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MÓDULO 1: PLANEJAMENTO
CURSO DE CAPACITAÇÃO EAD EM
MÓDULO 1: PLANEJAMENTO
Centro de Estudos Internacionais sobre Governo Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão
Reitor da UFRGS
Carlos Alexandre Netto Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão
Vice-Reitor da UFRGS Miriam Belchior
Rui Vicente Oppermann
Secretaria-Executiva
Diretor do CEGOV Eva Maria Cella Dal Chiavon
Marco Cepik
Secretária de Planejamento e Investimentos
Vice-Diretor do CEGOV Estratégicos
Gustavo Grohmann Esther Bermerguy de Albuquerque
Editoração e Diagramação
Joana Oliveira de Oliveira
Normalização bibliográfica
Realizado a partir de parceria formada entre o Centro de Estudos Internacionais sobre Governo
(CEGOV) da UFRGS e a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI) e do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro de Estudos Internacionais sobre Governo.
Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimen-
tos Estratégicos.
Curso de Capacitação EAD em Planejamento Estratégico Municipal e Desenvolvimento
Territorial – Guia de Estudos
63 páginas
1. Brasil 2. Estado, federalismo e planejamento 3. Planejamento municipal 4. Plano pluria-
nual 5. Políticas públicas 6. Planejamento e finanças – orientações.
05
simples peça orçamentária. O PPA é, na verdade, um instrumento técnico
-político de gestão estatal, um meio de consolidação e materialização do
planejamento governamental em políticas públicas para a população e,
portanto, uma ferramenta para garantia de direitos fundamentais.
Após compreender a importância do PPA como instrumento de
planejamento de políticas públicas, na Unidade II, você conhecerá algu-
mas ferramentas de pesquisa que o auxiliarão a reconhecer as demandas
do seu município. É a partir dessas demandas que você elaborará os planos
e ações que atenderão as necessidades da população de sua localidade.
A Unidade II está dividida em três partes. Na primeira parte, você
verá que um bom planejamento depende da montagem de um bom diag-
nóstico de demandas. Você aprenderá, portanto, a utilizar os indicadores
mais adequados para avaliar as demandas que deseja sanar. Na segunda
parte, você terá acesso a uma extensa lista de fontes, endereço eletrôni-
cos, e bancos de dados dos quais poderá extrair informações confiáveis e
relevantes para a montagem de seu diagnóstico de demandas. Na terceira
parte, você exercitará seus conhecimentos através da realização de uma
atividade que exigirá a prática dos pontos estudados na Unidade.
Por fim, na Unidade III, você conhecerá um conjunto de instru-
mentos metodológicos que o ajudarão a construir o seu PPA. Além disso,
você entenderá a importância de planejar de maneira coletiva e partici-
pativa e porá em prática o conhecimento acumulado ao longo do curso
para construir o PPA de seu município. Para tanto, definirá o grupo que
organizará sua elaboração e seu cronograma de execução.
Ao final do curso, você será capaz de construir um PPA (a) demo-
crático e participativo; (b) alinhado aos grandes programas do Governo
Federal; e (c) de caráter estratégico e garantidor de direitos.
Ou seja, ao final do módulo, será o momento de arregaçar as man-
gas e pôr mãos à obra!
Se você alcançar esses objetivos, sua cidade e população certa-
mente lograrão uma prática administrativa e política de maior eficiência
e credibilidade.
Em todas as Unidades serão oferecidos diferentes recursos meto-
dológicos, como vídeos, leituras complementares e exercícios interativos
para o entendimento e aplicação do conteúdo, havendo ao final de cada
uma delas um exercício de fixação cuja entrega é requisito para obtenção
do certificado de conclusão do curso.
Não se esqueça: o resultado que você e seu município alcança-
rão ao final do curso depende muito de sua própria dedicação e esforço.
Conte com o apoio e conhecimento da equipe de professores, tutores e
da coordenação do curso para fazer do PPA um instrumento realmente
transformador.
Bom estudo!
06
INTRODUÇÃO AO
ENSINO A DISTÂNCIA
OBJETIVOS DA SEÇÃO
Nesta seção, introduziremos alguns conceitos fundamentais sobre
educação a distância e falaremos sobre o papel do aluno nessa
modalidade de ensino. Em seguida, apresentaremos um tutorial
para acesso ao ambiente virtual de aprendizagem utilizado no
curso.
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 5 minutos.
1 RECOMENDAÇÕES GERAIS:
COMO USAR ESTE MANUAL?
07
ao final da leitura e da realização das atividades. Fique atento às atividades
e siga a ordem proposta para a sua realização. Você verá que existem ati-
vidades diferentes espalhadas pelo manual. Às vezes, será solicitado que
você leia algum texto. Outras vezes, será pedido que você assista a vídeos
e/ou que você participe de atividades online. Todas as atividades foram
pensadas a partir das capacidades que esperamos que você desenvolva
em cada etapa do curso. Dessa forma, esperamos estimular não apenas
sua capacidade para pensar o planejamento no seu município, no seu es-
tado, e no seu país, mas também capacitá-lo para o uso de ferramentas
que tornarão o processo de desenvolvimento do PPA muito mais claro.
Correspondência 1ª geração
Transmissão por
rádio e televisão 2ª geração
Teleconferência 4ª geração
Internet/Web 5ª geração
Fonte: Moore e Kearsley, 2007:26.
08
Atualmente, a educação a distância está bastante centrada na
NAVEGADORES
Você já deve ter ouvido falar, ou mesmo utilizado, diferentes navegadores.
Atualmente, o Microsoft Internet Explorer ainda é o mais difundido entre
computadores baseados no sistema operacional Windows, mas existem
outras opções como o Mozilla Firefox e o Google Chrome. Outros sistemas
operacionais podem utilizar outros navegadores, como, por exemplo, o Sa-
fari para MACOS. Tente experimentar diferentes navegadores e veja qual
oferece mais vantagens para o seu perfil de usuário!
09
livros e tudo o mais que poderá lhe auxiliar no processo. Certifi-
que-se, contudo, de que o ambiente está livre de bagunças ou de
situações que possam lhe distrair e tirar sua atenção do estudo.
• Organize seu tempo. Uma vez que não existem horários fixos
para estudar a distância, é importante definir quanto tempo do
dia ou da semana você dedicará ao estudo e à realização das ativi-
dades de seu curso. Uma boa ideia é elaborar uma lista de tarefas
em ordem de urgência e, a partir dela, definir um cronograma para
sua realização. Dessa maneira você minimizará o risco de esque-
cer tarefas, saberá o tempo necessário para a realização de cada
uma e poderá estabelecer prioridades e objetivos. Não deixe de
fazer algumas pausas durante o período de estudo. Uma mente
descansada aprende muito mais! A Técnica Pomodoro pode aju-
dá-lo a organizar seu tempo e mantê-lo disciplinado (veja o Box).
A Técnica Pomodoro
A Técnica Pomodoro é um método de gerenciamento de tempo desenvol-
vido no final dos anos 1980 pelo italiano Francesco Cirillo. Ele utiliza um
cronômetro para dividir o trabalho em intervalos de 25 minutos chamados
pomodoros. A ideia é que cada pomodoro seja seguido de um intervalo
curto, de quatro a cinco minutos, e que cada quatro pomodoros sejam se-
guidos de um intervalo longo, de 25 minutos. O objetivo da técnica é au-
mentar a agilidade mental a partir da realização de pausas frequentes. Mais
informações sobre o método podem ser encontradas no seguinte sítio (em
inglês): http://www.pomodorotechnique.com/.
10
• Vá além. Iniciativa é essencial na educação a distância. Procure
11
4.1 Acessando o Ambiente MOODLE UFRGS
12
Acesse o Curso de Capacitação EAD em Planejamento Estratégico Mu-
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 1h00.
REFERÊNCIAS
CANABARRO, Diego; BORNE, Thiago. Ciberespaço e Internet: Implicações Con-
ceituais para os Estudos de Segurança. Boletim Mundorama, v. 69. Disponível
em: <http://mundorama.net/2013/05/19/ciberespaco-e-internet-implicaco-
es-conceituais-para-os-estudos-de-seguranca-por-diego-rafael-canabarro-e-
thiago-borne/>. Acesso em: 25/05/2013.
13
MÓDULO 1: PLANEJAMENTO
UNIDADE 1: PPA E
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
OBJETIVOS DA UNIDADE
Na primeira Unidade do curso, abordaremos quatro questões con-
ceituais a respeito do PPA que são fundamentais para o seu enten-
dimento e prática:
TAREFA DA UNIDADE
Para realizar esta tarefa, você precisará de: 4h00.
14
UNIDADE 1: PPA E PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
nhamento, e avaliação do PPA do seu município têm apresentado
as seguintes características:
Lembre-se
Participar nos fóruns é mandató-
HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO rio em todas as Unidades do curso!
1
Fique à vontade para comentar as
GOVERNAMENTAL E O CARÁTER postagens dos colegas, sugerir ma-
teriais de apoio interessantes (como
TÉCNICO-POLÍTICO DO PPA textos complementares, noticias e
vídeos), e sanar dúvidas. Não é de-
mais lembrar também: seja sempre
O planejamento governamental no Brasil originou-se
educado e solícito com seus colegas,
no âmbito da construção do Estado Nacional Moderno, no iní- professor, e tutor!
cio do século XX, no primeiro governo de Getúlio Vargas (Sou-
za, 2004:06-07). Do ponto de vista histórico, essa formação foi
fundamental para impulsionar, por um lado, a organização burocrática do
Estado brasileiro, em contraste com as práticas patrimonialistas anterio-
res. Já do ponto de vista econômico, o planejamento, como instrumento
de gestão pública, permitiu ao Estado brasileiro promover a industrializa-
ção do país e defendê-lo de crises externas, provocadas pela dependência
histórica dos grandes centros mercantis e industriais (Mantega, 2005:46).
Essa concepção histórica de planejamento, que se estendeu e foi
replicada ao longo de todo século XX, foi fundamental para a estruturação
econômica, política e administrativa do país. Contudo, nos últimos anos,
desenvolveu-se com ela a visão dominante de planejamento como um
simples instrumento burocrático, ineficiente, centralizado e, consequente-
mente, com baixa capacidade de solucionar problemas nacionais. A suces-
siva edição de planos econômicos, especialmente na segunda metade do
século XX, vinculou a ideia de planejamento a planos emergenciais de su-
peração de crises, com baixa capacidade de resolver questões estruturais
e com quase nenhuma visão de médio e longo prazo nas suas propostas.
É evidente que esse histórico desencadeou um descrédito da fer-
15
ramenta planejamento e uma concepção pejorativa de peça burocrática
que se engaveta e que não serve como instrumento de transformação so-
cial real a partir de ações governamentais.
A estabilidade econômica recuperada na segunda metade da dé-
cada de 1990 reintroduziu na agenda governamental a noção de planeja-
mento como instrumento de gestão viável para os horizontes de médio
e longo prazo. Nesse quadro, a noção de planejamento governamental
tem sido resgatada no sentido de uma organização coordenada de ações
voltadas para determinados fins e objetivos estratégicos. Ou seja, a Admi-
nistração Pública recupera uma ferramenta de auxílio para execução do
plano de governo pensado na esfera política.
1.1
MAS O QUE É PLANEJAMENTO?
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 10 minutos.
16
Por outro lado a orientação política do planejamento governa-
2 O QUE É O PPA?
17
• O PPA: estabelece as diretrizes, os objetivos e metas da adminis-
tração municipal para as despesas de capital e outras, decorrentes
da implantação de programas de duração continuada.
• A LDO: deverá estabelecer metas e prioridades para o próximo
exercício administrativo, orientando a elaboração da Lei Orça-
mentária Anual (LOA).
• A LOA: define os recursos necessários para as ações da LDO.
18
Planejamento Governamental,
19
agenda de governo através das políticas públicas e incorpora
seus desafios. Ele se desdobra em 492 objetivos e 2.417 metas.
A iniciativa, outra categoria do Plano, é a declaração da entre-
ga de bens e serviços públicos à sociedade” (Brasil, 2012a: 28).
Os Programas Temáticos no novo modelo foram concebidos,
então, a partir de recortes mais aderentes às políticas públicas. As unida-
des que agregam as políticas possuem delimitações mais abrangentes e
uniformes entre si, dialogando, portanto, com formulações reconhecidas
pelo governo e pela sociedade.
Essa delimitação dos Programas Temáticos facilita a relação en-
tre as dimensões estratégica, tática e operacional do governo, confere um
novo significado à dimensão tática no Plano e qualifica a comunicação
dentro do governo e deste com a sociedade. Interessante notar que a
aproximação dos Programas Temáticos com os temas de políticas públi-
cas possibilitou a definição de indicadores dotados de maior capacidade
de revelar aspectos das políticas e contribuir com a gestão.
Além dos Programas Temáticos, outra inovação no PPA é a inexis-
tência do detalhamento das Ações, que agora constam apenas dos Orça-
mentos. A alteração visa a garantir uma distinção entre Plano e Orçamen-
to, a fim de respeitar as diferenças estruturais entre eles. A sobreposição
anterior confundia o PPA com o Orçamento à medida que mantinha níveis
idênticos de agregação entre os instrumentos.
Com a finalidade de criar condições para que o PPA estabeleça
relações mais adequadas com todos os insumos necessários à viabilização
das políticas, os Programas Temáticos do PPA 2012-2015 estão organiza-
dos em Objetivos que, por sua vez, são detalhados em Metas e Iniciativas.
Os Objetivos constituem-se na principal inovação deste Plano, na
medida em que expressam as escolhas do governo para a implementação
de determinada política pública. Por meio deles, o PPA declara um enun-
ciado que relaciona o planejar ao fazer, uma indução à associação entre
formulação e implementação com vistas a apontar os caminhos para a
execução das políticas e, assim, orientar a ação governamental. Procurou-
se, sempre que possível, utilizar uma linguagem que guie o governo, evi-
tando-se declarações descomprometidas com as soluções.
Como vários Objetivos estão qualificados pela forma de imple-
mentação, é importante lembrar que o planejamento é um instrumento
apenas indicativo. Para que tenha aderência ao cotidiano do governo, é
preciso que seja flexível, tendo em vista a dinamicidade inerente ao am-
biente.
A cada Objetivo estão associadas Metas, que podem ser qualitati-
vas ou quantitativas. As Metas são indicações que fornecerão parâmetros
para a realização esperada para o período do Plano. As qualitativas são
particularmente interessantes porque ampliam a relação do Plano com
os demais insumos necessários à consecução das políticas, além do Orça-
mento. Cabe destacar, ainda, que elas resgatam no Plano uma dimensão
que, anteriormente, confundia-se com o produto das ações orçamentá-
20
rias. Por isso, as Metas estabelecem uma relação com o cidadão por tradu-
ESTRUTURA DO CONTEÚDO
PPA 2012 - 2015
VALOR GLOBAL
PROGRAMAS INDICADORES
ÓRGÃO RESPONSÁVEL,
OBJETIVOS META GLOBAL E REGIONALIZADA
Elaboração: SPI/MP
21
2.2 A BASE LEGAL DO PPA
Lembre-se
Lembre-se de visitar o fórum e fazer
seu comentário relacionando as di-
mensões técnica e política do PPA
com a realidade do seu município.
As instruções para uso do fórum es-
tão no início da Unidade I.
22
UNIDADE 1: PPA E PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
Lembre-se
23
3 O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 8 minutos.
24
Nesse sentido, é importante desenvolver um clima de participa-
UNIDADE 1:
ção em que se possa reconhecer o Planejamento como instrumento de-
mocrático e eficaz de construção de identidade coletiva no setor público e
na melhoria efetiva da qualidade de vida no município.
Ou seja, os gestores públicos municipais estão diante de um de-
safio grandioso, cujo enfrentamento é fundamental para a reinvenção da
1: PPA
gestão pública no sentido de atender de modo cada vez mais eficiente e
PPAE ESTRATÉGICO
oportuno às demandas sociais.
Para finalizar a primeira unidade do curso, a seguir apre-
Lembre-se
sentamos mais uma dimensão do Planejamento Governamental
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
que precisa ser levado em consideração pelo gestor público mu- Lembre-se de visitar o fórum e
fazer seu comentário relacio-
nicipal: a noção de planejamento como garantia de direitos à po- nando o caráter participativo
pulação. Neste contexto, é fundamental conhecer o documento do PPA com a realidade do seu
maior que orienta a garantia de direitos – a Carta Constitucional, município. As instruções para
conhecida como Constituição Cidadã. uso do fórum estão no início
da Unidade I.
25
pobreza. Assim, as políticas sociais devem ter como pressuposto funda-
mental, responder diretamente ao bem estar dos cidadãos, mediante a
prestação de serviços e recursos, visando cumprir uma função compen-
sadora e superadora das desigualdades sociais, em particular aquelas que
são geradas pelo desenvolvimento da economia capitalista.
Para enfrentar esse problema, é preciso estruturar um debate po-
lítico sobre o sentido e o alcance das políticas sociais para a população
brasileira. De acordo com Molina e De Negri (2013:56), a implementação
de políticas sociais deve levar em conta as seguintes linhas orientadoras:
RESUMO DA UNIDADE 1
Quatro pontos receberam destaque na primeira unidade do curso:
26
UNIDADE 1: PPA E PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
TAREFA DA UNIDADE (Continuação)
Para realizar esta tarefa, você precisará de: 1 hora.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Almanaque do Planejamento: Para Entender e Participar. Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasília: Secretaria de Planejamento e In-
vestimentos Estratégicos, 2012a. Disponível em: http://www.planejamento.
gov.br/secretarias/upload/Arquivos/noticias/sof/2012/121107_almanaque_
do_planejamento.pdf. Acesso em: 25/05/2013.
________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/
CON1988.pdf. Acesso em: 25/05/2013.
________. Modelo de Planejamento Governamental. Ministério do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão. Brasília: Secretaria de Planejamento e Investi-
mentos Estratégicos, 2012b.
_________. Orientações para Elaboração do Plano Plurianual 2012-2015. Minis-
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasília: Secretaria de Planeja-
mento e Investimentos Estratégicos, 2011a.
_________. Plano Plurianual 2012-2015: Projeto de Lei (Mensagem Presiden-
cial). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasília: Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratégicos, 2011b.
CARDOSO JÚNIOR, José Celso (Org.) A Reinvenção do Planejamento Governamental
no Brasil: Diálogos para o Desenvolvimento. Brasília: IPEA, v.4, 2011.
DE TONI, Jackson. Em Busca do Planejamento Governamental do Século XXI
– Novos Desenhos. In: REPETTO, Fabián. Reflexões para Ibero-América: Planeja-
mento Estratégico. Brasília: ENAP, 2009.
MANTEGA, Guido. Teoria da Dependência Revisitada. Relatório de Pesquisa EA-
ESP/FGV/NPP, n. 27, 2005.
MOLINA, Nancy; DE NEGRI, Armando. Elementos Filosóficos, Programáticos e
da Gestão para a Formulação de Planejamento Estratégico de Âmbito Muni-
cipal Orientado pelos Direitos Humanos. In: BRASIL. Programa de Apoio à Ela-
boração e Implementação de PPAS Municipais 2014–2017. Brasília: Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratégicos, 2013.
SANTOS, Eugênio Andrade Vilela. O Confronto entre o Planejamento Governamen-
tal e o PPA. In: CARDOSO JÚNIOR, José Celso (Org.) A Reinvenção do Planejamento
Governamental no Brasil: Diálogos para o Desenvolvimento. Brasília: IPEA, v.4, 2011.
SOUZA, Antônio Ricardo. As Trajetórias do Planejamento Governamental no
Brasil: Meio Século de Experiências na Administração Pública. Revista do Servi-
ço Público, v. 55, n. 4. Brasília: ENAP, 2004.
27
UNIDADE 2: DIAGNÓSTICO
TERRITORIAL E PPA
OBJETIVOS DA UNIDADE
Na segunda Unidade do curso, estudaremos a importância da ela-
boração de diagnósticos baseados em dados e informações terri-
toriais como etapa preliminar da construção do PPA Municipal. Um
diagnóstico bem embasado possibilitará a elaboração de planos e
ações que atendam às demandas por direitos nos municípios.
28
UNIDADE 2: DIAGNÓSTICO TERRITORIAL E PPA
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO TER-
RITORIAL PARA O PLANEJAMENTO E O
29
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 10 minutos.
30
exemplo); indicadores habitacionais (posse de bens duráveis, densidade
O Coeficiente de Gini
O Coeficiente de Gini é uma medida comumente utilizada para calcular a
desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser utilizado para qual-
quer distribuição. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corres-
ponde à completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda)
e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a
renda, e as demais nada têm). O Coeficiente de Gini é o coeficiente expres-
so em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicado por 100). A
listagem do Coeficiente de Gini nos municípios do Brasil pode ser encon-
trada no seguinte sítio: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/comparamun/
compara.php?lista=uf&coduf=12&tema=mpobreza2003&codv=v07&cod-
mun=354890.
Lembre-se
Lembre-se de que um bom diagnóstico para pro-
gramas públicos deve contemplar, de acordo com
cada contexto, elementos como, por exemplo:
31
Estrutura de Tópicos Tratados em Diagnóstico para Programa de Qualificação Profissional
Análise do Público-Alvo
• Tendências do crescimento demográfico;
• Perspectivas de crescimento futuro da população e público atendidos;
• Características educacionais, habitacionais e de saúde da população;
• Condição de atividade da força de trabalho, ocupação e rendimentos;
• Beneficiários de outros programas sociais.
32
2 O USO DE INDICADORES NA MONTAGEM
33
2.2 POR QUE UTILIZAR INDICADORES?
2.3
Lembre-se
Lembre-se de que in-
dicadores usados de COMO UTILIZAR INDICADORES?
forma responsável e
transparente podem
estabelecer parâme- A primeira etapa da construção de um indicador consiste na de-
tros das políticas go- cisão sobre qual dimensão ou fenômeno da realidade social se deseja
vernamentais, dos pro- mensurar, por exemplo, entender o perfil da saúde, educação e segurança
gramas públicos e dos
projetos de ação social. pública em um território.
Contudo, por serem abstratas, essas questões não são diretamen-
te observáveis e mensuráveis, sendo difícil a apreensão de sua situação
por parte dos formuladores das políticas públicas, políticos e população
em geral. Portanto, é necessário operacionalizá-los de maneira quanti-
tativa, de modo a facilitar o diagnóstico, o monitoramento e a avaliação
da melhora, piora ou estabilidade da situação.
A partir da definição do fenômeno - por exemplo, melhorar a saú-
de da população –, é necessário refletir e delinear quais dados traduzem
o conceito abstrato “saúde”. Por exemplo,
• Anos de vida da população;
• Número de nascidos vivos;
• Número de leitos na cidade;
• Número de médicos;
• Número de estabelecimentos de saúde;
• Número de internações por doença relacionadas ao saneamen-
to básico, etc.
34
Esses dados geralmente são públicos e administrativos, sendo ge-
REALIDADE
Eventos empíricos
SOCIAL
OBJETIVO
O que atacar
PROGRAMÁTICO
DEFINIÇÃO
OBJETIVA Facetas do Problema
INFORMAÇÃO
PARA ANÁLISE E Indicador Social
DECISÕES
Lembre-se
Lembre-se de não confundir dados (estatística pública)
com indicadores.
Estatística pública é o dado social na sua forma bruta,
não contextualizado numa teoria social e sem uma
finalidade programática. São levantadas nos censos
demográficos, pesquisas amostrais ou por registros ad-
ministrativos. Servem para a construção de indicadores.
Exemplo: número de óbitos, número de nascimentos,
número de alunos, número de professores.
Já os indicadores são expressos em números, médias,
razões, proporções, taxas, incidência ou prevalência.
Cada um tem uma lógica própria de construção.
35
3 COMO ACESSAR BASES DE DADOS?
36
UNIDADE 2: DIAGNÓSTICO TERRITORIAL E PPA
Instituição Website Instrumentos Disponíveis
· Cidades@
IBGE www.ibge.gov.br · Estados@
· Perfil dos Municípios Brasileiros
IPEA www.ipea.gov.br · IPEADATA
· Acesso aos sites de mais de 25 Instituições
subnacionais que compilam dados e indicado-
ANIPES www.anipes.org.br
res sociais e econômicos, além de estudos para
subsidiar o Planejamento Governamental.
· Aplicativo Atlas do Desenvolvimento Humano.
PNUD www.pnud.org.br
· Relatório do Desenvolvimento Humano.
· Indicadores e Dados Básicos.
Ministério da Saúde www.datasus.gov.br · Cadernos de Informações Municipais.
· Painel Situacional.
Ministério das Cidades www.cidades.gov.br · Sistema Nacional de Informações sobre Cidades.
· Painel de Indicadores do SIMEC.
Ministério da Educação www.inep.gov.br
· Sistema de Consulta ao IDEB.
· Infologo.
Ministério da Previdência www.previdencia.gov.br
· Anuário da Previdência Social.
· Perfil do Município.
Ministério do Trabalho www.mte.gov.br
· Acesso on-line à RAIS e CAGED.
· Portal Brasil Sem Miséria no seu Município
· Relatórios de Informações Sociais (RI)
Ministério do Desen-
· Painel de Acompanhamento da Conjuntura e
volvimento Social e www.mds.gov.br/sagi
Programas Sociais
Combate à Fome
· Data Social
· Identificação de Domicílios em Vulnerabilidade (IDV)
http://www.portalfederati- · Dados catalogados para o município.
Secretaria de Articula- vo.gov.br
ção Federativa www.agendacompromisso- · Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
sodm.planejamento.gov.br
Ministério do Planejamen- www.planejamento.gov.br · Secretaria de Planejamento e Investimento (SPI).
to, Orçamento e Gestão www.inde.gov.br · Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).
37
Para os fins deste curso queremos aprofundar com você o conhe-
cimento sobre três importantes bases de dados que o auxiliarão a cons-
truir o diagnóstico do seu município e a planejar as ações do governo no
PPA. São elas: a Plataforma INDE, o Portal com os Objetivos de Desen-
volvimento do Milênio (ODM) e o Portal da Secretaria de Avaliação e
Gestão da Informação (SAGI) do Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome (MDS) que traz informações territorializadas a respeito
dos resultados e impactos do esforço governamental na área do Desen-
volvimento Social.
A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) é uma
plataforma que tem como objetivo reunir, catalogar, integrar, harmonizar
e disseminar dados e informações geoespaciais existentes nas instituições
do governo brasileiros, e constituindo um importante instrumento para o
governo planejar suas ações com base territorial.
O leque de serviços oferecidos no site da INDE conta com um vi-
sualizador de mapas e um catálogo de metadados, onde é possível buscar
informações e gerar mapas e análises a partir de dados disponibilizados
pelos órgãos públicos.
O acesso aos dados é público e pode ser feito a partir do site:
www.inde.gov.br. Assim, qualquer pessoa pode realizar buscas e cruzar
dados sobre as políticas públicas desenvolvidas no Brasil.
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 1 hora.
38
UNIDADE 2: DIAGNÓSTICO TERRITORIAL E PPA
Fonte: http://www.objetivosdomilenio.org.br/
39
ATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você precisará de: 4 minutos.
40
UNIDADE 2: DIAGNÓSTICO TERRITORIAL E PPA
cial, demográfico e econômico de municípios e estados. Dados e indica-
dores acerca da estrutura de gestão de programas, do dimensionamento
e características dos públicos-alvo das políticas, dos insumos, entregas e
resultados dos programas, serviços e ações do Ministério podem ser con-
sultados nos componentes temáticos do portal, disponíveis para acesso
de técnicos, gestores e população em geral na página da secretaria.
Há ainda, o Data SED (principais dados e indicadores da área so-
cial, econômica e demográfica, provenientes de pesquisas do IBGE, INEP,
DataSus, MTE e outras fontes), DataCad (dados do cadastro único e Bolsa
Família), DataCon (dados sobre as condicionalidades de Educação e Saú-
de de beneficiários do Bolsa Família), DataSan (dados sobre contexto e
programas de Segurança Alimentar e Nutricional), DataSuas (dados sobre
equipamentos, recursos humanos e serviços da Assistência Social) e Da-
taInc (dados sobre ações em Inclusão Produtiva).
Para o Plano Brasil Sem Miséria foram desenvolvidas duas ferra-
mentas informacionais específicas: o aplicativo Identificação de Domi-
cílios Vulneráveis (IDV) e o Mapa de Oportunidades e Serviços Públicos
(MOPS). O IDV foi criado para construção de mapas de pobreza com dados
do Censo Demográfico 2010 do IBGE, permitindo localizar, dimensionar e
caracterizar – em diferentes escalas, estados, municípios, setores censitá-
rios –, a população em extrema pobreza e em outras situações de vulnera-
bilidade. O MOPS é uma ferramenta de integração de dados e informações
acerca dos equipamentos e serviços públicos disponíveis nos municípios
brasileiros na área da Assistência Social, Educação, Saúde e Trabalho. Tam-
bém disponibiliza informações sobre vagas de emprego e oportunidades
de inclusão produtiva nos municípios.
4 INSTRUMENTO
MATRIZ FOFA
DE DIAGNÓSTICO: A
41
Esta forma de diagnóstico vem sendo utilizada tanto por empre-
sas públicas e privadas como por governos, em nível internacional. Abaixo
apresentamos o formato no qual ela é usualmente encontrada na literatura:
Ambiente Externo
Diversos fatores externos ao governo podem afetar a capacidade
de resolução dos problemas diagnosticados. E as mudanças no ambiente
externo podem representar oportunidades ou ameaças ao desenvolvi-
mento do plano estratégico que será construído.
A avaliação do ambiente externo costuma ser dividida em duas
partes:
• Fatores macroambientais – entre os quais podemos citar ques-
tões demográficas, macroeconômicas, tecnológicas, políticas, e
legais, de caráter nacional.
• Fatores microambientais – entre os quais podemos citar ques-
tões especificamente locais, mas que também afetam as decisões
de governo, como questões climáticas, econômicas e culturais em
escala local.
42
Na prática, isso significa que mudanças que estão fora do controle
Ambiente Interno
Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, ou-
tra é ter competência gerencial e administrativa para adaptar-se a estas
mudanças (aproveitando as oportunidades e/ou enfrentando as amea-
ças). Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente externo, o
ambiente interno deve ser monitorado permanentemente.
Em primeiro lugar, é importante fazer uma relação de quais são as
variáveis que devem ser monitoradas, por exemplo: capacidade de atendi-
mento, demanda pelos serviços prestados, satisfação do público-alvo com
o atendimento, crescimento do número de contribuintes, capacitação e
dedicação dos funcionários, capacidade de gestão das lideranças, flexibili-
dade administrativa etc. Trata-se aqui de um “Raio-X” sobre a estrutura e a
capacidade de gestão do governo.
Este tipo de análise ajuda na priorização das atividades, o que é
43
muito útil na administração dos recursos (normalmente escassos).
Quando temos claras quais são as áreas de maior importância e
quais as áreas que são consideradas fraquezas na estrutura administrativa,
fica mais fácil decidirmos o¬nde devem ser alocados os esforços para me-
lhoria, já que não seria possível investir em todas as áreas ao mesmo tempo.
Alguns itens para serem avaliados na Análise Interna:
• Há qualquer vantagem sem igual ou distinta que faz Prefeitura
e sua Cidade se destacar?
• O que faz com que os cidadãos de sua cidade sintam orgulho?
• O que distingue positivamente sua cidade e prefeitura das
demais cidades de sua região?
• Sua cidade possui um plano diretor de ordenamento territorial?
• Existem operações ou procedimentos que podem ser melho-
rados no governo municipal?
• Porque outros municípios semelhantes ao seu obtêm melhor
resultados na qualidade dos serviços públicos ofertados?
• Os recursos humanos da prefeitura estão disponíveis na quan-
tidade e qualidade desejada e necessária?
• Como estão as condições financeiras de seu município para
investir na cidade?
• Como estão as condições cadastrais da prefeitura para receber
transferências de recursos do Estado e do Governo Federal?
TAREFA DA UNIDADE
Para realizar esta tarefa, você precisará de: 4 horas.
44
3. Acesse também outros sítios na Internet – prefeituras, associa-
RESUMO DA UNIDADE 2
Na segunda Unidade do curso, estudamos a importância da mon-
tagem de diagnósticos para a atividade de planejamento governa-
mental. Incorporamos a ideia de que para haver políticas públicas
efetivas, condizentes com as demandas populacionais, é neces-
sário reconhecer o território no qual se está inserido. Em outras
palavras, para planejar é necessário entender as necessidades eco-
nômicas, sociais e de gestão de determinado território!
45
REFERÊNCIAS
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UNIDADE 3:
ELABORAÇÃO DO PPA
OBJETIVOS DA UNIDADE
Na última Unidade do curso, partiremos dos conceitos estudados
nas Unidades anteriores para construir o PPA Municipal. O objetivo
desta Unidade é, portanto, capacitá-lo para a construção do PPA.
Você verá que essa Unidade tem um caráter mais prático e aplica-
do do que as demais.
47
iniciais para elaboração do PPA que já pressupõem um processo ampla-
mente participativo:
Lembre-se
STAFF
Lembre-se de que, embora
O staff é uma palavra da língua inglesa que o planejamento plurianual
pode ser traduzida como uma “equipe de não se confunda com o Plano
apoio”. Trata-se, portanto, no nível da prefeitu- Diretor de Desenvolvimento
ra, de uma equipe de gestão que se envolve Territorial (o PDDTU), ele deve
diretamente com as ações de planejamento e dialogar permanentemente
assessora a gestão municipal nessa área. com suas diretrizes.
1ª parte: Mensagem
Na Mensagem, normalmente se avalia a situação atual e as pers-
pectivas para o futuro. É um texto de conteúdo predominan-
temente político e estratégico no qual o Prefeito, afirma seus
compromissos e expectativas. Na Mensagem devem constar os
objetivos ou diretrizes maiores, os critérios para projeção da recei-
ta e os limites para o orçamento.
48
3ª parte: Anexos
Dica para o Multiplicador : deve ficar claro que o grupo que or-
ganizará o PPA (nos municípios maiores poderá ser a Secretária de Plane-
jamento) tem que estar alinhado politicamente e legitimado pelo Prefeito
Municipal. De qualquer forma a existência do grupo (ou Unidade de Pla-
nejamento), não isenta ou exime a participação do Prefeito e do primeiro
escalão, em especial, na primeira fase, chamada de “dimensão estratégica”.
MULTIPLICADOR
Entendemos que você que está fazendo o curso pelo seu
município pode atuar como “multiplicador” do conheci-
mento desse curso, o que lhe coloca na posição de con-
duzir tecnicamente o trabalho de construção do PPA. Essa
condução não tem caráter hierárquico, ou seja, não se per-
de a dimensão participativa e plural desse processo.
2 ETAPAS DE
MUNICIPAL
ELABORAÇÃO DO PPA
49
O QUE FAZER? COMO FAZER? COM QUAL OBJETIVO
Estabelecer a dimensão es-
A comissão encarregada do PPA tratégica do Plano, os valores
deve promover oficinas de debate que deverão orientar toda
DEFINIR UMA VISÃO DE
utilizando ferramentas metodológi- sua elaboração.
FUTURO SOBRE A CIDA-
cas adequadas, envolvendo dire- Permite o alinhamento e a
DE E SEU TERRITÓRIO
tamente os Prefeitos e os demais potencialização de oportu-
dirigentes do governo. nidades no PPA Estadual e
Federal.
EXPLICAR A REALIDADE
Esta fase implica em construir uma
SELECIONANDO PRO-
explicação para a realidade do mu-
BLEMAS DE ALTO VALOR A explicação da realidade do
nicípio. Ela implica em:
(O diagnóstico elabo- município, considerando a
Fazer um inventário detalhado de
rado na Unidade II do visão de futuro desejada, é
todos os programas em andamento;
curso pode ser usado fundamental para desenhar
Identificar os atores sociais relevantes;
como suporte para com mais rigor e assertivida-
Conhecer o território: mapa de
essa apresentação: ele de os Programas e projetos
demandas sociais;
mostra e quantifica as que deverão ser executados.
Mapear restrições legais e orçamen-
demandas do municí-
tárias (vinculação de receitas, etc.).
pio.)
Será preciso analisar e reconhecer no
planejamento federal e estadual as
A integração do planejamen-
oportunidades para o município, so-
to local, regional e nacional,
bretudo na formação de uma agenda
INTEGRAÇÃO COM PLA- pode potencializar opor-
de desenvolvimento territorial.
NEJAMENTO ESTADUAL tunidades e evidenciar as
O mapeamento de oportunidades
E FEDERAL sinergias federativas, evitar
que os programas federal e esta-
desperdício de recursos e
duais representam (vistos, a seguir,
sobreposição de funções.
nesta Unidade) é um bom modo de
cumprir esta etapa.
DESENHAR OS INSTRU- Explicitar os objetivos e o papel da A participação social não é só
MENTOS E O PAPEL DA participação social e transparência um resgate da cidadania, mas
PARTICIPAÇÃO SOCIAL administrativa no planejamento. um imperativo de transpa-
NO PLANEJAMENTO Definir instrumentos e estratégias. rência e accountability.
50
Atual dinâmica da economia brasileira baseada na amplia-
51
Ou seja, a participação é uma dinâmica permanente e que reali-
menta constantemente as ações de planejamento municipal.
Cumprida a primeira etapa de definições estratégicas a respeito
do PPA, podemos partir para o seu desdobramento em programas e pro-
jetos. Ou seja, como essas ideias e estratégias vão se materializar em ações
capazes de, efetivamente, transformar a realidade e atender as demandas
mapeadas.
Como colocado anteriormente, as próximas etapas serão obje-
to de outros cursos, a serem realizados nos próximos meses. Contudo,
elas são apresentadas rapidamente abaixo, para que você possa ter ideia
de como será a continuidade do processo. Após analisar as etapas seguin-
tes, voltaremos para nossa tarefa imediata: elaborar as definições gerais
do PPA.
52
3ª Etapa: definição do sistema de gestão e monitoramento do
53
E como definimos esses macroobjetivos? A partir da Matriz FOFA
fica fácil encontrar que ações imediatas precisam ter tomadas pela admi-
nistração municipal. Observe o quadro:
AMEAÇAS
OPORTUNIDADES
ANÁLISE EXTERNA
(menor capacidade de Palavra-Chave:
Palavra-Chave:
gerenciamento pelo NEUTRALIZAR as questões
APROVEITAR as questões de
governo municipal) de contexto que podem inibir
contexto que podem alavancar o
ou comprometer o desenvol-
desenvolvimento do município
vimento do município
• PPA de Bolso
• Catalogo de Programas Federais para Municípios
• Plano Mais Brasil – Agendas Transversais
54
para fazer frente às demandas sociais diagnosticadas no âmbito dos muni-
55
Para construir um Programa do PPA, é importante observar os se-
guintes pontos:
56
Outras dicas para elaborar o desenho dos programas (Matriz Ope-
57
• O valor mínimo para aplicação em saúde: 15% das receitas de impos-
tos, inclusive produto das transferências obrigatórias, conforme estatui a
Emenda Constitucional nº 29/2000;
• O valor mínimo para aplicação em educação: 25% das receitas com
impostos, inclusive as que sejam fruto de repartição tributária, na forma
do que dispõe o art. 212 da Constituição Federal;
• O limite de gastos (teto) com pessoal no poder legislativo e executivo:
respectivamente, 6% e 54% da Receita Corrente Líquida, segundo o art.
20, III, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000).
58
Efeito Legislação: revisão de alíquotas ou base de cálculo de tri-
59
finição de indicadores, é importante que se realize a análise de consistên-
cia e viabilidade dos mesmos.
Para realizar tal atividade sugere-se tomar como referência os se-
guintes questionamentos:
• O objetivo é adequado ao programa? É possível atingi-lo?
• O programa, seu objetivo e metas estão alinhados com os mac-
rodesafios do governo?
• As iniciativas (ou ações) são suficientes para assegurar a con-
secução do objetivo do programa?
• As iniciativas (ou ações) estão claramente direcionadas para
solução das causas do problema?
• Há coerência, consistência e suficiência de iniciativas (ou ações)?
• Os recursos humanos, materiais e financeiros alocados são su-
ficientes?
TAREFA DA UNIDADE
Para realizar esta tarefa, você precisará de: 4 horas.
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UNIDADE 3: ELABORAÇÃO DO PPA
incluindo um encontro inicial em que se pactue a própria forma de
funcionamento do grupo, sua dinâmica, sua agenda e seus prazos
de entrega do PPA. O cronograma deve ser expresso graficamente
conforme o modelo disponibilizado no Moodle, ajustando-se os
prazos às condições de cada município e prefeitura;
3. Apresentação do diagnóstico territorial com base em indi-
cadores (exercício realizado na Unidade II – no formato de uma
Matriz FOFA –, incorporando as melhorias e sugestões apontadas
pelo tutor após a correção do exercício);
4. Construção do texto que contenha a Visão de Futuro do Mu-
nicípio e a leitura da situação atual a respeito dos seus problemas
e principais prioridades a serem atendidas com o PPA. Essa parte
vai constituir a Mensagem a ser enviada à Câmara de Vereadores
com a apresentação do PPA.
5. Preparar a minuta do Projeto de Lei a ser enviado à Câmara Mu-
nicipal com o PPA, conforme o modelo disponibilizado no Moodle.
6. Elaboração dos Programas a serem apresentados, dentro do
modelo de Matriz Operacional, que atendam às demandas e pro-
blemas territoriais diagnosticados e que contenham indicadores e
metas explícitos. Eles constituirão os Anexos à Mensagem e ao PL
a ser encaminhado à Câmara Municipal. Para fins da tarefa, apre-
sente um único programa (entre os 8 a 12 programas que serão
feitos para cada um dos macroobjetivos do PPA), mas lembre-se
que para a apresentação do PPA ao legislativo todos os programas
municipais deverão ser anexados!
7. Estimação de receitas para os quatro anos de vigência do PPA,
levando-se em consideração as discussões da Unidade III.
Até breve!
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Referências
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