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Os meninos arqueólogos

Rodrigo P. Silva
Você sabia que dois dos maiores achados arqueológicos foram encontrados por
crianças? É isso mesmo, meninos com menos de doze anos de idade e que ainda
freqüentavam a escola básica.
O primeiro ocorreu no ano de 1880. Nessa época a cidade de Jerusalém ainda não
era governada pelos judeus e havia muitos palestinos que moravam dentro de seus muros
(bem mais que nos dias de hoje). Como você já deve ter visto pelos noticiários, os
palestinos e judeus brigam constantemente pela posse daquela terra e isso não é nada bom.
Mas, ignorando a estranha guerra dos adultos, havia ali um grupo de crianças que
preferia aproveitar a vida brincando e fazendo amizades que odiando ou matando o seu
semelhante. Eles eram pobres e suas mães costumavam lavar roupas no tanque público de
Siloé que fica na parte sul da cidade. O tanque também é muito antigo. Suas águas vêm de
um túnel de mais ou menos 540 metros que dá nas fontes de Gihom.
Os garotos gostavam de brincar de “pega-pega” atravessando o túnel, cuja água
dava na cintura. Era muito escuro ali dentro, mas o uso de lamparinas ajudava a enxergar
um pouco o local. Um dia, os meninos começaram a prestar a atenção numa inscrição cheia
de lodo que havia lá dentro. E tiveram a idéia de chamar o professor Conrad Schick que era
arqueólogo e estava passando uns dias na cidade. Quando ele pesquisou a inscrição achada
pelos meninos, ficou surpreso com o que eles haviam descoberto: era um texto datado da
época do rei Ezequias que contava como o túnel foi construído.
A Bíblia também fala desse túnel (II Crônicas 32:2-4) e o achado dos meninos
confirmou a história contada na Palavra de Deus.
O outro achado aconteceu 67 anos depois, em 1947. Um garotinho chamado
Muhammad edh-Dhib (Maomé, o Lobo) era pastor de cabras no deserto de Judá. Um dia
ele saiu à procura de algumas cabras que haviam se perdido. Então se deparou com uma
gruta e, curioso, jogou pedras para ver se os animais estavam lá dentro. Mas o que ouviu foi
o barulho de jarros se quebrando.
Correndo para o acampamento de sua tribo, Muhammad chamou um adulto e o
levou até o local do achado, na esperança de que se tratasse de um grande tesouro. Juntos
eles entraram no local e se surpreenderam ao encontrar dentro da gruta grandes jarros de
barro com tampa.
Para sua frustração, no entanto, o que encontraram nos potes não foram tesouros,
mas imensos rolos de manuscritos envoltos em tecido. Ali estavam os famosos manuscritos
do mar morto, as mais antigas cópias da Bíblia de que se tem notícia. Elas foram escritas
dezenas de anos antes mesmo do nascimento de Jesus!
Está vendo como até as crianças ajudaram na história dos achados arqueológicos?
Quando você sair num acampamento ou num passeio com sua família, preste a atenção em
todas as coisas ao redor, quem sabe bem embaixo de seu pé não estejam os fósseis de um
antigo dinossauro que viveu antes do dilúvio? Boa sorte nas escavações!

As pragas do Egito

Alguns céticos duvidam da Bíblia simplesmente por que não encontram


monumentos que descrevam todos os seus acontecimentos. Eles fazem isso com a história
das dez pragas do Egito. Por não acharem ali nada que confirme a história do Êxodo,
julgam que ela jamais aconteceu.
Ora, por que os egípcios iriam registrar para o mundo o vexame que passaram com
a saída dos hebreus? È claro que eles ficariam calados a respeito disso. Contudo, outros
povos, fora da bíblia, testemunhavam a ocorrência das pragas que deus enviou através do
profeta Moisés e mesmo dentre a correspondência particular de alguns egípcios é possível
encontrar pistas do que aconteceu ali naquela época.
Vamos primeiro ver o que escreveu Deodoro Siculo, um historiador grego do I
século a.C., cujo testemunho dura até hoje:
“Nos tempos antigos houve uma grande praga no Egito e muitos a atribuíram ao
fato de Deus estar ofendido com eles por causa dos estrangeiros que estavam em seu país...
Os egípcios concluíram que, a menos que os estrangeiros fossem mandados embora de seu
país, eles jamais se livrariam de suas misérias. Sobre isto, conforme nos informaram alguns
escritores, os mais eminentes e estimados daqueles estrangeiros que estavam no Egito
foram obrigados a deixar o país ... [portanto] eles se retiraram para a província que agora se
chama Judéia. Ela não fica longe do Egito e estava desabitada na ocasião. Aqueles
emigrantes foram pois conduzidos por Moisés, que era superior a todos em sabedoria e
poder. Ele lhes deu leis o ordenou que não fizessem imagens de deuses, pois só há um Deus
no céu que está sobre tudo e é Senhor de tudo.”
Temos ainda o diário de um egípcio chamado Ipuwer que foi encontrado no Egito
em 1820 levado para o museu da universidade de Leiden, na Holanda, onde permanece até
hoje. Lá o escritor antigo lamenta o estado do Egito e diz numa carta endereçada a faraó:
“Os estrangeiros (hebreus?) vieram para o Egito ... [eles] têm crescido e estão por toda a
parte [lit. “em todos os lugares, eles se tornaram gente”]... o Nilo se tornou em sangue ...
[as casas] e as plantações estão em chamas ... a casa real perdeu todos os seus escravos ...
os mortos estão sendo sepultados pelo rio ... os pobres (escravos hebreus?) estão se
tornando os donos de tudo ... os filhos dos nobres estão morrendo inesperadamente... o
[nosso] ouro está no pescoço [dos escravos?] ... o povo do oásis está indo embora e levando
as provisões para o seu festival[religioso?]”.
Essas palavras são muito parecidas com as pragas descritas em Êxodo 7:14-24,
especialmente a primeira e a última. A referência aos escravos que agora se vão e ainda
levam consigo algumas riquezas parecem ecoar o testemunho bíblico de que os hebreus
foram “e pediram aos egípcios objetos de prata e de ouro ... de modo que estes lhes davam
o que pediam. E despojaram os egípcios” (Êx. 12:35-36).
Não é legal ver a história confirmando assim a Palavra de Deus?

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