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CIDADE DE GOIÁS-GO
2015
PAULO ROBERTO GOMES
CIDADE DE GOIÁS-GO
2015
PAULO ROBERTO GOMES
BANCA EXAMINADORA
INTRODUÇÃO
Com o Concílio Vaticano II novos ares sopraram sobre a Igreja pelo mundo e
mais especificamente na América Latina onde encontrou terreno fértil para florescer e
frutificar. Dentre seus frutos, o acesso à Bíblia, como instrumento de ensino e de
libertação e não mais como arma de controle e de coerção do pensamento. As
Sagradas Escrituras entraram no meio do povo pelas mãos da evangelização e não
mais numa mera catequização. Ao invés de falar, os evangelizadores pós Vaticano II
saíram para ouvir o povo. Agora, a Bíblia passou a ser memória histórica dos pobres
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ida da Igreja para o meio do povo resgatou o sentido destes, dando-lhes o caráter
teológico que havia sido esquecido, eliminado o caráter meramente social ou
econômico. Coube a esse retorno da Igreja, tendo em mãos as Escrituras, o privilégio
de redescobrir o autor original dessas, sem contudo ter que enfrentar a mazela
provocada pela pobreza, que gera ruptura entre classes num Continente
historicamente dominado pela opressão do poder e da economia. Esta Igreja que
retorna ao meio do povo precisou reapresentar Jesus como libertador de corpos e de
almas. Um Jesus que tinha uma mensagem presente com vistas ao futuro. Um Jesus
divino com necessidades humanas.
Neste novo cenário as Escrituras são redescobertas pelos simples, todavia
inexplicavelmente parece que estes são apenas os que estão longe do centro das
zonas urbanas. Isto causa conflito em ambos os lados, uma dicotomia na interpretação
sobre Jesus: no campo e nas periferias das cidades. Quando não se reconhece como
pobre, no sentido teológico, o homem deixa de aceitar até mesmo o jeito de Jesus
agir. Como destaca Richard (1987, p 22), os empobrecidos são os únicos que podem
evangelizar ou ser evangelizados. Tal como é destacado pelo Vaticano II, Deus falou
aos homens por intermédio destes e à sua maneira (DV 12) e que sendo assim, o seu
interprete precisa considerar neste diálogo, que parece estar distante, o gênero
literário. O mesmo Concílio aponta para questões, que parece que somente o povo
mais sensível compreende, que ao se comunicar com os homens, Deus é
contemporâneo do povo que escreve, portanto, ele se utiliza do sentir, do falar e do
narrar de acordo com o tempo (DV 12).
Isto resgata a história do povo e do texto e como lembra Richard, sendo as
Escrituras um texto, não só nos revela a Palavra de Deus, mas nos revela o onde e o
como Deus se nos revela hoje em nossa história. Fazendo um deslocamento no tempo
e no espaço, se o Deus do Antigo Testamento se manifesta pelos patriarcas e
profetas, no Novo Testamento é na pessoa de Jesus e somente depois na dos
discípulos, apóstolos e hagiógrafos. Com isto, Jesus é a própria Palavra, o Logos de
Deus, portanto a interpretação da Palavra para os mais simples passa a ser o
conhecimento da pessoa de Jesus.
Sicre (2010, p 17) se questiona sobre o pouco conhecimento que o povo tem
desses livros mesmo com o incentivo do Concílio Vaticano II na difusão da Bíblia. Ele
afirma que os católicos pouco ou nada sabem do Antigo Testamento, estando restritos
a poucas passagens dos textos. Para ele, a culpa disto ainda ocorrer não é da Igreja
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e sim por alguns motivos também válidos à nossa realidade que são o hábito da pouca
leitura, o cansaço após o dia de trabalho e o atrativo da televisão. Entretanto as causas
fundamentais quando o tema é Antigo Testamento é a baixa estima pelos seus livros,
a dificuldade de entendê-lo e os vários problemas de entendimento e compreensão
de ordem científica, histórica, moral e teológica que o Antigo Testamento traz à
mentalidade hodierna.
Estas considerações sobre o católico e o Antigo Testamento também valem
para o Novo e o ponto a destacar agora é quando se fala dos mais simples que
retornam à casa a partir do Vaticano II. O pouco conhecimento portanto dos dois
Testamentos deixavam o povo ao largo da sua própria história, consequentemente ao
largo da sua propriedade, longe da Bíblia. Desconhecendo os dois Testamentos,
desconhece-se também a Deus e por conseguinte ao Deus de Jesus Cristo. Nas
palavras de Richard (1987, p 29), compreender este Deus de Jesus é entrar em
choque com os poderes dominantes, é entrar em conflito num mundo infestado de
ídolos que são contra um Deus que liberta o oprimido. No tempo após o Vaticano II
este Deus que liberta é explícito na Teologia da Libertação presente na América Latina
e com ela, rebate nas muitas duvidosas e falsas interpretações, como se tal teologia
fosse a causa primária do homem ter humanizado em demasia Jesus e relegado a
sua divindade. Como se essa teologia estivesse apresentando algo de novo ao
homem que era a sua libertação de um sistema econômico opressor e de governos
em sua grande maioria ditatoriais, nada mais do que uma perfeita analogia com a
escravidão o Egito, com o exílio da Babilônia e por fim com a escravidão da morte.
Paralelos esses vividos pelos latinos na falta de saúde, de segurança, de emprego e
principalmente de liberdade, no seu sentido mais nítido. O efeito primordial da
Teologia da Libertação, todavia, nas palavras de Müller (2014, p 44), foi a capacidade
que o teólogo profissional teve de não se contrapor aos fiéis ou aos especialistas
quando o assunto é religião, mas sim redescobrir-se como discípulo ouvinte e aprendiz
diante do único Mestre da Palavra de Deus, qual seja, o próprio Cristo. Este
entendimento é quase um cumprimento da profecia de Mesters na sua parábola da
casa, a respeito dos pesquisadores da casa do povo. Verdadeiramente o que
acontece neste instante após o Vaticano II, com a colaboração da Teologia da
Libertação, representado pelas Comunidades de Base e por intermédio dos Círculos
Bíblicos é a reaproximação do povo de Deus com o seu Deus por intermédio da
Palavra que se materializa na vida deste povo. Se para Sicre há pouco conhecimento
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do povo espanhol no que concerne ao Antigo Testamento, para o nosso povo, o Novo
Testamento está sedimentado em sua maioria em algumas passagens históricas ou
morais, onde prevalecem as parábolas, como se tais representassem a essência da
Palavra feita carne, o Cristo Jesus. A grande descoberta é a do Deus desconhecido,
seja o de Isaias, que é um Deus que se esconde (Is 45, 15) seja o de Paulo, que está
apenas descrito num altar (At 17, 23) que pode ser feita pelo próprio povo a partir dos
textos, sem o medo enraizado pelo tempo e pelo poder de que os mais simples não
tem discernimento. Novamente nas palavras de Richard (1987, p 29), quanto mais
dominado se é, mais é necessário ter em mãos o texto bíblico a fim de deixar de ser
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texto bíblico. Então, ao invés de se culpar uma teologia que tinha como premissa
básica resgatar o Jesus Libertador, precisa-se sim dar-lhe o benefício de preencher
uma lacuna e o de recuperar aquilo que tinha sido negado ao homem: conhecer Jesus.
Nas próprias palavras de Müller, a Teologia da Libertação não é uma socioteologia e
sim teologia em sentido estrito (MÜLLER, 2014, p 46), que ela não estará morta
enquanto as pessoas se deixarem instigar pelo agir libertador de Deus (MÜLLER,
2014, p 53). E, se havia alguma dúvida da validade de tal Teologia, é de João Paulo
a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e
2. São os ares do Vaticano II soprando sobre o povo, mesmo quando este
ainda tem medo de conhecer o seu próprio Deus, mesmo quando tem medo de se
dirigir a ele sem intermediários.
O que o Vaticano II produz é um novo momento para os homens de boa
vontade e que vai além de trazer a Bíblia para o seu meio, é o de que existem várias
formas de leitura, como destaca Antoniazzi, uma leitura feita a partir do ponto de vista
da fé e outras científicas, do povo simples e expropriado e outra de ideologias que
precisam se afirmar e reafirmar (ANTONIAZZI, 1986, p 50). Como também Antoniazzi,
o Vaticano II, reafirma que as Sagradas Escrituras falam de modo humano para se
adaptar inteiramente à nossa natureza (DV 13). Neste contexto é que devem aparecer
entre os homens de boa vontade aqueles capazes de reunirem os mais simples, como
que a convidá-los a se reaproximarem da Bíblia, como sujeitos, como interpretes,
como donos da casa. Não há um detentor do direito de interpretar, há apenas um entre
os demais que serve de elo entre o povo e o texto. Alguém que mostra que este texto
2 JOÃO PAULO II. Carta à CNBB sobre a teologia da libertação, abr, 1986.
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não arde nas mãos, mas como para os caminhantes de Emaús, arde no coração. Será
nos círculos bíblicos que o povo se reunirá ao redor da Palavra e diferentemente das
homilias dominicais ou das salas de exegese, o povo fará a sua hermenêutica mesmo
sem saber o que isto significa. Das muitas cenas que os círculos bíblicos produziram
pelo Brasil à fora, Cavalcanti (2006, p. 11) lembra do povo se questionando o do
porque Deus ouviu o choro do filho de Agar e não o dos seus, que moram numa
invasão ou a história de Rosa, que ajuda e salva traficantes ou esposas de assassinos
nas enchentes do Rio de Janeiro, por ter em mente o profeta Elias que junto de outros
profetas de Javé, não dobraram seus joelhos diante de Baal. São estas histórias de
interpretação popular que provam que é a vida do povo a grande realização da
Palavra. É Cavalcanti (2006, p. 18) que nos recorda que quando os pobres leem a
Bíblia o fazem de diversas maneiras, contudo sem a necessidade de obter erudição
ou conhecimentos especializados, o que querem é respostas para seus problemas,
apenas querem encontrar Deus em suas vidas.
Junto a este cenário de círculos bíblicos e de agentes incentivadores do acesso
à Bíblia, produtos do Concílio Vaticano II, a América Latina contou com uma profusão
de publicações, que em alguns casos são denominadas como acadêmicas por serem
obras de institutos superiores de teologia, que via de regra cumpriram o seu papel.
Outras publicações de viés popular buscaram retratar o cotidiano dessa sociedade,
sedenta de informação e ansiosa por se fazer ouvir. Cadernos de estudos bíblicos, da
Editora Vozes, que mesmo católica, tem cunho ecumênico, produzidos por homens e
mulheres ligados ao povo, trazem regularmente experiências onde o agente e o sujeito
são geralmente os mesmos, o povo. Sua cara e sua voz ressoam em páginas de norte
a sul do país e do continente. Seus autores são de várias línguas e de confissões
religiosas distintas, mas cuja fonte é o mesmo Jesus. Lembremos ainda das
publicações do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), que são subsídios populares
voltados para o povo, com um ingrediente a mais, a simplicidade e capacidade de
produzir material de apoio e de acompanhamento, sem destituir a participação popular
como o agente e sujeito. De outros pontos, porém mais restritos, contudo movidos
pela simplicidade de linguagem, destacam-se coleções de publicações das Paulinas
produzidas pelo Serviço de Animação Bíblica (SAB), que atendem a um público
história, a construção e a formação
dos livros sagrados. Todos são frutos do Espírito no Vaticano II.
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ela traz consequências. O que se tem que encarar desta afirmativa é que dentre estas
consequências estão a manifestação do Jesus humano com todas as suas mazelas,
evidentemente que exceto o pecado e se a Palavra se fez carne ela passa a ser levada
adiante, de várias maneiras e em vários estilos e por vários interlocutores. E dentro
deste contexto, para Konings, duas razões podem causar imperfeições na
transmissão e retransmissão da Palavra, que são os ruídos na comunicação. A
primeira é a própria comunicação humana que à sua maneira, seja escrita, copiada
ou impressa, causa ruídos, que vão deste a alteração do sentido como até mesmo a
omissão. A outra razão é de cunho mais profundo que é o fato de Jesus em pessoa
não estar mais entre nós, apenas a sua palavra consignada por escrito. É reservado
assim à manualização da Bíblia o benefício da inerrância, como se fosse a própria
Palavra pelo simples quesito que é a credibilidade da autoria, oriunda da instituição
Igreja, algumas vezes sem a experiência de ser povo.
Evidentemente que a manualização como até agora descrita não deve e nem
pode ser demonizada, mas certamente precisa ser meditada desde a sua fonte de
maneira que não fique tanto na normatização da Bíblia e que permita a esta a sua
capacidade fundamental que é a de falar por si só e de estar no meio do povo.
Contudo, serve de crítica a esta normatização da Bíblia não apenas aos seus
criadores, mas certamente aos seus utilizadores, pois que é seguramente mais fácil
obter algo já preparado e formatado, tendo apenas que adaptá-lo ao cotidiano, mesmo
quando recebe-se algo produzido num ambiente meramente acadêmico e urbano, que
será instrumento de trabalho no meio rural.
Do outro lado da questão do afastamento da Bíblia, está o medo de perder a fé
no instante que se manuseia e que se tem contato mais direto com texto. O receio de
entadas pelo
tempo, faz do povo um objeto a ser manobrado de acordo com interesses, sendo o
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sobre coisas conhecidas do povo e que mesmo tendo sido escrita em outro tempo e
em outro país, lembrava a sua situação e o seu mundo atual. Vê-se que a fé não é
alterada pelo fato de reaproximar-se do texto bíblico, mas reatualizada pelo contato
direto com a vida. O medo de perder a fé é uma fuga do compromisso e uma acusação
que só poderia encontrar amparo naqueles que efetivamente não vinham vivendo na
vida a Bíblia da vida e sim uma Bíblia que tinha sido instrumentalizada para dominar.
Um dos grandes atributos da Bíblia, pelo menos propalado pelos povos que a
seguem, judeus e cristãos, é de que o Deus da Bíblia é o Deus da liberdade, da justiça
e da misericórdia. Ressalvando-se que estes títulos vem da boca de seu filho
unigênito, Jesus. Ressalvando-se ainda que somente é unigênito para os cristãos.
Quando o assunto é Antigo Testamento, lá parece que se encontra apenas um Deus
ciumento, vingativo e que castiga quem não lhe obedece. O povo parece não recordar
as passagens onde este Deus é misericordioso, piedoso, bondoso e amoroso. Os
primeiros atributos são humanos demais para não serem percebidos e prevalecerem
e os segundos, divinos demais para serem notados. As muitas passagens da
misericórdia de Deus parecem diluir-se e o povo não recorda do ato criador de homem
e de mulher, da salvação da humanidade diante do dilúvio, da salvação da família
diante do pecado de Sodoma, da religião do Deus único ao poupar Isaque, da acolhida
a Raab com toda a sua família por protegerem os enviados israelitas. Prevalece o
dilúvio e o fim da humanidade pela desobediência e pelo pecado. Sobressai a
obediência de Abraão, a destruição de Sodoma onde já não havia mais nenhum justo
e a invasão de Jericó.
Este tipo de recordação de algumas passagens bíblicas, enquadram Deus num
arquétipo vingativo e ciumento e, com certeza, num Deus que castiga, sendo por
conseguinte a imagem do Deus do Primeiro Testamento que primeiro vem à memória
do povo que estava afastado da Bíblia, porque foi este o Deus que infelizmente foi
transmitido a este povo. Mesmo o Deus de Jesus Cristo, todo amor e caridade, parece
que somente é recordado esporadicamente, pois que a expulsão dos vendilhões do
templo é uma das passagens mais recordadas, com o intuito de destacar o
comportamento agressivo daquele Jesus. Percebe-se então que o povo tende em
muitos momentos a realçar a característica divina da fúria. Não sabe este povo
contudo que estas características são estereótipos meramente humanos e não
divinos, o que reforça a construção do Deus do Antigo Testamento a partir do olhar
humano e o Jesus a partir da sua condição humana.
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CONCLUSÃO
Retornando a Mesters (1984, p. 19) e à sua parábola que desejou lá no passado que
o povo reencontrasse a porta da frente para religar a casa com a rua e vice versa.
Sonho e esperança de reencontro, visto que a casa deveria ter sempre a porta aberta
para que todos entrassem e tomassem seus lugares e contassem suas histórias.
Sem dúvidas o Vaticano II e a Igreja da América Latina lutaram e ainda lutam
para manter esta porta aberta, sem receios de perder a fé ou de se perderem nas
interpretações ou ainda de provocarem a perda de fé do povo. Longe disto, o tempo
tem mostrado que ambos produziram muito material de encorajamento para este povo
sedento e ansioso por forças divinas para que o protegessem e encorajassem contra
as opressões diárias. Mais do que fortificar a fé desse povo caminhante, foram ações
corajosas dos últimos cinquenta anos, impulsionadas pelos ares do concílio que na
realidade não mostravam coisas novas, apenas desvelavam, como que um
movimento apocalíptico que não está do lado de quem conduz a história, longe disto,
está ao lado do desvalido, do oprimido, daquele que está perdido, esmagado por uma
história oficial e compromissada (MESTERS e OROFINO, 2003, p. 20).
Este povo quer continuar a crer e o que se espera dos agentes de pastoral e
líderes é que os deixem acessar a Bíblia e deixem-na em seu meio. O povo
literalmente sabe o que faz e o que quer e não são os agentes de pastoral que tem o
crivo de selecionar ou de permitir o que o povo pode ler ou interpretar. Esses agentes
precisam compreender que o povo interpreta-se a si mesmo e como a Bíblia é o
próprio povo, é auto interpretação. Os medos e os receios dos agentes de que o povo
descubra as coisas da Bíblia ou que este a interprete nada tem a ver com a fidelidade
ao texto ou ao depósito fiel que é da Igreja. Este medo é censura e apropriação e tais
condições, desde a manifestação do filho de Deus não são mais toleradas. O povo
não perde a fé, ela a fortifica, o agente pode perdê-la somente se nunca a viveu, se
somente a imaginou. O povo deve sim perder a fé naquilo que lhe foi obrigado a
acreditar. Ele necessita resgatar a fé naquilo que sempre foi seu e entrar pela porta
da frente da sua casa, tomar seu lugar e vislumbrar a sua história, a sua obra.
REFERÊNCIAS
KONINGS, J. A palavra de fez livro. 2ª. Ed. Atualizada. São Paulo: Edições Loyola,
2002.
MESTERS, C. Flor sem defesa: uma explicação da Bíblia a partir do povo. 2ª Ed.
Petrópolis: Ed. Vozes, 1984.
_________. Por trás das palavras. 5ª Ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 1984.
RICHARD, P. Bíblia: Memória histórica dos pobres. 4ª. Ed. Petrópolis: Ed. Vozes,
Estudos Bíblicos 1, 1987.