"Alquimia, Tantrismo, Maçonaria"
A. '. R. '. Lj. '. Duque de Caxias, 21 - ar. '.
QQ.'. I1r.'.
As razões que levaram à mu-
dança de atitude programática da
M.'. - de Operativa e Especula-
tiva - foram inspiradas aos Sá-
bios da O.'. pela consciência do
momento histórico que a Huma-
nidade atravessava. - Tentamos
compreender essas razões, alicer-
çando nossas indagações na pro-
funda convicção de que a O.'.M.'.
teve sempre na sua direção ho-
mens de mente aprumada enca-
rando a responsabilidade da 0.'.
M.'. na elevação da vida humana,
a fim de guiá-Ia a seu supremo des-
tino.
A palavra "especulativa", opor-
tunamente entendida, nos revela
a sabedoria profunda dos M. '. M.'.
que escolheram-na para significar
globalmente a essência doutriná-
ria e as finalidades práticas da
ação ml'. - O significado apa-
rente dos dois termos "operativa"
e "especulativa" apresenta o con-
traste entre o "operar", o "agir"
concretamente e o "pensar", o
"especular". - No pensamento
m.'., que é reflexão atenta e pon-
derada além da interpretação su-
perficial, a definição do caráter
"especulativo" dos trabalhos -
conforme frizou recentemente
nosso candidato a Gr.'. M.'., Ir.'.
Abelardo Lunardelli - denota o
dinamismo com que a 0.'. M.'. re-
conhece a nova fase evolutiva em
que a Humanidade há pouco en-
trou. Modificações lentas, mas
profundas, verificaram-se imper-
ceptivelmente e as mentes mais
iluminadas perceberam os mo-
mentos culminantes da mudança.
- Assim, como os sábios acompa-
nharam os eventos que marcaram
a história da Humanidade até a
entrada na Era do Aquário, a M.'.
reconheceu o momento de início
da fase de maturidade alcançada
pela Vida na Terra e acharam que
deviam adequar a estrutura e as
modalidades do Trabalho para
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de Florianópolis, 10.10.89 - Gerlando
Mazza D.P. - M. '.M. '.
atender às exigências da impe- portas que por milênios mantive-
riosa projeção e expansão do Espí- ram oculto à generalidade dos
rito através da Matéria, biologi- humanos o sentido da Vida e sua
camente amadurecida. - De fato imanente tran~endência.
chegou o tempo de abrir as com- Em harmonia com tal consciên-
cia, podemos reencontrar e expli-
car o valor do "trabalho sobre a
pedra bruta", que os I1r.'. Alqui-
mistas sintetizaram na palavra
"V.LT.R.LO.L.", feita com as
iniciais da frase - "Visita Inte-
riora Terrae, Retificando Invenies
Ocultum Lapidem", i. é, tradu-
zindo literalmente: "Visita as
partes interiores (profundas) da
Terra, esquadrinhando a pedra:
encontrarás a Coisa Oculta". Ana-
lisamos um pouco esta frase: "Vi-
sita", como imperativo, indica a
necessidade de fazer esta incursão
intencionalmente; "Interiora",
traduzido: "partes interiores" re-
conheceria apenas a seriedade da
idéia de Hitler de invadir a Ingla-
terra através de um túnel subter-
râneo, porque para ele, como para
muitos ufologistas atuais, nosso
planeta é oco; se traduzimos "as
profundezas" e "Terrae", "da Ma-
téria" significando o antípoda de
Céu, ou Espírito, chegaríamos a
entender: "Alcança a profunda
Meditação até o contato com a Es-
sência da Mater(ia)". Isto foi pen-
sado então, na Idade Média: "Es-
quadrinhando" e não "Depois de
esquadrinhar". A confirmação,
que na atualidade o conceito da
Física Quantica oferece, é que na
aplicação da mente sobre a maté-
ria, durante a prática da experi-
mentação da aceleração das
partículas/ondas nos túneis de en-
saio, como nos laboratórios, acon-
tecem sincrônicas modificações
que atuam em contemporânea re-
ciprocidade pela mente sobre a
matéria manuseada e por esta
sobre a mente. Assim para os Al-
quimistas, os metais e as substân-
cias que reagiam entre si dentro do
cadinho modificam, plasmavam e
aprimoravam o mesmo conteúdo
e o experimentador. É como a
harmonia que, tocada pelas mãos para fornecer um apoiosaos Ami- ainda, a interpenetração harmo-
e pelas cordas do. violino, expres- gos pesquisadores do. insól ito , niosa espiritual que plasma a Má-
sando. intuição. e sentimento. mo- acostumados a confortar com o.ne- teria, elevando-a com a alavanca
difica, melhora, "retifica" a ~aixa cessário. escudo. b ibl iogr áfico do. Amor Cósmico. (o. Heros Uni-
harmônica de madeira do. instru- aquilo. que, com prudência, versal de todas as Religiões e lite-
mento. e deleita a alma do. artista. podem aceitar. raturas) ao. reconhecimento e à vi-
- Entendendo. assim, a palavra Isto. que me é dado. comunicar, vência da Essencial Natureza de
"Retificando." encerra o.reflexo, o. fundamenta-se em noções ini- todas as Coisas que existem, de
retorno, indica o."verbo." , a "ação. cialmente adquiridas no. trabalho. todos os Seres e Não-Seres para
da Vida" dentro. da Existência, meditativo. - não. pela habitual que sejam felizes. Notem corno isto.
tão. grosseira por fora quão. essen- comunicação de informações - no. é conforme à longíngua Doutrina
cialmente perfeita no. Oculto. (his- estágio. prático feito na Escola Budista e às propostas das Dou-
toricamente "oculto", i. é, em "Ljan-na", que cursei. A Escola trinas Cristãs: "Sejai como o
qualquer momento da Existência "Ljan-na" era a Escola Tântrica Vosso Pai que está nas Alturas" e
antes da Iluminação). - Lamaica do Mosteiro de Tchi- "Para que todos sejam Um.-
As denominações "M.'. Opera- gathzeh, cidade-mosteiro. perto de Na "Escola Ljan-na" a Iniciação. é
tiva" e "M.'. Especulativa" coin- Lhassa, capital do Tibet, e for- marcada por um período de aban-
cidem fundamentalmente. Veja- mava Dub-Pa. No ano. em que fui dono de tudo. o que "normal-
mos: "Especulativa", etimologi- aceito na O.'. M.'. (Il Diritto mente" é querido. (do. próprio
Umano, de R.'. E.'. A.'. e A.'. na corpo aos interesses, parentes,
camente, indica a qualidade da
ação. de reflexão. no. "Spéculum", Lj.'. Jorge Martin ao O.'. de Ca- etc.); na "Escola de Nancy" a Ini-
espelho. Este reflete a forma do. tania, Vale do Simeto), em 1944, ciação. é marcada pelo "Beijo.
que projeta a si mesmo. nele e a foi enviado do Tibet para Ramo o Eterno" da Vida, também inten-
recebe de volta corno imagem. Isto. Anagarika Vasukiananda, a fim samente rico.de conotações simbó-
entendiam os Alquimistas, modi- de institucionalizar no Ocidente a licas.
ficando. a si mesmos enquanto. ope- mesma Escola. Nesta época viven- Termino este adendo "biblio-
ravam perscrutando. a "Ma- ciei uma cultura, diria, heterogê- gráfico" (não deixa de ser uma ci-
ter(ia)", à procura daquilo. que, nea durante sete anos. Parte deste tação. de livros escritos com a vida)
entre os metais, era símbolo de tempo, depois da visita de Koot- acenando à oportunidade de utili-
co isa não. degradável, estável, Humi a Roma e depois do enclau- zarem, os Ilr.'., os Centros de Es-
não-imperrnanente. Assim enten- suramento do Anagarika (por tu dos Meditativos Iniciátivos,
dem os físicos quânticos, quando. ordem do então. Ministro. do Inte- quando. surgir~~, e sugeri-Ios a
consider am a interferência da rior executando ordens do.seu Par- pessoas congeruais.
mente do. experiment.ador no. tido). No entanto o Angarika pas- Quanto. à "Escola Ljan-na",
acontecer do. comportamento das sara a chamar-se Rintchen-Kai-
não.haverá possibilidade de que se
ondas/partículas, dos eventos, no. Dub e, após vários anos de cati-
instale no. Brasil. Talvez só o.
túnel de ensaio. e as conternporâ- viera, foi libertado, sem culpa C.E.M.!., futuramente, poderá
neas variações dos eventos que formada e com a ordem de deixar a
encarregar-se de filtrar parte de
modificam o.pensamento. do.expe- Itália. A China, naquela época,
seu patrimônio doutrinário. e ope-
rimentador. - Desta maneira, re- tinha tornado
rativo. No. tocante às experiências
tif'icando , esquadrinhando. a conta do. Tibet. O Anagarika
práticas, as dificuldades inerentes
pedra bruta, o. M.'. projeta nela, (título-apelido. de quem não. per-
tence a lugar nenhum) deu-me seu à educação. e à mentalidade oci-
quase "mediunicamente", a per- dental serão. contornadas por in-
feição. do. potencial de suas estru- último. recado, inesperadamente,
duções hipnóticas que possibili-
turas - que são. a mesma "Mater- enquanto. eu me encontrava em
tam a emersâo , do. subconsciente,
ia) - e encontra o."Oculto.", ou o. navegação, a Trípoli de Síria. das condições de vivenciar quanto
"Oculto. de Si próprio", a própria Devo, porém, à sublime apro- programado, em sucessivos esta-
"Essência". Desta forma o. M.'. ximação. à "Escola de Nancy" sé dos meditativos, "retificando." ,
procura o. "Verbo.", a "Palavra tento apresentar adequadamente modificando. assim a lucidez men-
Perdida". um tema social, relacionado com a tal. - Acredito que Vocês concor-
Na nova veste "operacional", a Alquimia. A "Escola de Nancy" é dam comigo na impossibilidade
M.'. é "Especulativa" e projeta a depositária da preciosa sabedoria, de comunicar vivências através da
sua presença nesta nova, inci- entendida como. autora da beleza normal informação. De fato, não. é
piente fase da Vida na Terra, para da expressão artística da Vida: possível fazer sentir a outrem as
amoldar, aproximar sempre mais Ela inspirou, na Idade Média, a sensações desencadeadas, p. ex.,
à perfeição. a sociedade humana, construção das Catedrais góticas em nossas narinas, em todo o.
os humanos profanos. A M.'. sabe que, vistas do. alto, pontilham o. corpo e na mente pela inspiração.
que recebe, desta ação, os benefí- território francês num espaço. de de um perfume, nem por meio das
cios do. incremento. espiritual de centenas de quilômetros, dese- descrições mais detalhadas. Mas
seus Obreiros. (Os Obreiros MM.'. nhando. fielmente a Constelação os Ilr.'. sabem que vivências deste
são.todos os que foram iniciados e de Aquarius. Mas, enquanto. a tipo. são. passíveis de transmissão.
iniciaram a procurar o."Oculto.", a "Escola Ljan-na" educa em dire- pela hipnose, seja qual for o setor
"Palavra Perdida", e trabalham ção. à Libertação. através de práti- organísmico.
avançando. sempre na mesma di- cas de certa forma mágicas e sob o. Quanto. à "Escola de N ancy" ,
reçâo, praticando. a "Arte Real". impulso. do.intelecto, a "Escola de tenho. razões para duvidar muito
Paramos um momento agora, Nancy" apresenta no Ocidente, que possa vir a ser divulgada, mas,
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como todo evento é imprevisível,
poderá acontecer que chegue a
manifestar-se neste País. Não
posso dizer mais, porque não
tenho nada para informar.
Quero, perante o G.'.A.'. do
U.' ., deixar claro que em ambas
estas Escolas Místicas não há nada
de sensual, licencioso, do jeito que
os baixos escalões de religiões, sei-
tas islâmicas e cristãs têm procu-
rado divulgar.
O que certamente e concreta-
mente está conosco aqui, neste
Templo, é a cultura, a Doutrina e
a tarefa operativa para espelhar
na Obra M.'. e reconduzir à Uni-
dade a caótica dispersão do
mundo profano.
Sobre o assunto de hoje não há
mais a dizer, mas tenho isto para
fazer: - certificar os Ilr.'. e espe-
rar que, como MM.'., iniciem a
fazer o mesmo (e isto equivale à
ação do Iniciado em "Escola Tân-
trica" , ou em "Escola de N ancy"),
lançando no éter a intenção que
amolde os eventos do mundo de
todos nós, como lançando um forte
recipiente, bem construído, no
oceano onde a água procurará
avidamente, automaticamente,
de entrar nele para tomar sua
forma. É o meu desejo auspicioso
de que a cada um de Vós aconteça
de viver - a qualquer momento,
de improviso - a fulguração, li-
bertadora das angústias do tempo,
e solte o Vosso Poder de Amar, de
ser feliz e bem sucedido, logo ...
logo !.
O irmão Gerlando Mazza nas-
ceu em Porto Empédocle - Itália,
em maio de 1925, estudou medi-
cina, filosofia pura na Universi-
dade Estatal de Catânia - Itália.
Sua iniciação maçônica deu-se na
A.R. Loja Hiram ao Oriente de
Catânia, Vale do Simeto, do Rito
Misto Escocês Antigo e Aceito, "11
Diritto Umano", em setembro do
ano de 1944. Seguiu a Escola de
Tântrico-Lamaica "Ljam-N a",
dirigida pelo Anagarika Vasukia-
nanda, sucessivamente Rintchen
Mkhas-Ldub em Catânia e Roma,
de 1944a 1951