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PROJETO DE VIDA 1º ANO-Aula 4.

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EU E A SOCIEDADE

Imagine que você entrou num sebo. Logo na entrada havia um livro meio velho, com uma
capa dura, verde, um pouco suja e rasgada. Era um livro antigo, de aproximadamente vinte
anos de existência.
Ao olhar aquele livro lá em cima da estante, você não notou o tamanho e a espessura do
livro; tampouco sentiu vontade de saber o conteúdo dele. Ao ver apenas a capa com o título
qualquer e um preço barato colado, sua primeira impressão era de um livro velho, sujo e
barato.
Então prosseguiu e foi pesquisar outros livros. Encontrou um bem interessante, pois era
um livro novo, sem sujeira e nenhum rasgado. Sua capa era bem ilustrada e o título interessou
a você. 
Era tudo perfeito: levou um bom livro para casa mesmo sendo um livro caro. Ao chegar a
sua casa, ansiosamente, pega o livro e começa a ler. Logo de cara, nas primeiras páginas, o
livro que era até então “interessante” passa a ser um tédio: uma história chata, sem
expectativas. Num determinado ponto do livro, você desiste de ler.
Frustrado com o livro, volta ao mesmo sebo e vai à procura daquele outro livro “velho,
sujo e barato”. No entanto, sua frustração aumenta, ao saber que aquele livro era o último e foi
vendido. 
O vendedor lhe pergunta: “Você não gostou do livro que levou?” E você, muito frustrado e
arrependido, responde: “Não gostei, comecei a ler e achei um tédio. Quando vi capa achei que
fosse legal.” Com um riso irônico, o vendedor responde: “Aquele livro de capa velha que você
veio procurar, é muito bom. Tem uma história fascinante. Apesar de sua aparência ser feia e
até mesmo suja, é um dos melhores livros que eu já li.”
Diante dessa realidade, me questiono: Quem sou eu? Sou o livro novo com um conteúdo
sem expectativas? Ou o livro velho que tem experiências e histórias fascinantes? Será que sou
a pessoa que julga a capa como a parte mais importante do livro? Vivemos essa realidade,
nem sempre é o nosso conteúdo que determina quem somos.

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