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LESÕES BRANCAS
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LESÕES BRANCAS
INTRODUÇÃO
As lesões brancas da mucosa bucal são observadas frequentemente na rotina clínica do cirurgião
dentista. Essas lesões surgem em decorrência de alterações no processo de renovação do epitélio
(aumento da espessura de ceratina ou do tecido epitelial como um todo) e/ou da condensação de fibras
do tecido conjuntivo, as quais tornam a vascularização da mucosa menos perceptível clinicamente.
Este material se propõe a apresentar um roteiro de raciocínio diagnóstico voltado para as principais
manchas e placas brancas, as quais apresentam etiologia e natureza diversa.
Este grupo de lesões envolve desde lesões reacionais frente ao trauma (ceratose friccional), lesões
auto-imunes (líquen plano), lesões com potencial de transformação maligna (leucoplasia e queilite
actínica) e, em um número menor de casos, o câncer bucal (carcinoma espinocelular).
A proposta deste curso é oferecer ferramentas para facilitar o diagnóstico diferencial entre estas lesões.
Esse desafio exige a realização de manobras clínicas, análise da distribuição e característica clínica
das lesões,consideração a respeito da presença de fatores irritativos.
No sentido amplo, a expressão “lesões brancas” incluiria algumas lesões papulares/nodulares como o
papiloma, as quais não serão abordadas neste capítulo pois, embora brancas, pertencem ao capítulo
“Lesõesproliferativas” por representarem um crescimento tecidual.
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Neste sentido, as hipóteses de linha alba (Figura 1) e leucoedema (Figura 2) devem ser descartadas
antes de avançarmos no nosso raciocínio e considerarmos que se trata mesmo de uma lesão, e,
portanto,uma situação que merece uma atenção maior.
ANTES DE COMEÇAR:
Na Tabela 1 são listadas as principais lesões brancas que acometem a boca, destacando as suas
diferentes naturezas e, consequentemente, maior ou menor morbidade. Existem outras lesões brancas,
não abordadas aqui por serem menos comuns. É importante saber diferenciar as lesões que apresentam
risco de transformação maligna (lesões ou desordens potencialmente malignas) ou que já são um tumor
maligno(carcinoma espinocelular), daquelas de natureza benigna e representam doenças menos
preocupantes. Um dos principais objetivos do curso é aumentar a capacidade de você distinguir essas
diferentes situações.
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BENIGNAS
Reacionais
Geneticamente determinadas
Infecciosas
- Candidíase pseudomembranosa
- Candidíase hiperplásica crônica
- Síflis secundária
- Leucoplasia pilosa
POTENCIALMENTE MALIGNAS
- Queilite actínica
- Leucoplasia
- Líquen plano
MALIGNAS
- Carcinoma espinocelular
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Passar uma gaze ou espátula de madeira sobre a lesão é uma manobra simples e que pode auxiliar
bastante no processo diagnóstico. Se houver destacamento da área branca, definimos que se trata de
uma QUEIMADURA ou CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOS.
A candidíase é uma infecção fúngica oportunista, geralmente associada ao fungo Candidaa lbicans, um
microrganismo que está presente na boca da maioria da população. A instalação da doença depende de
um desequilíbrio no meio bucal. Geralmente um ou mais fatores predisponentes podem ser identificados
(Tabela 2).
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Uma outra forma, incomum, é a candidíase crônica hipertrófica, que se geralmente se apresenta como
placas brancas de distribuição bilateral em região de retrocomissura. Essa lesão será abordada mais a
frente nesse módulo quando chegarmos em lesões brancas não removíveis a raspagem e que
apresentam distribuição múltipla (multifocal).
Na maior parte dos casos, o tratamento da candidíase se baseia no uso de antifúngicos. Parece haver
uma associação da forma pseudomembranosa com imunossupressão, justificando uma investigação
sistêmica do paciente. Independentemente disso, os fatores predisponentes mencionados acima devem
ser identificados e corrigidos (quando possível), para evitar insucesso no tratamento e persistência da
doença. Tendo em vista a frequência e importância do assunto, será disponibilizado um material
suplementar especificamente sobre tratamento ao final deste módulo.
Caso não haja desprendimento da área branca após a raspagem, as hipóteses acima são descartadas e o
passo seguinte é analisar as características clínicas da lesão, definindo se a mesma é única (focal) ou
múltipla, ou seja, se várias lesões brancas são vistas na boca.
As áreas brancas resultam do aumento da produção de ceratina como uma reação e a lesão é chamada
CERATOSE FRICCIONAL. Outra possibilidade é o MORDISCAMENTO CRÔNICO DA MUCOSA
(morsicatio), situação em que o paciente fica mordendo a mucosa como um hábito parafuncional ou
devido a distúrbio.
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psiquiátrico. Estes diagnósticos são confirmados quando a lesão desaparece após remoção do fator
causador, o que pode levar até 4-6 semanas e ambas são consideradas lesões benignas. Caso não haja
fator irritativo envolvido, a hipótese é de LEUCOPLASIA, lesão potencialmente maligna que deveser
submetida à biópsia parcial para permitir uma análise mais detalhada. Dependendo do resultado do
exame histopatológico, define-se a conduta. Lesões que não apresentarem displasia epitelial, não
necessitam remoção total obrigatoriamente. Para lesões com displasia epitelial, recomenda-se remoçã
ototal. O paciente deve ser acompanhado independentemente do resultado do exame
histopatológico,tendo a lesão sido removida por completo ou não. Indica-se revisões a cada 3 meses para
pacientes que apresentaram displasia epitelial e a cada 6 meses em casos onde não observou-se
displasia epitelial. Uma medida importante é orientar o paciente a respeito da necessidade de deixar de se
expor aos fatores de risco fumo e álcool, os quais aumentam a chance de a lesão progredir para um tumor
maligno. Não podemos esquecer que alguns casos de lesões com aspecto clínico de leucoplasia podem,
na verdade,ser carcinomas espinocelulares em estágio inicial, reforçando a importância de o cirurgião-
dentista estar capacitado à identificação e diagnóstico dessas lesões.
- Localizada no lábio?
A QUEILITE ACTÍNICA é uma lesão com risco de transformação maligna, ou seja potencialmente
maligna. Sua aparência clínica é típica, sendo caracterizada como a perda de nitidez do limite entre pele e
mucosas do vermelhão do lábio associada ou não a áreas acastanhadas devido à exposição crônica à
radiação UV (radiação solar). Áreas vermelhas (erosivas), descamativas, ulceradas e de placas brancas
podem ser observadas, representam agravamento das lesões e, se persistentes ao tratamento
conservador (Hipoglós, bepantol, fltro solar labial), devem ser biopsiadas.
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Localizada no palato?
A outra lesão branca, única e difusa é a ESTOMATITE NICOTÍNICA, área branca com ponto
avermelhados observada no palato. Resulta do calor crônico do provocado pelo tabaco ou por
algumabebida quente que é consumida com regularidade (café, chá, chimarrão). Essa lesão é
considerada benigna, não oferecendo risco de malignização.
O grupo de lesões que recobrem uma área maior de mucosa, as quais são definidas como difusas,
definem um grupo restrito de lesões.
- Localizada no lábio?
A QUEILITE ACTÍNICA é uma lesão com risco de transformação maligna, ou seja potencialmente
maligna. Sua aparência clínica é típica, sendo caracterizada como a perda de nitidez do limite entre pele e
mucosas do vermelhão do lábio associada ou não a áreas acastanhadas devido à exposição crônica à
radiação UV (radiação solar). Áreas vermelhas (erosivas), descamativas, ulceradas e de placas brancas
podem ser observadas, representam agravamento das lesões e, se persistentes ao tratamento
conservador (Hipoglós, bepantol, fltro solar labial), devem ser biopsiadas.
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LESÕES BRANCAS
LESÕES MÚLTIPLAS
O último grupo de lesões é bastante diverso. Muitas vezes o diagnóstico diferencial entre essas lesões
pode ser difícil.
Mais uma vez, deve-se considerar que fatores irritativos podem estar envolvidos. O trauma de mastigação
sobre mais de uma região do rebordo alveolar edêndulo é possível. O mesmo raciocínio vale pelo
mordiscamento intencional, que é bilateral em muitos casos. Dessa forma, dependendo do que for
observado em boca e do que o paciente relatar na anamnese, as hipóteses de CERATOSE FRICCIONAL
e MORDISCAMENTO CRÔNICO podem ser consideradas
A LEUCOPLASIA PILOSA é uma lesão de origem infecciosa causada pelo vírus Epstein-Baar(EBV) em
pacientes imunossuprimidos. Dentre as causas de imunossupressão, o HIV é uma das mais comuns. O
aspecto clínico da lesão é típico, que varia de estrias brancas verticais isoladas até placas na borda da
língua, bilaterais e com distribuição simétrica. Essas lesões não cedem à raspagem. É importante fazer o
diagnóstico diferencial com líquen plano, o qual se caracteriza pela presença de lesões estriadas, placas,
áreas erosivas e/ou úlceras em vários sítios bucais. No caso do líquen plano,a presença de lesões apenas
na língua é improvável. Em geral, não há necessidade de tratamento específico, havendo regressão das
lesões quando o quadro imunológico do paciente é estabilizado. Se o paciente apresentar desconforto, o
tratamento com antivirais (aciclovir) pode ser recomendado.
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A presença de placas brancas não removíveis por raspagem na região anterior da mucosa jugal
(retrocomissura) com distribuição simétrica sugere o diagnóstico de CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA
CRÔNICA (também chamada candidíase leucoplásica). Essa lesão é controversa, pois alguns autores a
consideram como uma forma incomum de candidíase (não removível a raspagem como a forma
pseudomembranosa) enquanto outros acreditam que se trate de uma leucoplasia com infecção por
Candida sobreposta. Algumas vezes as lesões desaparecem por completo após o tratamento
antifúngico.Em outros casos, a remissão após o tratamento é parcial. Quando a lesão persiste, a biópsia
está indicada, sendo frequente a presença de displasia epitelial. Caso haja displasia epitelial, está
indicada a remoção completa da lesão. Independentemente disso, o paciente deve ser submetido a
controle clínico periódico.
c) na mucosa jugal?
- A presença de lesões com essa descrição indica a possibilidade de LÍQUEN PLANO, uma doença
mucocutânea, ou seja, que pode afetar a pele e mucosas de diferentes regiões da boca.
Aparentemente,essa doença tem natureza autoimune e apresenta momentos de piora e melhora ao longo
do tempo. O aspecto mais característico é de lesões estriadas de aspecto rendilhado na mucosa jugal de
distribuição bilateral. Contudo, a presença de lesões em mucosa jugal não é obrigatória, podendo haver
lesões brancas, erosivas e/ou ulceradas na língua, lábio, gengivas ou outros sítios bucais. Dificilmente se
observa lesões em um único sítio. Um paciente com líquen dificilmente fica sem nenhuma lesão. Mesmo
nas fases menos ativas da doença, lesões brancas (placas ou estrias) são encontradas em alguma parte
da boca. Portanto, dificilmente um paciente com líquen plano fica sem alguma lesão. A biópsia parcial é
indicada para confirmação do diagnóstico, a não ser que a apresentação clínica seja muito típica, ou seja,
manifestação de estrias em mucosa jugal bilateral sem nenhuma outra manifestação oem boca.
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Durante a anamnese, algumas informações podem sugerir que se trata de uma doença infecciosa.Se o
paciente refere dor de garganta, febre, coceira na pele (particularmente nas costas), dor de cabeça,mal
estar, dor muscular e apresenta placas múltiplas esbranquiçadas, deve-se pensar na possibilidade de
SÍFILIS SECUNDÁRIA. As lesões bucais podem se apresentar como manchas vermelhas ou úlceras. Ao
exame extrabucal, pode ser percebida linfadenopatia (presença de linfonodos palpáveis/com aumento de
volume) indolor. Além das lesões bucais, máculas vermelhas, especialmente nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés, podem estar presentes. Essas lesões não apresentam sintomas e tendem a descamar
deixando áreas acastanhadas. Em havendo a suspeita de síflis, devem ser solicitados exames de sangue
(hemograma, VDRL e FTA-ABS). O tratamento envolve o uso de penicilina e é prescrito pelo médico.
Quando se manifesta como lesões múltiplas, essa lesão costuma ter comportamento mais agressivo.
Outros sinais que indicam maior agressividade são a localização em língua ou assoalho de boca, tamanho
maior do que 2 cm no maior diâmetro (somando as lesões),aspecto clínico não homogêneo (misturar cor
branca e vermelha ou ter superfície irregular) e presença de displasia epitelial ao exame microscópico. É
essencial realizar biópsia e exame histopatológico,sendo a área de biópsia definida com base em critérios
clínicos.
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Durante a anamnese, algumas informações podem sugerir que se trata de uma doença infecciosa.Se o
paciente refere dor de garganta, febre, coceira na pele (particularmente nas costas), dor de cabeça,mal
estar, dor muscular e apresenta placas múltiplas esbranquiçadas, deve-se pensar na possibilidade de
SÍFILIS SECUNDÁRIA. As lesões bucais podem se apresentar como manchas vermelhas ou úlceras.
Ao exame extrabucal, pode ser percebida linfadenopatia (presença de linfonodos palpáveis/com
aumento de volume) indolor. Além das lesões bucais, máculas vermelhas, especialmente nas palmas
das mãos e nas plantas dos pés, podem estar presentes. Essas lesões não apresentam sintomas e
tendem a descamar deixando áreas acastanhadas. Em havendo a suspeita de síflis, devem ser
solicitados exames de sangue (hemograma, VDRL e FTA-ABS). O tratamento envolve o uso de
penicilina e é prescrito pelo médico.
Quando se manifesta como lesões múltiplas, essa lesão costuma ter comportamento mais agressivo.
Outros sinais que indicam maior agressividade são a localização em língua ou assoalho de boca,
tamanho maior do que 2 cm no maior diâmetro (somando as lesões),aspecto clínico não homogêneo
(misturar cor branca e vermelha ou ter superfície irregular) e presença de displasia epitelial ao exame
microscópico. É essencial realizar biópsia e exame histopatológico,sendo a área de biópsia definida com
base em critérios clínicos.
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COMO
LESÃO DEFINIÇĀO ASPECTO ESTABELECER O CONDUTA
E CLÍNICO DIAGNOSTICO
ETIOLOGIA
Manchas e/ou Clínico e de Se a biópsia parcial
Lesão
Leucoplasia placas de coloração exclusão, ou seja, indicar presença de
predominantement branca, únicas ou displasia epitelial, o
devemos
e branca, não múltiplas,assintomát
ideal é remover toda
descartaras a lesão.Casos com
removível a icas,principalmente
outras hipóteses alterações mais
raspagem que não em pacientes brandas
discutidas neste
pode ser fumantes. Mais (hiperceratose,hiperpl
módulo antes de asia e acantose)
caracterizada comuns em mucosa
pensar neste podem
clinica ou jugal, gengiva e acompanhados.
vermelhão do lábio. diagnóstico.
patologicamente Todos os pacientes
Realizar biópsia devem ser
como outra
Lesões em língua e parcial para submetidos a
doença. controle clínico
assoalho bucal e de avaliar
periódico devidoao
distribuição múltipla microscopicament
Maior parte dos risco de
costumam ter e a lesão para transformação
casos associado
comportamento observar se há maligna. Os
ao fumo. intervalosentre as
mais agressivo. displasia epitelial consultas variamde 3
ou seja se trata de meses (casos
São classifcadas carcinoma comdisplasia) e 6
como não meses
espinocelular em
homogêneas (semdisplasia). É
estágio inicial. fundamental que os
quando misturam
pacientes
áreas vermelhas ou sejanorientados a
quando apresentam respeito danatureza
superfície potencialmentemalign
irregular.Esse . a da lesão esobre a
importância
subtipo costuma ter
desuspenderem a
comportamento exposiçãoaos fatores
mais agressivo. de risco (fumo
eálcool).
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COMO
LESÃO DEFINIÇĀO ASPECTO ESTABELECER O CONDUTA
E CLÍNICO DIAGNOSTICO
ETIOLOGIA
Liquen O diagnóstico final O líquen plano
Numerosas
Plano Doença é estabelecido reticular é
estriasou placas
mucocutânea com base no assintomático na
brancas
crônica aspecto clinico maior parte dos
assintomáticas das estrias e pelos casos, não havendo
imunologicamente frequente em exames necessidade de
mediada por mulheres de meia histopatológico. tratamento. Os casos
linfócitos T.Pode idade. Alguns casos de líquen
acometer pele e exigem uso do atrófco/erosivo, ou
mucosa bucal Mucosa jugal e exame seja, quando
concomitantement lingual bilateral são imunouorescênci aparecem úlceras ou
e. a direta. Mesmo erosões,situação
os sítios mais
nos casos onde usualmente associada
afetados.
Causa áreas erosivas a dor ou ardência, são
(áreasvermelhas situações onde o
desconhecida. Apresenta curso ou ulceradas)são tratamento com
crônico com vistas, é
O tipo de líquen corticosteroides
períodos de comumaparecere
tópicos está
plano que se remissão e m estrias em
indicado.Deve-se
manifesta como exacerbação,quand alguma região da
reavaliar o paciente a
lesão branca é o podem aparecer boca,aspecto que
cada 6 meses pois,
denominado de auxilia no
áreas erosivas ou apesar de discutível,
reticular. diagnóstico. Em
ulceradas e dor. alguns autores
alguns casos, a
acreditam que essa
biópsia parcial é
lesão pode se
utilizada para
transformar em
confirmar o
câncer.
diagnóstico
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COMO
LESÃO DEFINIÇĀO ASPECTO ESTABELECER O CONDUTA
E CLÍNICO DIAGNOSTICO
ETIOLOGIA
Leucoplasia Lesão Clínico e de Se a biópsia parcial indicar
Manchas e/ou presença de displasia
predominantemen exclusão, ou seja,
placas de coloração epitelial, o ideal é remover
te branca, não devemos toda a lesão.Casos com
branca,únicas ou
descartaras outras alterações mais
removível a múltiplas,assintomát hipóteses brandas(hiperceratose,
raspagem que icas,principalmente hiperplasia eacantose)
discutidas neste
não pode em pacientes podem
módulo antes de
sercaracterizada acompanhados.Todos os
fumantes. Mais pensar neste pacientes devem
clinica ou comuns em mucosa diagnóstico. sersubmetidos a controle
patologicamente jugal,gengiva e clínico periódico devido ao
como outra Realizar biópsia risco de transformação
vermelhãodo lábio. maligna. Os intervalos entre
doença. parcial para
Lesões em língua e as consultas variam de 3
avaliar meses (casos com
assoalho bucal e de
microscopicament displasia) e 6 meses (sem
Maior parte dos distribuição múltipla e a lesão para displasia).É fundamental
casos associado costumam ter que os pacientes seja
observar se há
ao fumo. comportamento displasia epitelial orientados a respeito da
natureza potencialmente
mais agressivo.São ou sejá se trata de malignada lesão e sobre a
classifcadas como carcinoma importância de
não homogêneas espinocelular em suspenderem a exposição
estágio inicial. aos fatores de risco (fumo e
quando misturam álcool).
áreas vermelhas ou
quando apresentam Mudanças no tamanho, no
aspecto superficial e na cor
superfície das lesões sugerem
irregular.Esse agravamento e/ou
subtipo costuma ter transformação maligna,
indicando necessidade de
comportamento nova biópsia
mais agressivo.
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FIGURA 5. Lesões brancas brancas únicas que não são removidas pela raspagem. Para algumas
delaso diagnóstico é leucoplasia, pois não há fator traumático/irritativo associado. Clinicamente, essa
lesãopode ser classifcadas como homogênea (A e B) ou não homogênea (C e D). Para a lesão
indicada coma letra E é possível estabelecer a relação com o trauma de mastigação crônico e, por
isso, o diagnóstico é ceratose friccional. A confrmação do diagnóstico se dá quando há regressão da
lesão após remoção doagente agressor, o que pode levar de 4 a 6 semanas. Se não houver
regressão após remoção do trauma,o diagnóstico deve mudar para leucoplasia. Caso haja dúvida
com relação ao diagnóstico diferencial comleucoplasia, pode ser indicada uma biópsia parcial para
permitir análise das alterações microscópicas presentes.
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QUEILITE ACTÍNICA
FIGURA 8. A queilite actínica se caracterizapela perda de nitidez do limite entre pele evermelhão do
lábio (linha tracejada em D). Algumas características como áreas de placa (A,B), crosta (C) e
erosões/úlceras (D) indicam agravamento, exigindo a realização de biópsia para descartar a hipótese
de transformação em CARCINOMA ESPINOCELULAR.
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QUEILITE ACTÍNICA
FIGURA 8. A queilite actínica se caracterizapela perda de nitidez do limite entre pele evermelhão do
lábio (linha tracejada em D). Algumas características como áreas de placa (A,B), crosta (C) e
erosões/úlceras (D) indicam agravamento, exigindo a realização de biópsia para descartar a hipótese
de transformação em CARCINOMA ESPINOCELULAR.
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FIGURA 10. Líquen plano. Lesões brancas múltiplas, não destacáveis por raspagem, com aspecto de
estrias, com distribuição bilateral. No caso ilustrado pelas fotos a e b, as lesões são mais evidentes.
No caso mostrado nas fotos c e d, as lesões são mais discretas. Em ambos casos, os pacientes não
referem sintomas. Dor e/ou ardência costumam ser relatados quando as lesões associam áreas
erosivas e/ou ulceradas.
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REFERÊNCIAS
Almeida, Oslei P. Patologia Oral. Editora Artes Medicas 2016. Cawson, Roderick A.; Odell,
EW - Fundamentos Básicos de Patologia e Medicina Oral - Editora Livraria Santos Editora.
8ed. 2013
Neville, Brad W.; Damm, Douglas D.; Allen, Carl N.; Bouquot, Jerry E. - Patologia Oral e
Maxilofacial - Editora Elsevier. 3ª ed., 2009.
Regezi, Joseph A.; Sciubba, James J.; Jordan, Richard C.K. - Patologia oral: correlações
clínicopatológicas - Editora Elsevier 6a ed. 2012.
BHATTACHARYYA I, CHEHAL HK. White lesions. Otolaryngol. Clin. North Am.; 44, no.1,
p.109-31, 2011.COLEMAN, C. C.; NELSON, J. F. Princípios de diagnóstico bucal. Editora
Guanabara Koogan, 1993.
HUBER MA. White oral lesions, actinic cheilitis, and leukoplakia: confusions in terminology
and defnition:facts and controversies.Clin Dermatol.; v.28, no.3, p.262-8, 2010.
LEE KH, POLONOWITA AD. Oral white lesions: pitfalls of diagnosis. Med. J. Aust.; v.190,
no.5, p.274-7, 2009.
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