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Frida Maria Strandberg Vingren (1891-1940)

1. Do nascimento ao chamado missionário


-Nascida em 09 de junho de 1891 na Suécia, filha de pais luteranos;
- Sua escolha profissional refletia sua vocação ministerial: o cuidado pelas pessoas;
- Se aprofundou nas escrituras num curso para ensino bíblico no Instituto Bíblico Sueco;
- O batismo no Espírito Santo fez ascender em seu coração a chamada missionária;
- Enviada pela Igreja Filadélfia de Estocolmo ao Brasil como bibelkinna (professora de
bíblia).

2. Chegada ao Brasil: casamento, filhos e provações


- Em 04 de julho de 1917 o navio em que estava atracou no porto de Belém, Pará.
- Casou-se com Gunnar Vingren em 16 de outubro de 1917, que afirmava ter recebido
uma profecia de que se casaria com uma moça com esse nome.
- Mãe de Ivar, Ruben, Astrid, Margit, Bertil e Gunvor Vingren.
- Dona de casa, mãe, esposa, enfermeira, obreira da obra de Deus
- Fome, calor e doenças.

3. Obra missionária no Brasil


- Campanha evangelística em vários lugares no Rio de Janeiro
- Chamada para fora: estava a frente de cultos nas ruas e em casas de detenção
- Assumia o pastorado na ausência do esposo quando esse estava enfermo ou em viagem
- Poetiza, musicista, compositora, ensinadora da palavra e dirigente dos trabalhos na
congregação.

4. Perseguições e a Convenção de 1930


- Perseguição dos pastores brasileiros e suecos ao casal Vingren por seu posicionamento
sobre o ministério feminino
- Em sua coluna no jornal (Semente da Fé) em 1930 ela publicou:
“É interessante vermos o que a Bíblia diz acerca do trabalho da mulher no evangelho.
Visto que dois terços das pessoas convertidas no mundo são mulheres, esta questão
torna-se importante. Suponhamos, pois, que verdadeiramente não existe mandamento
contra o trabalho da mulher; estamos então diante do triste fato de que Satanás procura
empatar dois terços das pessoas convertidas no mundo de trabalharem para o Senhor. E
isto é um prejuízo enorme para a causa do Senhor [...]” (ARAUJO, 2014, p.81)

- Gunnar defendia a credibilidade do Ministério feminino. Ele havia consagrado Emília


Costa a diaconisa e Diolinda a evangelista em 1926;
- Assuntos tratados:
-O relatório do trabalho realizado pelos missionários
- Nova direção do trabalho no Norte e Nordeste
- A circulação dos jornais O Som Alegre (carioca, 1919-1929) e o Boa Semente
(paraense, 1929)
- Ministério feminino
“As irmãs têm todo direito de participar na obra evangélica, testificando de Jesus e as
sua salvação, e também apresentando instrução se assim for necessário. Mas não se
considera justo que uma irmã tenha a função de pastor de uma igreja ou de ensinadora
da mesma, salvo em casos de exceção mencionados em Mt. 12:3-8. Assim dever ser
especialmente quando não existem na igreja irmãos capacitados para pastorear ou
ensinar” (ALENCAR, 2000, p.133)
- Os jornais Boa Semente e O Som Alegre são dissolvidos e criado o jornal Mensageiro
da Paz.

5. Retorno para Suécia


- Após as muitas perseguições, Gunnar entrega o jornal aos cuidados de Nyström,
assim como a igreja e retorna à Suécia com sua família em 1932
- O falecimento de Gunnar (1933) e de sua filha caçula (1932) faz Frida adoecer e
querer retornar para o Brasil
- Ela é impedida por Lewis Petrus, líder da Igreja Filadélfia

6. Últimos anos da vida de Frida


- Impedida de retornar para o Brasil, Frida é internada num sanatório e seus filhos são
colocados no orfanato da igreja
- Adoecida, fraca e triste, Frida faleceu aos 49 anos, nos braços de sua filha Margit.

7. Harpa Cristã
Frida Vingren é compositora de 24 hinos do hinário das Assembleia de Deus no Brasil
Temas: conversão pessoal, santificação, a obra do Espírito Santo (capacitação para
obra), peregrinação, juízo e recompensa de salvação.

Quem sua mão ao arado já pôs, Constante precisa ser;


O sol declina e, logo após, Vai escurecer.
Avante, em Cristo pensando, Em oração vigiando,
Com gozo e amor trabalhando, P’ra teu Senhor. (Harpa Cristã, 394)

Hoje li alguém dizendo que votou em determinado candidato porque não queria ser
como Judas, que vendeu Jesus por 30 moedas de prata. Bem, eu nem sabia que Jesus
estava concorrendo a algum cargo político. Mas, além de toda essa onda de
desconstrução da imagem do outro, eu questiono a mim mesmo: será que eu teria
coragem, no meio desta polarização, de me ajoelhar e lavar os pés de um dos meus
irmãos que pensam politicamente diferente de mim?

Como eu posso vencer toda essa hostilidade com uma hospitalidade misericordiosa?
Como passar da hostilidade para a hospitalidade?

Hoje eu também reencontrei algumas palavras do Apóstolo Paulo aos Romanos:

Estejam sempre dispostos a praticar a hospitalidade.


Abençoem aqueles que os perseguem. Não os amaldiçoem, mas
orem para que Deus os abençoe.
Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que
choram.
Vivam em harmonia uns com os outros. Não sejam orgulhosos,
mas tenham amizade com gente de condição humilde. E não
pensem que sabem tudo.
Nunca paguem o mal com o mal.
Romanos 12.13-17
Φιλοξενία é uma palavra que sempre me impacta. Hospitalidade. Essa palavra grega é a
junção de dois conceitos, filo (amor) xênia (estrangeiro, estranho diferente). E eu sei
que preciso crescer nisso, crescer em acolhimento. Temos esse desafio diante de nós.
Como posso amar o diferente? Como posso transformar um estrangeiro em um
“próximo” a quem eu amo como a mim mesmo?

Que o SENHOR tenha misericórdia de mim, de nós...

Jesus, o Rei dos Reis, Mestre e Senhor, o Príncipe da Paz, se ajoelhou para lavar os pés
de homens pecadores, tais como Judas. É este o tipo de hospitalidade que quero
aprender com o meu SENHOR, meu Salvador, Jesus de Nazaré!

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