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A IGREJA PÓS PANDEMIA

“Nisso vocês exultam, embora, no presente, por breve tempo, se necessário,


sejam contristado por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor
da fé que vocês têm, muito mais preciosa do que ouro perecível, mesmo
apurado pelo fogo, resulte em louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo.” 1 Pd. 1:6 e 7

Muitos tem dedicado tempo, análise, discussão, elucubração e detida


reflexão ao fato de imaginar como será o mundo pós Pandemia. Filósofos,
religiosos, pensadores, falam e sonham com um mundo com seres humanos
melhores. Todavia, os historiadores, como que duvidam dessa possibilidade,
uma vez que a História nos dá conta de que em outras Pandemias, a
humanidade, após o susto, as dores e os temores, volta a ser exatamente
como era, ou, às vezes, até pior.
Quando olhamos para o mundo criado à luz das Escrituras, nos
lembramos que ele é caído, e caído em todas as faculdades. A queda atingiu
tudo ao nosso redor e tudo dentro dos seres humanos. Então, “o novo normal”,
como muitos já denominam, talvez seja uma utopia que trará consigo
frustrações impensáveis.
Não é uma Pandemia que pode redimir, restaurar, melhorar o gênero
humano. Só a pessoa bendita de Jesus pode fazer isso, quando Ele infunde
numa pessoa uma nova constituição regenerada, o que chamamos
regeneração, o que Jesus chamou novo nascimento. Só quando o Senhor
Jesus torna alguém em uma nova criação, essa pessoa pode, por graça,
tornar-se melhor.
Quando Pedro escreve esta carta, na qual o texto acima está inserido, o
faz num momento difícil para muitos convertidos, muitos seguidores do Cristo.
Pedro, embora a sua carta seja tida por uma epístola geral, tinha em mente os
cristão da dispersão. Gente que havia sido espalhado, especialmente, neste
caso, ali pela Ásia Menor. Gente que sofria perseguição, segregação,
isolamento, não por causa própria, ou por ideologia política social, mas por
amor ao Evangelho. O sofrimento daqueles irmãos era atroz, conhecido e
Pedro os conforta, primeiro reconhecendo a natureza nobre daquele
sofrimento, depois deixando saber que aquele sofrimento era conhecido de
toda a irmandade e, por fim, que havia um propósito divino no sofrer daqueles
dias. Ele os instrui a um comportamento positivo que os mantivesse de cabeça
erguida, mesmo em meio a dor. Eles poderiam exultar, porque estavam tendo a
graça de sofrer não por si ou por suas bandeiras, mas por Cristo. Pedro tem
uma noção bem interessante de tempo. Ele foi o mesmo que disse que pra
Deus mil anos é como um dia e um dia como mil anos. Nesse contexto, ele fala
para aqueles irmãos dispersos que os sofrimentos que eles experimentavam
eram por ‘breve tempo’ e que as provações eram atestadoras da fé valorosa,
provada e confirmada daqueles irmãos. Eles não precisariam ser melhores
depois que passassem por aquela prova. Pedro já identifica que eles são
exemplos de pessoas boas, dignas, especiais em Cristo, fonte de testemunho.
Já eram modelo a ser admirado e seguido. E que, após isto, o que os
aguardava não era um destino no qual eles deveriam se mostrar melhores,
mas, receberem o privilégio de contemplarem Jesus, este sim, digno de louvor,
honra e glória.
Que visão! Pedro não escreve àqueles irmãos encorajando-os a
vitimizarem-se, tão pouco a nutrirem uma falsa esperança de que o tempo de
dor era um tempo de um preparo em si mesmo para melhorá-los para um
tempo futuro, quando, quem sabe, a perseguição acabasse. Não. Eles já eram
servos fiéis, depurados pelo fogo, de alta estirpe e alto padrão de
espiritualidade já naquele momento do sofrimento, e que o melhor que um
cristão pode esperar do tempo, do futuro, não diz respeito a esse mundo, mas
ao vindouro, diante do Rei dos reis, o Senhor Jesus.
Nós, Igreja do Senhor Jesus, não podemos nos enganarmos quanto as
vozes que ecoam por aí. Jesus, registrado em João 15, disse que Ele já nos
limpou, nos santificou, nos adubou pela Palavra, para que estejamos sempre
indo (missionalidade) e dando frutos permanentes. O sofrimento, na verdade,
faz parte do seguir a Cristo, o resto é apenas circunstancialidade. Bultman, o
teólogo pós reformado, disse que a Igreja tem a vocação para o sofrimento.
Jesus viveu assim. Foi dito dEle que era varão de dores, homem que sabia o
que era sofrer, de quem os homens desviavam o olhar. Ele próprio disse que o
Filho do Homem não tinha sequer onde reclinar a cabeça. Do que estamos
reclamando?
Nós, como povo de Deus, não podemos pensar em mundo, igreja ou
coisa alguma pós Pandemia. Vivemos na linearidade do exercício do
Evangelho para a glória de Deus e cabe-nos ser já, agora, a melhor Igreja que
pudermos ser, para honrar o nosso Senhor Jesus Cristo e faze-Lo conhecido,
dando e sendo resposta a esse mundo sem Deus.
Que o Senhor da História, dono dela, e que nela se move, nos abençoe
copiosamente!
Rev. Aurélio Darlan.

Momento Missionário

ÍNDIA- Cristã compartilha educação e Cristo com mulheres e


crianças na Índia
Mulheres e crianças são vítimas constantes de violência, agressão e discriminação ao
redor do mundo. Sharda é uma cristã indiana que, mesmo diante da perseguição, se
posicionou como uma voz de crianças e mulheres na comunidade.

Hoje, no Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão, queremos apresentar a


irmã Sharda* que, mesmo diante da perseguição contra cristãos na Índia, iniciou um
projeto em favor de mulheres e crianças em sua comunidade. Sharda é uma senhora do
Norte da Índia, que vive em circunstâncias hostis devido a sua fé. Após enfrentar um
período de oposição e discriminação de sua família ao receber a Cristo, as coisas
começaram a melhorar. Ela iniciou uma pequena escola e uma igreja em sua
comunidade. Sharda compartilhou a história dela com os parceiros locais da Portas
Abertas:
“Meu nome é Sharda e eu sou da Índia Central. No entanto, casei com um homem do
Norte da Índia e me mudei para a sua casa. Foi muito difícil ajustar-me às diferenças
culturais quando cheguei lá. Havia restrições sociais que eu nunca havia imaginado”,
iniciou Sharda.
“Eu estava restrita às quatro paredes da casa e não tinha permissão para interagir com
qualquer pessoa de fora. Além disso, eu estava sujeita a constantes situações
de violência doméstica pelos membros da família dele”, continuou. Diante dessa
situação e meses de sofrimento, Sharda tomou uma decisão: “Fiquei deprimida e fugi
para a casa de amigos que viviam em uma cidade próxima. Foi aí que conheci cristãos
que me ensinaram sobre Jesus e o amor dele. Então, comecei a frequentar os cultos da
igreja”.
Respeito na comunidade
Depois de alguns meses, o sogro dela descobriu onde Sharda estava morando e foi
buscá-la. “Ele veio e me levou de volta para casa, prometendo-me que as coisas
melhorariam. As coisas, de fato, melhoraram, mas quando descobriram que eu havia
decidido seguir a Cristo, todos se opuseram a mim e me pressionaram a desistir da
minha fé”, relatou a cristã.
No entanto, eles notaram que houve mudanças no comportamento de Sharda. “Eu não
era rebelde como antes e eles perceberam isso. Então, compartilhei com eles sobre o
amor de Cristo, mas mesmo não aceitando a verdade, eles me permitiram continuar com
a minha fé”, compartilhou.
A partir desse dia, Sharda se tornou um importante apoio à comunidade do Norte da
Índia. “Eu, então, comecei a trabalhar com as mulheres e crianças da minha
comunidade, com foco no desenvolvimento social. Eu iniciei uma pequena escola e logo
a escola cresceu. Também dei início a uma pequena comunidade que começou a
crescer. As pessoas começaram a me respeitar pelo meu trabalho e as coisas
continuaram bem por anos.”

*Nome alterado por segurança.

Pedidos de oração

 Interceda em favor das crianças vítimas de agressão em todo o mundo e peça


que Deus as proteja e transforme as realidades delas.

 Peça a Deus por leis mais justas contra agressores e violência contra crianças e
mulheres ao redor do mundo.

 Clame por Sharda e pela Índia. A perseguição aos cristãos no país é intensa e
todos precisam das nossas orações.

AVISOS

1- PÃO PARA UM IRMÃO- Orientado pelo Rev.Darlan, o Ministério de Ação


Social lançou a simples campanha: PÃO PARA UM IRMÃO. Consta de
levantamento, não de itens que componham uma cesta básica, mas a doação
da própria cesta básica. A arrecadação dar-se-á por meio de nossos irmãos e
entre os amigos, conhecidos e parentes destes. Já há pessoas, inclusive, se
voluntariando para doar cestas. Claro que obedeceremos o princípio de
“primeiro aos domésticos da fé”. Portanto, se houver necessitados entre os
nossos, estes serão os primeiros a serem contemplados. Pra além disso, o
Ministério de Ação Social já definiu o bairro (ARGEMIRO), visitou, fez um
cadastro de famílias e já demos início a campanha e arrecadação, inclusive,
com o apoio da Secretaria de Ação Social do nosso Presbitério. Oremos por
esta ação e nos envolvamos. Procure Narcisa ou irmã Tereza, líderes deste
ministério. A Igreja precisa não apenas falar, mas fazer, agir, socorrer. Que o
Senhor nos use neste mister, também.

2- TRANSMISSÕES, CULTOS, REUNIÕES, MENSAGEM E REFLEXÕES-


Está havendo um esforço grande do conselho da Igreja em apoio ao Rev.
Darlan, do casal pastoral (Pr. Darlan e Zaira) e do Ministério de Divulgação
para que tenhamos Lives, Transmissões de cultos, de reuniões de oração,
Visitas Virtuais, etc. Seria muito bom que todos nós participássemos do
máximo que pudermos. Não apenas em apoio, mas par nos abastecer na fé e
nos mantermos em união, ainda que virtual, bem como para insistirmos no bom
e salutar hábito de adoração e culto ao nosso Deus. Mais que isso, temos uma
oportunidade ímpar de evangelizar, convidando pessoas para assistir o que se
é produzido, enviando essas gravações, mensagens, reflexões, como forma de
transmitirmos o amor de Deus e palavras de esperança, mesmo em tempo de
pandemia. Que Deus use sua vida neste sentido.

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