Você está na página 1de 19

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

O CONSUMO DE PORNOGRAFIA HETERONORMATIVA POR MULHERES E


SUA INFLUÊNCIA NA AUTOESTIMA E SEXUALIDADE FEMININA.

MANAUS
2020
JULIANA ARAÚJO PAES LANDIM

JULIANA ARAÚJO PAES LANDIM

O CONSUMO DE PORNOGRAFIA HETERONORMATIVA POR MULHERES E SUA


INFLUÊNCIA NA AUTOESTIMA E SEXUALIDADE FEMININA.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso


de Psicologia da Faculdade Metropolitana
de Manaus para fins de avaliação da
disciplina Trabalho de Conclusão de Curso
1 (TCC 1).

Orientador: Prof. Júlio César P. de Souza

MANAUS
2020
RESUMO

O presente projeto tem como objeto de estudo o consumo da pornografia heteronormativa por mulheres
heterossexuais e bissexuais, tendo como objetivo buscar entender como esse consumo atravessa a
percepção da mulher sobre si, seu corpo e o desempenho da sexualidade. Esta pesquisa terá uma
abordagem quantitativa e qualitativa, de caráter descritivo e de campo, tendo como instrumento de
pesquisa um questionário, aplicados através de plataformas digitais. Os dados quantitativos serão
analisados através do método de análise estatístico-descritivo e os dados qualitativos serão feitos
através do método da análise de conteúdo. Apesar de ainda existir resistência por parte da sociedade
em entender o gênero feminino como consumidor de mídias eróticas, a pornografia é cada vez mais
consumida por mulheres no Brasil, essas mídias produzidas em sua maioria por homens, para homens,
carrega consigo referências heteronormativas que moldam padrões de comportamento e percepções
sobre tudo que permeia o sexo.

Palavras-chave: pornografia heteronormativa; mulher; autoestima; sexualidade.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 5
2 JUSTIFICATIVA 6
3 OBJETIVOS 7
3.1 Objetivo Geral 7
3.2 Objetivos Específicos 7
4 REFERENCIAL TEÓRICO 8
4.1 Sexualidade e Gênero 9
4.2 Pornografia 9
4.3 Autoestima 10
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 11
5.1 Tipo de pesquisa 11
5.2 Instrumentos de pesquisa 11
5.3 Procedimentos de coletas de dados 12
5.4 Análise de dados 12
5.5 Caracterização do local 12
5.6 População e amostra 13
5.7 Ética na pesquisa 13
5.8 Critérios de inclusão 13
5.9 Critérios de exclusão 13
5.10 Critérios de suspensão e interrupção da pesquisa 13
5.11 Riscos e Benefícios da Pesquisa 14
5.12 Desfecho primário 14
6 CRONOGRAMA 15
7 ORÇAMENTO 16
8 REFERÊNCIAS 17
9 ANEXOS E APÊNDICES 19
5

1 INTRODUÇÃO

A pornografia heteronormativa tem como principal característica a utilização de


atores,em plena forma física, onde o foco da câmera está geralmente na mulher,
realizando performances sexuais falocêntricas, onde o clímax é atingido com a
reprodução audiovisual da satisfação masculina. A exposição frequente a este tipo de
conteúdo pode gerar insatisfação pessoal com o próprio corpo e performance sexual.
O avanço tecnológico possibilitou um maior acesso aos conteúdos eróticos
produzidos no mundo todo. A maior liberdade sexual feminina e a busca pelo
autoconhecimento e prazer, favoreceu o crescimento de mulheres consumidoras
desse tipo de produção.
Levando em consideração tais questões, esta pesquisadora desenvolveu os
seguintes problemas: De que forma o consumo da pornografia heteronormativa pode
influenciar no exercício da sexualidade feminina ?; b) Como o consumo desse tipo de
mídia erótica pode influenciar na autoestima da mulher?
A indústria pornografica é um mercado antigo e extremamente rentável, dirigido
e direcionado majoritariamente por homens e para homens, e mesmo que o consumo
de mídias eróticas, ou qualquer assunto que permeei sexo ainda carregue estigmas
em nossa sociedade, o consumo desse tipo de conteúdo é muito elevado. As mulheres
também se encontram em parte desse público consumidor, sendo expostas
diretamente a estereotipação, objetificação e reproduções das relações de poder
entre os gêneros.
6

2 JUSTIFICATIVA

O interesse em pesquisar sobre a influência da pornografia


heteronormativa na autoestima e sexualidade da mulher se deu a partir de leituras
sobre gênero, relações de poder, objetificação e a industria pornografica, assim
como a participação em rodas de conversas e fóruns destinados ao debate de
questões sobre gênero.
A presente pesquisa trará contribuições para a comunidade científica,
gerando mais informações e material de apoio para novas pesquisas em gênero
e sexualidade, uma temática atual e relevante.
Esta pesquisa trará contribuições para academia com o fornecimento de
novas informações acerca do tema, gerando material de estudo para futuras
pesquisas, debates, estágios e trabalhos acadêmicos.
O grupo investigado se beneficiará do estudo que levará a trocas e
reflexões sobre o exercício da sexualidade, da percepção sobre as influências
recebidas pela exposição à mídias eróticas, autoestima e reflexões sobre os
papéis de gênero dentro da sociedade e como essa exposição pode reverberar
em vários aspectos da vida da mulher.
No que tange a contribuição para a sociedade, o resultado dessa pesquisa
trará a desmistificação sobre o consumo da pornografia por mulheres, e mostrará
a sociedade quais as principais consequencias desse consumo para a
sexualidade e autopercepção feminina.
7

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Analisar como a pornografia heteronormativa afeta a autoestima e o
comportamento sexual de mulheres cisgêneras heterossexuais ou bissexuais.

3.2 Objetivos Específicos

- Verificar a existência de alterações na autoestima da mulher exposta a


mídia eróticas heteronormativas;
- Investigar como a pornografia heteronormativa pode afetar o modo
como a mulher se relaciona sexualmente;
- Investigar a relação entre autoestima e comportamento sexual.
8

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Sexualidade e Gênero

Ao falar em sexualidade, trago a visão e ensinamentos de Michel Foucault


(1977), para quem ela deve ser tomada como um dispositivo histórico. Uma rede da
superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação
ao discurso, a formação dos conhecimentos, o reforço dos controles e das
resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de
saber e de poder” (FOUCAULT;1977 p. 100).

Nesse sentido, é possível afirmar que a noção contemporânea de se tomar a


sexualidade como uma instância definidora de nós enquanto sujeitos sociais é um
produto histórico, social e cultural. Deve-se admitir, portanto, três ou quatro teses
contrárias à pressuposta pelo tema de uma sexualidade reprimida pelas formas
modernas de sociedade: a sexualidade está ligada a dispositivos recentes de poder;
esteve em expansão crescente a partir do século XVII; a articulação que a tem
sustentado, desde então, não se ordena em função da reprodução; esta articulação,
desde a origem, vincula-se a uma intensificação do corpo, à sua valorização como
objeto de saber e como elemento nas relações de poder (FOUCAULT;1977 p.101-
102). Assim, a visão da sexualidade para Foucault é vista enquanto um dispositivo
discursivo, político e condicionado por meio das relações de poder.

O gênero também é entendido como produto dos aspectos sociais, culturais,


políticos, socioeconômicos dentre outros. Conforme Butler (2012), o gênero e sua
divisão binária são performaticamente constituídos no sentido em que só existem a
partir do momento mesmo de sua expressão. Sendo assim, o gênero não seria algo
fixo, preestabelecido e atemporal, mas sim construído gradativamente a partir da
prática e performance estilizada de feminino/masculino.

O performance estilizada carrega consigo inúmeros fatores de diferenciação


entre si, cercados de símbolos, atitudes, comportamentos e outros aspectos
norteadores da divisão entre os sexos. O reflexo dessa performance se estende para
o exercício da sexualidade de ambos os gêneros.
9

4.2 Pornografia
A pornografia não é um tipo de obra cultural específica, mas, antes de tudo,
uma forma de ordenação conceitual. A classificação “pornografia” é uma maneira de
organizar e selecionar produções culturais, no caso, relacionadas às representações
da sexualidade. Sendo assim, ela é indissociável das ideias e do momento histórico
que a formaram e que ainda hoje a organizam (JORGE LEITE JR., 2011:101).
A autora Beatriz Preciado também conceitua pornografia como:

1 A pornografia é um dispositivo virtual (literário, audiovisual, cibernético)


masturbatório. A pornografia como indústria cinematográfica tem como
objetivo a masturbação planetária multimídia. O que caracteriza a imagem
pornográfica é sua capacidade de estimular, independente da vontade do
espectador, os mecanismos bioquímicos e musculares que regem a produção
do prazer. (...). 2 A pornografia é a sexualidade transformada em espetáculo,
em virtualidade, em informação digital, ou, dito de outro modo, em
representação pública, onde "pública" implica direta ou indiretamente
comercializável. Uma representação adquire o status de pornografia quando
põe em voga o "tornar-se público" daquilo que se supõe como privado. Há
aqui outra definição possível de pornografia: dispositivo de publicação do
privado. (...) 3 A pornografia é teletecnomasturbação. (...) 4 A pornografia
reúne as mesmas características de qualquer outro espetáculo da indústria
cultural: virtuosidade, possibilidade de reprodução técnica (...). A única
diferença, nesse momento, é seu status underground.
(PRECIADO, 2008, p. 170-171).

4.2.1 Pornografia Heteronormativa

A pornografia Heteronormativa é caracteriza por produções falocêntricas onde


o clímax e objetivo está voltado para o prazer e ejaculação masculina, e que colocam
a mulher em posição de submissão, objetificação e em papel secundário perante o
sexo. A pornografia é, portanto, consumida, e aciona as fantasias e o imaginário dos
sujeitos no que diz respeito tanto à excitação quanto as suas concepções de gênero
e de sexualidade (MARZOCHI, 2003).
No sistema masculino, as mulheres são sexo; o sexo é a meretriz. A meretriz é
a porne, a meretriz mais baixa, a meretriz que pertence a todos os cidadãos
masculinos: a cabra, a cona. Comprá-la é comprar pornografia. Tê-la é ter pornografia.
Vê-la é ver pornografia. Ver o seu sexo, especialmente os seus genitais, é ver
pornografia. Vê-la no sexo é ver a meretriz no sexo. Usá-la é usar pornografia. Querê-
la significa querer pornografia. Sê-la significa ser pornografia. (DWORKIN, 2003, p.
389)
10

4.3 Autoestima
A autoestima é percepção que um indivíduo tem sobre si mesmo, a partir da
autoavaliação dos valores, condições e características que o representam. Na
Psicanálise, Freud (1914/1969) descreve que "a autoestima expressa o tamanho do
ego [...] Tudo o que o sujeito possui ou realiza [...] ajuda-o a aumentar sua autoestima"
(p.115). Freud (1914/1969) reconhece que ela está diretamente relacionada com a
libido narcisista, o que se deve ao fato de que o amor que envolve desejo e privação
diminui a autoestima e, ao contrário, ser amado e ser correspondido no amor a
aumenta.
Freud (1914/1969) divide a autoestima em três partes: uma parte da autoestima
primária, referente ao resíduo do narcisismo infantil; a outra, deriva da onipotência
corroborada pela experiência, na realização do ideal do eu; e a terceira, procedente
da satisfação da libido objetal. A criança sairá do narcisismo primário quando seu eu
se confrontar com um ideal, composto de crenças, valores e comportamentos, com o
qual tem de comparar-se, e poderá representar um momento de transformação e
crescimento.

4.3.1 Autoestima e Pornografia

A exposição ao conteúdo pornográfico pode gerar problemas de autoestima, já


que este tipo de conteúdo reforça a pressão estética sentida pelas mulheres. “Em
nossos dias, a identidade do corpo das mulheres equivale à harmonia entre a tríade
beleza-saúde-juventude. Influenciadas especialmente pela cultura midiática, cada vez
mais elas estão se colocando a serviço de seus corpos, sendo incitadas a identificar
a sua beleza com juventude e juventude com saúde.” (DEL PRIORI, 2009).
De acordo com esta perspectiva, a exposição a esse material causa, dentre
outros: a diminuição da satisfação dos consumidores com seus relacionamentos reais
e com a aparência física dos parceiros (ANDRADE et al., 2004); o encorajamento de
relações opressivas de poder; o estímulo ao exercício da agressividade masculina
(NOGUEIRA et al., 2010);
Isso tudo ocorreria porque os consumidores de pornografia buscariam
reproduzir nas relações sexuais o que assistem nas cenas, visando obter o mesmo
desempenho e nível de excitação e prazer sexual dos atores (D’ABREU, 2013) – eis
porque a pornografia é uma performatividade de gênero: seus atos são dramatizações
e as encenações são repetidas e coreografadas à exaustão pelos profissionais
11

envolvidos nas filmagens, mas que, a despeito disso, são considerados ou


verdadeiros ou idealizados pelos consumidores (DÍAZ-BENÍTEZ, 2013)

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 Tipo de pesquisa

O tipo de pesquisa será descritiva e de campo, utilizando a abordagem


quantitativa e qualitativa como método de coleta de dados. O processo descritivo visa
à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se
relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser entendida
como um estudo de caso onde, após a coleta de dados, é realizada uma análise das
relações entre as variáveis para uma posterior determinação do efeitos resultantes
(PEROVANO, 2014).
Quanto aos procedimentos técnicos, uma pesquisa de campo será
fundamental para levantamento de informações que se farão necessárias para o
melhor entendimento do tema levantado na pesquisa. Segundo Gil (2008), a pesquisa
de campo procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente
realizada por meio de entrevistas com informantes para captar as explicações e
interpretações do que ocorre naquela realidade.
A pesquisa qualitativa atenta-se ao aprofundamento de uma compreensão de
um grupo em geral, e não se importa com a representação numérica, pois tem como
característica a objetivação dos fenômenos (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009 apud
GERHARD; SILVEIRA, 2009).
Quanto ao tipo de Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas
(percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão etc.) (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 69).

5.2 Instrumentos de pesquisa

O instrumento utilizado para a coleta de dados será um questionário


(Apêndice 1). As mulheres participantes terão total liberdade para explicar suas
respostas, expor seus entendimentos e questionamentos acerca do tema.
12

5.3 Procedimentos de coletas de dados


O primeiro passo realizado foi escolher o local onde iria ser feito a pesquisa.
Por consequência da Pandemia do Covid-19, e os riscos de se realizar o estudo
de maneira presencial, o espaço virtual escolhido para pesquisa de campo será a
plataforma de mídias sociais Instagram. O projeto foi submetido ao Comitê de
Ética em Pesquisa. Após a aprovação do Comitê será iniciada a pesquisa de
campo, onde o processo de coletas de dados da pesquisa será realizado através
da captação de voluntárias por meio de uma enquete que será disponibilizada nos
Stories da rede social Instagram, após responder as perguntas da enquete, as
participantes que se encaixarem nos critérios de inclusão desta pesquisa, serão
convidadas a responder um questionário disponibilizado virtualmente pela
ferramenta Google Forms. Todos os participantes deverão assinar o Termo de
Consentimento Livre e esclarecido (TCLE).

5.4 Análise de dados

Serão analisados dados qualitativos e quantitativos, obtidos através das


pesquisas de campo. Os dados quantitativos serão analisados através do método de
análise estatístico-descritivo a qual Silvestre (2007) possui como interesse a medida
característica dos elementos de toda a população. A análise dos dados qualitativos
será feita através do método da análise de conteúdo. Para Bardin (2009), a análise de
conteúdo, enquanto método, torna-se um conjunto de técnicas de análise das
comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens.

5.5 Caracterização do local

A pesquisa será realizada através da plataforma digital Instagram e com a


aplicação de formulário através da ferramenta Google Forms.

5.6 População e amostra


13

A população pesquisada será de mulheres cisgêneras, maiores de idade,


heterossexuais ou bissexuais, sexualmente ativas, que já estiveram em contato com
qualquer mídia erótica heteronormativa. Serão convidadas a participar mulheres que
participarem voluntariamente da enquete que será disponibilizada na rede social
Instagram. A pesquisa será feita por amostragem, método que escolhe
aleatoriamente pessoas onde elas representaram as respostas de um todo da
população. A amostra será de 20 pessoas.

5.7 Ética na pesquisa

A pesquisa seguirá todos os procedimentos relacionados a ética, estabelecidos


na Resolução n 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.
Após autorização da instituição onde a pesquisa será feita, os participantes voluntários
deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE, documento
que garante a proteção legal e moral do pesquisador, assim como o sigilo e
autorização documental para a utilização dos dados obtidos na pesquisa.

5.8 Critérios de inclusão

Como critérios de inclusão serão considerados: 1) Mulheres cisgêneras


voluntárias ; 2) heterossexuais ou bissexuais ; 3) Que já tiveram contato com algum
tipo de mídia erótica.

5.9 Critérios de exclusão

Serão excluídos da pesquisa Homens e mulheres não voluntárias.

5.10 Critérios de suspensão e interrupção da pesquisa

A pesquisa será suspensa ou encerrada caso haja qualquer risco ou dano a

saúde física ou psicológica do participante, não prevista pelo termo de consentimento.

5.11 Riscos E Benefícios Da Pesquisa

A avaliação de riscos e benefícios é um dos requisitos fundamentais na revisão


ética na pesquisa envolvendo seres vivos. Tanto o pesquisador quanto o participante
devem ter clareza dos riscos e benefícios. O pesquisador tem o dever de avaliar
14

cautelosamente todos os riscos, atentando-se principalmente às potenciais alterações


físicas e psicológicas que o participante pode apresentar ao se expor.
Para coleta de dados da seguinte pesquisa, foram estabelecidas medidas protetivas
visando o bem estar do indivíduo: 1) O participante será abordado individualmente. 2)
Serão esclarecidas as propostas da pesquisa e a metodologia da aplicação. 3) Será
informado sobre os riscos, sejam eles, para o próprio indivíduo (fatores físicos e
psicológicos), e o risco comum a todas as pesquisas com seres humanos: a quebra
de sigilo. Ainda que os pesquisadores sejam completamente leais a ética, garantido o
sigilo e fazendo de tudo para mantê-lo. 4) Será informado que não haverá qualquer
remuneração pela participação na pesquisa. 5)Também será informado sobre os
benefícios. É preciso ser honesto e conscientizar o indivíduo sobre a ausência de
benefícios pessoais, cabe a pessoa decidir se quer fazer parte afim de somar forças
no objetivo da pesquisa: trazer benefícios à sociedade. A pesquisa será
imediatamente suspensa caso seja verificada qualquer situação que ponha em risco
a integridade física ou mental do participante.
Este estudo pretende promover através da pesquisa de campo, maior
esclarecimento sobre o o consumo, comportamento e o exercício da sexualidade do
genero feminino, que tenha sido atravessado pelo consumo da pornografia
heteronormativa.

5.12 Desfecho primário

Ao final da pesquisa se é esperado que haja uma compreensão de como


se dá o consumo da pornografia pela mulher, como este consumo pode influenciar
a sua percepção sobre o próprio corpo, como a mulher pode perpetuar e
reproduzir comportamentos que são vistos através do consumo de tais mídias
eróticas e como estas podem influenciar em diversas áreas de sua vida. Visando
também a relevância para comunidade científica com o apoio de material para
outras pesquisas acadêmicas.
15

6 CRONOGRAMA

Descrição 2020 2021


das Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Atividades
Levantamento x x x x x x x x x x x x x x x x
Bibliográfico

Submissão ao x x x x
Comitê de
Ética
Coleta de x x x
dados em
campo
x x
Digitação e
tabulação
Análise e x x x
Discussão

Relatório final
x x
Apresentação x
dos
Resultados
16
7 ORÇAMENTO

Ord Descrição dos Itens Valor

1
IMPRESSÃO 25,00

2
CANETAS 8,00

TOTAL R$ 33,00
17
8 REFERÊNCIAS

ANDRADE, Fernando César de, DIAS, Mardonio Rique & GUERRA, Valeschka Martins.
Atitudes de estudantes universitários frente ao consumo de materiais
pornográficos. Estudos de Psicologia, v.9, n.2, p.269-277, 2004.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Persona, 2011.

Butler, J. (2012). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. São


Paulo, SP: Civilização Brasileira.

D’ABREU, Lylla Cysne Frota. Pornografia, desigualdade de gênero e agressão sexual


contra mulheres. Psicologia & Sociedade, v.25, n.3, p.592-601, 2013.

Del Priori, M. (2009). Corpo a corpo com a mulher. Pequena história das
transformações do corpo feminino no Brasil (2a ed.). São Paulo: SENAC São Paulo.

DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. El quehacer pornô en la construcción de imágenes de


espetacularidad. Mem. Soc. (Bogotá/Colombia), v.17, n.34, p.92-109, 2013.

Dworkin, A. (2003). Pornography. In A. Jones (Ed.), The feminism and visual culture
reader (pp. 387-389). London: Routledge.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. 3. ed. Rio de Janeiro:


Graal, 1977. v. 1

Freud, S. (1969). Sobre o narcisismo: uma introdução. In Freud, S., Obras completas
de Sigmund Freud (vol. XIV, pp. 85-89). Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado
em 1914).

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

LEITE JR, Jorge. Labirintos conceituais científicos, Nativos e mercadológicos:


pornografia com pessoas que transitam entre os gêneros. Cadernos Pagu (38),
janeiro-junho de 2012:99- 128.

MARZOCHI, M. L. Pornografia na internet. Revista de Ciências Humanas, v.9, n.2,


p.115-124, 2003.
18
NOGUEIRA, Maria da Conceição, OLIVEIRA, João Manuel de& Pinto, Pedro. Debates
feministas sobre pornografia heteronormativa: estéticas e ideologias da
sexualização. Psicologia: Reflexão e Crítica, v.23, n.2, p.374-383, 2010.

PEROVANO, Dalton Gean. Manual de Metodologia Científica. Paraná: Editora Juruá,


2014.

PRECIADO, B. Testo Yonqui. Madrid: Editora Espasa Calpe, 2008.

SILVEIRA, Denise Tolfo; CÓRDOVA, Fernanda Peixoto. A pesquisa científica. In:


GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
19

9 ANEXOS E APÊNDICES
Anexo “A” - Modelo de TCLE
Anexo “B” - Termo de Ressarcimento
Anexo “C” - Termo de Compromisso do Pesquisador Responsável
Anexo “D” - Declaração da Existência de Infraestrutura

Apêndice 1 - Questionário
Apêndice 2 - Termo de Autorização de uso de Depoimento

Você também pode gostar