Andressa E.

Alves

SOBREVIVER É UMA ESCOLHA

FAÇA A SUA.
Sobreviver é uma escolha 2019

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 Sobreviver é uma escolha 2019

SOBREVIVER É UMA ESCOLHA

Andressa E. Alves

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Dedico esta narrativa a meu irmão, Zaqueu, que me motivou a

continuar escrevendo quando o mundo era contra esta idéia.
À minha mãe Luciana, que me mostrou que para conseguir alcançar
meu objetivo era só não desistir, não importando os obstáculos que
estivessem a minha frente.

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Sobreviver é uma escolha 2019

SUMÁRIO

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 Sobreviver é uma escolha 2019

PRÓLOGO

D
ia 03 de fevereiro do ano de 2020, a vida segue como sempre, o dia está lindo na
cidade de Nova York, as pessoas andam apressadas para seus trabalhos não se
importam com nada ao seu redor que não seja o caminho a percorrer. Nenhuma
mudança. O dia está movimentado como qualquer outro, na quinta avenida, em frente ao
Empire State Building, o maior prédio dos Estados Unidos, um homem muito bonito,
porém muito sujo e mal vestido está abatido, parece que não dorme a dias. Sem aviso ele
começa a escrever em um pedaço de papelão a seguinte frase "o fim é agora" e começa a
gritar sem parar.

– O FIM ESTÁ PRÓXIMO, O MUNDO VAI ACABAR FUJAM, FUJAM!!!

Pobre homem ninguém o ouve não importa o quanto grite, entre na frente das pessoas,
elas vão continuar a andar fingindo que ele não existe, olhando-o com cara de nojo, mesmo
que não o ouçam ele continua a gritar, parece muito determinado a comunicar algo as
pessoas.

O tempo passa e ele continua falando muito alto as pessoas já começam a se incomodar,
então um homem de bom parecer e de grande beleza passa na avenida com seu carro
importado, para em frente a um prédio e desce. O homem maltrapilho então corre até o
moço do possante e segura seu braço, o homem fica indignado e puxa seu braço com
violência.

– mas o que! Quem você pensa que é?

– fuja homem o tempo é curto a coisa ta chegando.

– não amole tenho mais o que fazer.

– não seja idiota você vai morrer se ficar aqui.

– está me ameaçando seu morto de fome.

– me escuta caramba! To dizendo que esse mundo ta ferrada por isso quem não me ouvir
vai morrer – O homem está cada vez mais alterado, enquanto que empresário a cada minuto
tem mais certeza que aquele homem estava drogado e tentava de todo modo de sair daquela
situação, se esquivando, tentando contornar o mendigo, mas de nada adiantava.

– me deixe em paz de uma vez seu louco!

– to avisando você vai ver.

O homem já cansado daquele papo de maluco vê uma viatura passando e chama o

policial.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

– Ei! Oficial aqui.

A viatura para e o defensor da lei olha para o homem e para o encrenqueiro perto dele. Era
a terceira vez naquela semana que atendia alguém em uma situação como aquela, já estava
cansado, faltava só mais duas horas para o termino de seu plantão então ele respira fundo e
desce do carro, enquanto isso o morador de rua ainda tenta persuadir o empresário que não
da a mínima.

– eu tenho que cumprir minha missão então ouve cara. – o empresário olha o mendigo com
um olhar intrigada que missão um imundo como aquele poderia ter?

O policial chega perto ouvindo apenas um pouco da conversa e pergunta ao cidadão o que
ouve.

– senhor policial veja que este morto de fome não me deixa em paz e ainda por cima me
ameaça.

O oficial de policia olha o homem maltrapilho avaliando-o minuciosamente e diz.

– bem este é um caso serio pelo que pude perceber este é um caso de perturbação da ordem
publica. O senhor deseja prestar queixa?

– com total certeza vossa excelência.

– então vocês vêm comigo.

– não policial eu tenho a droga da minha missão pra finalizar eu não vou pra lugar nenhum.

– se estiver drogado vai ser bem pior, e pelas maluquices que esta dizendo presumisse que
sim – o oficial puxa-o pelo braço prende o mendigo ao capo da viatura e o algema – devia
ter pensado nisso antes – então ele muda o semblante ao se dirigir ao dono do possante – e
o senhor será que poderia me acompanhar para prestar queixa.

– com total disponibilidade excelência.

O pobre homem é levado na viatura pra o quartel, durante o trajeto o policial que se
chamava Bruce teve um papo muito amistoso com o empresário de nome William, após o
que pareceu uma eternidade para o mendigo eles chegaram à delegacia, o homem foi
conduzido algemado para dentro. Então o policial foi até a recepção pegou o telefone fixo e
ligou para o que parece ser um hospital.

– tenho um paciente para vocês, o cara parece que não está drogado então presume que seja
louco – ouve uma pausa – ele estava importunando um senhor na quinta avenida e também
o ameaçou de morte – ouve outra pausa mais curta – ãham, vou esperar.

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Ele desliga e vai levando o prisioneiro por um corredor encardido, enquanto cumprimenta
seus amigos de farda que conversam uns com os outros acaloradamente.

Eles param em frente  a uma cela e ele é jogado dentro dela.

– vamos ver se você não melhora agora, daqui a pouco chega a ambulância do manicômio
pra onde você vai – ele olha com cara de nojo pro homem sujo deitado no chão – você pelo
menos me entendi?

Bruce vai embora já acabou seu turno enquanto isso o pobre coitado agora espera ser
levado para o manicômio, sentindo que traiu seu propósito e agora o que fazer, já que de
todos os modos não deram certo.

Passa algumas horas, parece uma eternidade, então os enfermeiros chegam. Outro policial
bem mal-encarado os leva até a cela.

– e esse é o louco do qual o Bruce falou, é todo de vocês.

Ele abre a cela.

– se me levarem para o hospício, se eu não puder avisar todo mundo vai morrer!!

Ele corre, abraça a parede tudo para não ir, mas nada adianta porque o enfermeiro o puxa e
o outro enfermeiro o contém.

– vamos, seja bonzinho, você só esta dificultando nosso trabalho – o enfermeiro fala com
um sorriso que causa vertigem no homem.

Ele é levado para o hospício, lá é um lugar lúgubre, feio, e que parece terrível, é terrível.

O levam até um quarto sem janela, fecham a porta, ele bate nela grita, mas ninguém o ouve
ou se importa, o homem se vira e então escorrega pela porta.

O tempo passa umas 2 horas ao todo e então ele é levado para uma sala o médico que lá se
encontra faz varias perguntas a ele.

– qual é seu nome?

– Lucian.

– Lucian me diga, porque ameaçou o senhor Willian?

– eu não o ameacei eu o avisei para ele se salvar.

– mas salvar de que Lucian?

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– do fim deste mundo.

– Você está sendo incoerente

– olha eu não pedi essa missão eu só tenho que cumprir – Lucian olha para suas mãos
melancolicamente.

O medico pensa um pouco.

– vejo que seu caso é um típico da esquizofrenia.

Lucian olha para o médico e de olhos arregalados diz.

– eu não sou esquizofrênico coisa nenhuma.

– não se preocupe você será curado.

Ele pega o telefone em sua mesa e liga para alguém.

– já terminei a sessão, venha buscar o paciente.

Ele desliga e minutos depois um homem abre a porta.

– Ei! Doutor você me parece um cara esperto então me escute.

– leve-o – diz calmamente o psiquiatra.

O homem leva Lucian de volta para o quarto e joga-o feito um cachorro lá dentro.

Já fazia dois dias desde a consulta com o médico horripilante, e Lucian estava cada vez pior
ficar trancafiado não fazia bem para seu cérebro, ele escuta uma chave abrindo aporta e
então os enfermeiros entram.

– o que vocês querem aqui.

– esta na hora do tratamento de choque – sentencia um dos homens de branco.

Os enfermeiros pegam Lucian ele tenta soltar-se, mas não consegue os homens o prendem a
uma maca e o levam a uma sala suja, feia e estranha.

– me solta seus malucos!

– calma – diz o médico ironicamente – não vai doer nada.

E então o que é o ser humano? O que se passa em sua cabeça, o que faz ser tão apaixonado
pelo estranho e ter medo do desconhecido a ponto de destruir os outros por este motivo.

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Lucian depois de fritarem seu cérebro fala sussurrando algo quase inaudível.

– e então, todos vamos morrer? – ele sorri fracamente com sua pergunta – nesse mundo de
cegos que matam quem tenta salva-los... Prefiro ser um louco...

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CAPITULO 1

9Ally

De novembro do ano de 2021, cidade de Detroit em Oregon nos EUA, Detroit é uma
cidade com uma bela paisagem um descanso para quem foge da correria da cidade grande,
vários são os turistas que a visitam. Os moradores simpáticos com ar de alegria estão
sempre sorridentes, e é nesta cidade pacata que vive a minha família somos os Blayck, nos
mudamos a três anos pra esta cidade meus pais sempre estão alegres, por isso todo mundo
gosta deles.

Eu tenho uma irmã gêmea e nos duas temos 17 anos não somos parecidas em quase nada só
na aparência. Lyu é a mais alegre e extrovertida de nos com seu cabelo curto esvoaçante. Já
eu sou a gêmea responsável e mais seria meu nome é Ally.

Eu e a Lyu acordamos e vamos nós arrumarmos, pois afinal de contas é a última semana de
aula no ensino médio, não podemos perder nenhum dia sequer. Eu entro no banheiro tomo
um banho ajeito o cabelo e ai Lyu vem perguntar.

– Ally está perto?

Cada uma é claro que não, passo um lápis de olho bem marcante.

–Estou.

Visto minha roupa, pois prefiro vestir no banheiro.

Lyu bate.

– Abre a porta Ally a gente Vai se atrasar.

Sento no assento do sanitário e fico pensando besteiras.

– Já vou.

Lyu se irrita e começa a esmurrar a porta.

– Mãeeee a Ally não quer deixar eu me arrumar!

Nossa mãe grita da cozinha.

– Allysa não faça birra eu sei que você só está caçando conversa!

Mano que chata a Lyu não me deixa em paz de jeito nenhum ela sabe que quando a mãe
fala, eu obedeço então eu saio do banheiro.

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– pronto morreu porque teve que esperar um pouquinho?

– chata – Lyu mostra a língua entra no banheiro e bate a porta.

Agora a chata sou eu.

A mãe a repreende.

– Lyu não bata a porta.

– Ta bom mãezinha.

Vou até a cozinha, sento na cadeira em frente a minha mãe.

– Ei cadê o James? – o James em questão é o meu pai sim o William.

– Ally até quando você vai ficar com essa mania de chamar seus pais pelo nome?

Tenho mania confesso, nunca fui de chamá-los de pai e mãe, nunca gostei.

-- Só me diz onde ele esta tudo bem Lílian?

-- Mas você não toma jeito mesmo.

-- Ele saiu né – não foi uma pergunta.

-- Sim ele precisou sair mais cedo.

Tomo um suco de laranja e como um pedaço de bolo de cenoura perfeito que a Lílian fez,
quando Lyu chega e se junta à mesa do café.

-- Bom dia, mamãe.

-- Falsa.

Ô menina sem graça sempre a mesma ladainha.

-- Não escute sua irmã ela só esta mal-humorada e bom dia.

Olho pra minha mãe indignada com assim mal-humorada.

Tomamos nosso café da manhã e fomos pra escola, no caminho encontramos as amigas de
Lyu, Leila e Nara, elas são inseparáveis desde que Lyu chegou à escola.

-- Aí Lyu, preciso te contar uma coisa.

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-- O que Leila conta, conta!

Nara banca a boba sorridente, às vezes eu acho que a Nara é muda.

-- O Mike me pediu em namoro! -- ela dava pulinhos saltitantes.

-- Sério que legal amiga!

Mano eu tava era com vontade de vomitar com tanta melosidade.

-- Credo! Não sei o que vocês vêem nos garotos, eles são todos uns tarados e totalmente
sem noção.

-- Você fala isso por que nunca ficou com nenhum menino Ally.

--- Só que não – revirei os olhos.

Bem é verdade que nunca fiquei com nenhum garoto, mas não vou contar isso pra essas
bobas apaixonadas.

Chegamos à escola eu sou da mesma sala das três bobocas o que me faz ficar ainda mais
desanimada.

-- Será que da pra piorar?

Dá sim a aula estava uma chatice só, não importa o quanto eu tente nunca vou entender
Química e pra piorar as aulas faltam não passar que droga.

Finalmente o sinal toca corro pro banheiro, pois estava muito apertada, entro, escolho o
sanitário menos sujo e me alivio.

Então escuto uma conversa, são com certeza a Tereza e a Victoria as patricinhas da nossa
sala.

-- ô meu Deus eu não acredito que o Mike me trocou por aquela baranga.

-- Ele é um idiota amiga.

Só podem estar falando da Lilia.

-- É aquela amiga dela a... a... a... como é o nome dela?

-- Qual? a Nara?

-- Não a outra.

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-- A Lyu?

-- Essa mesma.

Estão falando da minha irmã, essa eu preciso ouvir então encosto a orelha na porta do
sanitário.

-- Aquela menina nojenta quer sempre ser a melhor da turma a melhor em tudo, mas eu sei
que no fundo ela é uma puta falsa, uma sonsa bancando a boa moça.

Louco eu não me contive abri a porta com muita violência.

-- PUTA É VOCÊ.

Parti pra cima. Ninguém mexe com a minha irmã.

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CAPITULO 2

Lyu

E u estava no refeitório junto com a Nara e a Lilia, estávamos falando sobre os garotos
mais gatos da escola o meu preferido era o Nhoan o da Nara era o Patrick e o da
Lilia era o namorado dela o Mike.

-- Lyu você viu? a Tereza ta com o maior ódio de mim só por que o Mike terminou com ela
pra ficar comigo.

-- não se preocupe amiga ela é uma mal-amada isso sim.

Eu amava minhas amigas na verdade eu gosto de todo mundo e de tudo sou sempre de bem
com a vida, chego a ser ingênua por conta disso, às vezes confio em quem não devia.

Ficamos ali trocando de assunto ora falando da formatura ora da roupa que precisamos para
o quanto antes.

Ai chega uma menina do 1° ano e fala comigo.

-- você que é a Lyu? -- dá pra perceber que o assunto é bem urgente.

-- sim princesa sou eu por quê? -- minha maior mania é chamar os outros por nomes fofos
parece meio fútil, mas é meu jeito.

-- sua irmã ta brigando no banheiro.

Eu me levantei em um pulo.

-- obrigado por me avisar -- ela saiu e eu olhei pras meninas -- vocês vêm?

-- sim borá ver o que ouve -- diz Lilia.

-- estou do seu lado pro que der e vier amiga -- fala Nara sempre muito prestativa.

Fui até o banheiro às meninas me seguiram, meu Deus por que a Ally fez isso e agora aí, aí
e ainda por cima faltando 4 dias pra formatura eu devia ter imaginado tava era demorando
quando cheguei em frente ao banheiro lá estava o diretor dando sermão na Ally.

-- mocinha! Só não te dou suspensão porque você já vai sair mesmo -- ele estava chateado,
também a Ally quase espanca a Tereza uma garota que parece não ir com a minha cara nem
das minhas amigas -- agora vá pra casa não quero te ver mais hoje.

Ele se virá para ir ao seu gabinete provavelmente para ligar pra nossos pais será o nosso fim
pode ser que por causa disso eles possam não ir à minha formatura eu estava uma pilha de

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nervos enquanto que a Ally ouve tudo com cara de deboche e ainda por cima quando o
diretor vai saindo ela solta essa.

-- melhor pra mim que não vou ter que olhar pra essa sua cara feia.

-- o que disse srt. Blayck?

-- nada não senhor diretor. -- diz com os dentes cerrados.

Eu acho que ele ouviu e só fingiu para ser bonzinho com ela, mas minha irmã é um poço de
desrespeito e não aceita a bondade de ninguém ela se começa a ir embora quando a paro e
pergunto.

-- Ei Ally por que você bateu na Tereza? Tem consciência do que fez o que será da minha
formatura.

-- não enche Lyu.

-- você não se importa com ninguém Ally você nunca pensa se algo vai me prejudicar ou
não.

Ela então foi embora e nem disse tchau. A Ally é tão distante e dessa forma eu procuro o
amor de irmã que eu não tenho em outras pessoas.

As aulas seguintes passarão como um passe de mágica. A aula de história foi maravilhosa
tirei minhas dúvidas ajudei o professor mesmo sabendo que os meus colegas não gostam
disso, dizem que eu me acho, mas não é isso eu só quero ser um orgulho para meus
professores e pra minha família.

Bateu o sinal de termino da última aula eu e as meninas fomos então conversando até
chegar a nossas casas.

-- Lilia você vai usar qual vestido no baile de formatura?

-- acho que o Rosa bebê de manga ele era lindo não era e você qual vai usar?

-- aquele que a gente viu no shopping o lilás tomara que caía e você Nara?

-- é mesmo e o seu Nara?

-- vou usar um bege rodado.

-- estou tão feliz esse será o melhor baile da minha vida estarei linda e talvez eu até consiga
perder meu bv.

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-- sim amiga você precisa perder esse bv, 17 anos sem nunca ter beijado na boca você é
uma raridade Lyu e precisa perder essa timidez com os meninos.

-- eu vou conseguir. -- estava convicta não chegaria em hipótese alguma aos 18 anos sendo
bv Deus me livre.

Peguei nas mãos das minhas amigas tínhamos chegado em frente a minha casa, e fizemos
nosso juramento.

-- Nara, Lyu, Lilia amigas para todo sempre! -- falamos as três juntas e começamos a rir.

-- tchau meninas.

Disse acenando.

-- tchau Lyu.

Falaram as duas, entrei em casa mamãe estava fazendo um guisado de frango uma delícia.

-- cheguei. -- coloquei minha mochila no sofá tirei os sapatos e os coloquei ao lado dele.

-- seja bem vinda! -- mamãe grita da cozinha.

Vou até ela.

-- cadê a Ally mamãe?

-- está no quarto.

-- e o papai?

-- ta tomando banho como foi seu dia? Conte-me.

-- foi ótimo eu fiquei conversando com as meninas, tava pensando no Nhoan ele é tão lindo
mãe, amei a aula de história o professor é incrível sempre entendo tudo e...

-- Deixe-me adivinhar... A Ally brigou na escola não foi?

-- bem ela meio que espancou a menina e eu não sei o porquê, mas, por favor, não falte na
minha formatura.

-- eu não vou faltar meu bem e sobre a Ally ela tem seus motivos muito reservados, mais
tem.

Papai então chega à cozinha me abraça da um beijo apaixonado em minha mãe e fica
abraçado nela, eles ficam tão lindos assim.

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-- sobre o que é a discussão?

-- sobre a Ally papai.

-- à é o caso do banheiro ainda?

-- sim James.

-- olha Lyu a Ally não brigou por nada a garota deve ter provocado e se fosse eu bateria do
mesmo jeito.

-- isso lá é coisa de pai falar James?

Ouço a voz de Ally.

-- o que é dessa vez? -- a quanto tempo será que ela estava ali, o quanto da conversa ela
escutou?

-- que você puxou ao seu pai toda briguenta. -- diz papai todo orgulhoso era tão difícil vê-lo
em casa, pois ele trabalhava manhã e tarde numa firma o que me fazia tentar aproveitar ao
máximo a sua companhia.

-- isso não é vantagem. -- mamãe olha pro papai o repreendendo depois olha pra Ally --
meu bem no mundo nunca a violência acabou com a violência, só o bem leva ao bem.

Papai nos puxou pra um abraço Ally tentou fugir, mas não conseguiu.

-- abraço de urso!

Minha família era tão feliz sempre estávamos de bom humor.

O dia seguinte passou normalmente e a noite fomos acampar foi terrível nunca vi tanto
inseto o repelente estava no fim, mas consegui pegar no sono era engraçado como a Ally se
dava bem com qualquer ambiente.

-- Ei Ally vai buscar os marshmallows na barraca.

Ally vai buscar volta senta ao lado de papai.

-- ei papai conta como você conheceu a mamãe.

Mamãe sorri sentada próxima de mim.

-- foi a 19 anos atrás eu estava na cidade de Racodate em Rokkaido no Japão a passeio com
uns amigos da faculdade, a mãe de vocês estava em uma sessão de fotos, quando eu passei
por lá, eu a vi e fiquei impressionado com a sua beleza -- dá um sorriso cúmplice pra

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 Sobreviver é uma escolha 2019

mamãe -- ela não me viu ou não me notou, passei dias tentando encontrá-la e ai dei na cara
que estava apaixonado mas ela não tava nem ai, então pensei não vou correr atrás, foi ai
que ela me notou.

-- quando eu percebi que aquele gatinho estava desistindo eu dei minha investida e agarrei
o boy -- continuou mamãe a contar a história -- começamos a namorar e com 10 meses
depois nos casamos em Paris e adotamos vocês nossas filhas tão lindas.

Opa! Esqueci de dizer que nos somos adotadas né, mas a verdade é que esse fato não
modifica nada.

A gente continuou a noite rindo das piadas do papai ele falava coisas tão sem noção. Eu
amo muito minha família eles são tudo que tenho agradeço todo dia por tê-los em minha
vida.

O tempo passou já era dia 13 de novembro véspera da formatura. 

Já fazia três dias desde a briga da Ally, estávamos no sofá assistindo a um programa de
pegadinhas quando mamãe colocou no noticiário.

-- há mãe deixa lá.

-- não eu quero ver as notícias.

Passou uma reportagem depois outra até que uma chamou minha atenção nela falava que
objetos não identificados estavam caindo na terra, e que a CIA. e a NASA estavam
cuidando do caso, pelo que os entendi se assemelhavam com meteoritos e um deles havia
sido levado para uma base aqui nos EUA, que base será essa? Por que estavam crendo que
poderiam encontrar informações de extraterrestres.

-- será que isso é verdade papai?

Papai não pôde responder, pois estava em um sono profundo como uma donzela.

-- papai? Papai?

-- Lyu deixa seu pai dormir isso é só besteira da imprensa -- diz mamãe ela não acredita
nessas coisas.

Mamãe desliga a TV para irmos dormir.

-- o que você acha dessa história Ally?

-- bem eu não duvido é de nada.

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Como amanhã será nossa formatura fomos dormir cedo Ally estava morta de cansaço, pois
ela tinha passado a noite anterior toda, acordada fazendo o que? Assistindo anime pra mim
esses desenhos são sem graça eu não entendo o que esses bonecos dizem mesmo.

Fiquei com insônia o que eu odiava de corpo e alma até que passou algumas horas dava 03:
30 no despertador eu já estava quase pegando no sono quando escuto uma batida na porta
de entrada.

-- mais o que!

Como meu sono é muito leve facilmente acordo, sento-me na cama olho pra Ally ela dormi
pesadamente volto a me deitar.

Continuam batendo com força na porta.

-- ai eu quero dormir.

Ally acorda.

-- vai ver quem é. -- voz de sono

-- Ally sua folgada. -- levanto puxo ela da cama -- vem comigo.

-- por quê?

-- por que sim.

Eu e ela fomos até o quarto dos nossos pais.

-- mamãe? Papai?

Eles acordam.

-- o que foi Lyu?

-- tem alguém batendo na porta e eu não consigo dormir assim.

Mamãe olha pro papai.

-- vai ver quem é James.

-- mas Lílian eu to cansado.

-- eu também, eu passei o dia todo limpando essa casa você acha que eu também não me
canso?

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Ele não discute, pois sabe que irá perder.

-- esta bem eu vou.

Levanta-se e vai até a sala eu Ally e mamãe o seguimos, o som está cada vez mais alto,
quem será que é ninguém bate na porta do vizinho a essa hora se não for urgente, papai
para diante da porta.

-- quem é?

Ninguém responde, ouvimos sons de gritos abafados e alguns bem altos, ao longe também
há sirenes, ou é a polícia, os bombeiros ou a ambulância o som de uma coisa se arrastando
sobe para o teto, mais sons que vão se multiplicando aparecem, parece haver fogo ou coisa
parecida em algum lugar lá fora.

-- o que foi isso?

Papai sorri tentando nos acalmar deve ter visto o desespero em nossos rostos.

-- deve ser uma criança arruacei... -- não ouve tempo para terminar a frase a porta em
milésimos de segundos é estraçalhada e garras saem de lá indo em direção ao meu pai
perfurando o peito dele -- fujam... -- é a última coisa que ele diz antes de se afogar em seu
próprio sangue.

Foi tudo muito rápido comecei a chorar e mamãe me levou dali corremos sem parar até a
porta dos fundos Ally estava em choque, mamãe abriu a porta vejo o que há lá fora e fico
horrorizada Meu Deus o que é isso.

Tudo acabou tão rápido não tive nem a oportunidade de dizer adeus ao papai foi um
carmim doloroso, uma mistura de ruídos a escuridão estava lá.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

CAPITULO 3
Lílian

T udo aconteceu tão rápido em uma hora estávamos felizes indo para a cama dormir
depois de um dia cansativo e no outro vivendo um pandemônio e vendo meu marido
ser morto por um monstro que jamais tinha visto na vida, nunca foi tão difícil perder
alguém ainda mais o amor da minha vida agora eu corria para fora da casa tentando salvar o
que ainda restava para mim que eram as minhas filhas não sei o que seria de mim sem elas
enquanto isso arrastava Lyu  pelo braço ela não queria ir e deixá-lo ser devorado, mas era
necessário.

-- NÃO! NÃO O PAPAI O PAPAI.

Ela estava chorando sem parar estava sofrendo demais, pois ela era muito a pegada ao pai
Oh!Meu Deus como eu queria chorar como eu queria, mas tinha de ser forte para cuidar
delas, era tão difícil aceitar que tínhamos tempo para fugir graças ao fato de o monstro estar
ocupado comendo meu esposo.

O pior é que do lado de fora estava mais horrível pelo que pude perceber em milésimos de
segundos enquanto corria entre carros em chamas, as pessoas devem ter tentado fugir neles,
mas não conseguiram. Pisei em um corpo, coitado era só uma criança.

-- Lílian!

-- oi Ally.

Corríamos-nos sem parar tínhamos de aproveitar enquanto os monstros estavam ocupados

comendo.

-- vamos para aquele hotel abandonado na floresta.

-- por quê?

-- lá tem um porão que suporta qualquer coisa.

A idéia de Ally era muito boa seguimos para a floresta com Lyu ainda chorando, o hotel era
muito distante e eu não era mais tão nova quanto antes.

-- estamos perto? -- digo sem fôlego.

-- sim olha ali.

Ouve um som e olhei pra trás ficando horrorizada tinha uns cinco deles vindo na nossa
direção eles eram muito rápidos.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

– Rápido! Rápido!

Gritei, corremos e entramos no hotel já acabado pelo tempo, lá dentro procuramos com
rapidez o porão, estava trancado.

-- Deus e agora?!

Estava desesperada a cada minuto eles ficavam mais perto de nos.

Ally colocou o ouvido na porta e disse.

-- já tem gente aqui.

-- pede pra entrar.

Ouvi ruídos de coisas se arrastando, eles estavam nos ouvindo senti um arrepio apertei a
mão de Lyu ela olhou pra mim seus olhos transmitiam desespero.

-- porra aqui tem gente abram essa droga  eles estão perto.

Demora um pouco viro e vejo um deles vindo.

-- Ally! Ally!

A porta é aberta e entramos dentro o mais rápido possível.

Tracam a porta ouvimos o monstro arranhá-la, bater nela e ai ele para. Dou um suspiro de
alívio.

-- graças a Deus.

-- graças a mim isso sim.

Diz um homem um pouco distante de nos foi ai que percebi aqui tinha bastante pessoas
contei mais ou menos umas 40.

-- obrigado senhor.

Ele apenas dá um resmungo, uma mulher então se aproxima.

-- estamos todos muito desesperados, esse é o jeito do Alexander demonstrar o que senti.

-- tudo bem eu o entendo.

Ela se abaixa e olha pra Lyu que desde que chegou esta agachada no chão.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

-- tudo bem jovenzinha você está segura.

Mas Lyu não para de chorar enquanto isso Ally observa o lugar onde estamos, o porão
parece mais um galpão ele é enorme as pessoas já arrumaram alguns panos no chão para
servirem de cama.

-- eu sei que não é muito confortável, mas sintam-se a vontade para dormir um pouco.

Ela então volta para perto das outras pessoas, tem uns três que perderam um membro perna
ou braço eles agonizam o sangue ainda cai em torrentes pelo chão, vejo outros quatro que
estão bem feridos.

Observei cada pessoa eram crianças, adolescentes e idosos todos eles haviam perdido
alguém que amavam assim como eu.

Uma criança se aproxima e me entrega um edredom sorri e eu sorrio de volta como um

pedido de obrigado silencioso.
Ajeito o edredom no chão formando uma espécie de cama.

-- Lisa não quer deitar um pouquinho.

Ela nem me ouve escondida em sua própria mente então eu a puxo e deito-a na cama
improvisada.

-- Ally vou dormir um pouco não quer dormir também?

-- não, to de boa.

-- ta bom.

Eu me deito estou extremamente cansada não vou aguentar mais nem um minuto esse dia
tirou todas as minhas forças e então o sono vem.

Acordo, não faço idéia de que horas são esse porão não deixa a luz do sol entrar e também
os monstros, olho para o meu lado Lyu ainda dormi coitada da minha menina tão frágil
passar por tudo isso deve estar acabando com ela.

Levanto-me e vou ver se alguém precisa da minha ajuda e vejo Ally preparando o almoço
( talvez seja o almoço) acho que enquanto eu e Lyu dormimos ela começou a fazer parte do
grupo.

-- Allysa precisa de ajuda?

-- sim Lílian pega esses pratos que eu já coloquei a comida e leva para aquelas crianças ali.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

-- Ta bom.

Vou até as crianças, elas não se importam se a comida é pouca.

Volto até Ally de lá observo os doentes.

-- eles estão piorando né -- pergunto um pouco hesitante.

-- sim aqui há poucos remédios e desse modo os ferimentos deles estão infeccionando,
muitos não viveram até o fim da semana.

Sinto pena deles dá pra sentir a agonia que eles demonstram.

O cheiro de podre já começa a incomodar.

Então escuto Alexander chamar a todos.

-- todos aqui! -- ele se fez respeitado, as pessoas se dirigiram até onde ele estava -- Melissa
venha me ajudar a explicar a situação -- a moça de ontem a noite que agora tinha nome foi
até ele eles estavam agora bem em frente a um pequeno grupo de pessoas.

-- pessoal o assunto é serio a comida e a água que temos aqui vai durar no máximo um mês
e a gente quer saber quem se oferece a sair para procurar mais. -- fala Melissa com um
olhar de preocupação.

-- isso é  extremamente necessário então tomem vergonha nessas caras e nos ajudem a
mantê-los vivos.

As pessoas se olharam em questionamento.

-- eu vou -- diz um homem alto afro-americano muito bonito.

-- eu também -- diz um adolescente de uns 16 anos.

-- bem se esses otários vão eu também vou -- diz Ally, e todos batem palmas para os
corajosos. 
-- eu e o Mike nos oferecemos a ir. -- diz um garoto e seu amigo Mike apenas dá de
ombros. 
-- eu ajudo também. -- diz uma mulher alta e bela.

Eu fico muito apreensiva ao ouvir declaração de minha filha.

-- mas minha filha é muito perigosa.

-- não se preocupa vai dar certo e a gente só vai quando a comida acabar mesmo.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Aquilo não me fazia ficar menos preocupada, então deixei o tempo passar.
O mês foi de correria tivemos de fazer um racionamento de água e logo, logo haveria um de
comida, e quem mais sofreu com isso foram as crianças, estavam adoentadas, pois faltava-
lhes as vitaminas necessárias.

Os jovens que iriam a cidade começaram um treinamento árduo corrida de 100 metros três
vezes por dia, treinamento de mira e depois aprendendo a lidar com as armas que o
Alexander trouxe quando veio pra cá, era horrível ver minha filha com aquela arma na mão
eu não a criei para isso, mas me orgulhava ao vê-la sendo a que mais se destacava. Às vezes
eles treinavam com as criaturas lá fora.

Os doentes iam morrendo um a um sem os remédios não havia chance de sobreviver, eram
desconhecidos, entretanto seus nomes ardiam em nossas mentes, Ana, Douglas, Henrique,
Pietro, etc. Que seriam sempre lembrados por nos.
Era bom me sentir parte do grupo já era quase uma mãe para as crianças, ajudava nas
refeições. Era errado me sentir feliz com tudo isso acontecendo lá fora? Se for eu quero ser
errada mais um pouco.

Eu olhava feliz para todos ao meu redor.

-- o que foi Lílian?

-- estou feliz que as coisas estejam indo bem Erika.

-- confesso que eu também.

Erika era uma boa mulher ela tinha perdido um filho e então adotou todas as crianças como
filhas.

Às vezes me intrometia nas conversas dos chefes e dava minha opinião, sobre como
sobreviver aqueles monstros, me lembrava agora daquela reportagem que eu ignorei, mas e
se eu acreditasse, bem não mudaria nada, o assunto principal era saber de onde vieram o
certo é que estavam dentro do meteorito alguns disseram que conhecidos que estavam na
cidade onde caíram tais criaturas falaram que quando a primeiro saiu de lá pós uma ninhada
a ninhada em 15 minutos nasceu e em 20 minutos ficou adulta originando novas ninhadas,
aquelas coisas eram pragas não parecia haver como conte-las.

Chegou o dia em que Ally sairia para buscar suprimentos com Joshy, Nick, Mike, Arthur, a
Amara e é claro Alexander soube depois por Melissa que ele era um ex oficial militar, os
fiz prometer que protegeriam minha filha acima de tudo, então fui até Lyu que ainda se
maldizia da sorte falava só coisas ruins sobre nosso refúgio dizia que ele era nojento,
repugnante, e etc. Foi ai que aconteceu Ally foi até Lyu eu sei que Lisa estava muito
digamos chata, mas eu a entendia primeiro perdeu o pai depois soube que as amigas
também morreram, mas Allysa não pensava como eu ela agarrou Lisa pela gola da camisa
masculina que encontramos para ela usar já que a dele estava um bagaço, e a olhou de um
jeito feroz.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

-- me deixa em paz Ally -- ela tenta se soltar.

Eu tento impedir sentindo que aquilo ia ficar muito ruim.

-- Allysa solte sua irmã!

-- não se mete Lílian o assunto é entre eu e ela!

-- não eu não quero te ouvir! -- diz Lyu começando a chorar de novo.

-- sabe de uma coisa você é uma otária Lyu não vê nada ao seu redor só se importa consigo
mesmo eu tenho nojo de você!

-- não vou ouvir! -- tenta tapar os ouvidos.

-- vai sim você acha que só você perdeu quem amava se enxerga garota você não é
ninguém só pra você ter uma idéia o mundo tem mais de sete bilhões de pessoas e todo
mundo perdeu alguém não só você, e o pai pelo qual tu choras era meu pai também então
vê se pensa!

-- eu não sou obrigada a ouvir você -- Lyu dá uma bofetada no rosto de Ally e Allysa as
retribui se olham de uma maneira terrível, então Ally sorri de lado e vai embora dizendo.

-- prefiro te ver com raiva do que deprimida.

Vou até Lyu que agora sorri nada como um sermão para melhorar as coisas abraço minha
filha e peço a Deus que proteja a que foi até a cidade.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

CAPITULO 4

Ally

S aio do esconderijo satisfeita faz dias que eu estava com vontade de dar na cara
daquela menina, todo mundo morrendo aqui e ela olhando para o seu próprio umbigo
tão egoísta, mas a verdade é que ela sempre foi assim.

Mapeamos a área do hotel várias vezes e descobrimos que havia uma saída que era muito
estreita para os monstros passarem, o que serviria para despistá-los ate chegar a cidade, e
iríamos usá-la hoje, chegamos ao 1°andar do prédio seguimos pelo corredor da área Leste e
então os avistamos.

– E agora Alexander? – perguntei eufórica não devia estar tão feliz, mas depois de passar
um mês presa em um porão eu só queria sair.

– Vamos seguir com o plano.

– Então no três a gente corre, né? – disse Amara.

– Isso ai depois que eu chamar a atenção deles. – às vezes eu achava que o Alexander só
queria uma oportunidade pra morrer.

Parece um plano suicida não é? E era quase isso mesmo como eu disse só uma
oportunidade.

– EI COISA FEIA!!! – as criaturas nos olharam, mal deu tempo de contar até três e
corremos com a força que pudemos encontrar até a porta. Nick a abriu com a maior força
que conseguiu impor aos seus braços.

– Entrem, entrem rápido!

Entramos nela o mais rápido que conseguimos Nick veio logo atrás quase perdendo a
perna, mas conseguiu passar.

– Porra pensei que fosse morrer.

Nick ri aliviado e nos rimos juntos.

– Pessoal – Alexander chamou nossa atenção – daqui até a cidade são dois quilômetros
temos um trunfo que é o fato de a maioria das criaturas estarem de olho no hotel então
façamos assim vamos ir rápido mais com cautela.

– Sim – dissemos todos em uníssono.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Então começamos nossa corrida, pulávamos árvores derrubadas, andávamos sobre

cadáveres que viravam adubo, olhei pra trás aqueles monstros sentiam nosso cheiro e com
tantos de nos juntos no porão aquele era o lugar em que havia mais delas. Em cerca de 40
minutos chegamos à cidade.

– Ei!

Amara chama nossa atenção.

– O que foi - diz Joshy.

– Os bobalhões pararam pra pensar que não temos como levar as coisas.

– Ah! Bem lembrado Amara diz - Alexander - vamos procurar um carro com gasolina
alguém ai sabe fazer ligação direta?

– Eu sei - diz Mike todo orgulhoso.

– Então se espalhem e vamos a procura do carro.

Cada um começou a tarefa eu estava na procura há uns 6 minutos quando ouço Arthur.

– Ei pessoal - ele fala em um tom mais ou menos alto.

Fomos até ele, o garoto havia achado uma  picape cinza estava novinha e de tanque cheio e
a porta do carona aberta, não ouve tempo de o coitado do dono chegar nela a picape ainda
estava na garagem, dava pra imaginar a história de cada um daqueles cadáveres jazidos no
chão.

– Bom garoto - diz Alexander batendo nas costas dele - agora ao trabalho Mike.

Mike entra no carro Joshy entrega um pé de cabra pra ele então o garoto abre o painel do
carro e mexe nos fios então ouvimos o motor roncar.

Respiramos aliviados.

– Vamos de carro até o mercado o que acham?

– É pode ser -- digo olhando para Alexander que era para nos como um comandante.

– Coloquem essas carcaças no carro agora.

Ele riu e entramos atravessamos a cidade passando por cima de corpos, tentando não fazer
tanto barulho até chegarmos ao mercado.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Descemos do carro e carregamos nossas armas a minha era um rifle de caça a porta de
vidro da entrada estava em cacos pelo chão entramos em silêncio fazendo apenas gestos
para nos comunicar.

– Cheque a área todos vocês.

Obedecemos nosso comandante, instantes depois voltamos.

– Ala leste segura. -- diz Amara.

– A ala norte também – digo ao chegar.

– E a Sul ta ótima -- diz Joshy com um pacote de biscoitos na mão

– Oeste checado -- diz Arthur.

– Depósito checado -- diz Mike.

– Certo então, Nick você fica na porta pra vigiar qualquer coisa assovia. Sabe assoviar né?

– Sim comandante.

– E vocês procurem tudo que não estiver vencido e que dure pelo menos um ano.

Separamos-nos peguei um carrinho e fui pra área de perfumados fazia tempos que não
tomávamos banho peguei amaciantes, sabonetes, desodorantes, pasta dental, escovas, um
gel de  depilação pra Lyu, etc. Enchi o carrinho e voltei momentos para junto da porta onde
estava o comandante depois os outros apareceram também.

Fomos pra picape e a enchemos.

– Bom trabalho garotos e garotas.

Rimos então ouvimos grunhidos que aumentam cada vez mais.

– Pro carro eles chegaram!

Entramos com agilidade no carro Mike da partida e saímos de lá, olho pelo retrovisor.

– Eles vão nos alcançar comandante!

– Não vão não -- então Alexander abre a porta do carona.

– Meu Deus o que você está fazendo comandante?!!

– Não parem sigam eu vou retardá-los para vocês fugirem!!

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Ele pulou do carro gritando.

– EI, EI -- ele gesticula e grita -- Ei VENHAM VOCÊS NÃO QUEREM CARNE -- ele
levanta a camisa -- EI SEI QUE VOCÊS NÃO MERECEM, MAS VENHAM COMER --
as criaturas nem olham pra ele, ocupadas demais na perseguição ao carro -- AQUI SEUS
MALDITOS -- ele joga uma pedra em um deles e sorri as criaturas o vêem e vão atrás dele.

Vejo tudo pelo retrovisor as monstruosidades pulam sobre ele e o devoram, todos ficamos
em silêncio o comandante era uma pessoa incrível mesmo que às vezes pegasse no nosso pé
ele sempre estava do nosso lado e sempre tinha algo pra dizer.

Chegamos ao porão depois de despistar os monstros de lá, entramos todos de cabeça baixa
os outros nos ajudaram com as coisas, as pessoas festejavam, pois estávamos vivos e com
comida.

– Cadê o Alexander pessoal? -- acho que Melissa percebeu o que ouve pelas nossas caras,
pois exclama -- ele foi um bom homem.

Ela olha para as pessoas que estão nos ajudando e diz.

– Perdemos o Alexander gente.

Todos ficaram calados era uma forma de respeitar a memória do comandante.

Dava pra ver mesmo Melissa tentando esconder que estava sofrendo por ele, nunca entendi
a relação dos dois.

Passamos aquele mês de luto fizemos uma lápide para ele e oferecemos nossos
agradecimentos.

Fizemos uma mine cerimônia de enterro dentro do porão e fizemos alguns discursos a
primeira a falar foi Melissa.

– Hoje estamos aqui para homenagear este que foi nosso maior herói ele salvou seus
amigos e nos salvou se oferecendo a morte que Deus esteja com você Alexander mesmo
que você não tenha acreditado em Deus.

Depois foi minha vez.

– Então pessoal eu não sou boa com discursos, mas vamos lá. Então o comandante era
como posso dizer... Fodástico bem maneiro ele treinou a gente com toda a paciência do
mundo foi quase como um pai e olha que pra eu admitir isso foi bem difícil eu agradeço a
ele por ter nos salvado lá na cidade e que ele esteja em um lugar melhor.

Outras pessoas choraram, falaram sobre como o comandante era um grande homem,
quando tudo terminou dissemos em coro.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

– Sentiremos sua falta Alexander.

Um ano depois.

O tempo havia passado agora eu era a comandante e a responsabilidade era toda minha.

Sai em mais uma excursão a cidade dessa vez com Amara e Mike que haviam se tornado
meu braço direito chegamos ao outro mercado da cidade, pois o de antes já havíamos
pegado tudo dele, entramos e tivemos a triste percepção.

– Ally, parece que chegaram antes de nós, levaram tudo.

– Malditos.

– Tudo bem eles fizeram certo eu faria o mesmo se fosse eles.

Saímos de lá e fomos pra casa.

Voltamos com mais dois carros já tínhamos vários, pois estávamos prontos para sair
daquela cidade até porque não tinha mais nada nossa última esperança era o mercado que
foi saqueado, e pra piorar a água do rio mais próximo que a gente usava para tudo estava
contaminada a situação de nos humanos estava cada vez pior.

Deixamos os carros na garagem do prédio já tomada pelas ervas daninhas, os monstros

batiam nas barricadas improvisadas que colocamos em toda a extensão do prédio isso foi
uma tarefa árdua.

Subimos as escadas, pois nós nos mudamos para o último andar do prédio lá as coisas não
nos alcançavam e podíamos desfrutar do sol e plantar no terraço.

Lílian fez uma horta, ela plantava tomate  e outras coisas.

Quando chegamos vi Lisa brincando com as crianças as pessoas estavam a nossa espera é
tão ruim ver decepção em seus olhos.

Procuro Joshy e digo pra ele juntar todos, eu queria uma reunião.

Quando todos chegaram alguns já imaginando o que eu ia falar comecei.

– gente não tem mais nada nos mercados, checamos todos, os outros sobreviventes
chegaram primeiro, e a água do rio está infectada, só pra vocês terem uma noção eu coletei
um pouco em uma garrafa e o fundo derreteu gente estamos bem perdidos.

Começa um alvoroço tento acalmá-los, ouço Melissa ela quer falar.

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 Sobreviver é uma escolha 2019

– SILÊNCIO NESTA JOÇA -- todos pararam para nos ouvir -- muito melhor ouçam, a
Melissa quer falar.

– O que vocês fariam se a gente tivesse um lugar pra ir, que fosse seguro?

– Nada por que isso não existe – grita uma pessoa.

– Existe sim gente hoje quando estava procurando alguma transmissão no radio escutei uma
coisa e fiquei curiosa e ouve era a voz de um homem ele disse que há um local seguro.

Olhei pra Melissa.

– Deixa eu ouvir está transmissão.

Ela sai e depois volta ao terraço com o rádio nas mãos.

Melissa  ligou o aparelho, sintonizou e todos ouviram uma voz.

"alguém está ouvindo? alguém a escuta? estou transmitindo em frequência global... existe
um lugar, estou a espera aqui tem comida, abrigo seguro... alguém a escuta? estou
transmitindo em frequência global, as coordenadas são 37 39' 18N – 115 48' 54W vou
repetir as coordenadas são" 

– Melissa você anotou essas coordenadas né?

– Sim.

A voz continua a falar sem parar.

"37 39' 18N – 115 48' 54W, repito há um local seguro estou a espera alguém a escuta?"

Todos ainda esperavam meu veredicto.

– Vamos ser democráticos, vocês sabem que ficar aqui é suicídio né?

– Mas mesmo assim não quer dizer que devemos ir pra esse lugar, vai que é uma armadilha.

Pessoas gritam em apoio a Filipe, o garoto que chegou a seis meses em nosso
acampamento.

– Por isso quero democracia olha alem dessas coordenadas a gente não tem nada nem um
lugar pra ir, então, vamos fazer uma votação – ninguém ousou me questionar – quem não
quer ir levanta o braço – contei 15 braços – pronto, agora quem não levantou o braço, esta
certo disso né?

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 Sobreviver é uma escolha 2019

Olhei para o povo ao meu redor no terraço do prédio ninguém falou nada então presume
que tinham consciência, sorri de lado e disse.

– Fomos bem democráticos, então vamos embora ajeitem tudo, chequem os tanques, a
reserva de alimentos, se os carros vão aguentar e Melissa verifique no mapa qual o melhor
caminho para chegar lá, e acho que só.

Todos começaram a trabalhar alguns resmungando, mas não havia como alegrar a todos, e
eu fui ajudá-los a preparar a viagem.

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