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Universidade Federal da Bahia Prof.

Leandro Suguitani
MAT199 - Fundamentos II 2022.2

SIMULADO DA SEGUNDA PROVA


POSTAGEM EM 21/10/2022
Duração da prova: 1 hora e 50 minutos

Nome:

INSTRUÇÕES: Toda resposta deve estar devidamente enumerada. Justifique claramente e de maneira or-
ganizada cada passagem ou procedimento realizado. Os axiomas/proposições/teoremas/corolários que estão
listados em anexo devem ser mencionados no local correto quando forem usados na demonstração (não é preciso
reescrevê-los, nem demonstrá-los, apenas indicar pela referência alfanumérica). Exercı́cios com resultados já
demonstrados em sala de aula podem ser usados na resolução sem necessidade de demonstrá-los novamente,
apenas enuncie o resultado. Qualquer outro resultado que não esteja nessa lista e nem tenha sido demonstrado
em sala de aula deve ser explicitamente enunciado e demonstrado.

Para todas as questões, apresente a figura que auxilia o desenvolvimento da sua resolução.

1. Mostre que, em um polı́gono de 4 lados, o comprimento de qualquer uma de suas diagonais é


menor do que a metade do seu perı́metro.

2. Considere um triângulo △ABC e pontos D e E tais que A∗D∗B, A∗E∗C, com CD perpendicular
à AB, BE perpendicular à AC e CD = BE.
Mostre que o triângulo △ABC é isósceles.

3. Considere um triângulo △ABC e pontos D, E e F tais que A ∗ D ∗ C, A ∗ E ∗ B, B ∗ F ∗ C,


com AE = AD, CD = DF , BA = BC e E D̂F = 80 graus.
Determine a medida do ângulo AB̂C.

4. Mostre que se um triângulo △ABC é isósceles de base BC, então a bissetriz do ângulos externo
no vértice A é paralela à sua base.

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Axiomas de incidência

I1: Por dois pontos (distintos) incide uma única reta.

I2: Sobre toda reta incidem pelo menos dois pontos (distintos).

I3: Existem pelo menos três pontos distintos sobre os quais nenhuma reta incide.

Axiomas de Ordem

O1: Se A ∗ B ∗ C, então A, B e C são três pontos distintos, todos eles incidentes sobre a mesma reta
(colineares), e vale C ∗ B ∗ A.

O2: Sejam dois pontos distintos B e D, então existem pontos A, C e E, que incidem sobre a reta
←→
BD, de tal maneira que valem: A ∗ B ∗ D, B ∗ C ∗ D e B ∗ D ∗ E.

O3: Se A, B e C são três pontos distintos que incidem sobre a mesma reta, então um, e apenas um,
dos pontos está entre os outros dois.

O4: Para toda reta l e para quaisquer pontos A, B e C que não incidem sobre l:

ˆ Se A e B estão do mesmo lado de l e B e C estão no mesmo lado de l, então A e C também


estão no mesmo lado de l.
ˆ Se A e B estão em lados opostos de l, e B e C estão em lados opostos de l, então A e C estão
no mesmo lado de l.

O5: Toda reta delimita exatamente dois semiplanos, sendo que eles não possuem ponto em comum.

Axiomas de Congruência

C1: Se A e B são pontos distintos e se A′ é qualquer outro ponto, então para cada semirreta r que
com origem em A′ existe um único ponto B ′ incidente sobre r, tal que B ′ ̸= A′ e AB ∼
= A′ B ′ .

C2: Se AB ∼
= CD e AB ∼
= EF , então CD ∼
= EF . E todo segmento é congruente a si mesmo.

C3: Se A ∗ B ∗ C, A′ ∗ B ′ ∗ C ′ , AB ∼
= A′ B ′ e BC ∼
= B ′ C ′ , então AC ∼
= A′ C ′ .

−−→ −→
C4: Dado qualquer ângulo B ÂC (por definição de ângulo, AB não é oposta à AC) e dado uma
−−→ −−→ ←−→
semirreta A′ B ′ , existe uma única semirreta A′ C ′ em um dado lado da reta A′ B ′ , de tal modo que
B ′ Ĉ ′ A′ ∼
= B ÂC.

C5: Se  ∼
= B̂ e  ∼
= Ĉ, então B̂ ∼
= Ĉ. E todo ângulo é congruente a si mesmo.

C6 (Critério de congruência Lado Ângulo Lado (LAL)): Se dois lados de um triângulo e o ângulo
formado por esses lados forem congruentes à, respectivamente, dois lados e o ângulo formado por esses
lados de outro triângulo, entâo os dois triângulos sâo congruentes.

Axiomas de Medição de Segmentos

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MS1: A todo par de pontos corresponde um número maior ou igual a zero. Este número é zero se, e
somente se, os pontos são coincidentes.

MS2: Os pontos de uma reta podem sempre ser colocados em correspondência biunı́voca com os
números reais, de modo que a diferença entre esses números seja a distância entre os pontos corres-
pondentes.

MS3: Se o ponto C encontra-se entre os pontos A e B então m(AC) + m(CB) = m(AB).1

Axiomas de Medição de Ângulos

MA1: A todo ângulo (par de semirretas não opostas de mesma origem) corresponde um número real
x, tal que 0 < x < 180. Atribuı́mos o número 0 no caso de duas semirretas coincidentes e o número
180 no caso de duas semirretas opostas.

MA2: As semirretas de mesma origem que dividem um dado semiplano podem sempre ser colocadas
em correspondência biunı́voca com os números reais entre 0 e 180, de modo que a diferença entre esses
números seja a medida do ângulo formado pelas semirretas correspondentes. A uma das semirretas
opostas que limitam esse semiplano tem corresponde ao número 0 e a outra ao número 180.

−−→
MA3: Se uma semirreta AD divide um ângulo B ÂC, então m(B ÂC) = m(B ÂD) + m(DÂC)

Axioma das Paralelas (V Postulado de Euclides)

Por um ponto qualquer P fora de uma reta m pode-se traçar uma única reta paralela à reta m que
passe por P .

Proposições, Teoremas, Corolários.

P2.1: Se l e m são retas distintas e não paralelas, então elas possuem um único ponto em comum.

P3.1: Existem três retas distintas que não são concorrentes.

P3.2: Para toda reta, existe pelo menos um ponto que não incide sobre ela.

P3.3: Para todo ponto, existe pelo menos uma reta que não incide sobre ele.

P4.1: Para todo ponto, existem pelo menos duas retas distintas que incidem sobre ele.

P4.2: Para quaisquer dois pontos A e B, podemos provar que:


−−→ −−→
1. AB ∩ BA = AB
−−→ −−→ ←→
2. AB ∪ BA = AB
1
Seja c e a os números correspondetes aos pontos C e A, assim: m(AC) = |c − a| (notação para medida do segmento
AC).

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P5.1: Se A ∗ B ∗ C e A ∗ C ∗ D então B ∗ C ∗ D e A ∗ B ∗ D.

P5.2: Se C ∗ A ∗ B e l é a reta que incide com A, B e C; então para todo ponto P que incide sobre l,
−−→ −→
P incide com a semirreta AB ou com a semirreta oposta AC.

T6.1: Se A, B e C são três pontos distintos e não colineares e l é uma reta qualquer que intersecta
o segmento AB em um ponto entre A e B, então l também intersecta AC ou BC. E se C não incide
sobre l, então l não intersecta ambos AC e BC, intersecta somente um destes lados.

P6.1: Se vale A ∗ B ∗ C, então AC = AB ∪ BC, com B sendo o único ponto em comum dos segmentos
AB e BC.
−−→ −−→ −−→ −→
P6.2: Seja A ∗ B ∗ C, então B é o único ponto em comum das semirretas BA e BC e AB = AC.

←→
P6.3: Seja um ângulo C ÂB e um ponto D que incide com a reta BC. Nessas condições, D está no
interior de C ÂB se, e somente se, B ∗ D ∗ C.

P6.4: Se D é um ponto no interior de C ÂB, então:


−−→
1. Qualquer outro ponto incidente com a semirreta AD (exceto o ponto A) também é ponto interior;
−−→
2. Nenhum ponto que incide sobre a semirreta oposta à semirreta AD é interior;
3. Se C ∗ A ∗ E, então B está no interior de DÂE.

−−→ −→ −−→ −−→


Teorema T7.1: Se AD está entre AC e AB, então AD intersecta o segmento BC.

←→
Corolário C7.1: Dado △ABC e DE ∼
= AB, existe um único ponto F , em um dado lado da reta DE,
tal que △ABC ∼ = △DEF .

Corolário C7.2: Se em um △ABC temos AB ∼


= AC, então B̂ ∼
= Ĉ, ou seja, em um triângulo isósceles
os ângulos da base são congruentes.

P8.1: Dados AC ∼ = DF , então para qualquer ponto B entre A e C, existe um único ponto E entre D
e F , de tal maneira que AB ∼
= DE.

P8.2:

(a) Exatamente uma das seguintes condições valem: AB < CD, AB ∼


= CD ou AB > CD.
(b) Se AB < CD e CD ∼= EF , então AB < EF .
(c) Se AB > CD e CD ∼
= EF , então AB > EF . (exercı́cio)
(d) Se AB < CD e CD < EF , então AB < EF . (exercı́cio)

P8.3:

(a) Exatamente uma das seguintes condições valem: Â < B̂, Â ∼


= B̂ ou  > B̂;
(b) Se  < B̂ e B̂ ∼
= Ĉ, então  < Ĉ;
(c) Se  < B̂ e B̂ < Ĉ, então  > Ĉ;

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(d) Se AB < CD e CD < EF , então AB < EF .

P9.1: Suplementares de ângulos congruentes são congruentes.

P9.2: Ângulos opostos pelo vértice são congruentes.

P9.3: Um ângulo congruente a um ângulo reto é um ângulo reto.

P9.4: Para toda reta l e todo ponto P , existe uma reta que incide com P e é perpendicular (forma
um ângulo reto) com a reta l.

P10.1 (Caso Ângulo Lado Ângulo - ALA): Dado um △ABC e △EF G com  ∼
= Ê, B̂ ∼
= F̂ e
AB ∼
= EF ; então △ABC ∼
= △EF G.

−−→ −−→ −−→ −−→ −−→ −−→


P10.2: Se BG é uma semirreta entre BA e BC, EH é uma semirreta entre ED e EF , C B̂G ∼
= F ÊH
e GB̂A ∼
= H ÊD, então AB̂C ∼
= DÊF .

−−→ −−→ −−→ −−→ −−→ −−→


P10.3: Dado BG entre BA e BC, EH entre ED eEF , C B̂G ∼
= F ÊH e AB̂C ∼
= DÊF . Então

GB̂A = H ÊD.

P10.4 (Caso Lado Lado Lado - LLL): Dados △ABC e △EF G com AB ∼
= EF , BC ∼
= F G e AC ∼
= EG;

então △ABC = △EF G.

P10.5 (Quarto Postulado de Euclides): Todos os ângulos retos são congruentes entre si.

−−→
P12.1: Se, em uma semirreta AB, considerarmos um segmento AC tal que AC < AB, então o ponto
C está entre A e B.

T13.1: Sejam A, B e C pontos distintos de uma mesma reta cujas coordenadas são, respectivamente,
a, b e c. O ponto C está entre A e B se, e somente se, o número c está entre a e b.

T13.2: Um segmento AB tem exatamente um ponto médio.

T14.1: Sobre qualquer ponto A de uma reta m, incide uma única reta l perpendicular à m.

T15.1: Todo ângulo externo de um trângulo mede mais do que qualquer um dos ângulos internos não
adjacentes a ele.

P15.1: A soma das medidas de quaisquer dois ângulos internos de um triângulo é menor do que 180
graus.

C15.1: Todo triângulo possui, pelo menos, dois ângulos internos agudos.

C15.2: Se duas retas distintas m e n são perpendiculares a uma terceira, então, m e n não se
interceptam. (ou seja, existem retas paralelas!).

P15.2: Se dois lados de um triângulo não são congruentes, então seus ângulos opostos nâo são
congruentes e o maior ângulo é oposto ao maior lado.

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P15.3: Se dois ângulos de um triângulo não são congruentes, então seus lados opostos nâo são
congruentes e o maior lado é oposto ao maior ângulo.

T16.1: Em todo triângulo, a soma dos comprimentos de dois lados é maior do que o comprimento do
terceiro lado.

T16.2: Dados três pontos distintos A, B e C quaisquer, tem-se que AC ≤ AB + BC. A igualdade
ocorre se, e somente se, B incidir sobre o segmento AC.

T17.1 (LAA): Se △ABC e △A′ B ′ C ′ são dois triângulos tais que BC = B ′ C ′ , Â = Â′ Ĉ = Ĉ ′ , então
eles são congruentes.

T17.2 (HC): Sejam △ABC e △A′ B ′ C ′ dois triângulos retângulos cujos ângulos retos são Ĉ e Ĉ ′ ,
respectivamente. Se AB = A′ B ′ (hipotenusa congruentes) e BC = B ′ C ′ (um dos catetos congruentes),
então os triângulos são congruentes.

P18.1: Se a reta m é paralela a duas retas distintas n1 e n2 , então, n1 e n2 são paralelas entre si.

C18.1: Se uma reta m corta uma de duas retas paralelas n1 e n2 , então corta a outra também.

P19.1: Sejam m e n duas retas distintas e t uma transversal.

P19.2: Sejam m e n duas retas distintas e t uma transversal. Seja α um ângulo de m com t e β um
ângulo de n com t, sendo α e β ângulos colaterais internos.
Se α + β = 180, então as retas m e n são paralelas.

P19.3: Sejam m e n duas retas distintas paralelas e t uma transversal. Seja α um ângulo de m com
t e β um ângulo de n com t.
Se α e β são ângulo alternos internos, então α = β.

P19.4: Se duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, então os ângulos correspondentes
são congruentes.

P19.5: A soma das medidas dos ângulo internos de um triângulo é 180 graus.

C19.1:

(a) A soma das medidas dos ângulos agudo de um triângulo retângulo é 90 graus.
(b) Cada ângulo de um triângulo equilátero mede 60 graus.
(c) A medida de um ângulo externos de um triângulo é igual a oma das medidas dos ângulos internos
que não lhe são adjacentes.

T19.1: Se m e n são retas paralelas, então todos pontos de m estão à mesma distância da reta n.

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