Você está na página 1de 4

3 Materiais e Métodos

Este relatório se desenvolveu no âmbito da disciplina Estágio Básico II - Planejamento de Ações


e Projetos de Intervenção Contextualizada, do curso de Bacharelado em Psicologia da
Faculdade Pitágoras de Uberlândia. E tem por objetivo avaliar a capacidade de aliar a teoria e a
prática, dentro do contexto da psicologia escolar com o tema: Impactos da pandemia na
educação.

Para tal realizamos uma pesquisa bibliografia e escolhemos dois artigos, um realizado pelo
instituto DataSenado com o título “ Impactos da pandemia na educação no Brasil, outro de
uma instituição privada o instituto Alicerce, eles servirão para nos apoiar neste relatório.

Tmbém realizamos uma entrevista estruturada de forma remota, contendo 10 questões com
uma psicopedagoga, as respostas foram obtidas através de áudio que foi transcrito de forma
literal, mantendo a fidelidade das informações.

Verificamos se o que é dito no campo da pesquisa pode se traduzir para a realidade da prática,
relacionando as respostas obtidas e os artigos em questão, e também levantar possíveis
soluções para mitigar os impactos da pandemia e do isolamento social na educação.

Este relatório se desenvolveu no âmbito da disciplina Estágio Básico II – Planejamento de


Ações e Projetos de Intervenção Contextualizada, do curso de Bacharelado em Psicologia da
Faculdade Pitágoras de Uberlândia com o tema “Os impactos da pandemia na educação ”.Para
tal realizamos uma pesquisa bibliografia e escolhemos dois artigos, um realizado pelo instituto
DataSenado com o título “ Impactos da pandemia na educação no Brasil, outro de uma
instituição privada o instituto Alicerce, eles servirão para nos apoiar no desenvolvimento e
discussão do tema. Para complementar o estudo feito, selecionamos uma psicopedagoga para
uma entrevista, a profissional tem 30 anos de experiência na área da educação transitando
pela docência e gestão , atualmente ela atende demandas de atraso escolar com aulas de
reforço e afins. A entrevista ocorreu de forma remota onde foi enviado um questionário com
10 questões elaborado pelos discentes e pela professora da disciplina. As respostas foram
obtidas através de áudio, e foram transcritas de forma literal para manter a fidelidade das
informações.

Para a coleta de dados, analises e ponderação feitas na pesquisa, reproduziremos a baixo oito
das dez perguntas escolhidas do questionário apresentado bem como suas respostas.

1. Durante a fase mais crítica da pandemia como funcionou os atendimentos?

Resposta: Durante a pandemia foi impossível exercer a função. Foram em torno de 1 ano e
meio que a sala não pôde funcionar.

2. Como foi receber os alunos na volta às aulas presencialmente?

Resposta: Está sendo um desafio porque os alunos chegam com uma defasagem de 2 anos,
estão com dificuldades de socialização, não conseguem interagir entre eles.
3. Você percebe alguma diferença no comportamento deles que ficaram tanto tempo
longe uns dos outros?

Resposta: Então percebe-se que o isolamento trouxe um certo afastamento.

4. Como está a relação entre eles após esse retorno?

Reposta: Ha dificuldade de interação, a faixa etária que eu trabalho que são crianças de 07 a
11 anos, eles são mais fáceis de viver a situação e de retornar, fazer o caminho de volta, esta
dificuldade é só no início, rapidinho eles conseguem se socializarem.

5. Teve algo que te chamou a atenção em relação a mudança de comportamento?

Resposta: Dificuldade de interação e socialização entre eles.

6. Como funciona a participação dos familiares? A maioria é receptiva as intervenções?

Resposta: Percebe-se que muitos tem se esforçado para acompanhar e ajudar no


desenvolvimento do filho, e outros tem deixado a desejar, por falta de tempo e dificuldades
nos auxílios das atividades.

7. Na sua opinião, o que poderia ser feito para amenizar todo esse impacto sofrido pela
educação na pandemia no campo das políticas públicas?

Resposta: Não vejo algo que as política publicas poderiam fazer algo quanto a isso porque é
uma situação atípica não é uma situação isolada, é uma situação que envolveu e envolve a
todos e creio que o que está sendo feito e o que deve ser feito mesmo, cada família
procurando a sua forma de voltar ao seu normal, algumas buscam e outras não.

8. O que esperar da educação pós pandemia?

Resposta: Espero que a maioria das famílias tenham a condição de buscar essa ajuda e
recompor rapidamente essa dificuldade acadêmica de cada criança, que cada um siga de
acordo com aquilo que consegue correr atrás e atingir.

De posse dos dados coletados através da entrevista as informações foram analisadas e


discutidas. Posteriormente foi feito uma discussão sobre as respostas obtidas da entrevista em
relação aos dados da pesquisa bibliográfica com o intuito de verificar se há pontos em comum
entre os pesquisadores e a profissional.
Análise de dados

De acordo com a pesquisa realizada pelo instituto DataSenado a principal percepção dos
participantes em todos os grupos é que 2020 e 2021 foram anos perdidos para educação,
resultando em consequências graves a longo prazo “Durante a pandemia era só brincadeira,
nada de estudo. Para mim foram 2 anos perdidos.” (Homem, Grupo Misto 25 a 40 anos –
Salvador).

Com essa fala identificamos a difícil adaptação ao ensino remoto, que como todo o cenário
pandêmico era uma situação nova, e que precisou ser implantado de forma emergencial sem o
devido preparo para inserção desta modalidade de ensino a transição ocorreu de forma
adrupta e refletiu na dificuldade de assimilar essa nova realidade e retirar dela todo o seu
potencial. Também podemos destacar que o ensino remoto exige disciplina e foco devido estar
em um ambiente residencial muitas vezes não preparado para propiciar o ensino e devido aos
vários estímulos em paralelo ao estar conectado a internet como notificações de redes sociais
que podem servir de distração para o aluno.

O instituto Alicerce vem apresentar outra face do problema mostra que, 4 milhões de alunos
brasileiros com idades entre 6 a 34 anos, abandonaram os estudos em 2020. Taxa de
abandono escolar em 2020: Ensino superior: 16,3%, ensino médio: 10,8%, ensino fundamental:
4,6%.

Entre as principais causas para o abandono escolar, está a questão socioeconômica,


considerando que os estudantes das classes sociais mais baixas lideraram os índices de evasão.
Classe A e B: 6,9%, classe D e E: 10,6%.

De acordo com a UNICEF, entre os estados brasileiros que adotaram o ensino remoto, apenas
15% distribuíram dispositivos aos alunos, e menos de 10% subsidiaram o acesso à internet.
Como consequência, 3,7 milhões de estudantes matriculados não tiveram acesso a atividades
escolares e não conseguiram estudar em casa.

O Brasil corre o risco de regredir duas décadas no acesso à educação. Os dados são de uma
pesquisa do Unicef, órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) para a infância e do
Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).

A vamos olhar a situação sob a ótica de quem como os estudantes tiveram que se adaptar a
essa nova realidade e fazer o ensino de alguma forma acontecer, os profissionais da educação.
Na entrevista com a psicopedagoga de início identificamos a dificuldade de no momento mais
crítico da pandemia em continuar o seu trabalho sem a possibilidade do ensino remoto,
ficando um ano e meio impossibilitada de exercer suas funções.

Na reposta da segunda questão, com o retorno ao ensino presencial ela pode constatar além
da defasagem no ensino uma grande dificuldade de socialização entre os alunos. A terceira
pergunta complemento da segunda ela responde que notou um afastamento entre os alunos

Nos chamou atenção na resposta da sétima pergunta quando ela diz que não veria nada que as
políticas públicas pudessem fazer para amenizar os impactos causados pela pandemia, e que
caberia a cada família buscar um método para tal.
E também na reposta da oitava questão onde ela responde “Espero que a maioria das famílias
tenham a condição de buscar essa ajuda e recompor rapidamente essa dificuldade acadêmica
de cada criança, que cada um siga de acordo com aquilo que consegue correr atrás e atingir”.

Ela acredita que a família seria quem deveria buscar formas de mitigar os impactos da
pandemia na educação e que as políticas públicas nada poderiam fazer, ainda demonstra se
satisfeita com as que já estão em curso.

Na nossa visão as políticas públicas tem um papel essencial para reduzir os impactos da
pandemia na educação pois ela possibilita acesso igualitário e justo a todos, ela quem irá
direcionar os programas públicos e ações do governo. A desigualdade social é um mal que
assola o mundo inteiro, então pensar que cada família tenha condições de proporcionar o
melhor tratamento para essa questão seria um pouco perigoso, podendo assim fazer
aumentar mais ainda a desigualdade.

Relacionando os dados é visível que a pandemia deixará muitos impactos a curto e a longo
prazo, as pesquisas vão de encontro com as percepções de quem de fato está na linha de
frente diversos fatores contribuem para isso como mostramos.

Você também pode gostar