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PEDAGOGIA
Análise se a ação pedagógica de Jesus serviria como uma proposta de
educação para atualidade.
ÍNDICE
1. 1. RESUMO
2. 2. INTRODUÇÃO
3. 3. Questões de Estudo
4. 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. 5. Jesus, como educador em suas relações pessoais
e sociais, um pouco da história da humanidade
6. 6. RECURSOS QUE JESUS UTILIZOU EM SUA ÉPOCA,
PARA REALIZAR O SEU ENSINO
7. 7. A ação pedagógica de Jesus E A proposta de
educação para atualidade
8. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. 9. REFERÊNCIAS
1. RESUMO
Este estudo surgiu a partir do tema: as práticas pedagógicas de Jesus. Desejou-se
responder ao problema: que características assume a prática pedagógica de Jesus
para ser considerada uma diretriz educacional na atualidade? Optou-se por
delimitar a investigação, formulando os seguintes objetivos: a) analisar como era a
atuação de Jesus como educador em suas relações pessoais e sociais, com os que o
rodeavam. b) identificar quais foram os recursos que Jesus utilizou em sua época,
para realizar o seu ensino. c) verificar se hoje a ação pedagógica de Jesus serviria
como uma proposta de educação para atualidade. Por se tratar de um tema
relevante, que atende às linhas de pesquisa, definidas no curso de Pedagogia,
priorizou-se adotar o tipo de pesquisa bibliográfica, tendo–se com referencial
teórico autores como: Paulo Freire, Miguel G. Arroyo, Augusto Cury entre outros.
Os resultados a que se chegou revelaram que Jesus realmente tinha uma mensagem
simples, mas forte e marcante. Era possuidor de uma pedagogia própria, para todas
as situações Ele reinventava a prática de ensinar.
Hoje temos vários meios que podem nos auxiliar para melhorar a prática
pedagógica. Temos vários cursos de aprimoramento dos professores. Os recursos
didáticos que utilizamos em cada sala de aula vêm sendo melhorados a cada dia.
Os alunos não são mais tratados como desprovidos de conhecimentos. Agora são
tratados como pessoas que têm bagagem cultural, sendo esta, muitas vezes, forte e
marcante. Como a educação não é mais a mesma de tempos atrás, muitas mudanças
estão sendo realizadas para o melhor desempenho da prática pedagógica, visando
a modernização do processo de aprendizagem.
Sobre tudo que lemos e ouvimos, falar de Jesus é impossível demarcar uma
separação nítida entre a pregação e o ensino, um está intrínseco no outro.
Podemos então observar que alguns dos escritores dos Evangelhos sempre
descrevem Jesus ensinando como em Marcos (capítulo 4 versículos 1 e 2):
[...] Outra vez começou a ensinar à beira do mar. E reuniu-se a ele tão grande
multidão que ele entrou num barco e sentou-se nele, sobre o mar; e todo o
povo estava em terra junto do mar. Então lhes ensinava muitas coisas por
parábolas, e lhes dizia no seu ensino: [...]
Assim como em Marcos (capítulo 6 versículo 2):
Estava sempre disposto a ensinar a prática do amor, mesmo antes que as pessoas
se mostrassem arrependidas. Para Jesus, o poder de Deus era maior que o pecado,
e Ele ensinava que o arrependimento e a fé podiam salvar os homens.
Que prática pedagógica é essa que conseguia mobilizar a tantos e que difundiu por
vários lugares e através de séculos o que Ele queria ensinar? Como Ele conseguia
com essa prática pedagógica levar o seu ensinamento?
Aos seus seguidores, Jesus oferecia normas práticas da vida que, por vezes, eram
mais duras de cumprir que a própria lei judaica. Ele ensinava às pessoas a amarem
a Deus e aos seus semelhantes com toda a força de seus corações e de suas mentes.
Frisava que cada pessoa deveria tratar as outras como gostaria de ser tratada por
elas. Ensinava: "a quem te esbofetear a face direita, oferece também a esquerda”,
como está em Mateus Capítulo 5, no versículo 39. As relações que ele estabelecia
com as pessoas, a sua volta, era de tamanha magnitude que muitos não queriam
abandonar a sua presença.
Em uma época e em uma região em que vigorava a chamada Lei de Talião, que
consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, "olho por olho, dente por
dente"; Jesus ensinava o perdão entre os seres humanos. Isso pode ser considerado
uma verdadeira revolução, na medida em que subvertia todo o conceito de justiça
pessoal e social, então predominante.
Justificamos com esse trabalho o nosso desejo de estudar a prática pedagógica que
Jesus desenvolveu em seu tão curto Ministério e como ele revolucionou o ensino
no mundo ocidental com uma mensagem tão simples e forte que perdura até os
dias de hoje.
Estudar o que Ele fez, será como entrar num grande laboratório, onde
entenderemos cada fase que Ele viveu, para termos de modo sucinto e claro o
funcionamento da Pedagogia que Ele aplicou em seus ensinamentos.
Não queremos, com esse trabalho, entrar no mérito da questão do campo religioso,
não, queremos levantar questionamentos sobre a prática pedagógica de Jesus e
verificar como atingia os seus objetivos.
Somos hoje pedagogos e temos uma grande lição para levar para todas as pessoas
do mundo: A arte de ensinar. Como ensinar sem que haja amor no que estamos
fazemos? Como trabalhar o conhecimento de forma clara e concisa?
Observando esse grande “Mestre” que foi Jesus, podemos refletir sobre o quanto
realmente estamos agindo de forma a atingir a “perfeição”, enquanto educadores
eficazes.
Que características assume a prática pedagógica de Jesus para ser considerada uma
diretriz educacional na atualidade? Perguntamos, então para compreendermos a
prática pedagógica de Jesus algumas questões nortearam esse estudo. Essas
questões geraram os objetivos deste trabalho:
3. Questões de Estudo
• Como era a atuação de Jesus como educador em suas relações pessoais
e sociais, com os que o rodeavam, distinguindo o valor da pessoa
humana?
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Analisar como era a atuação de Jesus como educador em suas relações
pessoais e sociais, com os que o rodeavam.
Augusto Cury (2006) foi consultado, porque ele faz uma análise da inteligência de
Cristo e o seu comportamento pessoal, em relação às demais pessoas, fazendo
interrogações sobre o nosso comportamento. Ele chama a atenção para o
conhecimento não só da Pedagogia como professores, mas sim, a relação do
educador, com os alunos. Tais contribuições visam aumentar, consideravelmente,
as nossas práticas educativas, a fim de não as tornar frias e sem sentido, e sim,
trazê-las à prática com mais amor e sensibilidade para dentro das salas de aula,
visando principalmente a pessoa humana.
O amor à educação, o amor aos alunos, o amor à prática diária da educação, não é
como mera profissão, mas como fonte de inspiração e alegria da prática pedagógica
para todos, onde são moldadas vidas para toda uma vida.
CAPÍTULO I
5. Jesus, como educador em suas relações pessoais e sociais,
um pouco da história da humanidade
Jesus Cristo não tinha para si “uma” escola ou “um” púlpito, onde ensinava, Ele fazia
isso junto nas Sinagogas, à beira do mar, em embarcações, em montes, pelos
caminhos por onde andava.
Jesus durante o seu tempo de ensinamentos, tinha domínio sobre o ensino de forma
multiculturalista e sobre os costumes dos povos locais por onde passou, tendo
desta forma grande êxito no ensinamento de sua Palavra.
Formar o professor multiculturalmente orientado implica, conforme temos
argumentado, em trabalhar em prol de um modelo de professor apto a
compreender o conhecimento e o currículo como processos discursivos,
marcados por relações de poder desiguais, que participam da formação das
identidades. Implica em tensionar conteúdos pré-estabelecidos e pretensões
a verdades únicas, procurando detectar vozes silenciadas e representadas
nesses discursos curriculares, de forma a mobilizar a construção de
identidades docentes sensíveis à diversidade cultural e aptas a formular
alternativas discursivas transformadoras, desafiadoras do congelamento de
identidades e dos estereótipos. (CANEN 2005, p 56)
Jesus, com seus atos, evitava não só a discriminação, o preconceito, mas também
respeitava as identidades culturais e raciais, buscando adotar medidas que
aproximassem as culturas e as sociedades diferentes, para manterem uma única
união pautada no amor ao próximo e a si mesmo.
Quando Ele fez a escolha dos seus 12 discípulos Ele orientou-os como fazer, como
ensinar com convicção, certeza e clareza as suas palavras e ser difusor dos seus
ensinamentos, nos locais onde Ele não poderia ir.
O professor, diz Paulo Freire (2006) deve não somente ensinar o conteúdo, mas
aprimorar o que o aluno já traz consigo, ele questiona sobre a utilização dos
saberes do aluno em relação aos seus conhecimentos e como podem ser
aprimorados e utilizados na escola.
Quando, pois, o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele,
Jesus, fazia e batizava mais discípulos do que João (ainda que Jesus mesmo
não batizava, mas os seus discípulos) deixou a Judéia, e foi outra vez para a
Galileia.
E era-lhe necessário passar por Samaria.
Chegou, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que
Jacó dera a seu filho José; achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da
viagem, sentou-se assim junto do poço; era cerca da hora sexta.
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois
seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe então a mulher samaritana: como, sendo tu judeu, me pedes de
beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se
comunicavam com os samaritanos.)
Respondeu-lhe Jesus: se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te
diz: dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo;
donde, pois, tens essa água viva?
És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual
também ele mesmo bebeu, e os filhos, e o seu gado?
Replicou-lhe Jesus: todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a
água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida
eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não
mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la.
Para melhor entendermos o que havia entre os descendentes dos povos judeus e
os samaritanos, vale aqui uma explicação. Na época, judeus e samaritanos não se
comunicavam devido à religião dos samaritanos que se baseia no Pentateuco, tal
como o judaísmo. Contudo, ao contrário deste, o samaritanismo rejeita a
importância religiosa de Jerusalém. Os samaritanos não possuem rabinos e não
aceitam o Talmud ou Torá dos judeus ortodoxos. Os samaritanos não se
consideram judeus, mas descendentes dos antigos habitantes do antigo reino de
Israel (ou reino da Samaria). Os judeus ortodoxos os consideram, por sua vez,
descendentes de populações estrangeiras, que adaptaram uma versão adulterada
da religião hebraica, e como tal, recusavam-se a reconhecê-los como judeus ou até
mesmo como descendentes dos antigos israelitas. O Estado de Israel os reconhece
como judeus. Desta forma, havia esta discriminação pelos judeus ao samaritanos e
ainda mais para uma mulher que estava a tirar água num poço e a falar com um
judeu. Jesus demonstrou uma total abertura para ensinar, e como sua relação entre
as pessoas da época, era pautada por ações dialogadas, Jesus praticava em suas
caminhadas diárias ensinando em todo o tempo possivel.
Para aquela mulher, Jesus ensinou a prática das Boas Novas, na qual Ele falava de
si mesmo, relatando o poder da vida que somente Jesus pode dar, a vida eterna. O
seu ensinamento, naquele momento, foi tão significante para aquela mulher, que
ela não somente lhe ofereceu a água, como, também, ficou maravilhada com a
forma como Ele falava. Ela, então, foi avisar a todos quanto podia, para verem com
quem ela estava falando e o que Ele estava dizendo. A mensagem foi passada de
forma clara e o ensinamento foi aprendido e repassado.
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura
não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. (JOÃO 4-
28:30)
Como seria bom se a cada aluno, que levarmos o ensino pudesse ser como aquela
mulher samaratina, um aprendiz! Com tanto amor pelo que aprendeu.
Jesus olhava seus semelhantes com um outro olhar e partia deste foco existencial
para levar a sua Palavra àqueles que a Ele se reuniam.
O ofício de mestre, encontra aí seu sentido, sentido esse que lá, além, no século I
(dC) Jesus já imprimia em suas parábolas.
CAPÍTULO II
6. RECURSOS QUE JESUS UTILIZOU EM SUA ÉPOCA, PARA
REALIZAR O SEU ENSINO
A função do professor é uma grande arte, tem, como finalidade realizar uma
transformação em pessoas de diversas idades, levando a meditar sobre seus
conceitos e suas práticas. Entendendo mais claramente a função do professor,
dentro de uma sala de aula, meditemos em Augusto Cury (2003 p: 154) que, em
tempos de crise do ensino, tanto do lado do professor quanto do público atendido,
nos informa que
Vamos então, para iniciar este momento, entendermos o que são os recursos
didáticos. Segundo o Dicionário (FERREIRA, 1993, p 106) “recurso didático é todo
o material que o professor pode usar para preparar, melhorar e ministrar sua aula.”
Veremos abaixo alguns dos recursos que são empregados nos dias atuais:
O quadro magnético (quadro branco) utilizado para escrever como também para
afixar objetos ou papéis através de imã.
O flip chart é um recurso formado de cavalete e folhas em branco e serve para fazer
anotações momentâneas, durante a exposição do assunto. Difere do álbum seriado,
que consiste em uma sequência de folhas, devidamente organizadas, contendo
informações que auxiliam a compreensão do conteúdo explanado.
Já a transparência exige um equipamento próprio (retroprojetor) que possibilita a
projeção do material numa tela.
Para que as pessoas da época pudessem entender melhor as suas palavras Jesus
utilizavam-se, várias vezes, das Parábolas.
Algumas das situações em que Jesus utilizou-se das Parábolas foram para
admoestar ou indicar (como em Mateus 18: 23-35), nas quais Ele se utilizou para
falar sobre o perdão, prática essa realizada pelos Judeus até nos nossos dias
Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer
contas com os seus servos; E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado
um que lhe devia dez mil talentos; E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor
mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto
tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o
reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e
perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus
conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o,
dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a
seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele,
porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram
declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-
o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida,
porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu
companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?. E, indignado, o seu
senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada
um a seu irmão, as suas ofensas.
Nesta Parábola Jesus relatou sobre o perdão de um homem servo que havia sido
perdoado por seu senhor de uma dívida que lhe custaria a vida tanto dele como de
seus familiares e que ao se humilhar diante dele conseguiu o perdão. Ao sair da
presença de se seu senhor encontrou um dos seus criados que o devia, na mesma
hora ele deveria ter mostrado a misericórdia que recebeu de seu senhor mas, não
o fez. Algumas das pessoas que estavam em redor viram o que ele fez e foram
contar ao seu senhor que o levou novamente para ser atormentado até que fosse
pago o que lhes devia, essa narrativa mostra que Jesus queria passar a importância
do perdão e da misericórdia.
Estamos, em muitas vezes, tão tomados pelas atribuições do dia-a-dia que nos
esquecemos de pequenos gestos, que podem nos levar a melhorar nossa relação
com os alunos. Ás vezes uma brincadeira fora de hora, uma palavra mal dada ou o
atraso de um aluno são levados para esferas superiores, embora pudessem ser
reconciliadas dentro da sala assim como Cury (2003, pg 155) assinala que: “na
escola dos meus sonhos cada criança é uma joia única no teatro da existência, mais
importante que todo o dinheiro do mundo’. Esse sentimento de valorização da
criança humaniza a relação e deve ser praticada. Jesus tanto sabia disso, que fazia
dessa prática uma constante no seu ensino, valorizando a pessoa humana.
Outros momentos em que Jesus utilizou-se das Parábolas foi para que o ouvinte
pudesse se posicionar a respeito de certo tema, opinião ou verdade que estava
sendo falado. Assim como no Evangelho de Lucas (12-15:24) temos o seguinte
trecho:
Queremos ver todos os alunos com aquela carinha de quero mais, me ensina, me
mostra o conhecimento, querendo aprender cada dia mais onde os professores
teriam o pleno domínio sobre a plateia, somente com a utilização dos recursos.
Jesus sabia que tinha que levar o seu ensino para todos quantos pudesse alcançar,
mas que no momento sozinho era, humanamente, impossível, então, Ele começou
a doutrinar os seus discípulos na arte da oratória e da comunicação e de como
transmitir com amor, utilizando-se somente deste recurso, o que nos indica ser
possível nos dias de hoje, com tantos recursos à nossa disposição, usarmos a
comunicação adequadamente
CAPÍTULO III
7. A ação pedagógica de Jesus e a proposta de educação para
atualidade
Para iniciar esse momento, decidimos buscar exemplos em certas situações que
são vividas por nós, alunos, nos dias de hoje, nas salas de aulas das escolas, onde o
aluno não é mais valorizado como pessoa, em si, visto e instado somente como mais
um objeto, fruto das mudanças socioeconômicas que estão sendo implementadas
pelo mundo.
Nos nossos dias atuais podemos ver que esse amor a profissão, ao ensinar tem se
apagado com o passar dos anos, onde a quantidade a ser formada deve ser atingida
ao final de cada ano, independentemente se o aluno tem condições de realmente
galgar para a série seguinte.
Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por
eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando,
pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres
esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua
esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te
recompensará publicamente. E, quando orares, não sejas como os hipócritas;
pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu
galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta,
ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que
pensam que por muito falarem serão ouvidos Não vos assemelheis, pois, a
eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
A pedagogia de Jesus é centrada na pessoa, o bem maior que Ele enfatizava em seus
ensinamentos sobre o Reino de Deus, buscava sempre mostrar a valorização, da
auto estima e da compaixão .
O ensino de Jesus se estabelece a partir do diálogo. Este envolve palavras, que por
sua vez envolve ação, para não se transformar em discurso vazio. A palavra no
diálogo compromete quem fala e a quem se fala. O diálogo é conscientizador,
através dele ocorre a reflexão-ação para a mudança. Ele enriquece o conhecimento
e valoriza a relação eu-tu. Como podemos observar no livro de Mateus 4:18-22
E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado
Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles,
deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois
irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai,
Zebedeu, consertando as redes; E chamou-os; eles, deixando imediatamente o
barco e seu pai, seguiram-no. ¶ E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas
suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria, e
traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e
tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.
E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da
Judéia, e de além do Jordão.
Jesus em seus ensinamentos valorizava a família e a sua relação entre si como
podemos verificar em Mateus 15:1-5
Essa pedagogia que Ele aplicava no seu cotidiano deveria ser a mesma aplicada nas
salas de aula e no cotidiano social, dentro das famílias e no movimento envolvendo
a aprendizagem e a valorização do ser humano em si.
Essa valorização que vem caindo a cada dia tem gerado homens de diversas classes
sociais a serem amantes de si mesmo, levando em consideração o próprio eu. A
prática de Jesus se fosse retomada nos dias atuais como fonte pedagogia de toda a
sua didática que era própria e bem trabalhada levaria ao melhor desempenho das
funções de cada elemento do cotidiano educacional.
A atuação de Jesus como educador, foi notória para todos que estavam a sua volta
na época e também para nós na atualidade, ver as variadas maneiras com que lidou
com certos problemas. Foi fantástico, fascinante. Pois para cada situação
apresentada, Ele dispunha de uma didática própria e eficaz.
A valorização da pessoa humana deve ser levada em conta, pois isso nos pode ser
verificado que, em algumas escolas, isso não existe mais. O medo, a repressão, as
indiferenças com o outro, têm se mostrado na realidade do processo de ensino.
Devemos então tomar como exemplo e realizar esse preceito, que nos traz o lado
sublime do ser humano, que são as suas relações sociais de amor, afeto,
cumplicidade e fraternidade.
Temos hoje, os melhores recursos didáticos para ensinar e muitos não sabem nem
como ligar um computador. A desatualização dos professores se torna um abismo
tão grande, que em vez de procurar buscar uma atualização, fazem ao contrário
fogem sem olhar para trás, como se tivessem correndo por suas vidas com medo
do novo.
Como vamos dedicar a nossa vida para o ensino se temos medo no novo? Não
podemos entender o novo como um grande abismo e sim, como uma nova barreira
que deve ser superada e vencida. Cada recurso que está sendo apresentado,
inventado serve somente para o aperfeiçoamento das aulas que nós mesmos
vamos lecionar, para melhorar aquilo que temos de melhor: a vocação e o amor
pela educação.
Como seria bom entender a nossa vocação e levar o amor ao ensino acima de tudo
que estamos fazendo! Nas nossas práticas, nas nossas estratégias, verificando no
nosso dia-a-dia com é bom fazermos com amor tudo na vida! Jesus nos deixou um
grande exemplo de dedicação ao que estava fazendo, para Ele não havia momento,
lugar ou dificuldade, Ele sempre procurava aproveitar o momento para levar a sua
palavra e logra êxito na sua vocação de ensinador cristão e difusor da palavra de
Deus.
Lamentavelmente, assim como foi na época em Jesus ensinava, teve que, por várias
oportunidades colocar os homens frente a frente com situações que os obrigada a
pensar e mudar de posição. Assim como nos dias de hoje, se nos levantarmos
contra o sistema é quase o mesmo que nos levantarmos contra a sociedade, escassa
de exemplos e de conceitos corretos, formada de homens com valores deturpados
e sem direção, que vão a passos largos para um caminho sem volta, um abismo da
ignorância, uma sociedade voltada para satisfazer o próprio EU, procurando a todo
custo, saciar essa vontade que consome por dentro.
Há mais de dois mil anos Ele nos deu um exemplo, uma direção a seguir, uma
posição a ser tomada. Em tudo que vamos fazer devemos colocar não a profissão,
mas sim, o amor ao que dedicamos nas nossas práticas pedagógicas, o amor ao
outro que esta sob nossa responsabilidade direta; o amor às relações sociais,
independente de quem seja, de onde for e de como é. Aí sim, com toda a certeza
poderemos ver uma sociedade com valores diferentes e nos verão com exemplos a
ser seguidos, como foi o caso do nosso Mestre maior e maior educador que já houve
na história Jesus.
9. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Ferreira, Bíblia de estudo pentecostal, revista e corrigida. 9ª
impressão. CPAD: Rio de Janeiro, 1995.
ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: imagem e auto-imagem. 7. Ed. Petrópolis,
RJ; Vozes, 2004.
AURÉLIO, B. H. F. Minidicionário da língua portuguesa. Nova Fronteira: Rio de
Janeiro, 1993.
CANEN A. XAVIER, Giseli Pereli de Moura. Multiculturalismo, pesquisa e formação
de professores: o caso das Diretrizes Curriculares para a Formação Docente1. Rio
de Janeiro. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v13n48/27553.pdf>. Acesso em:
29nov2008.
CURY, Carlos Augusto O mestre inesquecível. Rio de Janeiro. Sextante, 2006.
(Análise da Inteligência de Cristo; v5)
------- Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro. Sextante, 2003.