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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

SÃO PAULO - CAMPUS SALTO

Reflexão apresentada como requisito parcial de avaliação semestral na disciplina de

Sociologia da Educação, do curso Licenciatura em Matemática.

Prof.º Dr.º Leonardo Borges da Cruz.

Aluisio José Galvão dos Santos

DE QUE MODO FERRARO ARGUMENTA QUE A EDUCAÇÃO NO BRASIL NÃO


FOI ALÉM DE MANDEVILLE?

2022
HERANÇA DO LIBERALISMO

Este trabalho examina três escritores que expressam versões típicas do liberalismo
europeu do século XIX: o liberalismo de Mandeville, que temia o ensino humanitário, o
liberalismo de Smith, exigindo educação mínima (leitura, escrita e aritmética) para todos os
trabalhadores; e o liberalismo de Condorcet, que defende a educação geral, universal, pública,
gratuita e obrigatória. da punição no princípio da igualdade de todos os homens, Condorcet se
opõe a Mandeville, e avança além de Smith, que baseia sua opinião no princípio da liberdade.
A variante foi baseada na suposição de que o confronto de poderia se tornar uma referência.
apresentando a eleição diretamente, estabeleceu a cassação do analfabeto, mas é também uma
referência ao entendimento que ocorre hoje no país.

As ideias liberais foram uma resposta ao mercantilismo das monarquias absolutistas,


que exigia a existência de um Estado promotor do desenvolvimento e da distribuição de renda.
Sob esse prisma, a economia seria um jogo de soma zero, então alguém ganha, alguém
necessariamente perde, impossibilitando a conciliação de interesses. Sabemos que deve haver
uma estrutura privilegiada para isso. O governante determinava o que produzir, como produzir
e quanto produzir, e mantinha a produção como sua em função da rentabilidade ou da natureza
dos bens (bens de luxo). Ele se manteve em poder protegido apoiado por um corpo de apoio.

Começo apresentando a ideia de Adam Smith e a ideia de Bernard de Mandeville de


vincular males privados aos bens públicos. Notamos que Smith rejeita uma parte do
pensamento de Mandeville e apoia outra para descrever o que seria a grande chave do
liberalismo: o laissez-faire. Em seguida, a partir de uma descrição psicanalítica do aparelho
psíquico, mostro como sua estrutura funciona de acordo com as ideias de Smith e Mandeville,
embora o conceito de mal-estar apareça como uma diferença.

O liberalismo foi caraterizado por Bernard Mandeville, que teme a educação do povo,
considera a população educada como ameaçadora e perigosa, afirmando que quanto maior o
nível de educação, maiores são as chances antigos contra o poder estabelecido, considerando
também que o tempo é como os estudos individuais e gasta menos tempo no trabalho, isso se
justifica pelos problemas econômicos. Esta preferência apoia totalmente a educação pessoal.
fornecendo acesso apenas àqueles que podem remunerar a educação Ensino eficaz de grupos
de elite. É importante notar que o discurso de Mandeville não incluiu as meninas da classe

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trabalhadora. tendo em conta que têm de se dedicar aos afazeres domésticos e aos afazeres
domésticos. Essa postura conservadora contra a educação pública é evidente no Brasil, onde o
sistema de negação de analfabetos é um caminho reconfortante para a elite. O liberalismo de
Smith, que exige uma educação mínima (leitura, escrita e aritmética) para todos os
trabalhadores o que é uma crítica rigorosa quando se posiciona no modelo individualista de
Mandeville, como um método depravado, considerando que o Estado deve promover uma
educação básica mínima para todos, com o objetivo de estabelecer uma concorrência
minimamente justa no mercado concomitantemente levando em conta a divisão social do
trabalho, que gera progresso e desigualdades.

Como tal, Smith defendia uma educação mínima para todos como compensação pelas
desigualdades geradas pela divisão social. No entanto, essa abordagem liberal clássica se
aproxima de Mandeville em termos de benefícios de mercadologia. sem interesse em proteger
o direito à educação fornecida pelo Estado. que abrange as meninas. O liberalismo de
Condorcet, que defendia a educação geral, universal, pública, gratuita e obrigatória. Esse liberal
foi um dos mais importantes criadores da escola republicana, que participou da defesa da
educação laica e defendeu o direito das mulheres à educação com direitos iguais aos dos
homens, onde a educação deveria ter caráter universal e a mobilização do conhecimento útil.
todos os profissionais. incluindo o ensino da capacidade e potencial individual,
contextualizando a relação entre ensino e aprendizagem, mostrando a diferença do pensamento
liberal com Smith e Mandeville.

As ideias liberais foram introduzidas no Brasil através das atividades do Marquês


Pombal. Brasil e Portugal já representavam unidade, uma cidadania, um país. E foi na
Universidade de Coimbra que o marquês e membros da elite brasileira, que lá estudaram,
adotaram o pensamento liberal inglês. O desenvolvimento do liberalismo no Brasil passou por
diversos momentos e seus defensores apresentaram objetivos diversos. Lutas anticoloniais,
abolicionistas, agentes econômicos... As características do pensamento liberal brasileiro eram
diversas. Um dos primeiros pontos distintivos do liberalismo no Brasil é a luta pela abertura
econômica da colônia e o fim do acordo colonial que mantinha o Brasil sob o monopólio das
empresas comerciais portuguesas.

O abolicionismo, que unia liberais e conservadores, foi a segunda grande bandeira


dessa teoria no Brasil, cuja luta envolvia definir o valor e a dignidade da vida humana, o que a
impediria de ser reduzida a mera mercadoria. opiniões divididas. Na política brasileira ainda

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é válida a tendência positivista de Benjamin Constant, que prega o papel do Estado e a
construção da ordem. O Brasil foi especialmente aceito após a temporada de Vargas. Os liberais
no Brasil sempre enfatizaram direitos como liberdade, segurança e liberdade religiosa.

Tudo o que foi dito até aqui permitir compreender o que significa o liberalismo como
doutrina política, que diz respeito não só aos fins, mas sobretudo aos meios para um Estado
melhor, e esse meio é a liberdade. Liberdade significa ausência de coerção, proteção da
propriedade privada, existência de paz, tolerância de princípio, não oportunismo, livre
iniciativa para entrar e sair do mercado, liberdade política (eleições livres e periódicas e livre
formação de partidos políticos).

Trazendo todo esse aprendizado para refletir sobre o que vivemos hoje, entendemos que
o Brasil ainda vive sob um regime mercantilista, onde empresas públicas e privadas vivem
principalmente à custa dos privilégios das empresas estatais. Um alto nível de intervenção
impede decisões baseadas na autonomia do consumidor, o que estimula a produção de bens e
serviços que podem não refletir a real demanda da população. Não sabemos como vamos
superar todos esses problemas, mas o autor afirma que uma sociedade democrática como a
nossa deve deixar de ser democrática e haverá também uma mudança ideológica. Infelizmente,
a escolha de recursos não é liberdade.

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