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Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra - tinham a maior parte do comércio intercontinental
Esta dinâmica econômica impulsionou a colonização da América - adquire um lugar de destaque nos
circuitos comerciais europeus
Comércio triangular - Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e
americano. Este comércio era suportado pelas necessidades de mão de obra das colónias americanas
que dependiam dos negros para as suas plantações e explorações mineiras.
Tráfico negreiro - Intenso comércio de escravos negros que conduziu para a América grande número de
africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique.
A expansão do comércio transoceânico coincide com a afirmação das monarquias absolutas. Por este
motivo eram necessários capitais para pagar a:
- magnificência dos príncipes;
- reforçar o aparelho de Estado;
- mobilizar exércitos;
Mercantilismo - primeira doutrina económica com o objetivo de enriquecer o Estado e os cidadãos
Pensadores mercantilistas - convenciam-se de que a riqueza de um Estado se media pela quantidade
de metais preciosos que este possuísse, por isso era necessário conduzir, para o país, uma parte
significativa do dinheiro que circulava no comércio europeu - tal só seria possível se a balança comercial
fosse favorável (se o valor das exportações excedesse o das importações). Tinha-se então que reduzir o
volume de mercadorias importadas e, inversamente, incentivar as vendas ao estrangeiro.
Na lógica mercantilista, competia ao Estado tomar todas as medidas necessárias para atingir este objetivo
que se traduziam num apertado protecionismo económico que estabelecia a produção e protegia os
produtos e as áreas de comércio nacionais da concorrência estrangeira.
A atuação dos governos pode-se listar em três linhas fundamentais:
- o incentivo da produção industrial, com vista a promover a autossuficiência do país bem como a
exportação de produtos manufaturados;
- a revisão das tarifas alfandegárias, sobrecarregando os produtos estrangeiros e aliviando as
taxas que pesavam sobre as exportações nacionais, de modo a torná-las mais competitivas;
- o incremento e reorganização do comércio externo, de forma a proporcionar mercados de
abastecimento de matérias-primas e de colocação dos produtos manufaturados.
França e Inglaterra - seguiram esta doutrina económica
O Mercantilismo em França
Comércio:
- as medidas de tipo mercantilista assumiram um caráter mais flexível, adaptando-se aos tempos e
às circunstâncias, o que lhes proporcionou um elevado grau de eficácia
- o mercantilismo inglês distingue-se pela valorização da marinha e do setor comercial.
Tal como aconteceu em França, foi o poder económico dos Holandeses que motivou as medidas
protecionistas mais fortes. Só que, em Inglaterra, a concorrência holandesa fazia-se sentir nas áreas dos
transportes marítimos e do comércio externo.
1651 e 1663 - foram promulgadas várias leis – os Atos de Navegação – destinadas a banir os
Holandeses das áreas do comércio britânico.
Por determinação dos Atos de Navegação, todas as mercadorias estrangeiras que entrassem na Inglaterra
seriam obrigatoriamente transportadas em embarcações inglesas ou do país de origem.
Reservou-se à marinha britânica a navegação de cabotagem e o transporte para Inglaterra das
mercadorias coloniais.
Destruída a concorrência da Holanda, a frota mercante inglesa não encontrou obstáculos ao seu
crescimento. Os Atos de Navegação foram complementados por uma política de expansão territorial,
sobretudo na América do Norte e nas Antilhas.
O setor comercial foi reforçado com a criação de grandes companhias de comércio, às quais se
concederam numerosos monopólios.
A mais célebre e bem-sucedida foi a Companhia das Índias Orientais, que recebeu, em 1661, poderes
absolutos de justiça civil, organização militar e direção de guerra no Oriente. Esta política protecionista
estabeleceu o poderio comercial e marítimo da Inglaterra permitindo-lhe disputar o primeiro lugar na cena
económica internacional.
Durante o Antigo Regime, as nações europeias achavam que constituíam uma comunidade regulada por
um certo equilíbrio de poder (procurava-se evitar que as relações internacionais fossem dominadas por
uma potência superior).
Nos séculos XVII e XVIII o equilíbrio europeu foi frágil e mantido à custa de numerosos conflitos por
questões dinásticas, intenções territoriais ou interesses económicos.
A partir da segunda metade do século XVII, as motivações económicas estiveram na origem destes
conflitos.
Este sistema permitia ao Estado dominador regular as produções e os preços sem ter em conta a
concorrência dos outros países, impedidos de aí realizarem os seus negócios.
Face ao enfraquecimento dos Estados ibéricos, a disputa da supremacia no grande comércio marítimo
cruzou-se entre a Holanda, a Inglaterra e a França.
Este período de tensão resultou na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) que se iniciou na Europa e
rapidamente se expandiu aos territórios de além-mar. A guerra assinalou a vitória inglesa, reconhecida no
Tratado de Paris.
Por este tratado, a França abandonou as suas propriedades nas Índias, comprometendo-se a retirar os
efetivos militares das cinco feitorias que conservou.
Na América, cedeu à Inglaterra o Canadá, o vale do Oaio, a margem esquerda do rio Mississipi;
Em África, as feitorias do Senegal. Entregou, ainda, a Luisiana à Espanha, para a compensar da perda da
Flórida, anexada pelos ingleses. Foi assim que, após mais de um século de conflitos, a Inglaterra se
tornou a maior potência colonial e marítima da Europa.