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THEREZINHA OLIVEIRA

PARA LER E RELER


PÁGINAS ESCOLHIDAS

CAMPINAS – SP
2008
SUMÁRIO

Apresentação ........................................................ 1
Em louvor do livro espírita .................................... 3
Graças a Allan Kardec .......................................... 7

1. Ser espírita .................................................... 11


2. Programa ....................................................... 15
3. Jesus para os espíritas .................................... 17
4. Bem-aventuranças ........................................ 21
5. A grande viagem ........................................... 25
6. A Ti, Senhor! ................................................ 29
7. Até as crianças sabem ................................... 31
8. O mal e o bem............................................... 35
Qual deles impera? ........................................ 35
O mal tem propaganda ................................. 36
Exaltemos o bem ........................................... 36
9. Convite ao ideal ............................................ 39
10. Carnaval........................................................ 41
VIII Para ler e reler – Therezinha Oliveira

11. Tentações ...................................................... 43


12. Jesus passa!... ................................................. 45
13. Mensagem para quem sofre .......................... 47
14. Redenção ...................................................... 51
Mea culpa! ..................................................... 51
Fiat voluntas tua! ........................................... 52
Deo gratias! .................................................... 52
15. Verdade e amor ............................................. 55
16. Em Belém ...................................................... 57
Belém adormecida ........................................ 57
Na Belém-coração ........................................ 58
17. Divina missão ................................................ 59
18. Oração pelos médiuns................................... 61
19. No Dia das Mães ........................................... 63
20. Carta de filho ................................................ 65
21. Se eu tiver fé... .............................................. 69
22. A visita .......................................................... 71
23. Sino de cristal ............................................... 73
24. Apelo ao jovem viciado ................................ 75
25. O trabalho ..................................................... 79
26. Ronda da infância ......................................... 81
27. Quando é Ano Novo .................................... 85
O tempo ........................................................ 85
Ano Novo ..................................................... 86
Assim, caro leitor .......................................... 87
28. Seguir a Jesus ................................................ 89
29. A chuva e a dor ............................................ 93
30. Mocidade! ..................................................... 95
31. A outra face da vida...................................... 97
32. Que bom que vieste, Jesus! ........................... 99
APRESENTAÇÃO

Leitor amigo,

Destas páginas, em prosa e verso, poucas são


inéditas, a maioria já havia sido publicada na im-
prensa espírita, em jornais e em livros.

Em algumas, aqui e ali, a inspiração do Alto me


coloriu a escrita singela. Outras, entranhadas na ex-
tensão dos capítulos dos livros, não haviam tido o
merecido destaque.

Pareceu-me que elas pediam para serem lidas


por quem ainda não as conhecia, e mesmo quem já
as conhecesse poderia reler com gosto e proveito.

Terei acertado na escolha? Você, leitor, me dirá.


EM LOUVOR DO LIVRO ESPÍRITA

Com estalos ruidosos, responderam os Espíri-


tos às indagações da família Fox, em Hydesville, e
atraíram a espantada atenção do povo americano.

Generalizando o intercâmbio, movimentaram


mesas, falando por elas na tiptologia, e divertiram a
curiosidade da Europa inteira.

Mas quando Kardec enfeixou-lhes em livros os


ensinos sublimes, a Humanidade terrena se apos-
sou de uma Doutrina que lhe recristianizou idéias
e crenças.

Desde então, a revelação admirável vem se pro-


pagando entre as massas, de criatura a criatura.

Nesta passagem, é fatal haver quem...


4 Para ler e reler – Therezinha Oliveira

...não a assimile completamente e lhe turve o


sentido,
...tente adaptá-la a interesses particulares,
...lembre apenas parte do todo revelado,
...a deseje sufocar no silêncio.

O livro espírita, contudo, reedita, a qualquer


tempo, pura e acessível, a Doutrina dos Espíritos,
preservando-a para a Humanidade.

Alguém nos iniciou na fenomenologia espírita.


Outro nos instruiu na verdade que desconhecíamos.
Terceiro nos confortou no momento da dor, com
palavras ou auxílio fraternos.

Todos, porém, seguem um destino próprio,


sem se prenderem à nossa vida, enquanto o livro
espírita permanece ao nosso alcance, explicando o
fenômeno, comentando os ensinos revelados, pro-
digalizando as mensagens consoladoras do amor e
da esperança.

Beneficiado pela Doutrina, você deseja colocá-


la ao alcance dos que dela necessitam sem o saber,
ou recalcitram ante a verdade.

E o livro espírita...
...chega aonde você não pode ir,
...não constrange como a sua presença física,
...aguarda sem pressa o momento propício,
Em louvor do livro espírita 5

...argumenta sem se exaltar, esclarece sem ferir,


repete sem cansar.

Em toda a obra da codificação kardequiana e até


os dias de hoje, o livro espírita tem sido o portador
fiel e o difusor incansável das idéias renovadoras.

Exaltando-lhe a função, comemoremos o


“Dia do Livro Espírita”. E, fazendo-o a 18 de abril,
data em que Kardec publicou, em Paris, no ano de
1857, O Livro dos Espíritos, ressaltemos-lhe a presença
desde o marco inicial da Doutrina Espírita em nosso
mundo.

(Do livro Quando o Espiritismo Fala)


GRAÇAS A ALLAN KARDEC

Em 1854, já conhecedor e estudioso do magne-


tismo e da hipnose, ele ouviu falar dos fenômenos
das mesas girantes. Mas só em maio de 1855 assistiu
pela primeira vez a esses fenômenos e, depois, pre-
senciou experiências imperfeitas de escrita mediúni-
ca em ardósia, com auxílio de cesta.

Convencido da realidade das manifestações dos


espíritos, dispôs-se a coletar mais informações deles e
estudar os fenômenos que produziam, usando como
ponto de partida 50 cadernos de comunicações di-
versas obtidas por outros experimentadores.

Lançou-se aos estudos e pesquisas e, apenas


dois anos depois, a 18 de abril de 1857, publicou o
monumental O Livro dos Espíritos, inicialmente com
quinhentas e uma perguntas e respostas e, depois,
com mil e dezenove.
8 Para ler e reler – Therezinha Oliveira

Em 1858, lançou a Revista Espírita e, fundou,


também, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Em 1861, publicou O Livro dos Médiuns, verda-


deiro tratado sobre a mediunidade.

Em 1864, apresentou O Evangelho Segundo o Es-


piritismo, com o exame do ensino moral do Cristo,
obra que conforta, pacifica e anima as criaturas.

Em 1865, novo livro, O Céu e o Inferno, abordan-


do a vida futura, a justiça divina.

Em 1868, a derradeira obra, A Gênese, estudan-


do a origem das coisas, os milagres e as predições.

E ainda escreveu folhetos e opúsculos diversos,


fez viagens para difusão doutrinária pela França, na
Bélgica e Suíça, mantendo correspondência com in-
teressados no mundo todo e realizando estudos e
pesquisas, além de se posicionar em defesa do Espi-
ritismo, ante seus detratores.

Ao desencarnar, em 31 de março de 1869, dei-


xava a Doutrina Espírita codificada e divulgada em
suas bases.

Quanto ele conseguiu realizar em apenas 14


anos, com a sua cultura, sua capacidade de trabalho,
sua perseverança e dedicação ao ideal espírita!
Graças a Allan Kardec 9

Para avaliar a importância do seu labor, imagi-


nemo-nos sem o conhecimento espírita.

– Qual seria a nossa filosofia de vida, que pen-


saríamos do mundo e dos seres?

– Teríamos consciência de nosso eu imortal e de


que os outros também são espíritos imortais, da
destinação de todos à perfeição e à felicidade?

– Adoraríamos a Deus em espírito e verdade,


sem mais nos prendermos a cultos exteriores,
nem a crendices e superstições?

– Confiaríamos em uma justiça divina que dá


a cada um segundo suas obras? E que o amor
divino não condena seus filhos, mas os recu-
pera sempre, aqui ou no Além?

– Saberíamos que reencarnamos, temos vidas


sucessivas, e, através delas ou no espaço, pro-
gredimos incessantemente?

– Entenderíamos o porquê das diferenças de


situações ou das desigualdades sociais, como
provas ou expiações, e como enfrentá-las?

– Saberíamos possível o intercâmbio com o


mundo espiritual? Empregaríamos a mediu-
nidade com segurança e objetivo superior?
10 Para ler e reler – Therezinha Oliveira

– Entenderíamos a mensagem do Cristo em


todo o seu verdadeiro e profundo significado
e nos comportaríamos como cristãos?

– Teríamos dado à nossa existência a direção


que hoje seguimos e nos dignifica e valoriza
a vida, conduzindo-nos em segurança, apesar
de nossas limitações e imperfeições?

Muito provavelmente, não! Ao contrário, esta-


ríamos ainda angustiados, inseguros, desorientados
sem compreender: quem somos, de onde viemos,
por que estamos aqui e para onde iremos depois.

Graças, pois, a Allan Kardec, o codificador da


Doutrina dos Espíritos!

(Adaptado do livro Quando o Espiritismo Fala.)

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