O documento discute a relação entre epistemologia e educação ao longo da história, como diferentes posicionamentos epistemológicos influenciaram as práticas educacionais. Aborda como a pedagogia tradicional se baseou no iluminismo e positivismo, enquanto a pedagogia nova se concentrou no desenvolvimento das crianças. Também discute a pedagogia tecnicista dos anos 70 e como a educação atual se concentra na inserção no mercado de trabalho.
O documento discute a relação entre epistemologia e educação ao longo da história, como diferentes posicionamentos epistemológicos influenciaram as práticas educacionais. Aborda como a pedagogia tradicional se baseou no iluminismo e positivismo, enquanto a pedagogia nova se concentrou no desenvolvimento das crianças. Também discute a pedagogia tecnicista dos anos 70 e como a educação atual se concentra na inserção no mercado de trabalho.
O documento discute a relação entre epistemologia e educação ao longo da história, como diferentes posicionamentos epistemológicos influenciaram as práticas educacionais. Aborda como a pedagogia tradicional se baseou no iluminismo e positivismo, enquanto a pedagogia nova se concentrou no desenvolvimento das crianças. Também discute a pedagogia tecnicista dos anos 70 e como a educação atual se concentra na inserção no mercado de trabalho.
O texto Epistemologia e educação: articulações conceituais de Adair Angelo Dalarosa,
percorre um caminho esclarecedor; sua pretensão é elucidar conceitos de epistemologia e educação
tanto situando o leitor no percurso histórico das disciplinas quanto demonstrando seus pontos de convergência, para que assim a prática pedagógica possa ser compreendida em sua totalidade de possibilidades. O primeiro passo para entender o mecanismo de funcionamento dos métodos educacionais utilizados em cada período histórico, está inicialmente na compreensão do significado das palavras epistemologia e educação, antigas as duas acompanham a humanidade desde de tempos distantes, como exemplo, já na antiguidade clássica é possível acompanhar Platão falando sobre formas de conhecimento, em questão: Doxa, Sofia e Episteme. Classificar formas de conhecimento, estudar a ciência como um sinônimo de conhecimento é considerado epistemologia, no dicionário de Filosofia de Gérard Durozoi e André Roussel, epistemologia é: “Disciplina cujo objeto é a ciência - sem ser propriamente uma “filosofia das ciências ou uma “teoria do conhecimento” [..] estuda de maneira crítica os princípios, as hipóteses gerais, as conclusões das várias ciências para delas apreciar o valor e alcance objetivo.” Durante o desenvolvimento da humanidade, dentro campo das ciências humanas muitas teorias sobre a epistemologia surgiram; a metafísica com seu pressuposto idealista; o positivismo com análise de fenômenos partindo das leis da natureza; a fenomenologia em que os objetos são o centro do conhecimento da realidade e o materialismo histórico-dialético; onde a realidade não é estática e acabada e muito menos os fenômenos podem carregar clareza. Cada modo de se pensar a epistemologia traz consequências diretas para aqueles que estão em aprendizado, desse modo quando fala-se sobre educação; processo de desenvolvimento, aperfeiçoamento, de alguma capacidade humana, não devemos ignorar que, de acordo com a posicionamento epistemológico daqueles com maior influência política, a finalidade do ensino muda. Em outras palavras, é possível observar que historicamente a formação está mais ligada a objetivos políticos e econômicos que quaisquer outros, o que em muitos momentos pode com facilidade, ir contra a vontade do próprio educador mas em acordo com as pretensões de outros grupos. No contexto educacional algumas práticas pedagógicas possuem destaque, estas estão nas bases de produção de conhecimento em educação, e mais uma vez não deixam de ter teorias epistemológicas em suas bases. A pedagogia tradicional, está ancorada no iluminismo e positivismo, a educação seria um meio de superar a condição humana, limitada pela natureza. O texto clássico do grande filósofo alemão Immanuel Kant, Resposta à pergunta: O que é esclarecimento, capta e pontua com muita clareza, o que mais tarde é visualizado como base para a pedagogia tradicional. O texto de Dalarosa ainda irá percorrer as bases para criação da Pedagogia nova, também positivista e inspirada principalmente em filósofos modernos como Câmeios e Rousseau, concentra-se em um período pós-revolucionário onde a burguesia europeia já tem o cetro do poder público e tenta somente conservá-lo. O posicionamento pedagógico volta-se para a tentativa de desenvolver as potencialidades da criança, o aluno deve ser o centro de análise da prática pedagógica. Em meados dos anos 70 a pedagogia tecnicista surge no Brasil, sua prática está ligada a instrumentalização do ensino, seus objetivos passam ser a produção de mão de obra especializada em larga escala, o ensino técnico é implementado na formação ginasial, seu viés é utilitarista, o que mantém, o status quo capitalista. Nesse momento nem aluno, nem professor, como nas teorias rapidamente pinceladas anteriormente, são os focos pedagógicos, mas encontram-se subordinados à técnica, à mão de obra. Pouco mais a frente, na atualidade, ainda é possível analisar uma quarta configuração da pedagogia, fixada mais uma vez em princípios epistemológicos positivistas, na atualidade, a escola tem como principal objetivo preparar para o mercado, a formação tecnicista é posta de lado, mas a inserção no mercado de trabalho ainda é o principal objetivo da educação. Desse modo, a melhor escolha pedagógica está concentrada na instituição que mais encaminha profissionais para empregos. No Brasil, é importante enfatizar que processos seletivos para a admissão em universidades públicas e federais, são também influenciadores para tais práticas pedagógicas. Em contraste, existem outras práticas pedagógicas como a pedagogia do oprimido do renomado educador brasileiro Paulo Freire e a Pedagogia Histórico-Critica de Dermeval Saviani, pouquissimamente utilizadas no ensino básico, que pretendem dar ênfase em posicionamentos revolucionários contra o modelo burguês positivista de ensino, focadas no materialismo histórico dialético, produto de pensadores como: Karl Marx e Friedrich Engels, explicam o homem como ser histórico, com práticas didáticas próprias voltadas para liberdade, emancipação, esclarecimento histórico-crítico, que ocorrem em processos dialéticos. Dentro do contexto majoritariamente positivista em que a educação encontra-se, cabe também à filosofia, enquanto disciplina, ofertar um espaço de reflexão onde a alteridade através de temas diversos, possa ser posta em debate, promovendo a formação dos indivíduos conscientes de suas condições.