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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

SÃO PAULO - CAMPUS SALTO

Reflexão apresentada como requisito parcial de avaliação semestral na disciplina de

Psicologia da Educação, do curso Licenciatura em Matemática.

Prof.ª Dr.ª Eliane A. Bacocina.

Aluisio José Galvão dos Santos

A VOZ DO CORAÇÃO

DEVEMOS AGIR COM RAZÃO OU EMOÇÃO?

Qual das duas atitudes que devemos tomar?

A linda obra de direção de Christophe Barratier nos faz refletir aspectos psicológicos
dos quais a humanidade vive, a qual em diversas situações nos perguntamos como devemos
nos comportar e qual a atitude certa a ser tomada em casos como o apresentado, este longa
metragem traz indagações muitas vezes pertinentes e importantes sobre momentos vividos
pelos personagens, algumas certas e outras nem tão certas assim, e nos fazem pensar como
estes alunos vão realmente incorporar o verdadeiro sentido do qual a educação tanto procura
implementar, para assim poder lapidar suas vidas, um ser muito mais qualificado e digno de
sua existência.

A história conta parte da vida de Clément Mathieu, uma pessoa sem reconhecimento,
mas que tinha uma grande sensibilidade para ver o potencial do outros, desde o Corbin o qual
se tornou o suporte de partitura, mas que nem por isso se sentiu humilhado e sim útil, pois fazia
parte do grande coral, ao Pierre Morhange o qual era o solista do coral, tornando-se um grande
e renomado maestro. Lembrando que por causa desta habilidade, ao chegar ao triste orfanato
para o qual foi contratado como inspetor e professor, Mathieu percebe imediatamente os danos
causados pelas decisões arredias e detecta os talentos por trás das crianças sempre rotuladas
como "casos perdidos".

O inspetor lutava para conquistar a confiança dos meninos, que quando percebem seu
carinho e devoção, respondem com total cumplicidade. Mesmo diante da oposição do diretor
da unidade “Rachin”, o professor conseguiu estabelecer um coro que, pouco a pouco, melhorou
e eventualmente ficou conhecido em toda a França. Outros professores, inicialmente seguindo
apenas os métodos clássicos da organização, arcaicos e violentos dos quais notoriamente já
mostraram ao longo da história que não contribuíram em nada a vida educacional. Mathieu
ficou ainda mais surpreso ao perceber a complacência com que os funcionários tratavam o
diretor do internato, o que assustava os meninos. Ele decidiu ir contra o método e mostrar que
podia fazer diferente, criou um elo de amizade com seus alunos sem deixar de exigir o respeito
deles. No entanto, a disciplina permaneceu um dilema, e foi em um desses momentos únicos
que sabiamente montou um coral.

Claro que não devemos esquecer de Mondain, um garoto totalmente arredio e revoltado,
o qual só viveu dessabores na vida, o qual foi acusado de um crime muito mais pela sua maneira
de ser, do que por fatos comprobatórios e punido com a violência do diretor Rachin do qual só
comprometia ainda mais a índole de uma pessoa, transformando-o em um animal irracional
pronto a cometer atrocidades como o fogo no orfanato, felizmente tempos depois foi
comprovado a sua inocência, mas dentro da racionalidade devemos saber que a vida não tem
retorno para reparos.

Outros dois como Morhange e Pepinot foram alunos e viviam no internato "Fundo do
Poço", uma organização com meninos que tinham dificuldades. Instituição conhecida por este
nome pelo fato de ser realmente o fundo de um “inferno” em que os meninos eram tratados
com muita severidade, onde só havia duas regras, "Aja, reaja!" e nenhum carinho. Ou seja, ao
invés de “reformar” a decência, o orfanato só aumentava a revolta , transformando-os em
ingênuos garotos. O internato carecia de um sensível, indulgente e cúmplice dos meninos. Essa
pessoa é claramente Clarent Mathieu, o novo professor e inspetor da escola o qual era
mensageiro de uma esperança para suas sólidas vidas.

Devido a objeções aos métodos doutrinadores do diretor, “à lógica de ação-reação”


Mathieu é demitido, mas até lá ele teve uma mudança de coração, e o espírito desses meninos,
que nunca mais esqueceram o homem que trouxe esperança e dignidade às suas vidas, cheias
de necessidades e desvantagens, felizmente mesmo naquele momento obsoleto da história,
houve justiça pois o diretor Rachin foi denunciado e punido, dando assim esperança aos alunos
que simplesmente desejavam serem melhores e felizes a cada dia.

Um dos meninos “Pepinot”, garoto de cinco anos que fazia questão de todos os sábados
esperar seus pais chegarem para a visita, mesmo sabendo e não querendo acreditar que seus
genitores haviam morrido tragicamente, felizmente vê uma figura paterna em Mathieu, e
desesperado pede abrigo no coração do Inspetor o qual emocionado o leva embora daquele
“inferno”, e assim ensina que a verdadeira compreensão entre a razão e a emoção é exatamente
usar o equilíbrio tal qual uma balança o faz.

Anos depois, na velhice, Pepinot reencontra Morhange, que era o principal "artista" de
uma orquestra e um famoso maestro, para relembrar todos esses momentos da infância, dos
quais o professor estimulava discussões sobre os valores conflitantes, expressos ao longo da
história, sobre a importância do caráter moral do professor, que sempre procurava ver mais
das imagens e convenções apresentadas dos quais proporcionavam o equilíbrio entre a “razão
e a emoção”.

A partir destes parâmetros, devemos destacar que os docentes em sala de aula também
devem ter este tipo de conjectura, exemplo este é o poder da mídia e os conceitos do pós-
modernismo, seus efeitos na forma como interagimos com a realidade, bem como a lógica do
monetarismo subjacente a isso para a autodireção. Finalmente, é de extrema relevância que
devemos procurar fazer com que o aluno sinta realmente vontade de aprender e que a educação
seja algo a ser conquistado e valorizado pois com uma didática coerente e frutífera, o professor
deve estar sempre atento às mudanças sendo um propulsor deste avanço, lembrando que cada
aluno tem suas peculiaridades das quais devem ser especificamente analisadas e desenvolvidas,
devemos procurar mostrar fatos dos quais foram importantes para a construção destes
conceitos, evitando preconceitos e deixando de depender de pressupostos limitantes dos quais
já foram excluídos da vida educacional.

Com isto concluímos que a razão não é diferente da emoção e sim uma união a qual
procura conciliar o seu equilíbrio.

Mas qual a dose exata para o equilíbrio entre a razão e a emoção?

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