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PROJETO DE TCC
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/R2 ARTES
MACAÉ
2023
O GUIA ESTRUTURAL SOCIAL
DA EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
Resumo
Pesquisa bibliográfica que visa abordar aspectos relacionados à estrutura que
compõem o ensino de arte no brasil, com base nas releituras de grandes filósofos,
educadores e artistas, como Deleuze, Ana Mae Barbosa e Lygia Clark, trazendo todos para
um contexto atualizado, o que pode se configurar como uma compilação de reflexões para
se pensar um ensino de arte futuro, como um guia de campo, objetivo, voltado para novos
professores que buscam entender não só as bases do ensino de artes, mas adentrando
também em diversos setores humanísticos, na busca de um bem estar social, dando
margem para futuros apêndices de aprofundamento.
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Sumário
1- Introdução………………………………..…4
2 - O Ensino……………………………………5
3 - A Educação………………………………...6
4 - A Escola………………………………….…8
5 - A Saúde………………………………….....9
6 - A Tecnologia……………………………....10
7 - Conclusão………………………………….11
8 - Referências………………………………. 12
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Introdução
A imparcialidade não existe, “Todos são orientados por uma base ideológica.
A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?” É com essa frase de
Paulo Freire que nos leva a pensar nos caminhos que tomamos, ou que são
tomados de nós, a profissão do professor geralmente é tomada por um sonho, de
criar um mundo mais justo, mais sábio, para que a humanidade não tenha que se
arrepender de suas decisões.
Sabemos que é um sonho nada simples, em teoria tudo parece mais perfeito,
idealizado, pois o que não faltou foram pessoas formulando novas formas de nos
aproximar desse mundo “melhor”, às vezes esse “melhor” não valia para todos,
alguns melhores se emplacaram mais que outros, como nas teorias do filósofo John
Rawls, onde a imparcialidade tem sua força moral jurídica dentro de um contrato
social, criticando o utilitarismo e o que seria um “observador ideal”
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O Ensino
A Educação
A palavra educação tem sua origem no Latim, que na tradução livre significa
“trazer ao exterior, desde então o que entendemos como educação passou por
diversas transformações, como a educação estética por exemplo, que de platão teria
sentido de uma beleza objetiva que residia no objeto belo, e depois por volta do
século IX teria novas definições cunhadas por filósofos como Kant e Hegel, a beleza
subjetiva, agora precisava de um sujeito, que sob influência cultural poderia mudar
de opinião sobre o que é belo e o que não é, já no século XX entra o Merleau-Ponty
dizendo que a beleza não está no objeto e nem no sujeito, mas sim no encontro
entre os dois, neste caso podemos dizer que o papel do professor é promover esse
encontro da experiência estética, como quando Paulo Freire diz que todo professor é
um artista, é disso que se trata, educar é fazer o aluno ver beleza naquilo que
estuda, só assim podendo criar um processo de aprendizagem autônomo.
A semiótica é o estudo dos signos, que por sua vez são o meta código das
representações, uma transcriptação da própria realidade, na filosofia da caixa preta
de Vilém Flusser, temos um ótimo exemplo da união da arte e filosofia, usando a
linguagem tecnológica associada a biologia, nossa relação com o que criamos vai se
tornando mais clara, as ferramentas como apêndices que nos possibilitaram transpor
diversos limites, seja de pensar, através dos computadores, voar, com os aviões e
mergulhar até as grandes profundezas, sentir é o mesmo que escanear o mundo,
perceber é o que torna as coisas reais, a arte é uma de nossas formas primárias de
observar e absorver o mundo, desde nossos primeiros contatos, a arte é a
ferramenta das ferramentas, o apêndice da imaginação, criatividade e expressão,
através do lúdico podemos diminuir nossos filtros de realidade, e enxergar novos
caminhos, tanto de ensinar ou de aprender.
A partir dos estudos que Deleuze faz sobre o filósofo Baruch Espinosa,
podemos pensar num mundo mecanizado, nos devires, num entendimento
rizomático das potências de agir e suas variações, o devir é assumir uma posição, e
seu uso consiste em saber extrair o que é desejado dessa percepção, como um
processo empático, no devir infantil por exemplo, nos conectamos com a criança
interior, buscando seus melhores traços, como a criatividade, inventiva, livre das
amarras do que já conhecemos, a escola a muito é um lugar de choque, muitas
vezes nada acolhedora, ainda pros adolescentes têm os fatores hormonais, a
insegurança, são cobrados de uma maturidade mas quando falham são tratados
como criança, que pra muitos ainda é bem difícil de lidar, por isso é preciso também
um preparo psicológico desse professor, demonstrar compaixão, ter paciência em
certos casos, ser mais rígido em outros, direcionar a atenção dos alunos exige um
trabalho de dramaturgia, interpretar, contar histórias, tendo tanto cuidado para não
subestimar ou estimar demais os alunos.
A Escola
Cada escola pode possuir seu próprio PPP (Projeto Político Pedagógico) que
é criado no conjunto da escola com o professor para se pensar metodologias, se
adequar a tendências pedagógicas, definindo a identidade da escola, as tendências
pedagógicas brasileiras podem ser caracterizadas como Liberais (tradicional,
renovadora, escola nova, tecnicista) ou progressistas (Libertadora, Libertária,
Histórico-Crítica), seguindo essa linha temos uma visão evolucionista dessas
tendências, que foram surgindo em contraponto a anterior, igual percebemos nos
movimentos artísticos, há um embate ideológico entre as liberais e as progressistas,
podendo ser relacionadas com a direita e esquerda, o que pode ser considerado um
tema sensível, considerando a polarização atual, tanto os dois lados podem ser
benéficos para a sociedade, porém grupos extremistas que querem exterminar a
oposição são um perigo recorrente desse entendimento político histórico, a primeira
coisa que esses grupos atacam, são as escolas, ou pelo menos as ideias que elas
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passam, o que nos levam a essa instabilidade quando se trata da escola entendido
como objeto sujeito a transformação por meio da cultura.
A Saúde
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podem se tornar um tormento para vida psicológica, tudo isso é causado por uma
série de fatores que vem se tornando cada vez mais graves.
A tecnologia
Conclusão
Através dos tópicos anteriores podemos ter um vislumbre dos diversos papéis
que um professor deve assumir, no sentido da polivalência multidisciplinar, o
professor deve provocar encontros estéticos, pois se for apenas um ensino bancário
de acúmulo de informações, já temos o google que realiza o mesmo processo, estar
ciente das construções sociais, culturais, psicológicas podem tornar o trabalho ainda
mais desafiador, não é obrigação do professor saber de tudo, também vão haver
falhas, mas as falhas podem ser outras ferramentas de aprendizado, o desafio da
gestão pessoal é a análise dos novos caminhos que só são possíveis através da
tentativa e erro, ainda mais quando lidamos com o fator variável humano, não vai
haver uma fórmula milagrosa que pode resolver tudo, por isso existem muitos
métodos e devires, dramaturgias e histórias para contar.
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Referências
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Paz & Terra, RJ/SP, 2018, 38ª ed.
QUAL FOI A PRIMEIRA ESCOLA?; CARLOTA, Boto e CECILIA, Cortez, site Super
Interessante, 2018
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-foi-a-primeira-escola/ acessado em
02/01/2023.
PICOLLO, Claudio, LUCCA Lisie, TVPUC (Pensar e Fazer Arte - A experiência estética
do entusiasmo pelo conhecimento - 52) Youtube, 2013, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=OMh-KQvYeoY
Tempo e espaço na cultura japonesa, Shuichi Kato, São Paulo: Estação Liberdade, 2012.
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Tendências Pedagógicas Brasileiras, Jennifer Fogaça, Canal do educador,
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/tendencias-pedagogicas-brasileira
s.htm, acessado em 12/01/2023.
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