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©Copyright 2018, Noé Amós Guieiro

Instituto Liberdade Individual


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1ª edição
(2018)

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_______________________________________________

GUIEIRO, Noé Amós. O ―mito‖ Paulo Freire mais 7 mitos em


Educação. São Paulo: Instituto Liberdade Individual, 2018.

1. Educação 2. Filosofia 3. Pedagogia


_________________________________________________
A realidade pode ser dura, mas é infinitamente
melhor do que a mais mentirosa das fantasias

O autor

3
ÍNDICE

APRESENTAÇÃO, 7

PARTE 1
O ―MITO‖ PAULO FREIRE

CAPÍTULO 1 - DESMISTIFICANDO O ―MITO‖


PAULO FREIRE, 11

CAPÍTULO 2 - POR QUE A ―PEDAGOGIA DA


AUTONOMIA‖, DE PAULO FREIRE, É UMA
MENTIRA, 17

CAPÍTULO 3 - POR QUE A ―PEDAGOGIA DO


OPRIMIDO‖, DE PAULO FREIRE, É UMA MENTIRA,
19

CAPÍTULO 4 - PAULO FREIRE E A IDEIA


FALACIOSA DE LIBERTAÇÃO, 21

CAPÍTULO 5 - PAULO FREIRE E SUA IDEIA DE QUE


―EDUCAR É PROVOCAR A CURIOSIDADE‖, 23

CAPÍTULO 6 - PAULO FREIRE E A IDEIA


SOCIALISTA DE APRENDIZAGEM NA COMUNHÃO,
25

PARTE 2
7 MITOS EM EDUCAÇÃO

CAPÍTULO 1- MITO Nº 1: A EDUCAÇÃO PACIFICA


AS PESSOAS, 29
5
CAPÍTULO 2 - MITO Nº 2: A EDUCAÇÃO PROMOVE
O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE UM PAÍS,
31

CAPÍTULO 3 - MITO Nº 3: EDUCAÇÃO AUMENTA A


PRODUTIVIDADE, 33

CAPÍTULO 4 - MITO Nº 4: EDUCAÇÃO ESCOLAR


RECUPERA OU MELHORA O CARÁTER DAS
PESSOAS, 35

CAPÍTULO 5 - MITO Nº 5: BOA FORMAÇÃO


ESCOLAR É GARANTIA DE SUCESSO NA VIDA, 39

CAPÍTULO 6 – ―MITO‖ Nº 6: PAULO FREIRE, 41

CAPÍTULO 7 - MITO Nº 7: EDUCAR É FAZER O


ESTUDANTE PENSAR, 43

CAPÍTULO 8 - MITO Nº 8: PENSAR É BOM, 45

CONSIDERAÇÕES FINAIS, 47
APRESENTAÇÃO

Este livro é o resultado de uma série de textos que


escrevi sobre educação e liberdade os quais quis expressar
por meio das redes sociais.
Dividido em duas partes, traz uma série de artigos
sobre temas ligados à educação sempre orientados pelo
viés dos valores da liberdade e da propriedade privada, que
são indissociáveis, e que têm garantido a prosperidade de
indivíduos e de países em graus maiores ou menores em
função do quanto eles foram cultivados.
Na parte 1, trata do ―mito‖ Paulo Freire, que ficou
para o nosso tempo como o que há de excelência em
educação, sendo, inclusive, aclamado como o patrono da
educação e até recebendo homenagem da prefeitura em
que ele foi Secretário dessa pasta. Os capítulos dessa seção
procuram desmistificar a pedagogia freireana,
evidenciando o que ele próprio nunca escondeu, que foi
seu amor às ideias marxistas e aos ideais utopistas
socialistas, bem como dos seus aplicadores, como Che
Guevara, Fidel Castro e Lenin. Uma pedagogia fundada
nesses valores não poderia garantir libertação nenhuma
como ele propõe em livros como ―Pedagogia do
Oprimido‖. Além disso, também não poderia garantir a
autonomia do estudante por ser fundada em princípios de
servidão social, razão que não se pode levar a sério seu
outro livro, ―A pedagogia da autonomia‖.

7
Na parte 2, discute sete mitos em educação que
continuam sendo repetidos todos os dias, mas que não têm
resultado prático nem possibilidade de se concretizar como
verdade, como ligar boa educação a caráter, a melhor
qualidade de vida e a melhor produtividade, apenas para
dar exemplos, pois a escola não só não consegue garantir
isso (que advém de um desenvolvimento emocional e
pessoal por meio de atitudes de pensamento que valorizam
a liberdade individual), como ainda destrói isso que é
pessoal, exatamente por doutrinar com ideias esquerdistas
que ignoram o que o sujeito é por natureza.
Os textos que o leitor lerá são resultado de minha
expressão pessoal e uma ojeriza aos ideais socialistas e
coletivistas, de um modo geral, que destruíram minha
saúde física e mental, que foi recuperada quando
compreendi o valor da individualidade, da liberdade e da
propriedade privada, bem como os demais valores que só o
capitalismo pode oferecer, especificamente o capitalismo
de livre mercado.
Boa leitura!
PARTE 1
O “MITO” PAULO FREIRE

9
CAPÍTULO 1
DESMISTIFICANDO O “MITO” PAULO FREIRE

No livro ―Pedagogia liberal versus Pedagogia


freireana‖, escrevi que os educadores brasileiros elegeram
Paulo Freire como o patrono da Educação e jamais se
inquietaram com sua profunda admiração por líderes
comunistas, como Che Guevara, Fidel Castro e Lenin, nem
com sua orientação pedagógica de viés marxista,
especificamente sobre a ideia de exploração e de luta de
classes. Parte disso se deve à mentalidade coletivista que
acompanha o gosto da maioria das pessoas que não se
importa muito com a liberdade individual, e parte, à
formação de tendência socialista/estatista, que é a
predominante nas universidades e, no caso da Pedagogia, é
a única com a qual os estudantes têm contato.
As ideias de Freire doutrinam professores, os quais
as reproduzem aos estudantes há décadas e são tidas como
o que há de excelência em Educação. Os educadores
jamais se importaram, por exemplo, com o fato de que o
pensamento freireano, da forma como trata o tema da
opressão — e por basear-se na admiração de líderes
socialistas e nas ideias marxistas —, estimula o ódio aos
ricos, à riqueza, às liberdades individuais e à propriedade
privada, tratando o indivíduo como vítima do processo
histórico, e não como alguém capaz de construir o próprio
destino. Aliás, tal discurso é a base da defesa da tal
inclusão social que, no fundo, é um culto à violação da
autopropriedade (o corpo), dizendo que você deve aceitar
com resignação a violência de criminosos porque eles são
vítimas do processo histórico. Isso deixa as portas abertas
para a violação das demais propriedades.
11
Em seu livro ―Pedagogia do oprimido‖, Paulo Freire
se dedica a uma análise da opressão sofrida pelas pessoas
sob a tutela do Estado mercantilista, intervencionista e
oligárquico, como o que temos historicamente no Brasil.
Embora a crítica a esse Estado seja correta, já que ele é
realmente um ente controlador e inimigo da liberdade e do
crescimento pessoal, a solução apontada por ele é pior do
que a situação que então se vivia (e se vive!).
Ele não propõe uma saída por meio de um Estado
liberal (clássico), que defende o indivíduo como o governo
da própria vida e o agente mais interessado e capacitado a
atender às próprias necessidades ou, o que seria muito
melhor, por meio da defesa do fim do Estado para que, no
seu lugar, tivéssemos livre mercado e relações espontâneas
entre as pessoas (anarcocapitalismo). O que ele propõe é
uma Revolução, por meio da escola, para levar à
construção de um novo Estado, o Socialista, baseado nas
experiências soviética, cubana e nas ideias de Marx. O
professor seria o agente a serviço dos grupos de esquerda
para formar estudantes-guerrilheiros, capacitados a fazer
nascer esse Estado vermelho.
E, em seu livro a ―Pedagogia da autonomia‖, o
assunto desenvolvido vai pelo mesmo caminho, pois, por
detrás da evocação da independência como condição
humana a ser alcançada, Freire revela um nítido interesse
de que o estudante use esse qualificador natural como
práxis para lutar como um ativista político em defesa da
justiça social, numa clara transgressão do que seja a
autonomia como o direito autoevidente de governar-se a si
mesmo com plena liberdade de buscar a felicidade.
Na realidade, seu discurso ilude com a apropriação
semântica de termos com fins manipuladores do tipo uma
Novilíngua, de 1984 (livro de George Orwell), em que as
palavras são utilizadas para traduzir algo totalmente
diferente da semântica original e, claro, porque se vivia em
um contexto de Guerra Fria, a ilusão do discurso de
esquerda enganou aos educadores com uma proposta de
libertação que não se sustenta, porque socialismo/estatismo
é a maior tradução da opressão.
De novo, Freire não queria o fim desse capitalismo
estatal (que ele considerava opressor – e que realmente o
é) em prol de um livre mercado, mas, sim, o surgimento de
um opressor muito pior, o Estado socialista. Assim, ele
utiliza o termo ―oprimido‖ ao sabor de uma semântica
inclusive cristã, persuadindo a que aceitassem sua proposta
de libertação dessa opressão. E a solução fica explícita: a
cubanização do Brasil. Assim, ele utiliza o termo
autonomia, que é a condição natural dos seres de viverem
sob o próprio governo, distorcendo o sentido para que
signifique a coragem de lutar em prol desse projeto
revolucionário.
Creio que a orientação da Educação baseada nesta
pedagogia é um atentado contra a subjetividade e o
individualismo de muitos estudantes interessados em
empreender, em trabalhar em uma profissão ou
simplesmente em viver alienados desse esquerdismo
hegemônico.

13
Exatamente para fazer crítica a esses aspectos, em
meu livro ―Pedagogia liberal versus pedagogia freireana‖,
por meio da criação de um alterego, um pedagogo liberal,
proponho um debate com as ideias freireanas, mostrando
que há outro jeito de pensar a Educação, em que a
liberdade não seja apenas uma palavra retórica e pintada
com sofismas ideológicos, mas o princípio e o fim do
processo educacional, pois verdadeiramente livre é aquele
que possa viver desobrigado de qualquer autossacrifício
em prol de causas sociais, como o discurso socialista da
igualdade e da ―consertação‖ dos problemas do mundo
quer impor, mas com o direito natural de viver um projeto
pessoal de vida.
Uma educação sob a ótica libertária não aceita as
intervenções da escola socialista e coletivista de nossos
dias, que se impõe contra os valores da família e promove
um massacre à subjetividade e às liberdades individuais
dos estudantes, pondo em risco a primeira e mais
importante propriedade, que é o corpo, colocando na
cabeça dos estudantes que é errado se defender; que ele, na
verdade, deve tentar salvar os criminosos que violentam
sua vida, porque são excluídos da sociedade; que é errado
prosperar financeiramente porque isso é egoísmo e que
quem tem posses tirou de alguém.
Estamos diante de um nome que virou uma espécie
de Mao Tsé Tung da educação, para o qual celebram
frequentemente um culto à personalidade nos congressos
educacionais.
Enquanto esta for a raiz de nossa educação, os
frutos serão os que estão aí: estudantes que se dizem
ativistas ambientais e sociais, militantes políticos, que
estão o tempo todo gastando tempo e neurônios para
supostamente melhorar o mundo (coisa que é o livre
mercado que faz), e quando voltam para casa, no final do
dia, vão ter de lidar com as reclamações de seus pais que
estão cheios de contas a pagar e que, creio, no íntimo,
esperam que eles, ao invés disso, gastem o tempo cuidando
das suas vidas, estudando mais e se preparando para o
trabalho ou para abrir um negócio.

15
CAPÍTULO 2
POR QUE A “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA”, DE
PAULO FREIRE, É UMA MENTIRA

Autonomia é a capacidade de se governar a si


mesmo e é, portanto, o sentido verdadeiro de emancipação,
entendendo esta como um estado em que os seres humanos
estão vocacionados a chegar ao processo de ficar adultos.
Educar para a autonomia é, portanto, algo absolutamente
benéfico. Mas, na prática, não é o que a escola faz e não é
o que a pedagogia de Paulo Freire defende. E por quê?
Porque autonomia só faz sentido quando aplicada a
serviço do indivíduo, não da coletividade. No caso da
pedagogia freireana, ela ilude de forma mentirosa que o
estudante deve ter autonomia, mas, ao mesmo tempo,
defende que ele utilize essa característica para militância
social em prol de uma sociedade socialista, um gosto
ideológico que ele sempre manifestou ter.
Paulo Freire utiliza um conceito positivo,
distorcendo-o e, pior que isso, anulando-o de forma
silogística, que os educadores nem prestam atenção. Toda
a autonomia que ele defende cai por terra porque, ao lutar
em prol da tal justiça social, o estudante perde sua
autonomia e vira um escravo de um projeto utópico, cujo
mentor é o professor que participa da implantação da
concretização dessa utopia.
Autonomia só faz sentido se for utilizada a serviço
do indivíduo, no caso, o estudante. Na pedagogia de Paulo
freire, esse é um dos tantos engodos que esconde um
sentido de escravizar os estudantes para que ajudem os
grupos esquerdistas na construção do projeto socialista
marxista que forma a base da pedagogia freireana.
17
CAPÍTULO 3
POR QUE A “PEDAGOGIA DO OPRIMIDO”,
DE PAULO FREIRE, É UMA MENTIRA

Quando alguém constata que o outro é oprimido,


precisa dizer quem é o opressor e precisa oferecer uma
solução de libertação, que não pode ser outra opressão, do
contrário, não há libertação, apenas troca de servidão a um
senhorio e, portanto, está criando uma falácia ou, melhor
ainda, uma mentira.
A pedagogia de Paulo Freire foi concebida no
contexto da Guerra Fria e, no caso do Brasil, no tempo do
regime militar. Seu discurso é o de que o estudante (e as
pessoas) eram oprimidas pelo Estado de então,
mercantilista e supostamente capitalista, embora
evidentemente com toda a derivação mercantilista e
intervencionista que faz parte da nossa história, com pouco
livre mercado. Mas o fato é que Paulo Freire critica esse
estado, sugere uma luta contra ele, mas para chegar aonde?
Lembremos de seus mentores e gostos ideológicos:
amava Fidel Castro, a quem chamava de comandante,
gostava de Che Guevara e era cultivador do marxismo e da
escola de Frankfurt, de onde deriva o marxismo cultural
que hoje traz os debates acerca de gênero, identidade e o
discurso das tais minorias.
Qual é a solução para a libertação, segundo Paulo
Freire?
Para ele, a saída é estimular o senso crítico do aluno,
que, na verdade, é o senso marxista de luta de classes, e
usar a escola como espaço de revolução silenciosa, usar os
estudantes como soldados espartanos, e o professor, como
o mentor dessa revolução.
19
E para chegar aonde? Para chegar à cubanização ou
à sovietização do Brasil. Assim, os oprimidos seriam
libertos do Estado mercantilista e intervencionista, mas
que pelo menos defendia a propriedade privada e a
liberdade, para serem oprimidos por um novo Estado, o
estado socialista brasileiro, perdendo sua autopropriedade
e suas propriedades para viverem em um país tal qual
Cuba e a Venezuela de nossos dias.
Onde está, pois, a libertação de sua pedagogia tão
aclamada? Por que será que ela é amada pelos partidos e
militantes da esquerda?
Exatamente porque ela não liberta de nada, mas o
resultado dela é escravidão, é a anulação da
individualidade e da liberdade em nome de um projeto
utópico, fantasioso e cujo resultado já sabemos: miséria
econômica, genocídio e destruição da dignidade humana.
Por isso, sua ―pedagogia do oprimido‖ é uma mentira.
CAPÍTULO 4
PAULO FREIRE E A IDEIA FALACIOSA DE
LIBERTAÇÃO

Neste capítulo, eu quero me contrapor à ideia de


libertação falaciosa como é a desenvolvida por Paulo
Freire em sua pedagogia.
É notório que ele se apropria muito de terminologias
cristãs em seus textos como recurso retórico, sabido que
era de que, no Brasil, os cristãos católicos e evangélicos
constituem uma maioria. E, como exemplo disso, é o uso
do termo libertação que ele utiliza com a ideia de que as
pessoas eram oprimidas pelo Estado durante o período da
intervenção militar do Brasil, e sua pregação tinha o
objetivo de utilizar os estudantes para agirem como
guerrilheiros a fim de colocar no lugar desse Estado, que
ele associava ao capitalismo, um estado nos moldes
soviético e cubano, que era no que ele acreditava, como ele
diz na ―Pedagogia do Oprimido‖ e na ―Pedagogia da
autonomia‖, livros nos quais ele revela simpatia a Fidel
Castro, Che Guevara e Marx.
A promessa de libertar o estudante do estado
brasileiro sob intervenção militar, mas que defendia a vida
do cidadão de bem e sua propriedade privada, para colocá-
lo sob o domínio de um estado como o cubano e o
soviético constitui uma falácia, pois onde está a libertação?

21
CAPÍTULO 5
PAULO FREIRE E SUA IDEIA DE QUE “EDUCAR
É PROVOCAR A CURIOSIDADE”

Neste texto, quero me contrapor à ideia de Paulo


Freire - que considero perigosa -, segundo a qual educar é
provocar a curiosidade.
Todos nascemos curiosos e isso é nosso primeiro
impulso para descobrir o mundo. Mas, com o tempo,
vamos perdendo isso, o que deveria ser encarado de forma
natural, porque passamos da curiosidade à vontade de
querer fazer, uma vez que conhecemos bastante o mundo e
agora queremos viver e realizar.
Ocorre que aprendemos que precisamos continuar a
aprender de tudo, mantendo a nossa curiosidade porque ,se
não, regredimos, que é um tipo de discurso de autoajuda
que você já deve ter ouvido.
Mas note que o que nos satisfaz é cumprir gostos
pessoais, realizar objetivos, fazer o que tem importância
para nós, trabalhar e conseguir nossas conquistas.
Viver a eterna curiosidade é viver sob o paradigma
da idealização e, portanto, da não-ação.
Eu sou testemunha pelo menos para mim mesmo de
que uma vida de intensa e eterna curiosidade é um mal
porque nos tira o foco do que importa na vida, que é a
realização pessoal. Diferente do que a maioria diz, não
acredito que vivemos para aprender, mas, sim, que
vivemos para fazer. E a aprendizagem precisa ser colocada
no devido lugar, qual seja, ferramenta para ação, não como
contemplação típico da defesa que filósofos, intelectuais e
a própria escola faz.

23
Curiosidade não leva à realização que é o que
importa na vida. E o que precisamos é de ter atitude de
coragem de fazer as coisas que vão nos dar a satisfação de
que estamos de bem conosco e com a vida.
CAPÍTULO 6
PAULO FREIRE E A IDEIA SOCIALISTA DE
APRENDIZAGEM NA COMUNHÃO

Neste capítulo, eu quero me contrapor à ideia


socialista de comunhão na aprendizagem presente na
pedagogia de Paulo Freire, e me baseio na sua ideia de que
"aprendemos na comunhão com o outro".
Sua pedagogia demonstra o mesmo autoritarismo
que persiste em nossos dias, que nega o discernimento de
cada um como a capacidade inata para se viver segundo o
próprio governo. Ela defende a ideia de que as pessoas
ignorem isso e se misturem intelectualmente, para que
tenham uma maneira parecida de pensar e de viver. É a
visão de comunhão como anulação, não como respeito à
individualidade. É a mesma sanha utópica para que todos
sejam iguais e, neste caso, iguais na maneira de pensar.
Recentemente, vimos algo parecido, quando um ex-
presidente dizia que ele era uma ideia misturada com as
ideias do auditório de militantes que o assistiam.
Comunhão verdadeira é a que garante a
individualidade e a liberdade individual, não a que suprime
isso em nome de um bem comum ou de algo coletivo.
Aprender pressupõe que alguém busca em outro
alguma ferramenta que ele precisa desenvolver, o que fica
bastante claro em cursos técnicos, por exemplo, em que
nada é intuitivo, mas tudo é mecanicamente transferido.

25
Em tempos de empreendedorismo, a ideia de
aprender pode também ser pensada como consequência de
um discípulo e um mestre que se encontrem
voluntariamente na vida (as famosas mentorias). Ou seja,
não da forma piegas que se repete na pedagogia de Paulo
Freire, que, no fundo, tem um componente autoritário de
promover a anulação da individualidade do estudante e de
seus valores, assim como os do professor, como se
devessem ser trocados, sendo que, na verdade, valor é
coisa de natureza pessoal.
E, por falar em valores, a aprendizagem precisa de
liberdade de quem aprende, com respeito a suas crenças; e,
infelizmente, a escola tem uma natureza cativa; na
realidade, é uma obrigação constitucional e,
principalmente, é monopolizada, o que não dá alternativas
para os estudantes e seus pais buscarem uma escola em
harmonia com seus valores.
Mas, em suma, aprendizagem não é a besteira
socialista e piegas que se quer impor baseando-se em
pedagogias como a de Paulo Freire, cujo resultado é a
formação de pessoas derrotadas na vida e arruinadas
financeiramente.
PARTE 2
7 MITOS EM EDUCAÇÃO

27
CAPÍTULO 1
MITO Nº 1: A EDUCAÇÃO PACIFICA AS PESSOAS

Esse é um dos mitos mais equivocados em matéria


de educação e é fruto de uma tendência fantasiosa que
existe de se achar que seja possível construir um paraíso na
terra e que, para isso, basta educar as pessoas. É o mesmo
senso que defende o desarmamentismo para que haja o fim
da violência, o mesmo senso que se preocupa com quem
comete a violência ao invés de valorizar a vítima da
agressão e o mesmo senso que acredita em conscientização
para o respeito ao outro ao invés de cultivar o respeito a
leis que protejam com eficácia a autopropriedade, que é o
corpo, e todas as demais propriedades.
Aliás, a valorização da autopropriedade e da
propriedade privada, sim, é um vetor que contribui muito
para a pacificação das pessoas, e trocas consensuais
também, como a que temos no livre mercado, no comércio,
por exemplo.
Imaginar que educação pacifica as pessoas me faz
lembrar o diálogo entre Columba e Rapina, super-heróis da
série ―Liga da justiça sem limites‖, em um dos episódios
que trata exatamente da violência no leste europeu, em
cujo contexto Rapina diz: ―Quase toda violência pode ser
resolvida com educação‖, ao que Columba contesta: ―Ah
é: Então por que os homens mais graduados do mundo
trabalham para o Pentágono?‖.

29
CAPÍTULO 2
MITO Nº 2: A EDUCAÇÃO PROMOVE O
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE UM PAÍS

O mito de que a educação promove o


desenvolvimento econômico de um país é um dos mais
cultivados pelos educadores. Acham que mais
investimentos em educação, no caso do Brasil, por
exemplo, faria o país ser elevado ao patamar dos países
ricos e desenvolvidos. Olham o resultado da Coreia do Sul
e do Chile e acham que suas melhorias estão relacionadas
ao investimento em educação. Isso é simplesmente uma
inversão de causalidade.
No caso da Coreia do Sul, após a guerra contra a
Coreia do Norte que devastou o país, o sistema político
entrou em regime de exceção (era o contexto da Guerra
Fria), e, apesar da ausência de liberdade política, houve
favorecimento da liberdade econômica. O início da
arrancada estimulou a necessidade de trabalhadores
qualificados e, como consequência, estimulou o
investimento em educação. A educação não foi a causa,
mas o efeito do livre mercado. Ela surfou a onda da
liberdade econômica.
E essa é a mesma explicação que podemos dar à
melhoria dos índices de Educação do Chile que, segundo o
ranking do PISA, é o melhor da América do Sul.

31
Em um período de exceção (também em função da
Guerra Fria), o país adotou a liberdade econômica
(lembremos que Milton Freedman foi o economista de
Pinochet), e, como disse alguém, não o fez porque
concordasse com um regime de falta de liberdade política,
mas porque sabia que, mais cedo ou mais tarde, a liberdade
econômica levaria à liberdade política.
Dessa forma, a liberdade econômica foi o alicerce
para apoiar colunas como a da educação.
No livro ―Pare de acreditar em educação‖, escrevi
em um dos capítulos o título ―O Brasil dos anos 1960
cresceu sem educação, e o Brasil da década de 2010 entrou
em depressão econômica com escola para todos‖. No
contexto da década de sessenta, o Brasil era um país rural e
sei que dados precisam de interpretação, mas o fato é que
acho importante desvelar, desmascarar ou discutir, sem lá,
que a educação não é o alicerce da melhoria ou do
crescimento ou da civilidade de um país, mas a economia
sim o é; e, no caso, a economia de livre mercado é a
responsável por promover o desenvolvimento econômico
dos habitantes de uma região e junto disso,
especificamente como consequência disso, pode promover
a melhoria da educação.
CAPÍTULO 3
MITO Nº 3: EDUCAÇÃO AUMENTA A
PRODUTIVIDADE

A pregação de que a educação aumenta a


produtividade é repetida inclusive por empresários.
Mas note o seguinte: as indústrias automobilísticas
operam em grandes porcentagens com trabalho de robôs;
aplicativos e mais aplicativos são criados para ligar o
consumidor a algum tipo de serviço, dispensando mão de
obra a não ser a dos desenvolvedores. Hoje, já temos
bancos digitais de patrimônio líquido bilionário. Imagine
as empresas de milhagem que são bilionárias e funcionam
com uma centena de pessoas...
A Amazon já dispõe de supermercados em que as
pessoas selecionam o que comprar e saem de lá sem
presenciar alguém para intermediar suas compras.
E o futuro, com a internet das coisas, promete
automatizar o máximo de serviços.
Mas continuamos dizendo que a educação aumenta a
produtividade.
Evidentemente que a educação é importante e
fundamental para cada um levar sua vida adiante. Isso é
inquestionável. Agora, imaginar que elevar o índice
educacional a patamares de excelência vá ser decisivo na
produtividade é algo que, para mim, não faz sentido.

33
Aliás, uma educação que se fixe apenas em aspectos
cognitivos, como é a nossa, e que, doutrina os estudantes
com crenças contrárias à natureza humana, contrárias à
realidade, ao senso do desenvolvimento das coisas, com
um viés progressista, e com um total golpe na inteligência
emocional não só não aumenta a produtividade, como é
um mal aos indivíduos em termos da suas buscas, que é o
que verdadeiramente importa.
CAPÍTULO 4
MITOS EM EDUCAÇÃO Nº 4: EDUCAÇÃO
ESCOLAR RECUPERA OU MELHORA O
CARÁTER DAS PESSOAS

Você acredita que educação escolar recupera ou


melhora o caráter de uma pessoa?
Associar boa educação escolar ao desenvolvimento
de um bom caráter é uma ingenuidade que não cola para
mim, e para muitos, eu imagino. Tal associação é tão
ridícula quanta a de que pobre é honesto e rico é
desonesto, quando existem pessoas honestas e desonestas,
independentemente de serem ricas ou pobres. E, neste
caso, existem pessoas de caráter e sem caráter,
independentemente de serem analfabetas ou doutoras.
Meu pai fala de um tempo em que propriedades
eram trocadas e comercializadas entre as pessoas na cidade
em que ele morava sem que houvesse, para isso, qualquer
registro contratual. Aliás, na área rural em que vivia, as
pessoas não tinham acesso à escola ou a instituições que
registrassem ou arbitrassem negócios. Era uma questão de
confiança e de um contrato verbal em que a palavra tinha
peso porque, por detrás dela, havia valores bem definidos e
aceitos pela maioria, como o valor da propriedade privada,
da autopropriedade (razão pela qual as pessoas tinham
porte de arma) e condenava-se a desonestidade pelo não
cumprimento da palavra, como no caso dos negócios que
eu citei.

35
O que temos hoje, pelo menos no Brasil? Vivemos
uma cultura de valores que relativizam a propriedade
privada, aceitando a invasão de terras, a ponto de a
Constituição relativizar o direito à propriedade privada
com a tal lei que expropria terra se houver verificação, por
parte das autoridades estatais, de trabalho análogo à
escravidão.
Sobre a autopropriedade, na prática, as leis
brasileiras atuais condenam a autodefesa (a vida), retirando
o direito ao armamentismo, e a maioria das pessoas,
inclusive, vitimiza os criminosos que tomam a propriedade
dos outros e ainda destroem suas vidas. E a escola endossa
tudo isso, porque seu discurso é de recuperação aos que
desrespeitam a propriedade, aos que tomam o que é do
outro e principalmente tiram a vida de inocentes.
Nesse cenário, diariamente, os estudantes, ainda que
se formassem bem em termos de conteúdos básicos, têm
seu caráter moldado para o mal, passando a acreditar que
são vítimas, o que os faz viverem reclamando de que os
outros deveriam fazer por elas, sendo estimuladas à
preguiça, porque aprendem que competição, esforço
individual e foco no crescimento pessoal é coisa de gente
egoísta, e que bom é sermos todos iguais, evitando nos
destacarmos porque isso é um mal em relação aos que não
conseguem se sobressair e aos que estão arruinados.
Assim, caem na letargia, aprendem que devem ser
ativistas para um mundo melhor, o que as leva ao
autoabandono, e o que, mais cedo ou mais tarde, pode
desenvolver nelas ódio de que foram vítimas da vida.
Aprendem a ter dó das pessoas ditas desfavorecidas
ou das tais minorias, o que também influencia seu caráter
negativamente no sentido de que aprendem que não existe
responsabilidade individual e que as pessoas não têm
condições de dar para si o de que necessitam, sendo
necessária uma luta social entre classes para levar a uma
igualdade entre todos.
Todos os dias, os estudantes recebem estímulos que
moldam seu caráter para o mal, entendo esse como a ação
contra a autopropriedade e contra as demais propriedades
das pessoas, e não existe escola no mundo que corrija isso.
Aliás, porque isso é feito exatamente dentro da escola (e
das universidades).
Já faz tempo que não tenho romantismo com a
escola e isso vai se confirmando cada dia mais em que vejo
o que é ensinado aos alunos em termos de uma ética para
viver, uma ética que é contra os valores da liberdade
individual e da propriedade privada, que, até hoje, é o que
tem levado várias regiões do mundo a uma condição de
melhor prosperidade, de mais respeito mútuo e de mais
civilidade.
Esperar dessa escola que ela recupere o caráter das
pessoas que ela mesma destrói é como esperar um final
diferente para um filme a que já assistimos.

37
CAPÍTULO 5
MITO Nº 5: BOA FORMAÇÃO ESCOLAR É
GARANTIA DE SUCESSO NA VIDA

Por mais que as evidências mostrem o contrário,


continuamos acreditando e defendendo que boa formação
escolar garante o sucesso de uma pessoa na vida. Mas
basta olhar ao redor, para vermos que isso não é verdade.
E, claro, o problema é que temos o hábito de acreditar nas
ideias que estão incutidas em nossa cabeça, e não no que
vemos.
Quantas e quantas pessoas se formaram em
engenharia, em direito ou em profissões técnicas, por
exemplo, e estão infelizes no que fazem, ou estão
desempregadas, não só aqui, mas fora do país, ou ainda
que estejam bem no trabalho, suas vidas não avançam para
o ponto a que gostariam de chegar. E por quê?
Evidentemente que não há uma única explicação. O
fato, porém, é que existem coisas que são muito mais
importantes do que o que se aprende na escola e que, na
verdade, é destruído por ela, que são elementos da
inteligência emocional, como coragem, autodeterminação,
foco, autoconfiança para tomar riscos calculados, para dar
alguns exemplos.
O problema é que ou a escola destrói isso com sua
doutrinação anuladora dos instintos humanos ou com sua
pregação de utilizar essas características a serviço do
ativismo político e social, e não a serviço do próprio
indivíduo.

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Se você não tem conseguido avançar para etapas que
deem mais sentido ao seu trabalho e a sua vida, precisa
perceber se o problema é mais formação, mais cursos ou se
deveria se desenvolver em termos de sua inteligência
emocional. Sem autoconfiança e sem coragem a serviço da
sua vida, sem determinação e disciplina emocional, chegar
aonde queremos fica, às vezes, complicado.
CAPÍTULO 6
“MITO” Nº 6: PAULO FREIRE

Paulo Freire foi eleito pela cúpula dos educadores


brasileiros como o patrono da educação no país e sua
pedagogia é a base da nossa educação e considerada
modelo de excelência. Ficou para a posteridade como um
verdadeiro mito.
Como a educação por aqui pode avançar se está
alicerçada em um modelo pedagógico forjado no contexto
da Guerra Fria, com total viés socialista, não só apoiado
nas ideias de Marx, como também no ativismo político de
Che Guevara, no totalitarismo de Stalin e Fidel Castro,
todos eles venerados por Paulo Freire, bem como no
marxismo cultural da escola de Frankfurt.
A educação brasileira se constitui em uma força
contrária ao individualismo dos estudantes: opõe-se aos
que têm sonhos de realizar projetos pessoais, aos que
poderiam empreender e aos que querem se desenvolver
para conquistar seus objetivos.
E por quê? Porque eles são educados a serem
soldados de um exército a serviço de militância social de
esquerda, não indivíduos livres para cuidar das suas vidas.
Esse culto à personalidade feito a Freire por sua
pedagogia parece permanecer hoje como era no contexto
da Guerra Fria, ou são os que comandam a educação do
país que ainda estão com as cabeças por lá.

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CAPÍTULO 7
MITO Nº 7: EDUCAR É FAZER O ESTUDANTE
PENSAR

Se educar é fazer pensar, eu lhe pergunto: com base


nas ideias de quem? Orientado por que viés? Socialista
marxista? Coletivista? Estatista?
E se eu me opusesse e dissesse que educar é fazer a
pensar de acordo com as ideias da liberdade individual, do
livre mercado, do capitalismo, aí eu seria tachado de
conservador, de reacionário.
Isso é só para você ver que, no fundo, essa ideia de
que educar é fazer pensar é mais uma das táticas da
esquerda de levar as pessoas a acreditarem que estão se
libertando do que eles consideram opressão para pôr sobre
suas cabeças um peso destruidor, escravizando a todos.
E fora que ficar pensando, e pensando, não leva a
lugar nenhum em termos da sua vida pessoal, que é o que
importa, e apenas vai fazer você ficar prestando atenção
nas ideias dominadoras na sua cabeça, que roubam sua
energia e, pior do que isso, roubam a sua vida.

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CAPÍTULO 8
MITO Nº 8: PENSAR É BOM

Se pensar é bom, porque isso é um problema para a


vida das pessoas? Por que uma pessoa reclama que está
cansada de pensar e que não consegue agir? Por que uma
pessoa diz que está com a cabeça cheia de problemas e que
já não aguenta, ou seja, está o tempo todo pensando? Por
que muitos gostam de passar horas deitados na praia ou em
uma varanda de sítio desligados de tudo, ou seja, sem ter
que ficar pensando? Por que algumas pessoas tomam
remédio para dormir, o que obviamente as desliga dos
pensamentos, que é um fator que tira o sono? Por que as
pessoas tomam remédio para hiperatividade cerebral para
que parem de pensar tanto e consigam focar nas tarefas
que precisam desempenhar?
E então pensar é realmente bom, como os
pensadores, os filósofos e os educadores tanto dizem?
Pessoalmente, tive a experiência de passar duas
noites sem conseguir dormir em função de que minha
cabeça estava cheia de pensamentos que não me deixavam
desligar. Na terceira noite, comecei a ficar muito mal. Essa
experiência, e não só ela, me mostrou outro grande mito da
educação, a apologia ao ato de pensar, ao fato de que
educação tem que fazer o estudante pensar.
As pessoas que conseguiram o sucesso no campo em
que atuam só chegaram aí, entre tantos fatores, porque
eram pessoas práticas, que sabiam o que queriam e foram
atrás disso e realizaram. Não se importaram em ficar
pensando.

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Note que o pensamento não é você. Ele é a voz do
outro, da cultura e da sociedade na sua cabeça. Então por
que você daria crédito a ele? Já disse não sei quantas vezes
que a única coisa que serve como guia da minha vida é
meu discernimento.
Essa história de viver pensando o que vai conseguir
é afastar você de si mesmo, vai fazê-lo deixar de agir por
medo, por se prender a ideias de controle, de segurança, de
certo errado e de moralismo hipócrita.
Todos os que conseguiram realizar as coisas da sua
vida usaram a mente como ferramenta para ação, não
como um empecilho que provoca medo, o que
evidentemente leva à não ação.
O fato é que essa história de que pensar faz bem é
um dos tantos mitos que se aprende em educação e basta
você olhar para sua vida e ver o quanto o hábito de viver
pensando o trouxe até aqui, exatamente no estágio em que
você se encontra. Você é a prova se pensar é bom. A
minha prova sou eu mesmo. Para mim, pensar foi um
péssimo hábito que quase destruiu minha vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chego ao final deste livro satisfeito por mais um


trabalho realizado com foco na educação pelo viés da
liberdade.
Todos os textos que tenho escrito têm servido de um
grande oxigênio mental para mim para conseguir expurgar
os valores do socialismo que enviesam os temas
trabalhados na escola e que destruíram por anos minha
saúde física e mental.
Se o leitor passou por situação parecida ou se ele se
identifica com os temas e as análises, talvez possa
compreender bem o que tenho dito.
O importante é que desmistificar a pedagogia de
Paulo Freire e os mitos sobre os quais falei tem, para mim,
o significado de libertação. Não a libertação falaciosa
oferecida por sua pedagogia que quer libertar o estudante
das ideias do que ele considerava capitalismo para
subjugá-los aos ideais do socialismo cubano e soviético do
seu tempo.
A libertação aqui proposta é a que tem em conta
devolver ao sujeito o reconhecimento de que o seu
discernimento é o verdadeiro guia da sua vida e que é o
único porto seguro para olhar para a realidade e entender o
que tenha importância para si.
Ao quebrarmos o mito, fica, no lugar, a realidade, e
eu tenho dito já algumas vezes que ela pode ser dura, mas
é muito melhor do que a mais mentirosa das fantasias.

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SOBRE O AUTOR

Noé Amós Guieiro nasceu em Rondon, Paraná, em 1975. É formado


em Letras e Pedagogia, com especialização em literatura. Também é
mestre em literatura e crítica literária pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. De sua autoria foram publicados, entre
outros:

FILOSOFIA
 Filosofia do indivíduo; (Amazon, 2018);
 Odeio Filosofia (Amazon, 2018);
 AnarcoFilosofia (Amazon, 2017);

OBJETIVOS PESSOAIS DE VIDA/ DESENVOLVIMENTO


PESSOAL
 Como conseguir a Independência Financeira no Mercado de
ações (Amazon, 2018);
 Como conseguir a Independência Financeira (Amazon,
2018);
 A mulher que decidiu virar o jogo da vida depois dos Trinta
(2014);
 O mensageiro da liberdade (Amazon, 2017).

ECONOMIA DE LIVRE MERCADO, POLÍTICA E


SOCIOLOGIA
 Quem é seu dono? Em defesa da Privatização da vida
(www.institutoliberdadeindividual.com/ Amazon, 2017);
 O Estado não veio de Marte (Amazon, 2018).

EDUCAÇÃO LIVRE:
 Escritos de Educação e liberdade (Amazon, 2018);
 Sou egoísta sim! E quem não é? (Amazon, 2018);
 Educação em livre mercado (Amazon, 2018);
 Educação sem Estado (Amazon, 2017);
 Pedagogia libertária (Amazon, 2017);
 Pedagogia do Indivíduo (Amazon, 2017);
 Pare de Acreditar na Educação (Amazon, 2017);
 Conversa com um Professor insatisfeito com a Educação
(Amazon, 2017);
 Coisas que você aprendeu na Escola que podem estar
atrapalhando sua vida (Amazon, 2017);
 Por que não acredito nessa Educação (Amazon, 2016);
Série Educação liberal:
 Pedagogia liberal (Amazon, 2016);
 Educação por uma ótica liberal (Amazon, 2016);
 Por uma Reforma liberal do Ensino (Amazon, 2016);
 Pedagogia liberal versus Pedagogia Freireana (Amazon,
2016);
 Guia Politicamente Incorreto sobre o que se Aprende na
Escola (Amazon, 2016).

REDAÇÃO
 A Menina que odiava Redação (Amazon, 2013).

FICÇÃO
 O vampiro do facebook (Amazon, 2013);
 O Fantástico Mundo de Pathos (2003);
 Quando as palavras são importantes (Scortecci, 1998);
 Até que o destino nos separe (Scortecci, 1998)

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