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Faesp

Nome : Daiane Barboza Geraldo

Curso básico de teologia

Atos 17- 23
“pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus

objetos de culto e encontrei até um altar com esta

inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês

adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio.”

No ano de 600 a.C. uma praga letal caiu sobre Atenas. Corpos insepultos
estavam por todo lado. O povo estava enlutado e atônito. Os sacrifícios
expiatórios dedicados a muitos deuses gregos eram inúteis.
Os principais sábios atenienses que buscavam explicações para a realidade do
mundo estavam confusos. Apenas diziam que algum deus ficou enfurecido com
o crime praticado pelo rei Megacles e decidiu puni-los com a praga.
Sem mais opção mandaram um navio a Cnossos, na ilha de Creta, para buscar
um homem chamado Epimênides. Alguns acreditavam que ele conhecia a
divindade ofendida, saberia como apaziguá-la e, portanto, poderia livrar Atenas
do caos da morte.
Então comissionaram um grupo para ir à procura do profeta de Creta. O
possível salvador não recusou o apelo dos gregos. E logo partiu, quando
aquele homem chegou a cidade, admirou-se com o vasto número de deuses.
Entre tantos destacavam-se Zeus, Poseidon, Deméter, Héstia, e tantos outros.
Tantos deuses e todos totalmente impotentes diante de tamanho problema que
devastava a cidade.
Epimênides, após acercar-se dos fatos, no momento e local determinado,
exigiu um rebanho de ovelhas saudáveis, um grupo de pedreiros e matérias
necessários para edificar um altar. As ovelhas precisavam ficar em jejum para
que na manhã do sacrifício estivessem totalmente famintas.
Seu Deus escolheria os animais para o sacrifício. Esse seria o sinal de sua
escolha e aprovação: as ovelhas seriam soltas no pasto verdejante e aquelas
que, mesmo famintas, se deitassem sobre a grama em vez de comerem-na,
teriam a preferência para o holocausto.
Dito e feito. O Deus do referido profeta fez a escolha deixando os expectadores
atônitos, perplexos.
Quando os altares foram edificados, um ancião perguntou qual seria o nome da
divindade que ficaria neles gravado. Afinal, a população de Atenas ficara
famosa por sua diversidade de deuses; era uma colecionadora de deuses.
Mas no passado nomear um deus equivalia de certo modo atrai-lo ou a possui-
lo.
Epimênides, profeta monoteísta, explicou que não conhecia o nome do Deus a
quem servia, Isto é curioso: o profeta servia apenas um único Deus e sequer
sabia o nome dele.
Mas de uma coisa tinha certeza: aquele Deus não é um ser qualquer nem
estava representado por qualquer ídolo de Atenas.
E ainda acrescentou que o ser divino que decidiu auxilia-los, mesmo não tendo
no momento e naquele lugar um nome pelo qual pudesse ser chamado,
entendia a ignorância da população e que, por não o conhecer, seria incapaz
de lhe dar um nome condizente.
Decidiram anotar a palavra agnosto Theo – a um deus desconhecido, em cada
altar. O “Deus desconhecido” que fossem gravadas tais palavras, pois após o
holocausto a praga cessou.
Bastaram apenas poucos dias para que ficasse evidente o milagre.
Os doentes sararam, não haviam mais contaminações, e Atenas, como nunca
dantes encheu-se de louvor e gratidão ao Deus desconhecido.
Colocaram flores nos altares, declararam sua manifestação de agradecimento,
mas o milagre pode empolgar pessoas durante algum tempo, todavia não
produz devoção duradoura. Bartimeu foi diferente, ele provou do milagre e
ainda foi salvo!
Atenas se esqueceu da benção do Deus desconhecido, deixou que vândalos
irreverentes demolissem os altares usados para o sacrifício. Restou apenas
uma estátua esculpida de Epimênides que foi colocada diante de seus vários
templos.
A história do Deus desconhecido não desapareceu por completo porque dois
anciãos piedosos contrataram pedreiros para restaurar e polir um dos altares
que continham a antiga inscrição: agnosto Theo.
Na esperança de que um dia o Deus desconhecido se manifestaria novamente,
deixaram um registro autêntico do milagre que possivelmente salvou a
“religiosa” Atenas do extermínio.
 Conhecendo o Deus desconhecido
Podemos fazer em princípio uma observação, que Deus usou de Epimênides
(que não era judeu) para fazer a libertação nos enfermos atenienses (que
também não eram judeus) provando que os seus dons e a salvação se estende
a todo ser humano pela misericórdia de Deus.

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