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SITUAÇÃO-PROBLEMA: If the universe is teeming with aliens, where is everybody?

(Se
o universo está repleto de alienígenas, onde estão todos?)

É o que o físico Stephen Webb, ironicamente, questiona no título do livro em que ele publica
suas ideias sobre o Paradoxo de Fermi. O físico italiano Enrico Fermi nunca propôs o
paradoxo, mas a ideia em questão (uma aparente contradição) pode ser expressa nos seguintes
argumentos:

1- O universo é muito grande e muito antigo, logo se a vida for um fenômeno natural e
recorrente no universo, devem existir muitas civilizações extraterrestres, possivelmente,
muitas delas, com vida inteligente e tecnologia avançada.
2- Não existe nenhuma evidência consistente e amplamente conhecida que indique existência
de vida extraterrestre.

Se existem civilizações desse tipo (considerando também as


mais avançadas que a civilização humana) seria esperado que
elas já tivessem tentado estabelecer algum tipo de contato, ou
mesmo já deixado algum rastro ou vestígio concreto de sua
existência, como um artefato tecnológico, ou um padrão de
comunicação, semelhante às ondas de rádio. Este nos daria
indícios, mesmo de muito longe. Uma pena que, até mesmo
para as ondas eletromagnéticas, que viajam na velocidade da
luz (por quê?), leva muito tempo para se percorrer a distância
entre certas galáxias, o sinal chegaria, após milhares de anos.
Certamente não conseguiríamos estabelecer uma conversa “por
telefone”. Pense bem.

- Precisaríamos de algo ainda mais rápido, mas até o


momento, as ideias de Einstein sobre a velocidade dos corpos
se mostraram corretas. É impossível superar a velocidade da
luz.
- Não sabemos nos comunicar com uma espécie alienígena. Levaria muito tempo para
compreender uma mensagem, mesmo que a mensagem nos fosse entregue e tivesse
significado de fácil compreensão. Até o momento, nenhuma mensagem óbvia foi
entregue “pessoalmente” à espécie humana. A mensagem pode estar na nossa frente, e
podemos não estar compreendendo.

Ao longo do livro de Webb, vários elementos do paradoxo são apontados. Por exemplo, um
problema muito grande para que as extraordinárias viagens interestelares das ficções
científicas como Star Trek e Interestelar se tornem realidade é a inospitalidade do espaço
sideral. A maior parte do universo conhecido (ou ao menos observado) é completamente
inabitável, pelo menos para as formas de vida que conhecemos. Nem os resistentes e
adaptáveis tardígrados teriam plena capacidade de sobrevivência na escaldante atmosfera de
Vênus, na tenebrosa tempestade de Júpiter ou no frio congelante de Plutão. Se nem os mais
resistentes conseguem sobreviver, quem dirá que a vida como conhecemos tenha se formado
em lugares como estes?
Não é à toa que o planeta mais parecido com o nosso no sistema solar é Marte, que está logo
depois da terra. Assim como a Terra, Marte se encontra na zona de habitabilidade do nosso
sistema solar. A zona de habitabilidade, ou, zona habitável de uma estrela é a zona que
compreende as órbitas de planetas com maior chance de abrigar vida da forma como
conhecemos. Marte é o último dos planetas rochosos, é um característica dos planetas mais
próximos das estrelas (com exceção de Plutão e demais objetos menores, resultantes de
colisões, que orbitam o Sol). Por se encontrar a uma distância parecida com a nossa, e possuir
uma atmosfera, embora muito fina e composta basicamente por CO2, sua temperatura tende a
ser amena. Acredita-se que Marte já tenha abrigado rios de água líquida, e possivelmente
vida. Se a atmosfera de Marte fosse semelhante à nossa, ele teria um grande potencial para
abrigar vida!
Sabemos que o CO2 é um gás do efeito estufa e que seu acúmulo na atmosfera terrestre
contribui para o aquecimento global. Com o aumento da temperatura na superfície da Terra, o
efeito se intensifica, uma vez que outros gases, como o oxigênio, o nitrogênio e o vapor
d’água tendem a se esvair no vazio do espaço sem retornar. Finalmente, a água pode secar
completamente, e toda a vida que conhecemos deixaria de existir. Com o tempo, a erosão
reduziria os continentes sobre os abismos oceânicos expostos pelo aquecimento. A paisagem
seria um grande deserto com uma fina camada de CO2, muito semelhante à Marte.

Mobilize seu grupo de pesquisa para responder às seguintes questões:

Pensando em como a vida se formou no planeta terra, mas levando em conta as condições de
habitabilidade do universo, reflita sobre como a vida poderia se formar em outro planeta?

Quais princípios físicos estão envolvidos na formação da vida? Como poderíamos definir a
vida pelo ponto de vista da física?

Que outras respostas poderíamos formular para tentar resolver o paradoxo de Fermi?

Vídeos legais sobre o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=sNhhvQGsMEc
https://www.youtube.com/watch?v=JOiGEI9pQBs
https://www.youtube.com/watch?v=QImCld9YubE

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