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14-10-2015 Luzia

Certa feita, uma revista de circulação


nacional apresentou reportagem acerca da
mentira, mostrando-a como um
ingrediente fundamental do jeitinho
brasileiro.
Mais ou menos no mesmo período,
determinado programa televisivo
ofereceu a oportunidade aos
telespectadores de opinarem se um
personagem deveria ou não mentir
para vingar um crime do passado,
ainda impune.
A mentira venceu por larga
margem.
Isso demonstra como estamos
nos habituando com a mentira
e a estamos utilizando, em
nosso cotidiano.
Mentimos para obter algum
benefício, para preservação
da nossa imagem, para evitar
um sentimento de vergonha,
por verdadeira covardia.
Assim, um amigo não diz ao
outro o que realmente pensa e
deseja dele.
Se o amigo possui defeitos, em
vez de alertá-lo a respeito,
bate-lhe nas costas e com uma
frase reticente, permite
àquele interpretar que tudo
vai muito bem.
A mãe mente para o filho
pequeno, afirmando que já
volta, e na verdade se
ausenta por longas horas.
Servem-se da mentira alguns
que afirmam serem técnicos
em tal ou qual área, não
passando, na verdade, de
meros aprendizes.
Utilizam a mentira aqueles que
oferecem um produto como
sendo de primeira linha,
quando não o é.
Mentem todos aqueles que
fazem promessas, sabendo
antecipadamente que jamais as
poderão cumprir.
Natural que tal clima gere
desconfiança e descrença,
itens que presidem ao
relacionamento atual das
criaturas.
Há quem acredite ser normal
a criança mentir e somente
ser sintoma de enfermidade
no adulto.
Contudo, o mentiroso é sempre
alguém enfermo.
E em razão mesmo de sua
forma de proceder, se
torna desacreditado,
mesmo quando se
expresse de forma
correta e verdadeira.
Para quem está habituado à
mentira, se torna muito
natural alterar o conteúdo ou a
apresentação dos fatos,
manipulando-os ao seu bel
prazer.
As raízes da mentira se encontram no
lar instável, mal formado, quando não
emanam dos conflitos da personalidade,
que induzem o ser à fuga da realidade e
ao culto da fantasia.
Faz-se imperioso que se
estabeleça uma disciplina
rígida na arte de falar,
procurando repetir o que se
ouviu exatamente como se
escutou;
o que se viu da forma mesma como
aconteceu, evitando-se interpretar o
que se pensa em torno do assunto, que
nem sempre corresponde aos fatos.
Esta é uma maneira de vital
importância para se abandonar
o vício da mentira.
Não há necessidade
de mentir, e toda vez
que nos servirmos da
mentira, estaremos
demonstrando um
distúrbio de
comportamento, que
precisa urgentemente
ser corrigido.
FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
AUTOR: COM BASE NO ARTIGO O IMPÉRIO DAS
MEIAS-VERDADES, PUBLICADO PELA REVISTA
ISTO É, Nº 1466 E NO CAP. 3 DO LIVRO VIDA:
DESAFIOS E SOLUÇÕES
FOTOS: INTERNET
MÚSICA:RICHARD CLAYDERMAN BELLE-PIANO
DATA : 14 DE OUTUBRO DE 2015

Mentir compulsivamente é um distúrbio da


imaginação chamado mitomania.
A verdade deve ser sempre dita com
naturalidade, sem alarde, mas na íntegra,
jamais adornada de fantasias ou conclusões
pessoais.

Repasse sem modificar


Luzia Gabriele

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