Você está na página 1de 9

Curso de Psicologia

Disciplina: Integração: Prática em Psicologia Escolar


Prof(a): Stela Maris Bretas Souza
Alunos: Daniel Sales e Pedro Marcelino

3.1 – Contextualização e caracterização da Instituição:

A Escola Municipal Benvinda Moreira Pacheco foi criada pela lei 635, de 25 de fevereiro de 1979. A
Portaria de Autorização SEE Nº169 de 24 de abril de 1981 e a Portaria de Autorização SME 12 de 27 de
setembro de 2006. O nome da escola foi escolhido em homenagem a uma amiga do prefeito João
Lamego.
A escola entende que, como instituição de Educação Básica, tem responsabilidades mais amplas: oferecer
uma sólida formação que dê aos seus alunos possibilidades reais de prosseguirem seus estudos, de
serem, também, pessoas capazes de realizarem seus projetos de vida enquanto cidadãos
corresponsáveis pela construção.

Quanto à divisão do espaço físico da escola está distribuída em: 11 (onze) salas de aulas, duas salas de
Intervenção Pedagógica, uma sala de Recursos Multifuncionais - AEE, uma sala de direção, uma sala de
coordenação, uma sala de funcionários, uma sala de reunião, uma biblioteca, uma secretaria, uma
cozinha, uma despensa, um refeitório, um almoxarifado, uma sala para os articuladores e educadores do
Tempo Integral, cinco banheiros masculino para alunos, com uma repartição específica para um chuveiro,
sete banheiros feminino para alunas, — com uma repartição específica para um chuveiro, um banheiro
unissex para funcionários, um pátio coberto, um pátio descoberto, uma quadra poliesportiva coberta e
parquinho com diversos brinquedos.

O perfil dos alunos, atendidos pela Escola Municipal Benvinda Moreira Pacheco em uma grande maioria é
de classe baixa e residem no bairro Caravelas e bairros adjacentes. São alunos frequentes que possuem
um bom desempenho escolar. Os tipos de alunos são: tímidos, extrovertidos, estudiosos, contestadores,
ansiosos e líderes. Eles são nativos digitais, ou seja, nasceram e cresceram com tecnologia acessível
como parte de seu cotidiano e, por isso, estão permanentemente conectados, e com a informação
acessível e disponível em celulares e tablets, muitos alunos já chegam à sala de aula com um
conhecimento prévio sobre temas específicos, o que faz com que eles sejam mais participativos e levem
conteúdo para serem debatidos pela turma.

O corpo docente é composto por 32 (trinta e dois) professores atuando no Ensino Fundamental I/Anos
iniciais. Quanto à formação acadêmica, temos variação que vai desde o analfabetismo à formação
superior, mas com predominância no Ensino Fundamental.
A Escola possui o total de 586 alunos, distribuídos em 22 turmas, sendo 289 do sexo feminino e 297 do
sexo masculino. Desses alunos todos fazem parte da Educação Integral.
3.2 - Considerações sobre a estrutura organizacional da instituição.

1. Estrutura Física:

Salas de Aula: A escola possui 11 salas de aula destinadas ao ensino regular.

Salas Específicas: Há duas salas de Intervenção Pedagógica e uma sala de Recursos Multifuncionais -
AEE, dedicadas a atendimentos específicos e individualizados.

Administração e Coordenação: A escola conta com uma sala de direção, uma sala de coordenação e uma
secretaria, que são os principais pontos de gestão e organização escolar.

Espaços Comuns: Existem espaços como biblioteca, refeitório, cozinha, almoxarifado, pátio coberto e
descoberto, quadra poliesportiva e parquinho, que servem para atividades recreativas, esportivas,
alimentação e armazenamento.

2. Funções e/ou Papéis dos Profissionais Envolvidos:

Direção: Responsável pela gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola, garantindo o


cumprimento das diretrizes educacionais e o bem-estar dos alunos e profissionais.

Coordenação: Atua na orientação pedagógica dos professores, planejamento de atividades e avaliação do


processo de ensino-aprendizagem.

Professores: Composto por 32 educadores, são responsáveis pelo ensino direto aos alunos, planejamento
de aulas, avaliações e acompanhamento do desenvolvimento estudantil.

Profissionais de Intervenção Pedagógica e AEE: Atuam no suporte a alunos que necessitam de


atendimentos específicos, seja por dificuldades de aprendizagem ou necessidades educacionais
especiais.

Funcionários Administrativos: Atuam na secretaria, organizando documentos, matrículas, históricos


escolares e outras demandas administrativas.

Funcionários de Apoio: Incluem aqueles que trabalham na cozinha, limpeza, manutenção e segurança da
escola, garantindo o funcionamento adequado da instituição.

3.3 - Considerações sobre a rotina semanal do espaço educativo (creche, educação infantil, dentre
outros).

As atividades começam desde a entrada dos alunos às 7 horas da manhã até às 16 horas e 45 minutos,
sendo de 11h15 até 12h30 o horário de almoço. No que se refere a organização e funcionamento do
Tempo Integral, após o horário do almoço, algumas turmas permanecem na escola e outras vão para
diversos ambientes espalhados pela cidade para realizarem atividades de aprendizado. Na parte da tarde,
há também momentos para escovação e descanso.

O dia letivo é composto de 9h45, com 2 (dois) módulos de 15 (quinze) minutos destinados ao recreio e
1h15 destinada a atividade monitorada/almoço, sendo a carga horária aproveitada integralmente, incluindo
o horário de almoço e atividades coletivas que visam à formação de hábitos alimentares saudáveis, de
higiene, de boas atitudes e socialização/interação que serão trabalhadas na forma de Atividades
Monitoradas/Práticas de Cuidado e Educação.
3.4 - Espaços formadores de aprendizagens:

O trabalho da Educação em Tempo Integral no Ensino Fundamental I é estruturado com oficinas:


Acompanhamento Pedagógico: Língua Portuguesa e Matemática;
Oficinas: Educação Ambiental, Dança, Música, Teatro, Artes Visuais, Escola Mágica, Xadrez, Lutas/ Judô,
Tecnologia/Robótica, Empreendedorismo Social, Atividades Motoras, Psicomotoras, Iniciação Esportiva e
Esportes.

Os alunos da escola participarão das oficinas nos seguintes espaços externos: UCEPAI (Unidade Centro
Educacional Pedagógico e Aperfeiçoamento Integral), Unidade Centro Cultural e Esportivo Sete de
Outubro, CENAM - Centro de Atendimento Multidisciplinar Hebert de Souza e Escola do Futuro.

Além de uma biblioteca com uma grande variedade de livros, jogos de tabuleiro e uma televisão que os
educadores utilizam para a educação de seus alunos.
3.5 - Análise da Proposta Pedagógica

Os fundamentos pedagógicos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) definem três grupos de
competências gerais que devem estar no ambiente educacional: pessoais/sociais, cognitivas e
comunicativas. Diante disso, é importante destacarmos a inteligência emocional como ponto de partida
para as competências pessoais e sociais.

“A sociedade contemporânea impõe um novo olhar a questões centrais da educação, em especial: o que
aprender, para que aprender, como ensinar e como avaliar o aprendizado. " (BNCC, 2017)

Em síntese, a BNCC aponta que a Educação Básica brasileira deve promover a formação e o
desenvolvimento humano global dos alunos, para que sejam capazes de construir uma sociedade mais
justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária. Isso significa orientar-se por uma
concepção de Educação Integral (que não se refere ao tempo de permanência do estudante no espaço
escolar ou a uma determinada modalidade de escola).

Nesse caso, Educação Integral indica promoção do desenvolvimento de crianças e jovens em todas as
suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. Esse direcionamento implica que, além
dos aspectos acadêmicos, precisamos expandir a capacidade dos alunos de lidar com seu corpo e bem-
estar, suas emoções e relações, sua atuação profissional e cidadã e sua identidade e repertório cultural. À
BNCC determina objetivos de aprendizagem dos componentes curriculares que visam justamente a
aprendizagem e o desenvolvimento global do aluno. Assim, a Base adota competências gerais que se
inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares ao longo da educação básica,
sobrepondo-se e interligando-se na construção de conhecimentos e habilidades e na formação de atitudes
e valores, como preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), na qual se baseia a
BNCC.

3.6 - Perfil da turma

1. Idade e Relação Idade/Fase:

A escola atende ao Ensino Fundamental I, o que sugere que os alunos têm idades entre 6 e 10 anos. A
relação idade/fase é típica para essa etapa, com alunos do 1º ao 5º ano.

2. Número de Alunos por Sexo:


Total de Alunos: 586
Feminino: 289
Masculino: 297

3. Experiências Escolares Anteriores:


Considerando que a escola atende ao Ensino Fundamental I, muitos alunos provavelmente tiveram
experiências anteriores na Educação Infantil, seja em creches ou pré-escolas. Alguns podem estar
ingressando no sistema educacional pela primeira vez.

4. Identificação das Áreas Onde Residem:


A maioria dos alunos é residente no bairro Caravelas e bairros adjacentes. O bairro Caravelas, localizado
em Ipatinga, MG, tinha uma população de 9.581 habitantes em 2010, o que sugere uma comunidade de
tamanho médio.

5. Outras Informações:
Perfil dos Alunos: A maioria pertence à classe baixa. Os alunos são descritos como frequentes com bom
desempenho escolar. Há uma variedade de personalidades, incluindo alunos tímidos, extrovertidos,
estudiosos, contestadores, ansiosos, líderes e nativos digitais.

Distribuição por Cor/Raça: Pardos (251), Brancos (140), Negros (23), Não declararam (172).

3.7 – Observação em sala de aula:

A professora se apresentava um perfil calmo, mas um pouco autoritário, chamava a atenção apenas para
conversas e comentários maldosos dos alunos. Ela trabalhou de forma dinâmica, soube trabalhar com
êxito e aprestou ideias criativas para o trabalho em grupo

Planos de aula ou outros planejamentos de ensino:

 Como foi elaborado o planejamento? Não temos informações específicas sobre como o
planejamento foi elaborado, mas, em geral, os professores baseiam seus planos nas diretrizes
curriculares, nos objetivos de aprendizagem para a série e nas necessidades específicas dos
alunos.
 As metodologias usadas são adequadas aos conteúdos ? Sim, a aula sobre cidadania e o
conceito de ser um cidadão são tópicos importantes para alunos da 5ª série. A atividade em
grupo e a discussão sobre igualdade política são metodologias apropriadas para abordar esses
conteúdos.
 Quais recursos e procedimentos utilizados? Foi realizada uma atividade em grupo, e os alunos
tiveram a oportunidade de apresentar. Isso indica o uso de metodologias ativas, onde os alunos
são protagonistas de seu aprendizado.
 A professora acionou o conhecimento prévio dos alunos, utilizando-se de exemplos e/ou
demonstrações? Sim, ao discutir sobre cidadania e igualdade política, é provável que a
professora tenha acionado o conhecimento prévio dos alunos, especialmente ao ouvir suas
opiniões e concordâncias sobre o tema.
 A aula foi interativa (envolvimento e participação dos alunos) ou apenas expositiva (somente o
professor/a fala)? A aula foi interativa, como evidenciado pela atividade em grupo e pelas
apresentações dos alunos.
 O/A professor/a variou os recursos didáticos? Sim, houve uma combinação de exposição do
conteúdo, atividade em grupo e discussão, indicando uma variedade de recursos didáticos.
 Foi criativa nas tarefas e/ou atividades propostas? Sim, a atividade em grupo e a oportunidade
de os alunos apresentarem e discutirem o tema mostram criatividade na abordagem
pedagógica.
 De modo geral, há correspondência entre o que está previsto no planejamento e o que está
realmente sendo desenvolvido em sala? Embora eu não tenhamos acesso direto ao
planejamento da professora, a aula observada parece alinhada com os objetivos educacionais
típicos para alunos da 5ª série, especialmente em relação ao ensino de cidadania e valores
sociais.

 Espaço Físico:

Os alunos estavam organizados em filas tradicionais como qualquer sala de aula; a mesa da professora
estava localizada na frente da sala, um pouco a esquerda; havia um mural com alguns poemas mas não
parecia ter sido feitos pelos alunos; Havia também 3 armários, um na frente da sala do lado da mesa da
professora, e os outros 2 na parte de trás da sala; A maioria das mochilas estavam organizadas uma em
cima da outra e outras mochilas estavam jogadas no chão ou na parte de trás da cadeira dos alunos.

 Material utilizado:

A professora já havia organizado antecipadamente o conteúdo e a dinâmica, todos os professores têm um


dia de coordenação onde eles organizam todas as atividades que vão ser feitas durante a semana.

 Quanto à relação professor/a aluno/a:

Na aula observada na Escola Municipal Benvinda Moreira Pacheco, a relação entre a professora e os
alunos destacou-se por um ambiente de respeito mútuo e inclusão. A dimensão do cuidar foi evidente na
maneira acolhedora com que a professora conduziu a atividade, garantindo que todos os alunos tivessem
voz e se sentissem valorizados. Por outro lado, a dimensão do educar foi claramente demonstrada pelo
conteúdo da aula sobre cidadania e pela promoção da reflexão crítica entre os alunos.
 Quanto à avaliação:

A professora avaliava a aprendizagem dos alunos fazendo perguntas sobre o conteúdo apresentado; O
instrumento que estava sendo utilizado era a pergunta e o questionamento.

 Quanto ao processo ensino/aprendizagem:

Quanto ao processo de ensino, a professora conseguiu adaptar com sucesso o conteúdo à realidade do
aluno, apresentou exemplos que se encaixava no conhecimento dos alunos, além de relatos de
experiências com alunos. Ela conseguiu trabalhar algumas atividades presentes no livro, o que não foi
muito trabalhoso para os alunos, ao propor uma separação de grupo em que cada um auxiliava o outro a
fazer as atividades.

Após os estudantes terem feitos as atividades propostas, a professora fez uma espécie de debate. Ela
pediu para que cada integrante dos grupos fossem respondendo às perguntas que haviam feito e após
isso, esclareceu algumas dúvidas. O tempo para a resolução das atividades foi o mais perfeito possível,
todos os alunos conseguiram terminar seus deveres.

3.8 – Entrevista com professor

A professora Valdiléia Ayres Brandão Pereira com formação em História e Pedagogia e especialização em
Educação Especial se disponibilizou para ser entrevistada.

 Concepção de educação: “Acredito numa educação para o desenvolvimento pessoal,que


proporciona os alunos a desenvolverem habilidades sociais, emocionais e morais, bem como
descobrir e aprimorar suas próprias capacidades e interesses. Uma educação como ferramenta
para transformação social que desempenha um papel fundamental na criação de cidadãos críticos,
conscientes e engajados, capazes de questionar as normas sociais e contribuir para a construção
de uma sociedade mais justa e igualitária, fornecendo-lhes as ferramentas e o conhecimento
necessário para controlar suas próprias vidas e melhorar suas situações, sendo responsável pela
nossa casa maior, a Terra. E por fim uma educação que favoreça aos alunos construírem seu
significado e compreensão do mundo por meio da aprendizagem.”

 Concepção de aprendizagem: “Na prática em sala de aula busco um trabalho para alcançar uma
aprendizagem qualitativa baseada na compreensão, na construção de significados, quando através
do relacionamento do conhecimento formal com a experiência, partindo da própria experiência, o
estudante atinge o crescimento pessoal.
A aprendizagem tem que estar diretamente relacionada à descoberta, à alegria e ao prazer nessa
trajetória do aprender, interagir e apropriar-se do conhecimento.”

 Concepção de erro: “Errar faz parte do processo de ensino, de construção do conhecimento. O erro
deve ser tido como algo estimulante para o aluno continuar estudando, sendo desafiados a um
movimento de aprendizagem significativa, e não que o fato de errar seja impossibilidade de
aprender. que servirá para melhorar a prática pedagógica do professor, pois este irá avaliar a sua
prática, visando adequá-la a necessidade da compreensão dos sujeitos do processo educativo.
Além disso, o erro serve de parâmetro para o professor planejar e buscar novas estratégias de
aprendizagem.”
 Concepção de dificuldade de aprendizagem: “O livro da autora Ruth Rocha, “Quando a escola é de
vidro”, traz uma excelente reflexão que corrobora com minha compreensão sobre a dificuldade de
aprendizagem. Até que ponto a escola padroniza um tipo de aluno? Um conceito de
aprendizagem? Os alunos que não dão o retorno esperado, não se “encaixando dentro dos vidros”,
são considerados com dificuldade de aprendizagem.
A educação precisa repensar sua prática no sentido de que há muitas formas de aprender, sendo
assim devemos buscar diferentes formas de ensinar. Não precisamos ser excelentes em tudo.
Porém, não podemos deixar a responsabilidade do processo de desenvolvimento apenas na
responsabilidade da escola. As dificuldades de aprendizagem não devem ser tratadas como algo
banal. Dificuldades de aprendizagem exigem de todos os envolvidos com a criança um
comprometimento e sabedoria para não permitir que ela se torne um indivíduo negativo e um
adulto frustrado.”

 “A escola é um ambiente onde circulam várias crianças que apresentam diferentes tipos de
dificuldade de aprendizagem: TDAH, Deficiência intelectual, Autismo, etc. Vou relatar aqui os
passos que trilhamos nos casos.

 Primeiramente acontece a reunião com os pais para anamnese, geralmente feita juntamente
com o professor do AEE, atendimento educacional especializado, a partir daí é
estabelecido, quando há, um diálogo entre os demais profissionais que fazem atendimento
com a criança.

 Com anamnese em mãos é feito um diagnóstico inicial para detectar as potencialidades e


dificuldade da criança.

 Com o diagnóstico em mãos é feito o PDI, plano de desenvolvimento individualizado para


trabalhar com a criança. Atualmente tenho um aluno que apresenta um laudo de deficiência
intelectual e autismo. Foi trilhado todo o caminho citado acima. As atividades são feitas
diferenciadas voltadas para a alfabetização significativa, ele interage com os alunos nas
atividades coletivas de discussão. Dentro da sala de aula tem um assistente de educação
especial que desenvolve com ele as atividades planejadas por mim, sob minha orientação e
tutela.”

 “Acredito que o método a ser utilizado na minha prática pedagógica é aquele que contemplem
minha concepção de educação, de aprendizagem, de erro e de dificuldade de aprendizagem, onde
o aluno é protagonista e o professor o mediador.”

 “O professor deve estar em constante estudos, o primeiro dentre os pesquisadores é Paulo Freire,
para ele a educação deve surgir como prática da liberdade, que deve surgir e partir dos próprios
oprimidos. Não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se
disponha a transformar essa realidade. Sua proposta se configura como um trabalho de
conscientização e politização. Minha primeira experiência como professora foi na educação de
jovens e adultos e Paulo Freire me fortaleceu na minha prática.
Outro pesquisador é Jean Piaget é considerado o criador do construtivismo: ele acredita que o
aluno constrói o seu próprio aprendizado. Emília Ferreiro, com quem aprendi a Psicogênese da
Língua Escrita. Henri Wallon que nos alerta sobre a afetividade no processo de aprendizagem.”

 “Compreendendo a aprendizagem na sua integralidade, tenho como parâmetro os quatro pilares da


educação. Aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; aprender a ser. Sendo
assim, não utilizo apenas uma forma de avaliação. Acredito numa avaliação que seja capaz de
formar, verificar, nortear.”
 “Quando percebo que o aluno ainda não alcançou ou está no processo proponho diferentes
atividades com diferentes estratégias. Gosto da aprendizagem entre pares, no movimento de
ensino e aprendo.”

 “O mais importante ao avaliar o aluno é ter em mente de onde ele partiu para poder avaliar o
quanto ele evoluiu.”

 “O professor deve estar constantemente estudando, e isso não é nenhum chavão. Cada aluno,
principalmente os alunos com deficiência e dificuldades de aprendizado, tem muitas diferenças,
mesmo apresentando o mesmo laudo. Muitos dos relatórios que recebemos na escola hoje, são
cópias de anteriores ou de outros pacientes. Todas as áreas querem dar palpite no trabalho
pedagógico sem ao menos pisar em um espaço escolar. “

3.9 – Conclusão:

Ideias de Intervenção para Saúde Mental na Escola:

Atividades de Conscientização:
Eventos e palestras sobre saúde mental para todos os alunos.

Espaço Terapêutico na Escola:


"Sala de Bem-Estar" para atendimento terapêutico e relaxamento.

Programa de Mentoria entre Alunos:


Treinamento e programa de mentoria entre alunos.

Grupos de Apoio e Oficinas para Pais:


Oficinas educacionais sobre tópicos relevantes.
Eventos de integração entre pais.

3.10 - Considerações sobre o desenvolvimento desta primeira etapa de trabalho.

Expectativas Iniciais e Finais:


Inicialmente, esperava-se uma compreensão clara da estrutura organizacional da escola e um diagnóstico
do perfil da turma. Ao final, conseguimos não apenas entender a dinâmica da escola, mas também
observar uma aula e interagir com os alunos, proporcionando uma visão mais profunda da realidade
educacional.

Análise das Relações Estabelecidas:


A relação entre os estudantes de psicologia e a instituição foi colaborativa. Os professores foram
receptivos, permitindo observações e interações. Os alunos, por sua vez, mostraram-se engajados,
especialmente durante a aula de história sobre cidadania.

Contribuições das Diferentes Disciplinas do Curso:


As disciplinas de desenvolvimento infantil e psicologia educacional foram cruciais para entender as
nuances do comportamento e aprendizado dos alunos. A formação em terapia cognitivo-comportamental
ajudou a identificar possíveis áreas de intervenção, especialmente considerando a demanda de saúde
mental.

Realizações e Entraves que Merecem Destaque:


Uma das principais realizações foi a identificação clara da demanda de saúde mental e a elaboração de
hipóteses de intervenção. No entanto, um entrave foi a limitação de tempo para observar mais aulas e
interagir com um número maior de alunos.

Importância da Realização do Trabalho de Campo:


O trabalho de campo foi essencial para obter uma visão realista da situação. Observar diretamente as
aulas e interagir com os alunos proporcionou insights que não seriam possíveis apenas com relatórios ou
entrevistas.

Questões para Reflexão:


Como podemos integrar ainda mais as disciplinas do curso para criar intervenções eficazes?
Quais outras áreas da escola poderiam se beneficiar de intervenções psicológicas?
Como garantir que as intervenções propostas sejam sustentáveis a longo prazo?

3.11 – Forma de registro

Escrito a mão e digitado.

Você também pode gostar