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TESTE DE AVALIAÇÃO

PORTUGUÊS

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome:

Turma: Número: Data: 15 / 10 / 2021

A PREENCHER PELO PROFESSOR

Professor: Classificação:

A PREENCHER PELO ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO

Tomei conhecimento.

O Encarregado de Educação

6.º ANO
Grupo I – Leitura e Educação Literária

Lê, com atenção, o texto apresentado.

Parte A

Museu da Farmácia organiza “Brigadas


Antivírus”

Todos os sábados de setembro, o Museu da Farmácia tem atividades a pensar nos


mais novos, em Lisboa e no Porto.

Sabias que, ao longo da História,


o Homem tem usado várias máscaras?
5 E não foi para se proteger de corona-vírus!
Nas oficinas do Museu da Farmácia há
muito para ver e aprender.

Oficina de máscaras

Máscaras de curandeiro, máscaras de


10 feiticeiro, máscaras de proteção, máscaras
da tradição, máscaras de teatro, máscaras
de cerimónia... Na visita guiada à
exposição “Um Mundo de Máscaras” vais Ateliê “Brigada Antivírus”
conhecer as várias utilizações das
Neste ateliê vais aprender como os
15 máscaras ao longo dos séculos. E se
25 vírus se transmitem, conhecer formas de
gostas de tecnologia, não vais querer
evitar a contaminação por micror-ganismos
perder a parte de Realidade Aumentada
e compreender a razão pela qual devemos
em que, através da leitura de um código
cobrir a boca e o nariz quando espirramos
QR, poderás viajar no tempo e “vestir”, de
ou tossimos, ou seja, porque devemos usar
20 forma virtual, as máscaras que compõem a
30 máscara. De seguida, terás a oportunidade
exposição.
de te transformares num verdadeiro
De seguida, os participantes decoram uma
cientista e fabricar o teu próprio álcool gel,
máscara que podem levar para casa,
que poderás levar para casa.
utilizando diversos materiais coloridos.

Visão júnior online, 8 de setembro de 2020


(texto adaptado e com supressões, acedido em
outubro de 2020
Parte B

Lê, com atenção, o conto seguinte dos irmãos Grimm. Se necessário, consulta o vocabulário.

A Lua

Em tempos que já lá vão havia uma terra onde a noite era sempre escura e o céu
estendia-se sobre ela como um lenço negro, pois ali a Lua nunca subia e nenhuma estrela
piscava na escuridão. Na altura da criação do mundo, a luz da noite era suficiente. Uma vez,
saíram desta terra em peregrinação quatro rapazes e chegaram a um outro reino onde,
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quando à noite o Sol desaparecia atrás dos montes, havia uma esfera brilhante pendurada
num carvalho, que deitava uma luz suave em todas as direções. Devido a ela, era possível
ver e distinguir tudo muito bem, embora não fosse uma luz tão forte como a do Sol. Os
rapazes pararam e perguntaram a um lavrador, que passava por ali com o seu carro, que luz
era aquela. “Aquilo é a Lua”, respondeu ele, “o nosso prefeito1 comprou-a por três moedas e
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pendurou-a no carvalho. Tem de lhe deitar óleo todos os dias e mantê-la limpa, para que ela
não deixe de brilhar. Por isso, pagamos-lhe uma moeda por semana.”
Assim que o lavrador partiu, disse um deles: “Esta lanterna fazia-nos jeito, também lá
temos um carvalho, tão alto como este, onde a podemos pendurar. Que grande alegria
deixar de tropeçar na escuridão!” “Sabem que mais?”, disse o segundo, “precisamos de
15 arranjar um carro e um cavalo e levar a Lua embora. As pessoas daqui bem podem comprar
uma outra.” “Eu trepo com muita facilidade”, disse o terceiro, “trago-a já para baixo!” O
quarto trouxe um carro e um cavalo e o terceiro trepou pela árvore acima, fez um buraco na
Lua, passou-lhe um fio e fê-la descer. Assim que a Lua brilhante ficou dentro do carro,
deitaram-lhe um lenço por cima, para que ninguém se apercebesse do roubo. Levaram-na
20 sem problemas para a sua terra e penduraram-na num alto carvalho. Velhos e novos
alegraram-se quando a nova lanterna começou a estender a sua luz sobre os campos e os
quartos e salas se encheram dela. Os anões saíram dos seus buracos nas rochas e os
pequenos elfos, com os seus casacos vermelhos, faziam rodas nos prados.
Os quatro rapazes tratavam da Lua com óleo, limpavam a mecha2 e recebiam a sua
25 moeda semanal. No entanto, envelheceram e quando um deles adoeceu e se apercebeu de
que a morte estava próxima, ordenou que o quarto da Lua que lhe pertencia fosse levado
com ele para a sepultura. Quando morreu, o prefeito trepou à árvore e, com a tesoura da
poda3, cortou um quarto da Lua que meteu no caixão. A luz da Lua diminuiu, mas não muito.
Quando morreu o segundo, foi-lhe dado o segundo quarto e a luz mingou4. Mais fraca ficou
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ainda quando morreu o terceiro, que também levou o seu quarto e, quando o quarto homem
foi sepultado, instalou-se de novo a velha escuridão. Sempre que as pessoas saíam à noite
sem lanterna, batiam com as cabeças umas nas outras.
Porém, assim que os quartos da Lua se juntaram no inferno, os mortos, habituados à
escuridão, agitaram-se e acordaram do seu sono. Ficaram espantados por poderem ver de
35 novo: a luz da Lua chegava-lhes bem, pois os seus olhos estavam tão fracos que não teriam
podido suportar a luz do Sol. Ergueram-se, alegraram-se e retomaram os seus hábitos de
vida. Alguns deles dedicaram-se ao jogo e à dança, outros foram para as tabernas onde
pediram vinho, embriagaram-se5, vociferaram6 e lutaram e, por fim, pegaram em cacetes e
bateram uns nos outros. O barulho era cada vez maior até que, por fim, chegou ao céu.
40 São Pedro, que guarda as portas do céu, calculou que o inferno se tinha revoltado e
chamou as hostes7 celestes, que lutavam contra o maligno8, porque este e os seus
associados pretendiam assolar a morada dos abençoados. Como, porém, elas não vinham,
São Pedro montou no seu cavalo, atravessou as portas do céu e foi ao inferno. Aí sossegou
os mortos, fê-los voltar de novo à sepultura e levou com ele a Lua, pendurando-a no céu.

Jacob e Wilhelm Grimm, “A Lua”, in Contos de sempre, Porto, Porto Editora, 2004, pp. 31-35

1. prefeito: espécie de presidente da câmara; 2. mecha: fios envolvidos em cera ou combustível para manter o
lume aceso; 3. poda: de cortar ramos; 4. mingou: diminuir; 5. embriagaram-se: ficaram bêbedos; 6.
vociferaram: gritaram, berraram; 7. hostes: exércitos; 8. maligno: mal.

1. Ordena os momentos da narrativa, de 1 a 8, de acordo com a ordem com que aparecem no texto.

A. Decisão dos quatro rapazes de roubarem a Lua.

B. Consequências da luz da Lua no inferno.

C. Explicação do lavrador de que a Lua tinha sido comprada pelo prefeito.

D. Morte dos quatro rapazes.

E.Apresentação de um espaço sempre escuro, devido à ausência da Lua.

F. Visita de São Pedro ao inferno para sossegar os mortos e reaver a Lua.

G. Alegria de todos quando a Lua iluminou os campos e as casas.

H. Reação dos anões e dos elfos à luz da Lua.

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2. Menciona duas características que te permitam classificar este texto como um conto popular.

3. Indica que cuidados eram necessários ter com a Lua para que ela não deixasse de brilhar.

4. “Levaram-na sem problemas para a sua terra e penduraram-na num alto carvalho.” (ll. 19-20)
4.1. Refere a reação das pessoas e dos outros seres à luz da Lua.

5. O que é que cada um dos quatro rapazes exigiu levar no momento da sua morte?

6. Identifica três hábitos de vida retomados pelos mortos no inferno depois da chegada da Lua.

7. Explica de que forma São Pedro conseguiu trazer novamente paz ao inferno.

Grupo II – Gramática
1. Observa as palavras sublinhadas na frase seguinte, classificando-as quanto à classe e subclasse.

“O quarto [irmão] trouxe um carro e um cavalo e o terceiro trepou pela árvore acima, fez um
buraco na Lua, passou-lhe um fio e fê-la descer. Assim que a Lua brilhante ficou dentro do
carro, deitaram-lhe um lenço por cima, para que ninguém se apercebesse do roubo.”

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2. Preenche a grelha com a família de palavras consoante a classe a que pertencem.

Nome Verbo Adjetivo


brilhante
escuridão
envelhecer

3. Completa cada frase com o adjetivo no grau indicado entre parênteses.


a) No inferno o barulho era __ (grande: comparativo de superioridade)
do que na terra.
b) (bom: superlativo relativo de superioridade) contos de sempre são os
contos dos irmãos Grimm.
c) A luz da lua era (brilhante: superlativo absoluto analítico).
d) Os contos de Grimm tornaram-se (célebre: superlativo absoluto
sintético).
e) Com a luz da Lua, os habitantes daquela terra sentiam-se
(confortável: superlativo absoluto sintético).

4. Refere, utilizando apenas uma palavra para cada alínea:


a) um sinónimo de “piscava” (l. 3)
b) um antónimo de “alegraram-se” (l.36)

5. Classifica as seguintes palavras quanto à sua acentuação.


a) “facilidade”
b) “óleo”
c) “partiu”

6. Pontua o texto abaixo apresentado, reescrevendo-o e fazendo os parágrafos necessários.


Muito paciente o lavrador parou no caminho e quando os rapazes lhe perguntaram o que era
a luz suave este disse rapazes esta é a luz da Lua que maravilhoso exclamaram os rapazes

7. Identifica a função sintática destacada nas frases.


a) Os elfos faziam rodas nos prados?
b) Vai buscar um carro, prefeito.
c) Os rapazes saíram da terra em peregrinação.
d) A luz da Lua chegava-lhes bem._
e) Partiu o lavrador depois de falar com os rapazes.

Bom trabalho!
A Professora,
Ana Raquel Silva

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