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Unidade II
5 O ESTUDO SOCIOLÓGICO DA ESCOLA
Um tema como o estudo sociológico da escola é quase tão amplo quanto a proposta de se
fazer um estudo sociológico da sociedade, no sentido de ser um macrotema básico e clássico desde
sempre. Afinal, a educação é o complexo e conflituoso processo de construção do sujeito que envolve
os binômios indivíduo e coletividade, objetividade e subjetividade, servidão e liberdade, alienação e
autoconsciência – que acabam muitas vezes engessados em grandes impasses pelo fato de se atribuir à
Educação “missões” talvez muito maiores do que ela efetivamente seja capaz de realizar: a emancipação
do indivíduo, a transformação da sociedade e dos modos de produção, o desenvolvimento dos Estados
nacionais, a saída do atraso colonial etc.
Ironias à parte, vale nos debruçarmos sobre como chegou ao Brasil a discussão dos teóricos clássicos
da Sociologia sobre o papel da Educação e da escola e como os teóricos brasileiros adentraram nessa
discussão, juntando‑se a teóricos mais recentes e ajudando a construir a Sociologia da Educação
enquanto campo de conhecimento e de investigação científica. Isso porque a preocupação de todo
teórico que se debruça sobre os estudos da Educação é, em última instância, com cada criança e jovem
que está na escola, e também em relação a como estes podem aprender mais e melhor, serem mais
felizes na escola e na vida e contribuir da melhor forma com a sociedade.
Grosso modo, pode‑se dizer que o papel da escola na visão durkheiminiana é o de fazer com que
o indivíduo se socialize, apreendendo os valores sociais passados pela escola, ou seja, o trabalho de
socialização dos imaturos pelos maduros. Essa concepção resulta numa postura conservadora da
Educação, o que não excluiu a possibilidade de Durkheim ter sido referência teórica para um dos
pioneiros dos estudos sociológicos da Educação no Brasil, Fernando Azevedo.
Já a visão marxista influencia autores diferentes entre si, como Bourdieu, Althusser, Gramsci,
Mannheim, Florestan Fernandes e Paulo Freire, criando duas vertentes de análise, chamadas de otimista
e pessimista.
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Unidade II
Lembrete
Sobre Paulo Freire, que é referência mundial, vale a pena falar mais detidamente. É difícil
alinhar o seu pensamento a uma única linha. Ele não pode ser considerado um sociólogo da
Educação nem apenas um filósofo ou simplesmente pedagogo. É o criador de um método de
alfabetização de adultos que abarca Filosofia, Política, Sociologia, Epistemologia e Filosofia das
Ciências, constituindo‑se num interlocutor obrigatório para todos os teóricos que se dedicam à
reflexão sobre Educação.
Tendo sido professor desde os anos 1940, da educação básica até a superior, engajou‑se, na década
de 1960, no Movimento de Cultura Popular do Recife e nos projetos de alfabetização de adultos. Por ter
uma preocupação com a emancipação do ser humano e com a justiça social, acabou sendo exilado do
Brasil durante a Ditadura Militar, retornando ao país na década de 1980.
No que consiste o seu método pedagógico? Em primeiro lugar, Paulo Freire acreditava que a
educação devia partir do conhecimento do educando, por mais rude que ele parecesse ser, para daí
construir um conhecimento mais teórico e abstrato. O ato de ensinar‑aprender para Paulo Freire
compreendia o respeito e o acolhimento da cultura originária do educando, por mais simples que
ela fosse.
Na visão freireana, o professor deveria partir do senso comum, do valor pragmático das coisas, dos
fatos da vida cotidiana e de suas situações existenciais, e depois se encaminhar à sua transcendência.
Para ele, privilegiar o conhecimento universalmente reconhecido seria uma atitude de opressão aos
estudantes de classes sociais menos favorecidas. Além disso, Freire não acreditava em um conhecimento
desvinculado da prática e em uma prática que não implica reflexão, postura oriunda do conceito
marxista de práxis.
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Saiba mais
Outro aspecto do pensamento freireano que se baseia em Marx é a superação da alienação, que é
justamente superar a consciência ingênua. Para Paulo Freire, a educação era uma via de libertação da
condição de oprimido por meio do acesso ao conhecimento, convicção essa que deu origem à sua obra
mais conhecida: A pedagogia do oprimido.
A chamada teoria reprodutivista da escola nos apresenta outro grande tema da Educação na
sociedade moderna: o fracasso escolar como resultado das relações de classe, ou seja, a ideia de
que a escola seria uma instituição burguesa a excluir os filhos das camadas populares, ao contrário
das crianças oriundas das classes mais privilegiadas economicamente, que tenderiam a ter maior
sucesso por acumularem os saberes e conhecimentos eruditos e livrescos solicitados e difundidos
pela escola. Dessa forma, além da disciplinarização, seria exercida uma violência simbólica sobre
os alunos que não fizessem parte do mundo e dos valores burgueses, que pode ser entendida pelo
fato de cada grupo ter sua cultura e seu conjunto de símbolos, mas existe o conjunto de símbolos
que assegura prestígio, que serve de base para a produção de riquezas, ou seja, que é dominante,
enquanto há outros conjuntos de símbolos que são desprestigiados, que não levam ao sucesso e
à conquista de espaço exitoso na sociedade.
O conjunto de símbolos que confere status e rege a sociedade é de domínio apenas dos grupos
mais abastados, os quais não os compartilham com os grupos menos privilegiados. A violência
consiste justamente no fato de os menos favorecidos ficarem alijados, isto é, não poderem ter
domínio do conjunto de símbolos necessários à aquisição de melhores padrões de vida e, por
assim ser, continuarem a sofrer sem acesso aos elementos que poderiam garantir‑lhes uma
existência mais digna. É como se houvesse uma riqueza (o conjunto de símbolos dominantes)
capaz de se multiplicar e gerar mais riquezas – ou pelo menos de garantir uma vida mais digna
– que fica restrita e protegida junto a alguns grupos enquanto a maioria da população não pode
dela usufruir.
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Unidade II
Observação
À visão reprodutivista da escola se junta a perspectiva de outro teórico francês, Louis Althusser,
com a sua teoria dos aparelhos ideológicos de Estado que reforçariam a dominação encabeçada pelos
aparelhos repressivos de Estado (sobretudo o exército e a polícia).
Nesse momento, é possível lembrar de outro teórico clássico da Sociologia, Max Weber, que parte da
ideia de que o Estado é a instância máxima do poder por ter justamente o monopólio do uso legítimo
da violência e observa que a escolarização na sociedade urbano‑industrial se restringe a um sistema
meritocrático, que leva à concorrência e ao individualismo, transformando a escola numa fábrica de
mão de obra para alimentar uma administração que se racionaliza e se sofistica (se especializa) num
ritmo cada vez mais veloz.
Por ora, cabe a pergunta: as chamadas sociologias reprodutivistas falam de fracasso e sucesso escolar
sob quais parâmetros?
Observação
Percorrendo os diversos autores, parece que o parâmetro é a produção, o trabalho. Os alunos que
têm maior sucesso na escola são aqueles que alcançariam os melhores postos de trabalho, que teriam
as profissões de maior prestígio social e reproduziriam a sua condição de classe para que seus filhos
acumulassem mais capital cultural e saissem em vantagem na concorrência escolar. Dessa forma,
cairíamos numa espécie de círculo vicioso, contra o qual nem adiantaria fazer análises teóricas, já que a
realidade estaria previamente dada.
É nesse momento que teorias como a de Paulo Freire, chamadas otimistas, têm a sua contribuição
decisiva. É importante lembrar que o comportamento humano é tão rico e diverso que escapa a qualquer
esquema teórico.
A convicção de cada educador deve ser de que o conhecimento é mágico e capaz de operar
transformações na vida das pessoas. A entrada no universo da leitura e da escrita é um portal de
possibilidades que humaniza e leva a uma possível construção de sujeitos e de mundos melhores.
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Portanto, a função do estudo da Sociologia da Educação deve ir além das rotulações teóricas,
significando um esforço efetivo para tornar a vida dos profissionais da educação e dos alunos mais feliz
e profícua na escola. Para que isso aconteça, é imprescindível que o olhar sociológico esteja atento aos
novos cenários que se configuram diante dos nossos olhos e, assim, proporcione análises significativas.
Contudo, o que é ser significativo? Em termos analíticos, é, no mínimo, trilhar caminhos que se voltem
para a realidade dos sujeitos das análises, bem como daqueles que estão interessados e podem ser
beneficiados com tais ações. Nesse sentido, é fundamental que determinadas temáticas presentes em
nossa realidade sejam abordadas pela perspectiva da Sociologia da Educação, e é isso o que será feito
a seguir.
Quando um jovem estudante se encontra diante do desafio da escolha de uma carreira profissional,
muitas perguntas passam pela sua cabeça:
Portanto, quando falamos em Educação, estamos falando sempre em uma visão de futuro que
projetamos – o que, segundo Whitaker (2000), influencia a escolha profissional de um jovem no
momento do vestibular.
Atualmente, repetem‑se muito na mídia e nas conversas entre pais e professores as seguintes
questões: “Que mundo você quer deixar para o seu filho?”, quando a pergunta mais adequada
seria: “Que tipo de pessoa você vai deixar para o mundo?” Na verdade, o que estamos querendo
dizer é: se o ser humano não for ético, consciente e solidário, de nada adianta a sociedade produzir
reservas de riqueza, ciência, tecnologia e recursos naturais, porque eles não serão utilizados para
o bem comum.
Whitaker (2000) afirma que todas as visões de futuro projetadas pela imaginação humana
recaem sobre três visões: caos apocalíptico, utopia tecnológica e utopia verde. Vejamos cada
uma delas.
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É uma visão de futuro pautada na desesperança e no pessimismo. É a ideia de que o fim está
próximo e de que nada adianta. A seguir, modelos muito comuns de comentários nas salas de aula
do Brasil:
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Por outro lado, o discurso da utopia tecnológica padece de um otimismo exacerbado e ingênuo em
relação à tecnologia, como se todos os problemas da escola fossem desaparecer com o emprego de
tecnologias e computadores nas escolas, que de pouco (ou de nada) adianta se não tivermos professores
bem formados, remunerados e com a autoestima em dia atuando.
Um exemplo dessa visão é o desenho animado Os Jetsons, que mostra um futuro harmônico
entre seres humanos e tecnologia, sem alienação, sem desemprego, sem poluição, sem esgotamento
dos recursos naturais e catástrofes ambientais, sem problemas de trânsito, contrariando todos os
prognósticos e efeitos já observados na realidade. A empregada da família é um robô chamado Rose, que
tem sentimentos e jamais requer direitos trabalhistas. Não é o sonho de todo patrão ter um funcionário
que não ganha salário, trabalha de domingo a domingo, 24 horas por dia e somente precisa de algumas
gotas de óleo para as engrenagens?
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A utopia verde, que até pouco tempo atrás era um discurso considerado delírio de hippies e
exotéricos, atualmente faz parte do importante processo de conscientização do homem moderno,
que consiste na ideia de que temos de nos desenvolver como civilização técnico‑científica, mas em
equilíbrio com o meio ambiente. No entanto, essa relação não se resume a plantar árvores com os
alunos e admirar o marketing de empresas que se dizem “verdes” ou preocupadas com o meio ambiente,
mas questionar o modelo de desenvolvimento adotado pela nossa sociedade urbanocêntrica, pautada
na acumulação e exploração desenfreadas da natureza e das pessoas.
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Resumo
Marx, por sua vez, influenciou uma grande leva de autores de outros
cenários como Bordieu, Althusser, Gramsci e Mannheim, os quais também
tiveram influência sobre o pensamento sociológico da educação no Brasil.
Grande parte dos teóricos brasileiros influenciados por Marx não o foram
diretamente, pois herdaram discussões que já vinham sendo feitas com
base nas ideias de Marx. Destes, merecem destaque especialmente Paulo
Freire e Florestan Fernandes.
Exercícios
Por isso mesmo, pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever
de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares,
chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também,
como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de
alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. Por que não aproveitar a
experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público
para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-
estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes. Por que não há
lixões no coração dos bairros ricos e mesmo puramente remediados dos centros urbanos?
Essa pergunta é considerada em si demagógica e reveladora de má vontade de quem a faz.
É pergunta de subversivo, dizem certos defensores da democracia.
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A) O conhecimento do aluno não pode ser considerado útil para a construção do conhecimento
científico, no máximo, pode ser respeitado, pelo princípio cristão de fraternidade.
B) Os conhecimentos das comunidades de regiões carentes do país são sempre fruto de misticismo
e alegorias e não podem ser utilizados porque não são cientificamente comprovados.
C) Nas periferias das grandes cidades brasileiras, existem os jovens que ouvem música funk, o
também chamado “batidão”, com letras vulgares e apelativas que evidenciam que não se trata de
uma cultura possível de ser aproveitada em sala de aula.
E) O conhecimento deve ser formal e sistematizado e, por isso, nenhum aluno traz consigo formas
de conhecimento quando ingressa no ambiente escolar.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o respeito a que se refere Paulo Freire não está ancorado na fraternidade cristã.
Independente da religião que um professor pratique, é necessário que seja mantido o respeito ao
conhecimento que o aluno traz consigo, que é fruto de sua vivência no espaço social em que está
inserido.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: Paulo Freire afirma que não se pode negar que o conhecimento construído na vivência,
na cultura, na experiência das comunidades pobres tem utilidade e pode dialogar com o conhecimento
científico, ao contrário do que alega a alternativa.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: as manifestações artísticas são sempre uma representação da vida social, das experiências
dos grupos humanos organizados em sociedade. As letras de músicas dos jovens da periferia dos grandes
centros urbanos expressam a violência do cotidiano familiar ou social. Muitas dessas letras podem ser
analisadas de forma crítica pelo professor e pelos alunos e, com certeza, podem permitir conhecer
melhor o cotidiano das comunidades carentes do Brasil.
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D) Alternativa correta.
Justificativa: a prática das escolas é quase sempre pautada pelo desprezo aos saberes populares
e coletivamente construídos, o que traduz preconceitos contra o que não é fruto do conhecimento
científico. A proposta de Paulo Freire é que a escola dialogue com esses saberes sociais e aprenda com
eles tanto quanto ensina o conhecimento científico.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: independente da idade que possui, o aluno carrega consigo o conhecimento que
aprendeu em família e nos primeiros espaços de convívio social que teve em sua vida (a igreja, a rua e o
clube, entre outros). Esses saberes não podem ser ignorados ou desrespeitados; segundo Paulo Freire, ao
contrário, devem conviver e dialogar com os saberes formais e cientificamente construídos.
Polêmica sobre infanticídio indígena mistura leis, valores culturais e saúde pública
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A quantidade de índios mortos por infanticídio no país é uma incógnita. Nos dados da
Funasa (Fundação Nacional de Saúde) sobre mortalidade infantil indígena, esse número
aparece somado a óbitos causados por “lesões, envenenamento e outras consequências de
causas externas”. Esse grupo responde por 0,4% do total das mortes de menores de um ano
de idade, segundo os últimos dados disponíveis da Funasa, de 2006.
Tramitando no Congresso, a Lei Muwaji (em homenagem à índia que enfrentou a tribo
para salvar sua filha com paralisia cerebral) estabelece que “qualquer pessoa” que saiba de
casos de uma criança em situação de risco e não informe às autoridades responderá por
crime de omissão de socorro. A pena vai de um a seis meses de detenção ou multa.
Esse projeto se inspirou no caso da indígena Muwaji Suruwahá, que lutou pela
sobrevivência de sua filha Iganani, que tem paralisia cerebral - por isso, estava condenada
à morte por envenenamento em sua própria comunidade. O caso alcançou repercussão
nacional em outubro de 2005.
A proposta é polêmica entre índios e não índios. Há quem argumente que o infanticídio
é parte da cultura indígena. Outros afirmam que o direito à vida, previsto no artigo 5º da
Constituição, está acima de qualquer questão.
O antropólogo Mércio Pereira Gomes, que foi presidente da Funai (Fundação Nacional
do Índio) nos quatro primeiros anos do governo Lula, admitiu que sofreu “um dilema muito
grande” no órgão diante da questão do infanticídio. Como cidadão, é contrário à prática,
mas como antropólogo e presidente do órgão, discorda de uma política intervencionista -
segundo ele, há de cinco a dez mortes por infanticídio no Brasil por ano.
Outra ONG que trabalha na área é a Atini, sediada em Brasília, atuando na defesa do
direito das crianças indígenas. Formada por líderes indígenas, antropólogos, linguistas,
advogados, religiosos, políticos e educadores, a organização trabalha para erradicar o
infanticídio nas comunidades indígenas, promovendo a conscientização.
A) Com fundamento no respeito à cultura indígena, que é milenar, nenhuma intervenção deve ser
adotada em casos de infanticídio.
C) Impor valores à cultura indígena é parte do trabalho de propagação dos direitos humanos.
D) A prática de infanticídio se justifica na cultura indígena por razões econômicas e religiosas e por
isso não deve haver nenhuma interferência.
E) As práticas culturais de grupos sociais devem ser respeitadas até o limite em que atentem contra
a vida, valor supremo protegido pela legislação brasileira e internacional de direitos humanos.
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