Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS MARQUÊS

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

EXPERIMENTO DE PERDA DE CARGA SINGULAR

COMPONENTES DO GRUPO

F2417I9 MATHEUS FERREIRA DA SILVA EM6P13


F30HCF0 RAVIER QUIRINO DA SILVA EM6P13
N590262 SAMUEL ARAGÃO DOS SANTOS EM6P13
F133400 MARCELO CINTRA FERREIRA EM6P13
N6293E4 LUIZ GUSTAVO BELINI FERREIRA EM6P13
D949535 Renan Morais Siqueira EM6P13

São Paulo – SP
1
2022

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2. OBJETIVOS................................................................................................................3

3. METODOLOGIA........................................................................................................3

4. RESULTADOS............................................................................................................4

5. CONCLUSÃO..............................................................................................................5

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................7

2
1. INTRODUÇÃO

A perda de carga é uma fenômeno natural, a qual ocorre devido a rugosidade de um


conduto ou cano que o fluido passe. Em tubulações e sistemas de transporte de fluidos sabe-se
que estas devem ser consideradas em qualquer estudo preciso. Devido também a viscosidade
do fluido, este acaba interagindo com a rugosidade do cano, havendo mais perda de carga;
portanto deve-se atentar ao conduto utilizado para determinada passagem de um fluido. No
entanto, além deste tipo de perda existe também a do tipo localizado, também chamada de
singular. Devido a curvaturas do conduto, registros que controlam a vazão, defeitos internos
da tubulação (se houver), reduções ou alargamentos na tubulação e muitos outros aspectos, o
fluido transportado pode sofrer perdas de pressão e velocidade. A mudança repentina de altura
também pode ser considerada uma forma de perda de carga singular quando analisado um
conduto extenso apoiado em elevações. Para medir a perda de carga deve- se colocar em uma
fórmula (hs=ks*v²/2g), onde ks é o coeficiente de perda de carga que varia de acordo com o
diâmetro e o comprimento do tubo. Para evitar estes fenômenos deve-se entender este
conceito.

2. OBJETIVOS

Analisar o efeito de diferentes tipos de válvulas reguladoras de vazão sobre a pressão


da água em um conduto e estabelecer uma relação entre a variação de pressão em função da
vazão (número de voltas) de cada válvula. Compreender o efeito conjunto de perda de carga
distribuída e singular, simulando uma situação real.

3. METODOLOGIA

Para a realização deste experimento, foram utilizados como ferramentas um


manômetro digital que pode ser ajustado ao conduto em diferentes posições para análise,
junto a três válvulas reguladoras de vazão diferentes, sendo duas do tipo gaveta e uma de meia
volta. Na organização destes elementos na tubulação o registro de meia volta encontra-se no
meio, cercado por outros dois do tipo gaveta, o que indica a sequência na qual os dados foram
coletados.

3
Para a primeira válvula gaveta, cuja manopla era grande, foram possíveis ajustes
precisos durante as medições. Para a válvula de meia volta foi preciso regular sua posição de
acordo com ângulos entre 0 e 90 graus, pois este era seu limite. Para a terceira válvula, sua
manopla um tanto pequena e rosca de curso longo permitiram analises de intervalos maiores.

4. RESULTADOS

Os valores obtidos durante os testes foram organizados em tabelas, sendo uma para
cada válvula estudada. O resultado foram as tabelas e gráficos abaixo, coloridos conforme
manopla da válvula analisada e nomeados conforme seu tipo.

Válvula Gaveta (Globo) Nº1


ΔP/γ Nº de Voltas da Válvula
32500 1
24500 1,5
22800 2
2200 3

Gráfico de Válvula Gaveta (Globo) Nº1


3.5
3
3

2.5
2
Nº de Voltas

2
1 1/2
1.5
1
1

0.5

0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000

ΔP/γ

Válvula de Retenção (Meia Volta)


ΔP/γ Ângulo de Abertura
56500 0º
48000 30 º
26000 45 º
1800 90 º

4
Gráfico da Válvula de Retenção (Meia Volta)
100 90
90
Ângulo de Abertura 80
70
60
50 45
40 30
30
20
10 0
0
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000
ΔP/γ

Válvula Gaveta (Globo) Nº2


ΔP/γ Nº de Voltas da Válvula
47400 1
30200 2
21000 3
2500 4

Nº de Voltas da Válvula
4.5
4
4
3.5
3
3
Nº de Voltas

2.5
2
2
1.5
1
1
0.5
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000
ΔP/γ

5. CONCLUSÃO

Após coletar os dados, um fato interessante pôde ser notado. Conforme as válvulas se
afastavam do ponto de entrada do fluido no conduto a pressão indicada pelo manômetro

5
digital, embora não sofresse variações grandes, apresentava uma tendência cada vez maior de
oscilar para menos, mesmo com a abertura total da válvula estudada no momento. Tendo em
mente o efeito da perda de carga distribuída, o grupo se lembrou que tal oscilação observada
com paciência e atenção, podia ser consequência deste tipo de perda de carga. Assim que a
vazão era alterada usando as válvulas, estas oscilações chegavam facilmente a casa dos
milhares, conforme apresentado pelas tabelas construídas. Por exemplo, ao estudar a abertura
completa da válvula de retenção, trocando a posição do sensor de saída do manômetro digital
e posicionando-o em pontos mais afastados da válvula foi possível perceber uma tendência
maior da pressão diminuir de 56500 para 56400, sendo isto representado pelas oscilações cada
vez mais frequentes conforme aumento da distância. Estes resultados tornaram possível a
observação da ação de perdas distribuídas e singulares simultaneamente, deixando claro que
em situações reais ambas ocorrem e devem ser levadas em consideração.

Foi observado também, ao ser tratado no laboratório, o efeito do coeficiente de perda


de carga singular, uma variável que tem seu valor determinado pelo tipo de ferramenta que

está inserida na tubulação. Uma curva de 90º e uma válvula de meia volta possuem
coeficientes diferentes por exemplo. Isto ocorre devido ao efeito que cada um destes
acessórios exerce, já que enquanto um redireciona o fluxo, outro controla a vazão. Sabendo
desta mudança foi possível entender o motivo pelo qual, mesmo totalmente abertas ou
totalmente fechadas, as válvulas mantinham variações de pressão diferentes; tomando como

exemplo a abertura total das válvulas globo Nº 1 e 2, vemos um intervalo entre os valores de
pressão de 14900, causado justamente pelo coeficiente de perda de carga singular diferentes.
Portanto, para montagem de uma tubulação, ficou clara a necessidade não só de escolher
válvulas e acessórios eficientes, mas também escolher modelos com um coeficiente que cause
baixa perda de carga.

As diferentes válvulas usadas no experimento indicaram que, para a instalação de


acessórios e conexões em um sistema tubular que transporte fluidos é necessário mais que
simplesmente uma válvula que “dê conta do recado”, mas sim um modelo que possa atingir a
vazão esperada com a precisão devida e que traga mais benefícios que complicações. Para
sistemas que tratem do transporte de fluidos sensíveis ou até inflamáveis a variação de
pressão não pode ser excessivamente alta por motivos de segurança por exemplo.
Comparando os objetivos estabelecidos no início do estudo com o que foi obtido em seu
término, o grupo assumiu a conclusão do experimento.

6
BIBLIOGRAFIA

PERDA de Carga Localizada, ou Singular. Escola da Vida, 2010. Disponível em:


<http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aula2_unidade6.htm#:~:text=6.3.2%20Perda
%20de%20Carga,%2C%20ou%20Singular%20(hS)&text=Este%20tipo%20de%20perda
%20de,de%20carga%20localizada%2C%20ou%20singular>. Acesso em: 07 de set. de 2022.

TOLENTINO, João. Hidráulica Agrícola. Santa Catarina: Universidade Federal de Santa


Catarina, 2021. Disponível em: <hidraulica.tolentino.pro.br>. Acesso em: 07 de set. de 2022.

CONHEÇA os tipos de perda de carga. Blog 24 Horas, 2021. Disponível em:


www.at24horas.com.br/conheca-os-tipos-de-perda-de-carga>. Acesso em: 07 de set. de 2022

O QUE é a perda de carga em processos e como ela impacta o custo do seu projeto? Propeq,
2019. Disponível em: <propeq.com/o-que-e-a-perda-de-carga-e-como-ela-impacta-o-custo-
do-seu-projeto/>. Acesso em: 07 de set. de 2022.

Você também pode gostar