na terra, temos evidenciado que os primeiros hominídeos dotados de certa


inteligência à ponto de fabricarem ferramentas de acordo com sua necessidade viveram à 2,4
milhões de anos atrás como o homo habilis, o homo sapiens (nosso descendente direto) viveu
à 120 mil criando as primeiras linguagens de cultura escrita e verbal. O fato é que, demoramos
120 mil anos para criarmos tecnologia, através do método científico, suficientes para
mandarmos equipamentos para fora da Terra, isso é assustadoramente muito tempo se
levarmos em consideração que à apenas 05 séculos começamos a dar passos largos sobre
astronomia com Galileu, e que apenas no século passado mandamos os primeiros objetos para
fora da Terra, isso significa que dominamos o envio de instrumentos para fora da terra de
forma eficiente e eficaz apenas 0,04% de nossa existência aqui na Terra.

Hoje, um problema real do ramo Aeroespacial é a dificuldade lançar objetos da Terra


para sua órbita devido aos altos custo financeiro e Energético.

A terra é relativamente um planeta rochoso de médio porte. Para fazer o telescópio


Hubble apenas orbitar a terra foi necessária uma Energia total de 4,11 x 10¹¹ Joule à uma
velocidade de 7,9 km/s. Essa energia leva em consideração a que velocidade o telescópio teve
que se submeter para entrar em órbita e a energia necessária para ele superar os 9,81 m/s² da
aceleração gravitacional da Terra.

Imaginemos uma civilização inteligente tentando lançar seus primeiros objetos para a
órbita de seu planeta, porém seu planeta possui características diferente do que o Planeta
Terra, ele é mais denso e maior que a Terra, consecutivamente sua aceleração gravitacional é
maior.
Vamos supor que esse planeta tenha o dobro de massa da terra e apenas 15% maior
em relação ao do diâmetro da terra. Apenas com essas características deferentes da nossa, a
energia envolvida no processo de lançamento e para colocar em órbita dessa civilização seria
64,3% mais energética para colocar na mesma orbita em que o Telescópio Hubble está na terra
(consideração que esse telescópio ficaria na mesma altura que o Hubble está hoje da
superfície terrestre, afim de desconsiderarmos os efeitos de tempo e distância ideal para
orbitas planetárias adequadas).

Essa energia a mais produzida seria equivalente a energia produzida por 894 aviões de
grande porte para colocar ele em voo.

Isso acontece devido a massa desse planeta ser o dobro e ter um raio maior do que o
da terra, porém esse raio não é proporcional a esse aumento de massa, aumentando
consideravelmente densidade do Planeta, fazendo com que sua aceleração da gravidade fosse
pouco mais de uma vez e meia maior que a da Terra (14,82 m/s²).

Como o raio desse planeta é cerca de 15% maior do que a da Terra e tem sua
densidade maior, á orbita adequada para que o telescópio tenha estabilidade e não sofra
arrasto da atmosfera dentro desses fatores (tendo a mesma velocidade do telescópio Hubble
tem aqui na Terra), ele teria que ficar à uma altura de 6,6 mil Km, 11 vezes mais alto do que o
hubble está da superfície da terra, e isso demandaria muito mais energia, cerca de 2 vezes
mais do que se tivesse lançado para uma órbita semelhante a do hubble, 593 km.

É notório o quanto é custoso desenvolver uma tecnologia para levar apenas um


telescópio orbital para fora de seu planeta, sem contar, que, levamos 120 mil anos para evoluir
com nossas limitações e contexto físico/gravitacional.

Nessas condições, essa civilização teria muitas limitações tecnológicas para superar a
necessárias de explorar seu sistema solar. Esse é apenas uma das variáveis que tornam cada
vez mais difícil detectar vida inteligente.

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